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10

- para de olhar feio pro minho, jisung. - chan sussurrou enquanto acenava para o lee, que lentamente se distanciava do amontoado de barracas, indo em direção ao chalé. Jisung ao seu lado encarava fixamente o ruivo enquanto mantinha changbin ao seu lado, ele segurava o pulso do baixinho como se dependesse daquilo para viver.

- esse cara... não confio nele. - exprimiu ainda com os olhos semicerrados. - ele te falou alguma coisa estranha? - desviou sua atenção para o menor.

- estranha tipo o que?

- e eu sei lá, por isso tô te perguntando.

- jisung, por favor. - chan coçou a testa olhando para os dois menores parecendo procurar paciência onde não tinha. - o minho não é uma pessoa ruim, você que é ciumento.

O han abriu a boca várias e várias vezes tentando rebater aquilo, mas era um fato, o garoto era um tremendo ciumento, e parecia não se importar em demonstrar aquilo em público, por mais que agora quisesse negar.

- a propósito, que ceninha foi aquela mais cedo, hein? - changbin encarou o menino com uma sobrancelha erguida, à espera de uma resposta. Jisung desviou a atenção, tentando fugir do assunto.

- esquece isso.

- ah mas eu não vou esquecer nunca.

- parem com isso. - chan apartou qualquer tipo de discussão que aquilo pudesse trazer, se enfiando no meio deles. - melhor a gente ir andando.

- ir pra onde? Nossa barraca tá aqui. - changbin apontou, encarando confuso os dois meninos.

- vão fazer uma fogueira e assar umas coisas pra comer, aí chamaram a gente. - jisung explicou.

- chamaram a gente ou só chamaram vocês? - ambos ficaram em silêncio, como se procurassem por uma desculpa. - se vocês quiserem ir por mim tudo bem, vou ficar aqui.

- se você não for, a gente também não vai.

- bobagem, vão logo.

Antes que changbin pudesse entrar na barraca, chan o segurou pela mão, apertando suavemente para impedi-lo de ir. O moreno engoliu em seco, o toque era sutil, como sempre, mas aquilo mexeu mais consigo do que deveria. Merda, pensou, sem querer se virar para encarar nenhum dos dois. Tinha sido uma noite cheia e o baixinho só queria ficar sozinho um pouco, mas sabia que eles não iriam desistir de tentar persuadi-lo a ir também.

- vai ficar um clima estranho comigo lá. - ele tentou mais uma vez convencê-los que sua ida não era uma boa ideia, mas os dois estavam firmes naquilo. Changbin suspirou alto, e após afastar aquele sentimento quente que fazia sua barriga doer, ele encarou seus amigos com uma expressão cansada. - vocês não vão desistir, né?

- você sabe que não.

- tá, tudo bem, eu vou.

Chan e jisung trocaram sorrisos satisfeitos e enfim o moreno teve sua mão solta, ele seguiu os dois em direção a tal fogueira que os outros órfãos tinham feito com a supervisão de um dos zeladores que estava acompanhando a viagem. Cadeiras formavam um círculo ao redor do pequeno amontoado de madeira e fogo, os garotas e garotas animadamente conversavam e comiam, um dos meninos tinha um violão em mãos e cantava junto com mais duas pessoas, eles animavam o restante dos adolescentes desocupados que gargalhavam alto e faziam barulho.

Changbin ficou desconfortável com tanta atenção que foi posta nele assim que chegaram, sendo rapidamente retirado daquela bolha tensa por jisung o chamando para se sentar. Sobrava mais três cadeiras, e era para lá que o trio iria, mas assim que o moreno pensou em uma pegar uma das cadeiras livres para colocar perto do han, um menino que changbin com certeza não conhecia ou não lembrava quem era pegou a cadeira e levou, deixando o moreno perdido.

- deixa pra lá, bin, senta aqui. - chan o puxou de volta a realidade, entregando ao menor a cadeira que ele iria usar.

Jisung ainda ficou uns instantes encarando o garoto que fez aquilo de propósito, tinha visto ele assim que chegaram, e com certeza ele não precisava de uma cadeira, uma vez que ele apenas jogou ela de qualquer jeito em outro lugar e sentou em outra que estava usando anteriormente. Changbin convenceu o han a não ir arrumar confusão, alegando que estava tudo bem, por mais que quisesse ir lá também e tirar satisfação com o menino.

Changbin sabia que não era uma boa ideia, toda aquela situação seria facilmente evitada se ele tivesse ficado na barraca, ninguém queria ele ali, era nítido. Parecia que todo o ar tinha mudado assim que ele chegou, por mais que pudesse parecer apenas impressão, recebia uma atenção estranha, como se todos esperassem que o menor arrumasse algum tipo de confusão simplesmente do nada para servir de entretenimento. O moreno nunca entenderia da onde saiu o boato que ele era um encrenqueiro, nunca tinha entrado em brigas por querer atenção, lembrava das vezes que precisou realmente usar força bruta para resolver as coisas e podia contar nos dedos todas as vezes que isso aconteceu, e nunca foi por acaso, ou era por legítima defesa ou era para defender alguém, mas sempre acabava sendo o vilão no final.

Ele estava tão cansado daquilo.

- bin? - ergueu os olhos para jisung ao seu lado, ele nem mesmo tinha reparado quando chan havia saído. - você quer ir embora? - indagou preocupado.

Ele queria, e como queria, mas tinha noção que era o único a desejar aquilo. Changbin balançou a cabeça para os lados, murmurando um "está tudo bem" para tranquilizar o menino. Jisung ainda ficou encarando seu rosto fixamente, procurando por algum traço de mentira em seu semblante, mas changbin sempre foi um bom mentiroso e jisung às vezes esquecia disso. Enquanto o moreno entrou em mais uma conversa com algum conhecido, changbin ficou sentado olhando para tudo e ignorando todos, as vezes se perdendo na contagem de estrelas que decorava o céu escuro. Chan retornou momentos depois com dois espetinhos de carne, entregando aos menores enquanto voltava até a caixa térmica para buscar refrigerante para eles.

- cadê o seu, hyung? - jisung pegou o espetinho de bom grado junto com a latinha de refrigerante.

- eu já comi lá. - ele disse. - bin, você pode sentar no meu colo? - o moreno arregalou levemente os olhos, meio confuso por estar no mundo da lua, ele mirou no australiano e ficou petrificado, sem saber o que responder. - vamos dividir a cadeira, não tem problema, né?

Changbin abriu a boca, mas não soube o que falar, as palavras presas em sua garganta, ele recorreu aos olhos de jisung, mas ele apenas deu de ombros e voltou a encher as bochechas de carne. O moreno ficou de pé, dando espaço para chan ocupar a cadeira branca de plástico, ele abriu um pouco as pernas e puxou o moreno para suas coxas, envolvendo a cintura dele com apenas um braço enquanto o outro ele usava para segurar o refrigerante do han. Changbin ficou imóvel por alguns segundos, esquecendo até mesmo de respirar, não era a primeira vez que eles faziam aquilo, mas a noção de que agora nutria sentimentos românticos por ele dificultava que o moreno agisse normalmente.

Quando enfim tinha relaxado e chutado mais uma vez aquela sensação de queimação na barriga, ele voltou a comer calmamente. Jisung foi o primeiro a terminar, ficando em pé apenas para jogar o palito fora junto com a latinha de refrigerante e limpar as mãos, voltando a ocupar a cadeira ao lado e conversar com o garoto de antes. Changbin tomou um baita susto quando a mão pequena do han apertou sua coxa, nem mesmo tinha reparado quando aquilo tinha acontecido, o espasmo do susto foi capturado por chan que apertou também sua barriga usando o antebraço, apertando o garoto por alguns instantes. Changbin iria enlouquecer.

Passaram alguns minutos e finalmente as coisas tinham se acalmado, por ser o penúltimo dia da viagem, os zeladores tinham deixado todos aproveitarem a noite, se recolhendo mais cedo e deixando eles à vontade. Changbin não estava com sono mas queria desesperadamente ir embora, tinha voltado a receber atenção de algumas garotas, mas sabia que não era por um bom motivo, elas o encaravam descaradamente e cochichavam entre si, rindo vez ou outra e apontando para o garoto sem nem ao menos disfarçar. A orelha do baixinho não parava de coçar, e ele sabia o porquê daquilo. Ele apenas queria ir embora de uma vez, mas o castanho o prendia em seu colo e jisung também não ajudava, este tocava a alisava sua coxa, as vezes subindo perigosamente a mão para onde não devia, distraído demais para perceber o que estava fazendo.

Decidido a dar um basta naquilo, changbin afastou a mão do han e ficou de pé, saindo de lá às pressas. Ele pegou outra trilha e desviou do caminho certo. Precisava esfriar a cabeça.

Sabia que jisung e chan estavam logo atrás, mas o moreno estava por um fio de explodir. Estava tão de saco cheio de tudo aquilo, do sentimento pesado que carregava no peito, da sensação de estar sempre culpado e errado. De se sentir errado, principalmente. Ele não sabia mais o que fazer consigo mesmo, do que fazer com aquilo que sentia ou como deveria agir. Estava confuso com tudo e queria ter paz para pensar.

- bin, espera!

Não soube quando começou a correr, mas os passos pesados dos dois garotos logo em seu encalço preenchia seus ouvidos e deixava seu peito doendo. Eles o alcançaram rapidamente, acabando por cair os três em cima da grama por um erro de cálculo do han, que tropeçou ao segurar o braço de changbin e chan caiu junto ao tentar segurá-los. Os três rolaram pela grama rindo, parando com os dois menores em cima do bang, por ele ter servido como proteção para a dupla.

- por que você começou a correr do nada? - jisung indagou entre risadas.

- eu não sei. - respondeu, tomando postura e cessando sua risada. - eu não sei.

Changbin sentou ao lado do corpo de chan, de costa para ambos, juntou os joelhos na altura do peito e os abraçou. Parecia que o desejo de ficar sozinho, pelo menos por agora, não poderia ser realizado. Ele escondeu o rosto entre os braços, pedindo para não ser questionado por nada no momento. A dupla ficou silenciosa de repente, do jeito que não era habitual deles, e changbin agradeceu mentalmente por aquilo, por mais que sentisse a movimentação deles ao seu redor.

- a gente fez algo de errado?

- não.

- você tá bravo com a gente?

- não, hannie, o problema não são vocês. - eles ficarem em silêncio. Changbin não sabia se deveria falar, e tinha medo da reação deles. - é complicado.

- o que é complicado, binnie? - chan indagou, tocando os fios negros da sua nuca, como sempre fazia quando ainda eram crianças.

Quando eram crianças. Changbin subitamente quis chorar, mas não entendia o que tinha de errado consigo já que nem aquilo conseguia fazer. Se sentia um amontoado de coisas erradas, um brinquedo defeituoso que fora feito apenas para carregar problemas.

- tudo, tudo é complicado, a todo momento. - ele desabafou com um enorme peso no peito. - eu só queria ser normal. - ele tomou um longo suspiro, seus olhos ardendo pelo acúmulo de lágrimas, mas nada saia, absolutamente nada.

- mas você é normal, bin.

- não, eu não sou! - bradou encarando jisung, seu peito ardia e seus olhos estavam embaçados. Era tarde demais para se esconder, o han suavizou sua expressão ao ver a confusão no semblante do menor, sem mostrar o mínimo intuito de se afastar por ele estar irritado. - eu sou a merda de um anormal esquisito!

- óbvio que não, changbin, por que você tá dizendo isso? - ele ignorou a pergunta do australiano, ficando de pé de supetão e dando a entender que iria embora, ou até mesmo começar a correr do nada como antes.

- se você continuar fugindo, não tem como a gente te ajudar! - jisung tentou argumentar.

- só diz logo o que tá acontecendo, somos seus amigos, a gente vai te entender.

- eu acho que gosto de vocês! - ele explodiu, falando mais alto do que deveria. - eu não sei o que tá acontecendo, eu só gosto de vocês dois, e eu me sinto errado por isso, porque, porra, nos três somos homens e isso não é normal! Lá no fundo não me sinto errado, mas eu sei que não é certo. Que merda, isso tá totalmente fora do meu controle! - ele puxou os cabelos para tentar aliviar o turbilhão que bagunçava seus pensamentos. Não devia estar falando nada com nada, porque nem mesmo se entendia, apenas queria colocar aquilo para fora de vez, não conseguia mais suportar, no entanto, mesmo agora, ainda não era o suficiente para aliviar o peso que carregava.

A expressão de choque da dupla não melhorou nem um pouco o sentimento de pânico que crescia no peito de changbin, a sensação de estar fora do controle das coisas deixava ele em desespero, sua respiração não funcionava direito e suas mãos tremiam ao segurar as mechas negras, puxando e as vezes arrancando alguns fios.

Jisung foi o primeiro a ficar de pé e ir até o moreno, segurando nos pulsos dele com calma e o forçando a soltar o cabelo. Ele abraçou changbin que tremia, sussurrando que estava tudo bem, sua mão afagando as costas do menor com quietude.

Sua respiração voltou ao normal quando chan apareceu, abraçando ele por trás e deitando a testa em seu ombro. jisung se afastou um pouco apenas para ter certeza que changbin estava bem, checando seu rosto e apertando suas mãos para esquentá-las.

- me desculpa por gostar de vocês. Me desculpa por enfiar vocês nessa situação, eu não queria ser assim, eu juro. Não fiquem com nojo de mim, eu prometo que vou tentar controlar isso, por favor, não me deixem sozinho de novo. - ele esfregou os olhos com força, controlando o ímpeto de puxar o cabelo novamente.

- para com isso, por favor. - chan que ainda o abraçava, apertou sua cintura com força, o suficiente para o menor prender a respiração pelo susto. - não peça desculpa por gostar da gente, não fale que vamos ter nojo de você, e nem cogite a ideia de que vamos te deixar sozinho, porque isso é a última coisa que faríamos.

- a gente gosta de você, changbin. - seu rosto foi capturado pelas mãos de jisung e erguido na direção dele, ele parecia calmo, um sorriso pequeno desenhando seus lábios bonitos. - se você soubesse o quanto eu gosto de você, seu nanico chato. - changbin ficou atônito, ignorando completamente o apelido. - como você nunca notou? Eu e o chan só faltava lamber o chão que você pisava, mas você jura que a gente vai ter nojo de você e te deixar justamente quando esse idiota fez a gente prometer que sempre seríamos nos três, pra sempre e independente de qualquer situação? Seu merdinha cabeçudo, a gente te ama! E daí que você é um garoto, e daí que a gente também é, que se dane o "normal", eu te beijaria na frente de todo mundo se você também quisesse! Que porra, você é tão tapado! - fora impossível não rir vendo jisung ficar estressado, ele era tão fofo. - não ri não, chan, você é tão tapado quanto ele.

- mas eu nem disse nada!

- justamente, se não fosse por mim que descobriu que você gostava de nós dois, a coisa nunca ia sair da amizade.

- qual é? Eu iria falar um dia. - ele resmungou, apertando changbin como um urso de pelúcia.

- talvez quando a gente tivesse casado e com oito filhos pra criar, e com certeza os filhos não seriam seu! - o castanho virou o rosto, ignorando o surto do menino. - maldito australiano tapado, e você também, seu bostinha.

- você fala muito palavrão.

- me dá um desconto, tô desde os dez anos guardando isso.

Eles ficaram em silêncio, na verdade, tudo ficou em silêncio, apenas o som distante das folhas das árvores se chocando por conta da ventania. Changbin puxou jisung pela roupa, trazendo ele para seus braços, mesmo já tendo chan grudado nas suas costas como um coala bebê. O han repousou a testa sobre o ombro livre do moreno, aspirando seu cheiro agradável de menta, enroscou os braços ao redor da sua cintura, mesmo que castanho fizesse o mesmo, mas de algum jeito aquilo dava certo. Eles pareciam se encaixar, mesmo sendo peças iguais de um quebra cabeça enorme.

- o que vai acontecer agora? - indagou baixinho, se sentindo estranhamente dormente, seu corpo leve demais, como se tivesse passado por uma enorme carga de estresse e precisasse descansar, ou talvez fosse apenas o sono que a madrugada trazia. Não sabia, mas sentir os corpos deles junto ao seu era bom, e ele não queria ser solto nunca.

- agora a gente se casa e vivemos felizes para sempre.

- não é assim que funciona, han jisung.

- você é muito chato e certinho, christopher bang.

- a gente vai no seu tempo, binnie. - ele só faltou ronronar quando o castanho acariciou sua barriga por cima do pano do moletom. Estava realmente sonolento.

- só não demore muito, ainda quero te beijar na frente de todo mundo.

- jisung! - o repreendeu. O garoto não deu a mínima, puxando changbin apenas para ele, mas chan o agarrou de volta com força.

- eu não sou um brinquedo, parem de me puxar. - ditou cansado demais para brigar com os dois. A dupla ainda se encaravam com mesquinhez. - tá bom, me soltem, não quero mais. - se afastou dos dois balançando os braços, andando pelo caminho que veio, já que o acampamento era por lá.

- espera, como assim você não quer mais? - chan indagou, correndo na direção do menor.

- defina não querer mais, changbin!

- não tô ouvindo vocês. - tapou os ouvidos usando as mãos.

- parem de correr, eu tô com os joelhos machucados! - exprimiu o outro moreno, juntando fôlego para acompanhá-los. - tenham empatia por mim, caralho!

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finalmente chegamos no capítulo dez, o que estão achando?

me dêem suas opiniões sinceras ok se tiverem alguma crítica construtiva para dizer esse é o momento. perguntas ou algo assim podem falar eu vou tentar responder todos.

vejo vocês na próxima semana 🙋‍♂️

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