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CAPÍTULO 13 ✨

3 Dias Depois

Conviver com Anahí é uma tortura sufocante. Não porque eu a odeie, seria tão mais fácil se esse fosse o caso. O problema é que, toda vez que estou perto dela, sinto algo estranho. Algo que me escapa ao controle, por mais que eu lute contra.

Aquela língua afiada, sempre pronta para me desafiar, me faz pensar em coisas absurdas, o tipo de coisa que eu preferia não imaginar. Nenhuma mulher jamais conseguiu me tirar da sanidade como ela faz, e com uma facilidade que chega a ser irritante.

Respiro fundo, tentando focar no que realmente importa. Mas, antes que consiga retomar a concentração, a porta da minha sala se abre bruscamente.

— Kill — a voz de Elliot corta o silêncio enquanto fecho o notebook em um gesto automático. Ele não está sozinho. Quando ergo a cabeça, encontro Levi e Nícolas, irmãos de Anahí, logo atrás dele.

— O que você estava fazendo? — Elliot pergunta com aquele tom despreocupado de sempre, enquanto caminha até a poltrona.

— Apenas analisando minha agenda da semana — respondo, levantando-me e fazendo um gesto para que Levi e Nícolas se sentem.

— Boa tarde, cunhado — diz Nícolas, com um leve tom de brincadeira, enquanto se acomoda na cadeira à frente da minha mesa.

— Não ligue para ele, Killian. O Nícolas está com o humor ácido hoje — comenta Levi, sentando-se ao lado do irmão. Elliot ri baixo.

— Percebi. Poderia compartilhar o motivo de tanto sarcasmo, cunhado? — devolvo, com a mesma ironia, o que faz Nícolas sorrir e Levi me lançar um olhar surpreso.

— Mais uma discussão com a cunhada dele. Digamos que ela não seja como a Killye e o enfrente de frente — Levi gesticula levemente, observando o irmão com uma expressão divertida. — Coisa que o nosso querido Nícolas detesta.

Nícolas grunhe, batendo a mão sobre minha mesa, fazendo tudo nela balançar.

— Aquela pirralha malcriada acha que pode se intrometer no meu relacionamento.

— Intrometer? — Elliot pergunta, levantando-se e se aproximando de Nícolas. — Você traiu a irmã dela. Saiu reportagem com fotos, vídeos, tudo.

— Não foi traição! A irmã dela não se importou, por que diabos ela tem que se importar? — Nícolas rebate, levantando-se e apoiando as mãos na mesa. — Aquela mulher é uma bruxa, uma maldita bruxa intrometida.

— Não sabia que traía a Killye. Ela é tão gentil — comento, batucando os dedos na mesa. Nícolas respira fundo antes de responder.

— Nosso relacionamento é aberto — ele ajeita a postura, abrindo os braços em sinal de exasperação. — Por que diabos todo mundo me julga por isso?

— O vovô devia ter casado você, não eu — a voz dela surge da porta. Todos nós viramos a cabeça ao mesmo tempo, e lá está Anahí. A mulher que assombra os recantos mais obscuros do meu cérebro. Ela cruza os braços e me lança aquele olhar carregado de desafio. — Outra vez essa história de relacionamento aberto?

— Fala sério, Anahí — Nícolas apoia as mãos nos quadris, visivelmente irritado. — Até você? Pensei que gostasse de mim.

— E eu gosto, mas traição não tem perdão — ela retruca, apontando o dedo para ele, que apenas cruza os braços e respira fundo.

— Não foi traição! Quer saber? Pensem o que quiserem. Estou cansado de explicar essa porra!

— Calma, Nícolas. Eu entendo você — digo, tentando apaziguar a situação.

Anahí passa na frente do irmão, ignorando-o por completo. Ela para diante de mim, olhos semicerrados, as sobrancelhas franzidas de maneira ameaçadora.

— Como é, Killian? — Sua voz soa doce, mas o olhar que me lança é uma promessa de tormenta. — Caso me traia, eu arranco seus olhos.

— Você adora ameaçar as pessoas de morte, né? — Arqueio as sobrancelhas, encarando-a. Anahí apenas maneia a cabeça com um sorriso cínico. — E, por sinal, eu não sou infiel.

— Acho bom. Porque, se for, vai acabar ficando sem seu "amiguinho" aí. — Ela aponta para mim de forma insinuante, e sinto meu rosto arder de vergonha — Qual é, Killian, não precisa ficar com vergonha de tudo — completa, sem um pingo de remorso.

— E você não precisa ser indiscreta com tudo, maninha — interrompe Levi com um tom amistoso, lançando-lhe um olhar de repreensão leve.

Anahí ergue as mãos como se estivesse se rendendo. 

— Tudo bem, não está mais aqui quem falou — Ela então apoia sua bolsa sobre minha mesa e se encosta em Nícolas, que permanece calado. — Acabei de sair da costureira. Fui tirar as medidas para o vestido da festa da empresa da sua família.

— Espero que a festa deste ano seja melhor que a do ano passado — comenta Elliot enquanto se joga no sofá em uma posição fetal, como se quisesse cochilar. — Acreditam que o Killian não foi na festa do ano passado?

— Eu acredito. — Anahí cruza os braços e me observa por alguns segundos, como se me estudasse. — Ele é discreto demais. Aposto que vai querer ir embora cedo este ano também.

— Ele sempre faz isso — Elliot ergue os indicadores, dramatizando. — Sair com ele às vezes é um saco.

— Estou vendo que sou o alvo das críticas hoje — murmuro, sem conter o tom ácido. Levi apenas dá de ombros, enquanto batuca os dedos na mesa com desdém.

— Melhor você do que eu, geralmente sou eu o alvo — responde ele, levantando-se com um suspiro. Em seguida, alisa o paletó, abotoando-o com calma. — Vamos? Está na hora do almoço, e estou morrendo de fome.

— Quando é que você não está? — Anahí pega sua bolsa, lançando um olhar sarcástico ao irmão. — Se deixar, ele devora tudo da despensa em uma única noite.

— Estou em fase de crescimento, esqueceram disso? — Brinco, rindo baixo com eles. — Vamos?

— Claro. — Anahí pega sua bolsa, enquanto Elliot se levanta e cruza os braços, virando-se para ela com aquele olhar de criança arteira. — O que foi, loiro oxigenado? — pergunta ela, arqueando as sobrancelhas.

— Você não está convidada, senhora Beaumont. — Elliot lança, cheio de drama e com tom brincalhão. — É um almoço entre homens.

Anahí vira-se para mim, olhando por sobre o ombro. Sem pensar muito, me levanto calmamente.

— Vai ter que voltar pra casa, furacão Katrina. — Elliot provoca novamente, arrancando um suspiro impaciente dela.

— Não vai dizer nada, Kill? — Ela me encara, mas antes que eu consiga responder, Elliot segura o riso. — Eu vou colocar fogo em você, Elliot! — ameaça, apontando o dedo para ele, que apenas revira os olhos.

— Você não foi convidada, Cracatoa. — Ele diz segurando o riso, ao observar os dois se implicarem como crianças, deixo uma breve risada escapar.

— Alguém já te falou que você parece um patinho molhado? — retruca Anahí, passando por ele com desdém. Elliot pisca algumas vezes, sem palavras, enquanto ela segue em direção à porta — Vamos logo, vou ligar para Harper e Maelle — declara, irritada, mas cheia de atitude.

— E a Killye também! — Levi provoca com um sorriso, e Nicolas, impassível até então, avança para cima dele — CHAMA A IRMÃ DELA TAMBÉM! — Levi grita enquanto corre para a saída, rindo alto.

— Seu moleque! — Nicolas dispara atrás dele, deixando o ambiente em um alvoroço.

Solto uma risada curta, balançando a cabeça em negação. Quando olho para o lado, Elliot já está ao meu lado, jogando o braço sobre os meus ombros.

— Vamos logo antes que alguém resolva incendiar a empresa. — Ele brinca, me acompanhando para fora do escritório.

(...)

— Finalmente, eu estava desfalecendo de fome — Elliot agradece quando os garçons colocam os pratos à nossa frente.

— Como pode ser tão exagerado? — Maelle ajeita a boina azul no topo da cabeça e lança um sorriso divertido para Killian, que balança a cabeça em negação. — Ele sempre foi tão dramático assim, Killian?

— Era pior, um pouco — Killian responde, antes de bebericar meu suco. Elliot dá de ombros, como se as provocações não o afetasse — Bom apetite.

— Bom apetite — respondemos em uníssono, antes de começarmos a comer.

O silêncio se instala na mesa, e isso só confirma o quanto todos estavam famintos. Ninguém parece disposto a iniciar uma conversa.

Aceno para a garçonete, que se aproxima desfilando com confiança em seu salto agulha vermelho. Ao parar ao meu lado, ela sorri. Mesmo encarando seus olhos, percebo o gesto sutil de ajustar o decote. Ela se inclina ligeiramente e umedece os lábios antes de falar.

— Pois não, senhor Beaumont? — diz ela, com a voz macia. Desvio meu olhar para o cardápio em mãos. — O que deseja?

— Um suco de abacaxi com hortelã e duas pedras de gelo, por favor. — Fecho o cardápio, e ela se endireita, adotando uma postura completamente ereta.

— Claro, senhor. Volto em um minuto. — Concordo com um breve aceno, e ela se afasta, deixando a mesa mais uma vez.

— Sobre a festa da sua família... — Harper quebra o silêncio após terminar sua mini salada. Como essa mulher consegue comer só isso? — Será um baile de gala?

— Sim. O tema deste ano é inverno — explico, lembrando do hábito peculiar do meu avô. Todo ano ele escolhe um tema diferente, como se fosse um ritual sagrado. — Meu avô tem uma fascinação por festas temáticas.

— Eu e minha mãe fomos convidadas — Harper comenta despreocupada, dando de ombros. — Estou animada para ver como são as festas dos Beaumont. É o primeiro ano que convidam a minha família.

— E a nossa também — Levi acrescenta, o que me faz arquear as sobrancelhas. Achei que as famílias da elite de Ottawa eram convidadas todos os anos — Isso é estranho. Somos convidados para todas as festas, menos as dos Beaumont.

A garçonete retorna à mesa com o meu pedido, colocando o copo à minha frente com cuidado. O som dos talheres de Anahí batendo contra o prato de porcelana preenche o ambiente. Assim que a moça se afasta, pego o copo de suco, tomo um gole e saboreio o frescor revigorante que invade meu paladar.

— Geralmente as festas são exclusivas para os funcionários da empresa — Anahí explica, cortando o bife com precisão. — Este ano, seu avô decidiu convidar as famílias da elite para realizar leilões e arrecadar doações para ONGs de caridade.

— Onde você ouviu isso? — pergunto, surpreso.

— Li em uma revista. Seu avô deu uma entrevista exclusiva — responde, levantando os olhos do prato.

— Eu não sabia disso — admito, pensativo.

— Espero que dê certo e consigam boas doações para as ONGs — ela diz, balançando a cabeça em concordância.

— O que importa é que vamos beber muito nessa festa. Faz tempo que não extrapolo na bebida — Nícolas comenta entusiasmado, arrancando uma gargalhada de Anahí.

— Concordo plenamente! — Harper estala os dedos, animada. — Vamos aproveitar ao máximo a festa dos Beaumont.

— O Killian deve estar assustado com essas conversas esquisitas de vocês — Levi provoca, rindo, enquanto ergo as mãos em um gesto de rendição. — Vai acabar tendo que vetar a entrada dos dois.

— Me lembrem de riscar o nome deles da lista — digo, com falsa seriedade, arrancando risadas de todos à mesa.

O almoço corre de forma leve e descontraída, cheio de risadas e conversas bobas. No entanto, Anahí está estranhamente silenciosa, o que é incomum para alguém tão tagarela.

Quando nos despedimos dos outros, seguimos para o meu carro. Anahí permanece quieta, com o olhar fixo na janela. O silêncio dela me incomoda, mas decido não dizer nada. Não sei o motivo de sua aparente irritação e prefiro respeitar seu espaço.

Adiantei todo o meu trabalho na empresa. Pelo menos por hoje, prefiro ficar em casa, no silêncio do meu lar, a permanecer na empresa sem fazer absolutamente nada. Estou cansado demais para enfrentar o silêncio perturbador da minha sala.

Ao chegar em casa, Anahí sai do carro sem dizer uma palavra. Franzo o cenho enquanto a observo marchar para dentro de casa com pressa e determinação. Saio do carro, fecho a porta e entrego as chaves ao motorista.

— Boa tarde, senhor Beaumont. — Ele me cumprimenta antes de entrar no carro. Aceno em resposta, sem dizer nada, e caminho em direção à porta de entrada.

Assim que entro no hall, o ar frio do ar-condicionado me envolve. Respiro fundo, deixando a sensação refrescante dissipar parte do peso do dia, e sigo para dentro da minha casa.

Subo para o meu quarto, tomo um banho rápido, visto uma roupa confortável e desço de volta para a sala de estar. Pego o livro que comecei há alguns dias, que estava largado na mesinha de centro, e me acomodo na poltrona, colocando meus óculos de grau.

O livro se chama "O Estrangeiro", de Albert Camus. A história tem um jeito estranho de me prender, talvez pela frieza do protagonista, Meursault, que parece alheio a tudo. 

Continuo minha leitura, imerso no silêncio da sala de estar. Esse momento de paz, no entanto, dura pouco. Um latido ecoa pela casa, arrancando meus olhos das páginas e levando-os diretamente à porta da sala.

— Páris — sussurro, reconhecendo a responsável pelo som. Fecho o livro rapidamente e, num impulso, salto por cima do encosto da poltrona. — Meu Deus, essa dálmata me odeia.

Outro latido. Desta vez, ele é seguido por um bocejo preguiçoso. A cadela entra na sala com a maior tranquilidade, caminha até o sofá e, sem a menor cerimônia, salta sobre ele, acomodando-se como se fosse a dona do lugar.

— ANAHÍ! — grito, chamando por socorro enquanto a dálmata ergue as orelhas, alertada pela minha voz. — ANAHÍ! — insisto, mas a pintada salta do sofá, começa a latir e vem em minha direção.

O pânico toma conta. Corro para fora da sala com a "dálmata assassina" no meu encalço. O corredor parece interminável, estreito demais, sufocante. Meu coração dispara enquanto minhas mãos ficam geladas, a adrenalina correndo solta.

Ao dobrar em direção à porta da sala de jantar, não consigo evitar o desastre. Bato em alguém com força suficiente para me desequilibrar e cair por cima da pessoa, que solta um gemido de dor.

Levanto a cabeça e, para o meu total desespero, vejo Anahí sob mim, o rosto contorcido em uma careta de dor.

— Killian, você enlouqueceu? — Anahí pergunta, a voz carregada de irritação. Levanto-me rapidamente, ajudando-a a ficar de pé. Ela apoia a mão na testa e faz uma careta de dor. — Minha cabeça...

— Me desculpe, mas… — Começo a me justificar, mas sou interrompido por outro latido. Instintivamente, me escondo atrás de Anahí, que finalmente tem uma visão clara da sua dálmata descontrolada. — Ela estava correndo atrás de mim!

— Senta, Páris! — Anahí ordena, apontando para a cadela, que obedece de imediato, soltando um choramingo fraco. — Menina má.

Respiro fundo, tentando controlar meu coração acelerado. Anahí se vira para mim, seus olhos me analisando com atenção.

— Não sei o que deu na Páris — comenta, gesticulando nervosamente. Antes que possa dizer mais alguma coisa, ela se desequilibra e cai para frente. Seguro-a rapidamente, impedindo que ela vá ao chão.

Minhas mãos estão firmes em sua cintura. A respiração dela é rápida, e seus olhos azuis, arregalados, encontram os meus. Ela está linda. Linda de uma forma que me tira o fôlego, ainda mais do que de costume.

Engulo em seco, umedecendo os lábios. O silêncio entre nós é interrompido apenas pelo som de nossos corações disparados. Percebo seus olhos descerem para minha boca, e isso me assusta. Dou um passo para trás, afastando-me apressado.

— Eu não sei o que há de errado com ela. — Anahí passa a mão pelos cabelos, jogando-os para trás, enquanto aponta para Páris, que nos observa com a língua para fora, completamente alheia à confusão que causou. — Ela me empurrou!

— Tudo bem. Eu… eu preciso ir. — Aponto para trás de mim, dando alguns passos em direção à saída. — Com licença.

Sem esperar por uma resposta, saio dali a passos largos. Algo estranho percorre meu corpo, uma sensação quente, quase sufocante. É como uma necessidade que eu não consigo identificar, mas que me consome.

— Meu Deus… — murmuro ao entrar no lavabo, trancando a porta atrás de mim. Respiro fundo, apoiando as mãos na madeira fria. Meu coração ainda está descompassado, e a imagem dela permanece gravada na minha mente, tão vívida quanto antes.

🌟 ESTÃO SENTINDO O CLIMA? 🫣
🌟 Então...eu esqueci de publicar o capítulo ontem kskkss
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