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26

Na manhã seguinte, changbin despertou sozinho na cama, enrolado no cobertor de christopher até altura do pescoço. Estava quente e abafado, sua respiração era lenta e ele ficou meramente perdido. Havia tido outro pesadelo, talvez o pior já que tivera.

Nesse sonho ruim, sora o castigava, ali mesmo no orfanato, onde ele já fora muitas vezes humilhado por haeri. Ele fora amarrado a cadeira da sala dos castigos, e a mulher de fios castanhos gritava em sua cara, o chamando de inútil e ingrato. Seu rosto foi estapeado pelas mãos dela, repetidas vezes. Até que tudo foi tomado pelo breu e ele acordou abruptamente. Sozinho e ofegante. Sentia o rosto arder, mas não possuía marcas. Foi apenas um sonho, repetia baixinho para si mesmo, se encolhendo sentado no canto do beliche.

Procurou por jisung pelo quarto, mas ele provavelmente já estaria na enfermaria. Christopher saia cedo para o curso preparatório, assim consolou-se da sua própria angústia sozinho, esfregando o peito várias vezes, afastando a dor entre suas entranhas.

Changbin ouviu uma batida na porta, e ficou de pé no mesmo instante, indo abrir.

— se arrume e vá até a recepção, um casal quer ver você. — o zelador disse rapidamente, sem olhar para changbin, como se o garoto não tivesse existisse. Ele deu o recado e não esperou que o menor mostrasse uma reação, saindo logo em seguida. Changbin fechou a porta e olhou mais uma vez ao redor, notando que ainda estava com as roupas de chan.

Procurou pela vestimenta do orfanato nas gavetas e saiu correndo até o banheiro: tomou banho, trocou as roupas e lavou o rosto, isso tudo em pouco tempo, vendo que não queria deixar seus avós esperando. Esperava que fossem eles, na verdade. Desceu as escadas arrumando o colete do uniforme, procurando por seu avô no meio da multidão de crianças indo tomar café da manhã, o achando perto das grandes portas de entrada: ele estava vestido formalmente, seus cabelos grisalhos penteados para trás. Siyoung ao seu lado sorriu para o seo, parecia segurar-se para não ir até o menino e abraçá-lo. Ela estava linda trajando um vestido longo e florido, trazendo uma aura jovial para seu corpo e cabelo liso cor de caramelo. Jeongin e hyunjin também estavam lá, e ao contrário da sua avó, o yang não se conteve ao correr em direção ao moreno e abraçá-lo com força, o fazendo cambalear alguns passos e rir surpreso.

— binnie hyung! — jeongin exclamou apertando o moreno pela cintura. Changbin retribuiu o abraço meio acanhado, acariciou o cabelo do garoto e sorriu pequeno para ele. — senti saudade. — disse com um bico.

— solta meu irmão. — hyunjin agarrou jeongin por trás, erguendo o garotinho e o forçando a soltar changbin.

— me larga, girafa! — o menino dono de lindos olhos de raposa se debateu, tentando acertar hyunjin com seus socos.

— meninos, por favor. — doyun separou eles assim que se aproximou. — estamos em público, tenham modos.

— mas foi ele quem começou! — falaram em uníssono.

Changbin riu um pouco, notando como tinha sentido saudade de vê-los brigar.

— changbin. — sua avó proferiu, segurando um sorriso gigantesco ao ver o moreno. — posso te dar um abraço? — pediu delicadamente, somente para ele ouvir.

O menor olhou para ela e depois ao redor, percebendo que muitos órfãos tinham parado para observá-los, cochichando com seus amigos sobre aquela movimentação ao redor de changbin. Todos sabiam que o seo nunca fora adotado, e nem mesmo possuía contatos fora dos muros do instituto, então vê-lo junto com pessoas mais velhas e nitidamente importantes trouxe um espanto para quem passava por ali no momento. Changbin desviou sua atenção, e novamente fitou a mulher mais velha. Por que não? Pensou, afastando o medo de estar novamente sendo enganado.

O moreno quem tomou atitude, se aproximando devagar da seo e a abraçando suavemente. Eles tinham a mesma altura, então tudo parecia encaixar. Siyoung focou surpresa de início, mas relaxou e apertou o menino levemente, feliz como uma criança. Durou pouco, mas significou um avanço para ambos lados.

Doyun acariciou seu cabelo quando ele tomou distância de siyoung, parecendo orgulhoso do menino. Logo em seguida, changbin os encaminhou até uma área onde as visitas podiam ficar, se localizava ao lado do refeitório e era uma parte aberta do orfanato, porém somente pessoas autorizadas podiam passar. Assim, depois que um dos guardas deixou que o moreno passasse com seus familiares, ele sentou em uma mesa no canto do lugar, apesar de tudo estar vazio. Aquele ambiente só era usado nas semanas de adoção, geralmente ficava trancado, impedindo que alguém viesse vandalizar.

— doyun nos contou o que aconteceu ontem, e não fique preocupado quanto a isso, entendemos que você queria um tempo para si mesmo. — siyoung iniciou calmamente, olhando diretamente aos olhos de changbin, nítido em seu rosto que ela o compreendia. O moreno apenas balançou a cabeça, querendo esquecer tudo aquilo.

— sinto muito que sora tenha feito isso com você, hyung. — hyunjin proferiu sincero. Ele possuía um desconforto em seu semblante que deixou changbin incomodado, não queria que ele se sentisse culpado pela atitude da sua mãe. — de verdade, eu sinto muito.

— tá tudo bem. — mostrou um sorriso complacente, afagando os fios do topo da sua cabeça. Hyunjin fechou levemente os olhos e riu, changbin não era tão delicado em suas carícias, mas apreciava isso nele. — já passou de qualquer forma, não quero ficar remoendo isso.

— isso aí, binnie hyung! — jeongin se animou. — vamos falar sobre algo realmente interessante. — todos olharam na direção do menino, a espera. — como vai seus amigos, binnie? — ele deu uma piscadela para o moreno, que tentou não demonstrar seu constrangimento.

— amigos? Você não nos falou que tinha amigos. — siyoung pareceu confusa meramente, mas mostrou um sorriso radiante em seguida. — podemos conhecê-los?

— eles estão ocupados agora. — changbin conseguia ouvir seu coração batendo, tão fortemente que temeu ser ouvido por mais alguém. Ao seu lado, discretamente, viu hyunjin bater no ombro de jeongin, como se estivesse repreendendo o mais novo.

— qual são seus nomes? — o seo mais velho presente indagou, interessado.

— christopher bang e han jisung. — respondeu. — christopher tem aula fora do orfanato hoje, ele tá fazendo um curso preparatório para o vestibular. Jisung ajuda a enfermeira daqui, por isso ele não aparece muito de manhã.

— ele quer ser enfermeiro? — sua avó perguntou. Changbin pensou por um momento.

— acredito que sim. — notou que nunca tinha perguntado ao han por quais motivos ele sempre estava ajudando a senhora kim.

— e christopher, ele pretende fazer o que? — seu avô se pronunciou.

— advocacia.

— oh, isso é ótimo. — o rosto de doyun se iluminou. — agora quero mesmo conhecer seu amigo, filho. — changbin sorriu tímido.

Imaginou por um instante como eles reagiriam se soubessem a verdade, mas um medo cresceu no pé da sua barriga ao cogitar o possível desprezo que receberia, então encobriu tudo com um sorriso ameno e relutante.

(...)

Era de tarde quando seus avós se encaminharam até a saída, eles almoçaram juntos na ala de visitantes e depois continuaram conversando. Changbin nem mesmo sentiu o dia passar, havia sido agradável ter uma pequena mudança em sua retina, se eles não tivessem parecido, ainda estaria enfurnado no quarto pensando sobre o dia anterior, se torturando lentamente e dolorosamente com seus pensamentos infortúnios, mas ter passado o dia com eles tinha levantado um pouco seu ânimo.

Changbin caminhava alguns passos atrás do doyun e siyoung, conversando com jeongin e hyunjin. A dupla não poupava nas perguntas, querendo saber como ia o namoro do moreno e coisas relacionadas. Changbin se sentia bombardeado pelas indagações deles, mas ainda ria e respondia o que estava em seu alcance.

— bin, o que é isso no seu pescoço? — hyunjin se aproximou, puxando a gola da camisa do moreno para o lado, revelando seu pescoço com uma pequena marca rosada, quase imperceptível, porém como o hwang andava praticamente grudado no menor, acabou por notar aquilo.

— o que? — ele tocou o próprio pescoço, não sentindo nada naquela área. Jeongin também se aproximou, se espichando para bisbilhotar.

— avisa para os seus namorados serem mais discretos. — changbin enrugou as sobrancelhas ao ouvir isso do yang, mas logo lembrou da noite anterior.

— christopher. — exprimiu entre dentes, cobrindo a marca com a palma da mão.

— meninos? — siyoung se virou para eles, notando que o trio tinha parado de andar.

Changbin logo tomou postura, arrumando a roupa, seu rosto estava vermelho, porém num tom fraquinho. Jeongin e hyunjin ao seu lado prenderam o riso pela cara de espanto do seo, voltando a andar em direção ao casal.

O moreno jurava que iria matar o bang quando o visse à noite.

Já que não podia passar dos portões do instituto, changbin se despediu ali mesmo no jardim da frente, recebendo um último abraço de jeongin e hyunjin, que foram encaminhados até o carro por sua avó. Ela se despediu do garoto com um breve abraço e caminhou até o automóvel preto, deixando apenas changbin e doyun.

— tem algo que quero te falar. — o moreno olhou para o seo, a espera. — é sobre seu pai, binnie. — algo em seu peito se agitou, ainda não tinha se acostumado com a ideia que seu pai estava morto e que ele fazia parte de memórias bloqueadas em sua cabeça. Queria ao menos lembrar como era seu rosto sem ser por fotos, mas pressentia ser impossível. — como falei ontem, seu pai deixou um testamento com algumas informações. Como o dinheiro que ele acumulou com o trabalho, seus apartamentos pela cidade e outras coisas de valores, como automóveis e jóias. Tudo isso ficou no seu nome, já que você foi o único filho que chunghee teve.

Changbin engoliu seco, uma aflição subindo até sua garganta. Era tanta coisa. Tanta responsabilidade. Sentia que não saberia lidar com tudo isso.

— apenas quero que você saiba que assim que sair daqui, você terá onde ficar, se escolher não morar comigo e sua avó. — ele assentiu automático, ainda angustiado. — não queria jogar tudo isso em cima do seu colo, filho, mas são suas coisas. Coisas que seu pai deixou somente para você. Ele pensou em você até o último momento, como se pressentisse que sua mãe não teria condição de te criar com dignidade. Então, quando você atingir a maior idade e sair do orfanato, tudo isso será seu perante a lei. Entende o que eu quero dizer, changbin?

— entendo. — respondeu olhando para doyun. — mas não sei se sou capaz de aceitar tudo isso. Parece uma responsabilidade enorme. E tem certeza que ele deixou isso mesmo pra mim? Pode ser um engano. Talvez seja um engano. — tentou não gaguejar, porém sua inquietação era nítida em seu rosto. O garoto parecia rígido, como se carregasse o peso do mundo nos ombros, assim como Atlas.

— seu pai não cometia erros, bin. E temos todos os papéis comprovando, você é o herdeiro dele. — o moreno balançou a cabeça, se sentindo zonzo. — vai ficar tudo bem, okay? Cuidarei de tudo quando você sair daqui, te darei as certas orientações. Não pense muito sobre isso agora, apenas me garanta que ficará bem. Algo nesse lugar não me traz uma boa sensação. — doyun olhou por cima do ombro de changbin, mirando na estrutura antiga do orfanato, em cada andar e em cada janela. O moreno quis dizer que ele tinha razão, aquele lugar era péssimo, contudo, apenas abaixou a cabeça e evitou seu olhar. Ainda não era a hora de contar toda a verdade, aguentaria até o dia que enfim sairia desse ambiente e teria sua vida com seus - quase - namorados.

Doyun afagou seu cabelo antes de ir embora, descendo a estrada íngreme até sumir da visão do menino. Changbin respirou fundo, esfregando o rosto algumas vezes como se estivesse tentando se acordar de um sonho lúcido, mas nada daquilo era um sonho, por mais que quisesse que fosse. Ele voltou para o orfanato e ignorou os olhares, os cochichos e as risadas, cansado o suficiente para não arrumar uma briga com algum idiota que possuía a coragem de fazer um comentário maldoso sobre sua aparência ou seu corpo, como se fosse engraçado ofende-lo daquela forma.

Seguiu até a enfermaria em silêncio, o queixo erguido, por mais que estivesse um caco por dentro. Não queria se mostrar fraco para aquelas pessoas, nunca deixaria isso transparecer novamente como no dia anterior. Não era um fraco incapaz, pelo menos não para eles. Assim que entrou na enfermaria, se viu abraçado pelo odor de remédios para ferimentos, porém mirou na figura sentada atrás da mesa da enfermeira de cabeça baixa e olhar centrado nos papéis que organizava. Changbin se aproximou lentamente de jisung, sem fazer barulho, aproveitando que não havia sinal da senhora kim por perto. Ele andou na ponta dos pés até ficar por trás da cadeira, deslizando os braços suavemente pelas laterais do pescoço do han, até abraçá-lo. Jisung pulou da cadeira de susto, quase batendo sua cabeça contra a de changbin, mas acabou relaxando quando percebeu que era apenas o moreno, suspirando de alívio ao ver o menor rindo  do seu assombro.

— não faça isso nunca mais. — pontuou o han, com o coração batendo violentamente. Changbin conseguia sentir contra sua mão próxima ao peito dele.

— você sempre faz isso comigo, então veja como um acerto de contas. — ainda sorria por vê-lo encolhido na cadeira pelo susto. Tinha sido adorável o jeito que ele tinha pulado.

— onde você se meteu hoje no almoço? Fiquei te procurando por horas, quase fico sem comer. — reclamou, enquanto voltava ao trabalho. Changbin tentou ler todos aqueles papéis e cadernos que o mais novo tinha na mesa, mas tudo era complicado demais para sua cabeça.

— tava com meus avós, eles vieram me visitar. — explicou simplista, se afastando um pouco do han para deixá-lo mais à vontade. — sung, como você se sentiria sabendo que herdou muito dinheiro?

— feliz, eu me sentiria estupidamente feliz. — ele declarou, sem olhar pro seo. — por que? Aconteceu alguma coisa?

— sei lá, meu avô falou umas coisas e agora eu tô pensando nisso. — se encostou na mesa, fitando as macas pelo ambiente, todas separadas por cortinas azuis. Changbin se perguntou por um instante como jisung conseguia ficar em um lugar estranho como esse, as paredes eram tão brancas que o moreno sentia claustrofobia, fora que as janelas se mantinham minimamente abertas, por conta do ar condicionado.

— pensei que você já tivesse aceitado sua vida de mauricinho.

— é tão estranho. Digo, tudo isso aconteceu tão repentinamente. Uns meses atrás eu era só um zé ninguém que nem tinha onde cair morto e agora eu sou herdeiro de uma fortuna?

— já posso te chamar de velho da lancha? — changbin o olhou com tédio, arrancando uma risada do han.

— você é um sem noção. — exprimiu, o observando ficar de pé e caminhar até um armário, guardando os cadernos em uma das gavetas.

Jisung foi até a porta de arraste do consultório, a fechando depois de bisbilhotar se alguém estava vindo. Em seguida, changbin fora prensado contra a mesa, as mãos do han o prenderam ali, o deixando sem escapatória. Ele se esgueirou sobre seu corpo, o obrigando a ir para trás, onde usou as mãos para manter um apoio. Jisung o fitou em silêncio, analisando seu rosto sem pressa.

— não fique tão preocupado com isso, amor. — changbin ficou petrificado quando ele se aproximou mais, seus nariz a centímetros de distância. Um medo surreal correu em suas veias, eles não estavam no quarto, a qualquer momento alguém podia entrar e vê-los desta forma, e o cérebro de changbin não conseguia captar todas as informações, pois se sentia tão ameaçado que aquilo trouxe um êxtase que transformou seus neurônios em gelatina. Nem mesmo sabia seu nome naquele momento. — você sendo ou não de uma família rica, sabemos que isso não faria você mudar. Mesmo que você vá morar numa mansão no topo da cidade, eu e o chris estaremos do seu lado. Um status não é nada comparado ao que sentimos por você, changbin.

Jisung beijou sua testa, apenas um selar calmo e sem segundas intenções. O moreno o olhou por mais alguns instantes, o abraçando em seguida, transformando sua agonia em apenas um sentimento letárgico.

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