CAPÍTULO 14 ✨
2 Semanas Depois
Caminho de um lado para o outro no meu quarto, impaciente, enquanto espero Maelle chegar. Hoje é a festa da empresa dos Beaumont, ou seja, a festa da família do meu "noivo".
Preciso estar impecável, mas uma tragédia aconteceu, o vestido que eu tinha planejado usar rasgou quando tentei colocá-lo há poucos minutos.
Mordo a ponta da unha, tentando conter minha raiva e indignação. O maldito vestido precisava mesmo rasgar minutos antes de eu sair para a festa?
Duas batidas na porta interrompem meus pensamentos. Peço que entrem, e a porta se abre, revelando Killian. Ele está impecável em um terno azul-marinho de três peças, com sapatos sociais perfeitamente lustrados.
— Estamos atrasados, Anahí. — Ele coloca as mãos nos bolsos da calça e me analisa. Suspiro, abrindo os braços antes de deixá-los cair novamente.
— Meu vestido rasgou. — A indignação é evidente na minha voz enquanto respiro fundo. — Minha irmã está trazendo outro para mim.
— Vou avisar ao motorista. — Ele faz um leve aceno e se vira para sair, mas para no limiar da porta. Por um instante, parece hesitar antes de me olhar novamente. Sem dizer mais nada, ele sai, batendo a porta atrás de si.
— Urgh, maluco. — Murmuro para mim mesma, marchando até a cama. Jogo-me de costas, fitando o teto. — Claro que tinha que dar errado.
A porta se abre novamente, e Maelle surge no quarto, impecável como sempre. Ela veste um longo vestido vermelho vinho com um decote elegante, que valoriza seus ombros. A peça ajustada ao corpo desce até o chão em uma fenda lateral, revelando um par de sandálias prateadas reluzentes. Seu cabelo está preso em um coque baixo e sofisticado, com algumas mechas soltas emoldurando seu rosto delicado. Nas mãos, ela segura uma capa preta grande, daquelas usadas para proteger vestidos.
— Como o seu vestido rasgou? — pergunta, curiosa, enquanto estende a capa para mim.
Pego a capa de sua mão, apoiando-a no colchão. Com dedos ansiosos, abro o zíper e, quando o tecido brilhante azul aparece, não consigo conter o sorriso.
— Sua sorte é que sempre tenho um reserva. — Maelle cruza os braços, orgulhosa de sua previsão.
— Obrigada, maninha, não sei o que eu faria sem você. — Dou-lhe um beijo rápido na bochecha, mas ela faz uma careta exagerada, fingindo protestar.
Seguro o riso e corro para o closet com o vestido, ansiosa para me trocar. Ao colocá-lo, me sinto deslumbrante. A peça é feita de veludo azul profundo, com um decote ombro a ombro adornado por delicados bordados escuros, que dão um toque de sofisticação. O corpete ajustado realça minha cintura, enquanto a saia desce suavemente, formando uma cauda elegante que se arrasta com graça.
Escolho uma sandália prata de tiras finas e salto alto, que brilha à luz do quarto. Para completar, uma bolsa de mão pequena, também prateada, com detalhes em pedrarias que combinam perfeitamente com o vestido.
Saio do closet e giro nos calcanhares para mostrar o resultado.
— E então, o que acha? — pergunto, com um sorriso de expectativa. Maelle dá um sorriso de aprovação.
— Você está linda — Bate palminhas animada e dou mais uma voltinha.
— Vamos torcer para que o resto da noite não seja tão desastroso quanto meu vestido rasgado — Ela ri, e cruza os dedos com um sorriso no rosto.
(...)
Ao sair do carro, sou imediatamente atingida por flashes descontrolados. Fecho os olhos, atordoada pela intensidade das luzes. Antes que consiga me recuperar, sinto um toque leve no braço. Killian me guia firmemente por entre os paparazzis enlouquecidos, abrindo caminho pela multidão.
— Meus olhos! — protesto, piscando ao abrir as pálpebras enquanto subimos os degraus que levam à entrada do salão. — Poxa, eles não respeitam ninguém.
— Eles não vão entrar aqui — Killian diz, olhando ao redor como se calculasse cada movimento. — Pode ficar tranquila.
Antes que eu possa responder, Maelle faz um gesto com a cabeça, apontando para onde Calíope Sinclair, irmã da Kylie, posa para as câmeras.
— Parece que algumas pessoas são imunes a flashes — comenta Maelle, sem esconder o tom sarcástico.
Sigo o olhar dela e vejo Calíope se exibindo para os paparazzis, que enlouquecem a cada pose dela.
— Não podemos negar que ela sabe como chamar atenção — digo, dando de ombros. — Eu gostava do trabalho dela, mas depois que descobri o que ela fez... simplesmente perdeu a graça.
— Graças a Deus a Kylie é uma ótima pessoa — Maelle junta as mãos, fingindo um gesto de oração. Então, com um sorriso, aponta para a entrada do salão. — O vovô chegou.
Minha irmã se afasta, indo em direção à segunda porta que dá acesso à festa. Respiro fundo e me viro para Killian, que parece perdido em seus próprios pensamentos.
— Certo. Tudo bem. Vamos lá. — Seguro no braço dele, e ele me encara, ofegante. — Você está bem?
— Estou. Só um pouco nervoso com a quantidade de pessoas — confessa, respirando fundo. — Podemos ir?
Dou uma risada suave, sem acreditar.
— Killian, você é o dono disso tudo! — digo, gesticulando para o salão ao nosso redor. Ele segue meu olhar com atenção. — Todos aqui dariam um mindinho para se sentar na sua mesa. Qual é? Você é o homem mais poderoso aqui dentro. Todos temem você.
Ele hesita.
— Eu acho...
— Não, Killian. Você precisa confiar mais em si mesmo — interrompo, apontando para ele, meu tom firme mas encorajador. — Só assim você vai conseguir viver em paz. Esqueça os outros. Foque em você.
Antes que ele possa responder, puxo-o em direção à entrada do salão. Ao chegarmos à porta, ajeitamos nossa postura.
Entramos no salão sob o peso de dezenas de olhares curiosos. Sorrio, cumprimentando algumas pessoas, enquanto Killian segue ao meu lado, seu rosto impassível. Ele não demonstra nada, mas sinto a tensão em sua mão, como se estivesse se esforçando ao máximo para não virar e sair correndo.
Nos sentamos à mesa junto com meu avô, Levi e Maelle. Cumprimento meu avô e Levi com abraços apertados. Apesar de ainda estar chateada com o vovô, não posso deixar isso transparecer na frente de todos.
— Não se engane, ainda estou brava — murmuro para ele enquanto aperta minhas bochechas, como sempre faz quando quer me desarmar.
— Traidor — sussurro, estreitando os olhos. Ele apenas ri, claramente se divertindo com a situação.
— Como está, Killian? — pergunta meu avô, mudando o foco para Killian.
Observo quando Killian umedece os lábios com a ponta da língua antes de responder. Meu olhar se fixa em sua boca, perfeitamente desenhada, e, de forma inconveniente, extremamente beijável.
— Muito bem, senhor Monteverdi — responde ele, gentilmente, o que faz meu avô abrir um sorriso ainda maior. — E o senhor, como está?
— Por favor, Killian, somos da mesma família. Me chame de Oliver — diz meu avô, apoiando a mão no peito. Killian faz um leve aceno com a cabeça, concordando.
— Claro, Oliver.
— Onde está o Nícolas? — pergunta Levi, olhando ao redor em busca do nosso irmão. — E o Elliot?
Solto uma risada curta, cruzando os braços sobre a mesa enquanto dou uma olhada pelo salão.
— Os dois juntos são sinônimo de encrenca — comento, revirando os olhos. — Principalmente aquele loiro oxigenado.
— Eles estão juntos? — Maelle pergunta, franzindo o cenho. Meu avô confirma com um aceno de cabeça. — Misericórdia — exclama Maelle, com as mãos no rosto, como se já antecipasse o desastre.
— Não é possível que eles estejam planejando alguma coisa justo hoje — Killian diz, seu olhar se voltando para a porta de entrada do salão, visivelmente preocupado.
— Pode acreditar, eles seriam capazes — afirma Levi, dando um tapinha no ombro de Killian antes de mudar de assunto para algo mais aleatório.
A conversa segue leve, com risadas ocasionais, quando percebo um movimento vindo do outro lado do salão. Levanto os olhos e vejo Aiden Beaumont, o avô de Killian, se aproximando com uma postura imponente. Apesar disso, o sorriso caloroso no rosto dele suaviza qualquer traço de seriedade.
— Oliver, sempre bom revê-lo — ele cumprimenta meu avô com um aperto de mão firme.
— Aiden, como está? — Meu avô pergunta e os dois conversam por um momento até Aiden Beaumont se voltar para os outros à mesa.
— Maelle querida — Minha irmã cumprimenta o senhor simpático com um abraço caloroso, típico de Maelle — Levi, o que está achando da festa?
— Está incrível senhor Beaumont — Meu irmão o cumprimenta com um aperto de mãos também.
— Por favor, me chama de Aiden, garoto — Aponta para Levi que ergue as mãos em forma de rendição.
Quando os olhos dele encontram os meus, o sorriso se abre ainda mais, me coloco de pé e o abraço também.
— Anahí, querida, que bom vê-la — ele diz com um tom gentil, me afasto mas permaneço com as minhas mãos nos seus ombros.
— Eu digo o mesmo Aiden — respondo — Pensei que iria nos visitar essa semana — Ele dá um leve tapa na testa como se lembrasse de algo.
— Perdoe-me querida, eu acabei ficando muito ocupado com os preparativos da festa— ele responde com pesar e o tranquilizo.
— Sem problemas, mas espero pela sua visita — Ele concorda e sua atenção vai até seu neto. No caso o Killian.
Ele coloca as mãos nos ombros do neto, em um gesto que transborda afeto.
— Killian, venha comigo por um instante. Preciso da sua ajuda para ver se o discurso da noite está bom — Killian solta um suspiro curto, mas assente sem reclamar.
— Com licença — ele diz, levantando-se com a elegância que parece natural para ele.
Meu olhar o segue automaticamente enquanto ele se afasta ao lado do avô. É impossível não notar como ele se destaca. Ele é alto, mas, de onde estou sentada, parece ainda mais. O terno três peças ajusta-se perfeitamente ao corpo dele, destacando seus ombros largos e o porte impecável.
Nunca reparei nele assim antes. Sempre o vi apenas como... Killian, meu falso marido. Mas agora, ao vê-lo de costas, andando pelo salão com aquela postura, sinto tudo em mim esquentar.
Pisco algumas vezes, tentando me concentrar em outra coisa, mas o pensamento permanece, Killian Beaumont não é só bonito. Ele é impressionante.
— O que tanto encara? — Maelle estala os dedos na frente do meu rosto, e eu pisco, sendo arrancada dos meus pensamentos.
— Nada — respondo rapidamente, desviando o olhar para longe do canto do salão, onde Killian está com o avô e duas mulheres. — Absolutamente nada.
Um garçom passa pela nossa mesa, e aproveito para pegar uma taça de champanhe. Tento me controlar, mas meus olhos me traem, voltando para a direção onde Aiden e a mulher morena começam a se afastar em direção ao pequeno palco, deixando Killian com a ruiva, que exibe um sorriso exagerado.
Sinto meus ombros ficarem tensos, e minha garganta seca. Semicerro os olhos enquanto observo a mulher colocar as mãos nos ombros de Killian. Ele está concentrado em uma pasta nas mãos, alheio ao toque dela, mas isso não ameniza o incômodo crescente no meu peito.
O garçom passa novamente, e eu pego mais uma taça. Depois outra. E outra. E outra.
— Anahí, já chega! — Meu avô me repreende, franzindo o cenho, mas suas palavras mal chegam até mim. Toda a minha atenção está nos dois no canto do salão.
Bebo cada taça uma atrás da outra, até que a última bate na mesa com um ruído seco. Aperto os punhos, minha mandíbula tensa enquanto analiso aquela mulher ainda alisando o ombro de Killian como se fosse a coisa mais natural do mundo.
De repente, levanto-me de forma abrupta, fazendo a cadeira ranger. Sem pensar, pego a taça da mão de Maelle e viro o champanhe de uma só vez.
— Anahí! — ela exclama, surpresa, mas ignoro.
Tudo o que consigo pensar é que preciso acabar com aquela cena, de um jeito ou de outro.
Sem pensar em mais nada, caminho em direção a eles com passos rápidos, mas mantendo a elegância. Passo por entre as mesas, ignorando os olhares curiosos, até finalmente alcançá-los. Sem hesitar, retiro a mão dela do ombro de Killian. A mulher arregala os olhos, surpresa, e eu me coloco à frente dele.
— Posso saber o que está acontecendo aqui? — pergunto com um sorriso falsamente cordial enquanto a encaro. — Por que está alisando ele?
— Bom… eu… sou uma pessoa do toque — ela responde, erguendo as mãos em um gesto defensivo. Aponto para ela, sentindo meu sangue ferver.
— O meu marido não gosta que toquem nele, então saia daqui — ordeno, fazendo um gesto com a mão. Ela pisca algumas vezes, visivelmente desconfortável. — Agora! Estou mandando você sair.
— Anahí… — Killian chama meu nome em um tom baixo, mas firme, tentando me conter.
Ignoro completamente. Cruzo os braços, minhas mãos firmes sobre minha cintura, enquanto continuo encarando a mulher.
— Anahí, estão olhando para nós — ele murmura, o tom mais grave agora.
— Eu não me importo! Quero que ela saia daqui! — respondo, apontando novamente para a mulher, que parece prestes a evaporar de vergonha.
Killian respira fundo, frustrado, antes de envolver meu corpo com um braço firme, puxando-me para longe.
— Vamos resolver isso em outro lugar — ele diz entre dentes, me arrastando em direção a uma cortina vermelha que esconde uma porta discreta.
— Me solta, Killian! — protesto em voz baixa, mas ele não responde.
Saímos do salão e adentramos um corredor escuro e silencioso. Não ando, sou praticamente arrastada por Killian, que continua em silêncio absoluto, sua mandíbula rígida. Após passarmos por outra porta, consigo me soltar do seu aperto e me viro para ele, mas minha atenção é rapidamente desviada pelo cenário ao meu redor.
Estamos em um jardim deslumbrante. Um gramado impecável se estende à nossa frente, pontuado por canteiros floridos que parecem um arco-íris vivo, com flores exóticas em tons vibrantes de azul, amarelo, lilás e vermelho. Há uma pequena fonte de mármore no centro, de onde jorra água cristalina que reflete as luzes suaves de lanternas penduradas em árvores majestosas ao redor. Caminhos de pedra polida serpenteiam pelo espaço, levando a recantos escondidos com bancos ornamentados e arbustos podados em formas artísticas.
Uma brisa leve traz o aroma fresco de jasmim misturado com o perfume doce das flores, e o som da água corrente se mistura ao canto distante de alguns pássaros noturnos. O céu acima está limpo, salpicado de estrelas que parecem brilhar ainda mais intensamente neste lugar mágico.
Por um momento, esqueço a confusão que acabou de acontecer. É impossível não ser tocada pela beleza deste lugar.
— O que pensa que está fazendo? — Killian pergunta, sua voz grave me puxando para fora do transe. — Todos estavam olhando para nós.
Ele passa as mãos pelo rosto, visivelmente exasperado, e começa a andar pela estrada de pedras. Ergo a barra do meu vestido e vou atrás dele, meus saltos ecoando no chão, enquanto ele esfrega a cabeça com as mãos, claramente irritado.
— O que eu estava fazendo? — replico, apressando meus passos. — Se eu não fizesse nada, provavelmente achariam que você estava me traindo!
Ele solta uma risada abafada, quase cínica, mas continua caminhando, os passos largos me obrigando a quase correr para alcançá-lo.
— Ela estava alisando você, Killian. E de uma forma muito íntima.
— Pelo amor de Deus, ela é a organizadora do evento — ele retruca, finalmente abaixando as mãos, mas seus punhos cerrados denunciam sua frustração.
— Organizadora ou não, isso não muda nada — retruco, estalando a língua contra o céu da boca.
— Você sempre age de forma tão impulsiva? — Ele para abruptamente e se vira para me encarar.
— Impulsiva? — repito, deixando uma risada debochada escapar. — Primeiro a garçonete do restaurante, agora a organizadora do evento. Você tem cara de anjo, Killian, mas na verdade é um safado.
Ele volta a caminhar, agora apressando ainda mais os passos, claramente tentando encerrar a conversa. Mas eu o sigo, mesmo com minha "corridinha ridícula" por causa dos saltos.
— Volte para dentro, Anahí — ele pede, sua voz rouca, quase sombria. Se ele acha que esse tom vai me intimidar, está muito enganado.
— Volte você — rebato, cruzando os braços, desafiadora. — Killian para novamente, sua mandíbula travada enquanto me encara, o olhar carregado de algo que não consigo identificar.
— Volte, Anahí — ele insiste, dessa vez mais baixo, quase como uma ordem.
— Por quê? Para você trazer sua amante para cá? — provoco, e vejo a paciência dele se esgotar quando ele solta outra risada sem humor, um som quase perigoso.
— Olha aqui, Killian… — começo, mas ele me interrompe, se aproximando de repente, tão rápido e decidido que fico sem palavras.
— Pare de falar — ele pede, a voz baixa e firme, enquanto se aproxima, ficando a centímetros de mim. O calor do seu corpo é quase palpável, e o espaço entre nós parece inexistente. — Pare.
A última palavra sai em um sussurro, carregada de algo que faz meu coração disparar. Ele encara meus olhos, e meu olhar vacila entre os seus e sua boca perfeitamente desenhada.
— Não — digo, firme, mantendo a postura. Ele fecha os olhos e respira fundo, como se tentasse recuperar o controle que está lentamente escapando. — Não vou ficar calada. Para coisas que acho erradas, eu nunca vou…
Antes que eu termine, ele me cala. Seus lábios cobrem os meus de uma forma que rouba todo o ar dos meus pulmões, e o mundo ao nosso redor desaparece. Minha respiração falha em um suspiro de satisfação, e minhas mãos se movem quase automaticamente até seus ombros, depois seu rosto, sua nuca.
Por um momento, as mãos dele permanecem imóveis ao lado do corpo, como se hesitassem, mas eu as alcanço, guiando-as até minha cintura. Quando ele finalmente me puxa contra si, um gemido escapa dos meus lábios, ecoando entre nós.
Minha língua invade sua boca, explorando-o sem reservas, e o som grave que ele emite em resposta é tão delicioso quanto perigoso. Mordo levemente seu lábio inferior, arrancando outro gemido rouco dele, e sinto suas mãos apertarem minha cintura com ainda mais força.
— Não… não pare. — Seguro Killian novamente quando ele tenta se afastar. Com determinação, guio sua mão até minha cintura, deslizando-a para baixo, até que ele toque minha bunda. — Pode pegar.
— E… eu não… sei fazer isso. — Ele confessa com a voz baixa, a testa colada à minha. Seus olhos, agora abertos, me observam com intensidade, enquanto minha mão acaricia seu rosto em um gesto suave.
— Eu ensino você. — Respondo, balançando a cabeça em concordância. Sem esperar, beijo sua mandíbula, deslizando os lábios devagar até sua boca. O gosto doce de bala de morango me preenche.
Um gemido escapa involuntariamente quando as mãos de Killian apertam minha bunda, me forçando a ficar na ponta dos pés, mesmo com os saltos.
Minhas mãos sobem para seus ombros, deslizando até sua mandíbula enquanto o beijo se intensifica. Ele me segura firme, sem nenhum pudor, como se o mundo tivesse deixado de existir.
— Killian — A voz grave nos interrompe como um balde de água fria. Afasto-me rapidamente, limpando a boca com as costas da mão, ciente do provável borrão de batom — Anahí?
O senhor Aiden está a poucos metros, com o cenho levemente franzido. Engulo em seco, sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha. Ele viu.
— Eu… eu vou ver se meu avô está bem. — Killian murmura, com o rosto escondido nas mãos, como se tentasse recuperar o fôlego. — Com licença.
Passo pelo senhor Aiden rapidamente, evitando seu olhar, o coração disparado. Assim que chego ao corredor, encosto-me à parede e respiro fundo, tentando processar o que acabou de acontecer.
Meus dedos tocam meus lábios ainda sensíveis, e, antes que eu perceba, um sorriso tímido se forma. Não consigo conter uma risada baixa ao lembrar da cena. Retomo meu caminho, ainda com as lembranças do momento pulsando em minha mente.
🌟 ACONTECEU MENINAS! AHHHHH
🌟 SURTANDO COM ESSE BEIJÃO 😙
🌟 VOTEM E COMENTEM AMORES ❤️
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro