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Capítulo • 4


*Capítulo Revisado*

No caminho para a UTI, uma jovem se esbarra em mim e o prontuário que carregava cai no chão. Me abaixo para pegar, mas ela foi mais rápida.

— Me desculpe — diz ao me entregar o prontuário.

Olho para ela e percebo que andou chorando muito, por causa dos olhos vermelhos e nariz avermelhado. Ela parece ser novinha, suponho que pelo rosto angelical deve ter no máximo dezesseis anos.

Como se você fosse muito velha Safira – minha consciência zomba.

— Obrigada, não foi nada. — A tranquilizo pegando o prontuário. Continuo lhe encarando e ela me parece perdida. — Posso ajudá-la em alguma coisa? Está perdida?

— Não obrigada. É que.... — murmura e para quando as lágrimas voltam a escorrer pelo seu delicado rosto.

Não resisto e a puxo para um abraço tentando a confortar com palavras enquanto ela chora dolorosamente em meu ombro. Fico ali a abraçando, não sei quanto tempo passa mas não me importo, pois o que essa menina precisava era de um abraço.

Sinto através do meu sexto sentido que ela é muito carente, mas não sabe demonstrar para alguém, por isso sentiu conforto no abraço de uma estranha. Isso me deixa com o coração apertado por uma menina tão nova carregar nas costas um peso tão grande e não saber se abrir com alguém.

Estou acostumada a deduzir o estado da pessoas apenas com um olhar, isso ajuda na profissão. Muitas das vezes uma pequena mudança na expressão fácil ou corporal daquela pessoa indica o que ela pode ter esquecido de mencionar sobre o seu estado de saúde.

Por isso, com apenas um olhar para essa menina eu vejo que o seu jeito retraído com alguém muito perto dela, seja ao falar comigo e ela não olhar em meus olhos, ter o semblante mesmo com a dor estar repleto de medo e rejeição. Por isso seu olhar está focado no chão ou qualquer lugar menos na pessoa que está conversando.

Por minutos fico ali a confortando até que ela se acalma.

— Me desculpe novamente. É que meu irmão sofreu um acidente ontem, e acabou entrando em coma. A culpa é minha. — Funga e um soluço escapa por seus lábios.

— Olha pra mim. — Seguro seu rosto e a faço olhar pra mim, enquanto limpo suas lágrimas com o polegar. — Isso não foi sua culpa, qual seu nome?

— Thea McDemott — responde chorosa e acho estranho ela ter o mesmo sobrenome do meu paciente.

Será que é a irmã dele?

Nunca tinha ouvido falar desse sobrenome até hoje quando o diretor do hospital me entregou o prontuário.

— Então Thea, seja lá o que tiver acontecido, não foi sua culpa. — Tento convencê-la, pois ela não pode se culpar por um acidente. — Espera, o nome do seu irmão por um acaso é Diogo McDemott?

— Sim, por quê? — questiona e olha para mim desconfiada como se tivesse que ouvir essa pergunta todos os dias.

— É que seus sobrenomes são iguais, só isso — respondo o óbvio.

— Tudo bem, achei que você fosse uma daquelas mulheres que vivem correndo atrás do meu irmão. —  Revira os olhos.

— Não precisa se preocupar com isso, não tem o mínimo perigo de me ver correndo até ele. Se você fala que tem esse tanto de mulher que corre atrás dele suponho que seu irmão deve ser o maior mulherengo. Me desculpe falar assim dele, mas de homens assim, eu quero é distância — afirmo tão rápido que quando termino tenho medo que ela ache ruim o modo no qual me referi ao seu irmão.

Para a minha surpresa a menina que agora a pouco estava chorando, começa a rir descontroladamente. Fico sem reação a olhando.

— Sou sua fã! — diz depois de um tempo secando as lágrimas que antes era de tristeza e agora provém do ataque de riso no qual não entendi nada. — Qual é o seu nome? É sério, virei sua fã agora!

— Safira Rothwell. — Estranho esse papo de fã.

— Então Safira, sou sua fã porque você é a primeira mulher a falar isso do meu irmão. — Me encara com admiração, o que é muito estranho considerando que a conheci agora a pouco.

— Nem sei o que falar... — murmuro, realmente não sei mesmo.

— Olha Safira, isso vai soar estranho, já que nos conhecemos agora a pouco. Mas senti uma ligação com você, é como se pudesse confiar plenamente em você, e  — pausa e respira fundo como se o que fosse pedir exigisse um grande passo dela —, será que poderia ser sua amiga?

— Pode — respondo ainda com dúvida e sou surpreendida com um abraço.

— Muito obrigada, você não vai se arrepender — diz e de repente ela repara nas minha roupas. — Você trabalha aqui?

— Sim, sou enfermeira. Para falar a verdade, fui escolhida para tratar exclusivamente de seu irmão — resolvo falar, já que vamos nos ver muito por aqui.

— Por isso que você me perguntou dele? — pergunta e apenas assinto. — Só você vai cuidar dele? — outra pergunta e apenas me limito a assentir novamente. — Isso vai ser interessante — diz para si mesma, mas eu escuto.

— O que vai ser interessante? — questiono desconfiada.

— Nada não, agora tenho que ir — diz ao me abraçar novamente. — Tchau, Safira. Creio que vamos nos ver muitas vezes e não vai ser apenas por você estar cuidando do meu irmão ou por sermos amigas, então até mais. — Sai toda saltitante o que é mais estranho ainda.

Não entendi nada do que ela quis dizer com isso.

Suspiro, e volto ao meu caminho antes de ser interrompida pelo Furacão Thea.

Sorrio com essa definição, pois descreve exatamente a Thea. Ela é um furacão de emoções, agora me bateu uma dúvida se fiz certo em aceitar essa amizade. Não queria me aproximar mais do que necessário dessa família, mas agora não tem mais volta, só espero não me arrepender dessa amizade.

Ao chegar na UTI acho estranho ter um homem parado ao lado da porta. Pergunto ao médico responsável quem é esse homem e ele me informa que é o segurança do senhor McDemott. Ainda me sentindo estranha por tomar a proporção de quão o Diogo é importante, pergunto sobre o seu estado clínico.

Pelo que o médico me diz sobre o estado dele, revela ser mais grave do que imaginava e que foi um verdadeiro milagre ele ter sobrevivido ao acidente. Diogo teve uma concussão, que pode ou não gerar sequelas, que iremos descobrir quando for retirado do coma induzido, teve apenas uma fratura na perna que se encontra agora com a tala e gesso, e foi submetido a duas cirurgias para conter hemorragias internas.

Com esse acidente e a gravidade do seu quadro clínico, a possibilidade dele ter morrido na hora era de 90%, uma grande porcentagem.

Me despeço do doutor Marcus Cavill, um homem que o considero quase como um pai. Desde que comecei a trabalhar aqui, ele sempre me ajudou. Não só a mim como a Jade também, ele cuida de nós como se fossemos suas filhas. Fico emocionada por isso, ainda mais quando ele lembra tanto meu pai com seu jeito carinhoso e paterno.

Respiro fundo, abro a porta da UTI após ter cumprimentado o segurança apenas com um meneio de cabeça e ter colocado os EPis – Equipamento de Proteção Individual –, o que é muito importante. Um paciente em UTI tem um grande risco de pegar alguma infecção com facilidade, então todo cuidado é pouco.

Entro e tenho o primeiro vislumbre do meu paciente. Me aproximo da cama, de repente meu corpo trava e um arrepio percorre meu corpo quando o encaro melhor. Fico deslumbrada com tamanha beleza por alguns segundos, depois sinto vontade de me bater mentalmente.

Não devia estar reparando isso quando ele é apenas o meu paciente. Mas simplesmente não posso ignorar esse homem que mesmo estando tão ferido ainda é belo, de uma forma que desconheço.

Isso nunca ocorreu, nunca fui daquelas enfermeiras que analisa aparência física como mulher de algum paciente, sempre fui responsável e analisei apenas em busca do seu bem estar em relação a sua saúde.

Sem controlar minha reação meu olhar desce pelo seu corpo. A cama da UTI mal contém sua enorme estrutura física de puro músculo.

Uma pele bronzeada, um rosto másculo com uma barba bem aparada e uma boca carnuda que promete prazer. O cabelo castanho escuro que parece tão sedoso que tenho a vontade de passar a mão.

Espera! O que eu estou pensando? Mal conheço o homem e quero fazer carinho nele? – penso horrorizada.

Me afasto da cama assustada pela minha reação ante esse paciente. Eu não sou assim. Não sou uma enfermeira que possui algum desejo pelo seu paciente, nunca fui e não vou ser. Também nunca mais reparei tanto em um homem depois do que o Robert fez comigo. Balanço a cabeça e me forço desviar meu olhar dele.

Agora entendo o que Thea quis dizer quando comentou que as mulheres correm atrás dele. Mesmo dormindo sua expressão é forte e séria, como se não conseguisse relaxar nem para dormir, mesmo induzido.

Olho para o relógio em meu pulso e vejo que meu turno acabou tem vinte minutos. Devo ter enrolado no momento que esbarrei com a Thea.

Forço meus pés a irem em direção a porta, meu corpo ainda está trêmulo pelo simples fato desse paciente que eu nunca vi na minha vida, mesmo dormindo me afetar tanto. Toco a maçaneta e meu olhar segue mais uma vez até ele, parece que tem um imã que puxa meu olhar para ele.

Isso está muito estranho deve ser cansaço.

Tento me convencer, mas não tenho tanto sucesso.

— Diogo McDemott... — sussurro seu nome antes de abrir a porta e sair.

Nem sei o porquê de ter falado seu nome.

Mas ao falar senti algo, uma sensação de paz e conforto, apenas por falar seu nome.

Revisado
14/05/2020

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