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19

No meio da noite changbin acordou com um aperto no peito e ofegante, ele esticou o braço até a luminária na cômoda ao lado da cama e acendeu, se sentando para tentar respirar melhor.

Os pesadelos continuavam.

Ele agarrou a própria camisa do pijama que usava e fechou os olhos com força, por um impulso ele olhou para o lado, mas chan não estava ali para acalmá-lo como sempre acontecia. Ele voltou a deitar depois de conseguir controlar sua respiração, tentando dormir novamente com a luz do abajur ligada, mas o sono tinha fugido pela janela como um morcego assustado pela luz. Se virou para um lado e para o outro e nada, como algo estivesse incomodando.

Pensou bastante antes de tomar coragem para sair da cama e calçar os chinelos, se arrastando até a porta do quarto pelo breu, ele abriu um pouco a porta e olhou o corredor, estava tudo vazio e silencioso. Decidido a sair de uma vez, o moreno desceu as escadas cuidadoso, sempre atento onde deveria pisar para não cair. A sala de estar estava iluminada pela luz que vinha da cozinha, tal coisa que deixou o moreno cismado, no entanto ele prosseguiu. Se não bebesse pelo menos um gole de água sentiria que não poderia dormir o restante da madrugada.

Ele entrou no recinto e se assustou ao ver doyun ali encostado no balcão da pia com uma caixa de leite na mão e um copo de vidro na outra, eles trocaram um breve olhar antes de changbin abaixar a cabeça e ir até a geladeira, pegando a primeira garrafa de água mineral que viu pela frente. Ficou um pouco perdido ao procurar um copo para despejar a água, mas o mais velho estendeu a ele um de vidro, com um sorriso gentil pairando na superfície dos seus lábios, apenas uma linha firme e cansada se formando. Acanhado o menor aceitou, devolvendo a ele o pequeno sorriso gentil.

— não consegue dormir também? — o de cabelo grisalho indagou, sua voz era suave e calma, talvez um pouco agredida pela idade, mas ainda confortável. Changbin se sentia bem ao escutá-la, não era rígida nem severa, era apenas de um homem de meia idade que já tinha vivido bastante.

Ele apenas negou, ainda tímido para dialogar. Doyun se encostou no balcão ao lado do menor, observando changbin ligeiramente. O moreno teve quase certeza que viu ele sorrindo, mas tinha medo de encará-lo muito.

— mais cedo não conseguimos conversar direito. — ele iniciou, o copo com leite vazio sendo abandonado em cima do balcão da pia. — a morte do seu pai é um assunto complicado para todos nós. — changbin queria dizer que entendia, que compreendia a dor deles, mas se sentia tão estranho por não ter chorado ou demonstrado algo parecido. Deveria ter sido assim? Seus avós ficaram chateados por esse comportamento? Ele temia perguntar e ser tratado rudemente. — podemos conversar um pouco agora? Tem algo que eu queria que você ouvisse.

Changbin engoliu o último gole de água com força, ficando nervoso. Ele assentiu ao pedido do homem mais velho depois de deixar o copo ao lado do seu na pia, voltando a se encostar no balcão. A diferença de tamanho deles deixava changbin ainda mais intimidado, se fosse um pouco mais alto talvez não se sentisse tão vulnerável, mas pensar nisso agora apenas pioraria o sentimento de fraqueza que crescia dentro do seu peito.

Doyun demorou um pouco para começar, ele mexia nas mãos e respirava fundo, como se procurasse as palavras adequadas para usar. Quanto mais o cômodo era preenchido pelo silêncio, mais changbin se sentia angustiado.

— eu não culpo a sua mãe pelo acidente de chunghee, e não quero que você se sinta pressionado a odiá-la pelas coisas que sua avó disse ontem. Você tem que tirar suas próprias conclusões, não se deixe ser influenciado pelas dores de outra pessoa, okay? — changbin olhou para ele, e viu como o mais velho parecia sério. Ele assentiu, e doyun sorriu, como se estivesse orgulhoso de ter aquela conversa com o menor. — quero que saiba que estaremos prontos para quando você se sentir à vontade conosco, não precisa nos chamar de vovó ou vovô agora, pode me tratar como doyun. Vá no seu tempo. Sei que provavelmente está sendo confuso para você tudo isso que tá acontecendo, um dia você era apenas um órfão e agora é herdeiro de uma fortuna.

Herdeiro de uma fortuna. Changbin com certeza não dormiria bem depois de escutar isso. Não saberia nem administrar seus sentimentos quem dirá uma empresa ou uma agência, ele ficaria todo perdido.

— não precisa ficar nervoso, não estou jogando nenhuma responsabilidade em cima de você. Não pense sobre isso agora, eu sou velho mas ainda consigo me mexer. — doyun esticou os braços e balançou de forma boba, ocasionando numa risada tímida do menino. — quero que você pense que agora tem uma família que vai te apoiar em absolutamente tudo, independente de quem você escolha ser no futuro, estaremos aqui por você changbin. — desta vez ele soou sério, pousando a mão no ombro do menor para olhá-lo com atenção.

Changbin se virou para ele, observando seus olhos cansados. Doyun sorria de um jeito orgulhoso e contente. De um jeito que o moreno nunca viu nenhum adulto sorrir ao falar algo assim a ele. De repente ele quis mesmo chorar copiosamente, falar para o mais velho tudo pelo que passou no orfanato, implorar para ele tirá-lo de lá o mais rápido possível, mas não podia, não agora. Tinha quase certeza que se pedisse algo assim doyun faria, mas jisung estava esperando por ele, e também tinha chan. Não podia deixá-los para trás. Fez uma promessa que ficariam juntos até o fim e não quebraria isso.

Escondendo suas mãos machucadas atrás das costas, changbin balançou a cabeça novamente, afirmando que estava confortável com aquilo. Doyun deu mais um sorriso antes de afagar seus fios, um gesto paterno que fez o moreno se encolher um pouco e ficar rubro.

— vá deitar, já é tarde. — ele instruiu calmamente. — boa noite, changbin.

— boa noite, senhor doyun. — disse baixinho, saindo da cozinha com o coração acelerado e as mãos transpirando.

Ele subiu as escadas em passos rápidos, as pernas estavam bambas e ele sentia que poderia cair a qualquer momento. Como um furacão, o moreno entrou no quarto e fechou a porta, indo pra debaixo do cobertor para tentar dormir novamente.

Um sentimento bom cobria sua visão e ele quis rir, aquela conversa tinha mudado um pouco sua concepção sobre tudo que tinha acontecido desde o dia que sua mãe foi buscá-lo, mesmo que ainda estivesse um pouco bravo com a mulher por tê-lo abandonado naquele orfanato por quinze anos.

Tinha mais alguém do seu lado no meio daquele temporal, e o menor acreditava que poderia confiar em doyun em breve. Esperava que ele não mudasse com o tempo, temia depositar tanta confiança em alguém que apenas estava mentindo, como aconteceu algumas vezes quando era criança e acreditava que alguma alma caridosa o tiraria no inferno em que vivia.

(...)

Quando despertou, Olivia o orientou a se banhar antes do café da manhã, a mulher havia dito que jeongin já tinha conversado com seus avós sobre sua saída ao shopping após o almoço, e que eles foram autorizados se um segurança os acompanhasse. Changbin não entendeu porque seria necessário, mas ligou isso ao fato que sua família era famosa e que seria apenas uma medida protetiva para que eles não sofressem nenhum tipo de ataque. O que era um pouco difícil de se imaginar. Apesar disso, a notícia que hyunjin tinha confirmado que iria sair com eles mais tarde deixou o menor animado, queria passar mais tempo com seu irmão.

Changbin se vestiu preguiçosamente após o banho, apenas uma camisa branca com uma estampa boba e calça jeans clara, escolheu o primeiro sapato que achou dentro da mala e saiu do quarto. O dia através das janelas parecia lindo, estava animado para sair e caminhar pela cidade, queria conhecer um pouco para que futuramente pudesse levar chan e jisung para passear também. Apenas aqueles planos o fez sorrir. Esperava que eles estivessem bem.

Ele pulou o último degrau e sorriu para alguns empregados que transitavam pela residência, estava com o humor impecável e mais feliz do que poderia imaginar que ficaria.

Ele foi guiado por uma moça simpática até a parte de trás da residência, onde eles tomariam café da manhã hoje. O espaço era amplo e bonito, havia uma tenda grande armada e uma mesa de seis cadeiras embaixo, coberta por diversas comidas, desde doces bem elaborados e pães cobertos de geleia. Siyoung e doyun estavam sentados junto a jeongin e hyunjin, eles pareciam ter uma conversa animada, o homem mais velho da casa sentado na ponta da mesa com a mulher ao seu lado, hyunjin sentado sozinho enquanto jeongin ocupava a lateral da sua avó. Changbin foi deixado lá pela moça e ele se sentiu tímido pelo tanto de atenção que recebeu.

— senta aqui, binnie hyung. — jeongin chamou, puxando a cadeira da outra ponta que estava vazia.

— ele vai sentar comigo. — hyunjin se intrometeu, segurando no pulso do seo com possessividade.

Siyoung que apenas observava riu pela cena, contente apesar da briguinha que os meninos estavam tendo.

— garotos, não briguem. — doyun disse, tentando não rir também pela carinha de bravo que jeongin e hyunjin faziam. — changbin, se sente onde quiser.

O moreno ficou indeciso, não queria deixar nenhum dos mais novos bravos.

— senta aí mesmo com o chatonildo, vou deixar passar porque tô de bom humor. — o yang declarou, pegando um pedaço de bolo de chocolate que estava sobre a mesa. Hyunjin mostrou a língua para ele.

Changbin riu e balançou a cabeça, se sentando ao lado do hwang. Eles trocaram um sorriso antes da única mulher sentada à mesa servir o menor com um pedaço de bolo de chocolate e alguns doces e bolachas, enchendo o prato do garoto para que ele comesse bastante.

— pra onde vocês vão hoje? — ela perguntou, degustando de um chá que changbin não conseguiu identificar do que era.

— shopping. — jeongin respondeu. — quero levar o binnie hyung pra conhecer alguns lugares, talvez ver um filme? Vi que tem um de terror ótimo em cartazes.

— você não tem medo de filme de terror? — hyunjin indagou com uma sobrancelha erguida. — da última vez que a gente viu um filme de terror juntos, esse idiota veio dormir na minha cama, acredita? — continuou olhando para changbin, com uma expressão de quem nem mesmo acreditava que aquilo realmente aconteceu consigo.

— para de ser mentiroso, hyunjin!

— ah, é? Eu tenho foto pra provar, tá?

— garotos, por favor. — doyun pediu com um sorriso para que eles não discutissem, mas já era tarde demais.

Siyoung e changbin apenas observavam tudo em silêncio, às vezes rindo das ofensas que os meninos diziam um para o outro. Doyun tentava apaziguar a situação, mas jeongin estava tão vermelho de raiva — ou vergonha — que o moreno temia a hora que ele explodisse igual um balão de festa. Hyunjin estava estranhamente calmo, mas tinha uma veia em seu pescoço que mostrava que ele apenas fingia.

Eles discutiram e brigaram até o moreno estar de barriga cheia, talvez não conseguisse comer o almoço de tanto doce e pães que sua avó colocava em seu prato mesmo quando dizia estar satisfeito. Ela dizia que o menor precisava engordar um pouco, que estava magro demais, até mesmo perguntou se ele tinha uma alimentação decente no orfanato, porém o moreno apenas continuava afirmando que ele não era acostumado a comer muito e por isso tinha pouca massa muscular.

Eles apenas saíram quando um dos seguranças de confiança de doyun apareceu de carro, os garotos se despediram avisando que voltariam antes das quatro horas da tarde, e entraram no automóvel de quatro portas em seguida. Hyunjin e jeongin conversavam e riam, sempre incluindo o menor na conversa, mesmo quando ele apenas queria ficar no cantinho observando com encanto os prédios da cidade grande. Era tudo tão bonito e novo, changbin queria ficar grudado naquela janela para sempre, como um filhotinho de passarinho que estava vendo o mundo pela primeira vez.

Mesmo no shopping, o segurança alto e careca continuava seguindo eles, a um passo de distância. Ele olhava para os lados e sempre encarava todo mundo que passava perto do pequeno trio. Jeongin andava de braços dados com ambos meninos, eles foram em todas as lojas inferiores, olhando as roupas e outros acessórios, hyunjin se encantou por alguns anéis e colares, enquanto jeongin optou por suéteres e calças. Changbin não sabia ao certo o que comprar, apesar de ter recebido um cartão de crédito do seu avô, igualmente aos outros meninos. Ele andou entre os cabides de uma loja grande e cheia de atendentes com cara de esnobe, notando que alguns deles pareciam sempre estar de olho por onde o menino baixinho andava. A parte briguenta da sua personalidade quis ir lá perguntar o que tanto eles olhavam mas a razão falou mais alto, então ele apenas seguiu andando sem tocar em nada. Não queria ser acusado de roubo nem nada do tipo, sabia que tudo era possível por onde andava.

— jeongin, a gente pode ir em outra loja? — indagou puxando a blusa do menino, que rapidamente virou em sua direção com alguns cabides nas mãos. Hyunjin e o segurança estavam do seu lado e perceberam um certo desconforto no jeito que changbin estava agindo.

— não gostou de nada daqui? — perguntou de volta.

Ele quis responder que não era esse o problema, as roupas do local eram bonitas, apesar de muito caras. No entanto ele não quis dizer o real motivo, não queria arrumar problema. Então apenas balançou a cabeça afirmando, e jeongin entregou os cabides das roupas a um atendente próximo, que ainda parecia olhar para changbin como se ele fosse uma ameaça.

— ei, você aí. — hyunjin proferiu de repente, olhando para a moça que havia pego as roupas que jeongin devolveu. Ela se virou para o garoto mais alto do trio com uma interrogação na testa, confusa com sua mudança de humor. — por que você tá olhando assim pro meu irmão?

— hyunjin, não é nada. — changbin insistiu, segurando no braço do menino.

— ele não é nenhum ladrão, sua louca. Aprenda um pouco de etiqueta e educação antes de querer arrumar um emprego. — ele disse tão sério que o moreno chegou a pensar que estariam encrencados, mas ao contrário disso a mulher se desculpou e saiu em seguida.

O segurança os orientou a se retirar da loja, e assim o trio vagou para outro lugar. O hwang ainda parecia meio irritado andando no meio dos menores, mas jeongin fez algumas gracinhas e ele acabou rindo.

— hyung. — hyunjin chamou pelo que andava de cabeça baixa, jeongin ia um pouco mais na frente, saltitando como uma criança feliz, então aproveitou aquele momento a sós para falar com o mais velho. — sei que você não precisa de proteção, mas não aja como se estivesse fazendo algo errado e dando razão a gente estúpida igual aquela mulher. Você não tem que ter medo de ninguém daqui de fora enquanto estiver comigo e o jeongin, mesmo que nós sejamos mais novos, não vamos deixar ninguém te ofender.

Changbin o escutou calado, mas o entendeu. Não compreendia o que estava acontecendo consigo mesmo. Talvez o medo de insultar seus avós agindo como quem verdadeiramente é estivesse cegando tudo, nem mesmo sabia porque estava agindo assim. Decidido a voltar a ser o changbin que sempre foi, ele ergueu o queixo e continuou andando ao lado deles. Já sofreu por intolerância e prepotência piores quando estava no orfanato, não era agora que iria agir como um fraco.

Depois de muito caminhar eles pararam para tomar um sorvete no segunda andar do shopping, jeongin carregava cerca de cinco sacolas de diferentes lojas enquanto changbin se dispôs a carregar as duas únicas que hyunjin tinha arranjado, junto com a sua que guardava apenas três colares bonitas que achou em uma das lojas que o yang os levou. As correntinhas eram de prata e sem pingente, mas ainda bonitas e práticas, seria melhor de usar do que anéis. Esperava mesmo que chan e jisung gostassem do presente, não era algo muito caro e valioso, mas tinha comprado pensando neles.

— binnie hyung. — jeongin chamou, a boca meio suja de sorvete de morango. — por que você comprou só esses colares?

— e você pediu mais dois iguais. — hyunjin comentou.

— então você tá mesmo namorando, hyung? — o mais novo indagou animado. Changbin nunca entenderia todo aquele entusiasmo de jeongin para saber se ele estava em um relacionamento.

— não, innie. — empurrou de levinho a testa do menino com a ponta dos dedos. — eu tenho tendência a perder esse tipo de coisa, então pensei que comprar três resolveria o problema.

— você mente mal. — o segurança murmurou bem ao lado e changbin olhou seriamente para ele. — ops, falei alto demais.

— ala! Até o kyunghyun hyung percebeu que você tá mentindo! Fala logo a verdade, binnie.

Changbin suspirou coçando a testa, procurando paciência.

— é para os meus amigos, okay? Eu quis comprar pra eles.

— por que não disse logo de uma vez? Você deu a entender que era pra outra coisa. — jeongin disse aparentando estar insatisfeito com a declaração do menor. Changbin deu de ombros, mostrando indiferença.

— por que você tá agindo assim, boboca? E se esses amigos do hyung forem na verdade os namorados deles, hein? Não seja preconceituoso. — hyunjin disse, deixando os demais de queixo caído. — o que? É uma possibilidade, não? — olhou para changbin, que tentou não ficar vermelho. Aquilo denunciaria tudo.

— não tem como ele namorar dois caras. — jeongin respondeu, mas pensou por um segundo, se virando para changbin em seguida com a testa franzida em suspeita. O moreno devolveu o olhar, tentando parecer tão confuso quanto ele. — binnie hyung, você tá namorando dois caras?

— não.

— certeza?

— é óbvio que sim.

— jeongin, não é legal forçar outra pessoa a falar. —  kyunghyun interferiu antes que jeongin pulasse em changbin para arrancar a verdade na força, apesar de ser nítido de quem ganharia ali numa briga física. — se o changbin se sentir confortável, ele vai falar isso pra vocês. Forçar não é legal e nem respeitoso da sua parte.

— é só um presente, por que vocês estão transformando isso nesse caso todo?

— porque suas orelhas ficam vermelhas quando a gente fala deles. Tipo, agora. — changbin tocou as orelhas, nem mesmo sabia que poderia ficar rubro ali. Massageou aquela aérea para tentar amenizar a situação, mas apenas as sentiu mais quente a cada segundo.

Ele juntou coragem e saiu dali simplesmente do nada andando sem rumo com hyunjin e jeongin atrás rindo do quão vermelho seu rosto ficou.

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