Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo • 14

*Capítulo Revisado*

O tempo tem um jeito estranho em nos fazer sentir sempre como reféns dele.

Isso sempre acontece, porém depois que conheci Diogo McDemott, essa afirmação apenas se tornou ainda mais verdadeira; uma semana se passou, e depois disso mais semanas se passaram igualmente rápidas. Ao meu redor tudo virou apenas um borrão, me senti como uma telespectadora da minha própria vida, estava vivendo no automático e apenas acordei quando chegou na semana do meu aniversário.

Sobre o Diogo, nessa passagem rápida das semanas, foi encaminhado para o quarto. O seu quadro clínico apresentou bastante melhora durante essas semanas; para nosso alívio e de sua família. Infelizmente agora o que nos restaria era a espera. Espera para que ele acordasse sozinho.

Aquela confusão de sentimentos dentro de mim simplesmente sumiu, ou pelo menos eu espero que tenha sumido por completo. Não entendi o que houve e ainda não entendo. Mas o alívio a cada vez que eu chegava perto dele e não sentia aquela angústia por não saber o que estava acontecendo comigo, era enorme. Acho que Eleonor pode ter notado isso, ao olhar para mim e não ver algo que lhe indicasse o que eu sentia pelo seu filho.

Isso não a fez me tratar mal, pelo contrário, a família McDemott tem me acolhido de um modo que aquece meu coração, me tratam como se eu fosse da família. Ao fazerem isso, sinto uma melancolia por lembrar dos meus pais.

Minhas mãos estão trêmulas e o prontuário que estou segurando prova o que realmente estou sentindo. Respiro fundo para controlar minha emoção.

Chegamos tem poucos minutos, e Jade com relutância me deixou na sala onde guardamos nossos pertences. Ela sabe o quão mal fico nesse dia. Entretanto, não posso deixar de lado meus pacientes por causa disso. Ao entrar no hospital tenho que tentar ao máximo deixar o que quer que tenha acontecido comigo para fora.

Mas sempre é difícil, ainda mais nesse dia em questão. Hoje eu completo vinte e três anos, e infelizmente se completa dezesseis anos que meus pais morreram. Mesmo depois de tantos anos, ainda se é difícil passar por esse dia. Foram longos anos de consultas com uma psicóloga para conseguir suportar um pouco mais o que aconteceu, mas não há terapia que me faça esquecer meus pais e a tragédia que ceifou suas vidas.

Olho para o relógio e resolvo ir conversar com o Diogo, um pouco pelo menos, antes de alguém da sua família chegar novamente. Toda manhã o acompanhante que ficou durante a noite vai para casa e poucas horas depois chega outra pessoa, entretanto os seguranças nunca saem dos seus postos, principalmente Alaric.

Comecei a conversar com o Diogo poucos dias após minha conversa com Eleonor naquele dia confuso. Foi algo tão natural que apenas percebi que estava conversando, quando terminei de realizar os devidos procedimentos, e depois daquele dia sempre que ficava sozinha conversava um pouco com ele.

Posso não sentir mais aquela angústia, mas não deixei de me sentir segura perto dele. E isso me traz uma sensação de medo, por me sentir segura e protegida perto de um homem que pode acordar a qualquer momento. Não sei como ele irá me tratar, afinal, tenho em mente que ele escuta tudo que estou lhe dizendo.

Com certeza deve me achar uma louca por falar com ele. Isso se esperaria da família, e não de uma desconhecida. Infelizmente não consigo parar de falar, quando estou fazendo algo com ele acabo despejando tudo, seja sobre meu dia e até sobre meu passado, menos a parte do acidente com meus pais. Toda vez sinto a mesma sensação, como se um peso houvesse sido retirado dos meus ombros e meus problemas sumissem quando saio do seu quarto.

Depois que foi encaminhado para o quarto, quase não tive tempo de conversar com ele, infelizmente. Pois sua família pode aparecer a qualquer momento para visitá-lo, tenho quase certeza que podem ter usado um pouco do poder deles para fazer com que Maurício permitisse estarem sempre no quarto. E tudo que não preciso, é a sua família descobrindo que eu converso com ele.

Leio seu prontuário, e noto que não tem nenhuma medicação prescrita para esse momento, então caminho direto para seu quarto. Me sinto aliviada por não esbarrar com Lorenzo, outro que tem me tirado do sério, não de um jeito bom.

Sua presença me irrita ainda mais a cada dia que se passa, apenas ficar no mesmo ambiente que ele me causa um mal-estar. Cheguei a escutar de algumas enfermeiras que não gostam de mim por cuidar do Diogo, falando que eu fui para a cama com o Lorenzo. Isso me deixou enojada e irada por afirmarem apenas pelo modo que ele está me tratando.

Entretanto há algumas semanas, ao sairmos do quarto que Diogo estava na UTI, após notificar sua família sobre seu estado, Lorenzo me encurralou e me disse coisas horríveis. Brigamos e o mesmo me encarou com raiva, como se fosse uma afronta eu achar ruim o que me disse. Depois desse dia, ele apenas me encara com ódio quando passa por mim.

Babaca! – penso enraivecida ao me lembrar da conversa daquele dia.

[...]

Me virei para ele com raiva após sairmos do quarto do Diogo.

— O que você pensa que está fazendo? — Rosnei baixinho.

— O que, Safira? — Sorriu de lado e senti nojo pelo jeito que proferiu meu nome, como se estivesse o degustando.

— Você sabe, Lorenzo. — Encarei ele com ódio. — Não se faça de cínico! Que joguinho é esse que está fazendo?

— Não sei do que está falando, bela Safira.

— Primeiro, não me chama de bela que você não tem esse direto. — Apontei o dedo para ele com raiva. — Segundo, não me trate como se eu fosse íntima de você. — Percebi a transformação em seu rosto, enquanto me encarava com raiva. — Terceiro, você não me conhece e eu nunca te vi aqui, antes de ser escolhida para cuidar do Diogo. Acho bom você parar com isso ou iremos resolver essa situação com o diretor do hospital. Não queremos seu nome manchado aqui dentro por estar assediando informalmente uma enfermeira, não é mesmo? — Cuspi com ódio.

— Você deveria estar honrada por isso — disse com raiva.

— Por você ser um médico? — Gargalhei, o fazendo me encarar com ainda mais ódio. — Isso pouco me importa, você poderia ser um simples enfermeiro que eu iria ter essa conversa do mesmo modo. Ao contrário de você, não trato as pessoas mal por ser superior à elas.

— Sua va...

— Pense bem no que vai falar, doutor Lorenzo — proferi seu nome com nojo. — Essa pode ser sua última conversa nesse hospital. Não estou brincando sobre ir falar com o diretor e creio que a família do Diogo sentiria prazer em o ver longe do filho deles. Pois tenho certeza que notaram sua falta de profissionalismo comigo.

Não deveria ter falado isso, seu sorriso se tornou sombrio quando toquei no nome do Diogo.

— Agora consegui entender tudo com clareza. — Sorriu sombriamente. — Está de olho em um peixe grande não é mesmo? Diogo McDemott, um homem poderoso, mas ele não irá reparar em uma pobre enfermeira que não tem onde cair morta.

Seu rosto se virou bruscamente e senti minha mão arder com a força do tapa. Tentei ignorar as pessoas que passavam ao nosso redor e claramente presenciando essa cena.

— Pare com isso ou irá se arrepender — falei baixo completamente irada e o deixei para trás.

Senti uma lágrima escorrer, ódio e dor duelando em meu peito ao constatar que no final suas palavras possuíam uma certa verdade por trás. Diogo McDemott, é um homem poderoso, ele não olharia para mim tendo diversas mulheres igualmente poderosas aos seus pés.

[...]

Pisco rapidamente para despertar, quando percebo que me perdi nessa memória e cheguei até o quarto do Diogo no automático. Alaric me encara com certa curiosidade, mas respeita meu silêncio quando não faz nenhuma pergunta. Sinto a insegurança rastejar pelo meu corpo enquanto apenas fico parada em frente a porta do quarto dele.

Lembrar dessa conversa revirou meu estômago me trazendo uma sensação de mal-estar, tenho quase certeza que foi após essa conversa que comecei a bloquear meus sentimentos, e simplesmente não sentir mais nada pelo Diogo. Acho que estava precisando de um choque de realidade, apenas não imaginava que viria do idiota do Lorenzo. Acabei revelando ao Diogo essa conversa, e foi nesse dia que tive a certeza que ele me ouvia, pois senti um leve aperto em minha mão.

Por um momento fiquei com medo de levantar a cabeça e o encontrar me encarando, mas o choque veio a seguir por ele ainda estar dormindo por assim dizer. Senti uma imensa felicidade por esse pequeno aperto na minha mão, desde então quando estou conversando com ele e não estou realizando algum procedimento, seguro sua mão.

— Bom dia — falo por fim.

— Bom dia, Safira — Alaric meneia a cabeça.

— Você descansa em algum momento? — Após a pergunta sair da minha boca minha vontade é de engolir ela de volta.

— Um pouco. — Percebo que segura um sorriso. — Agradeço a preocupação.

— Desculpa se fui invasiva, apenas achei estranho todo momento em que apareço, você sempre estar aqui. Me perguntava se em algum momento você descansava — confesso.

— Apenas fazendo meu trabalho. — Pigarreia. — Não posso sair do lado dele, foi minha culpa.

— Não foi...

— Você vai entrar? Acho que daqui a pouco Eleonor e Cristian chegam para ficar com ele. Jonathan foi embora tem poucos minutos. — Muda de assunto, e respeito por hora seus motivos por estar negligenciando a própria saúde.

Respiro fundo e abro a porta, ao entrar a fecho com delicadeza e encaro o homem que apareceu de repente na minha vida. Ironicamente o mesmo nem faz ideia da bagunça que causou dentro de mim quando o vi pela primeira vez.

— Olá, Diogo — falo após me sentar ao seu lado e segurar sua mão. — Deve estar achando chato eu vir aqui quase sempre conversar com você sobre a bagunça que é a minha vida — brinco, e sinto uma aperto na minha mão. — Espero que esse aperto queira dizer que não, se for um sim vou ficar muito magoada, pois justo hoje preciso muito conversar com você. — Sorrio ao sentir mais um aperto.

Olho para a janela e noto o tempo nublado, como se quisesse igualar com o que estou sentindo. Suspiro melancólica e volto meu olhar para ele.

— Hoje é o meu aniversário, acredita? — Tento falar em tom de brincadeira, mas falho quando minha voz sai completamente triste. — Está sendo muito difícil mais uma vez passar por esse dia — murmuro. — Esse dia era para ser feliz, para muitas pessoas é um dia de felicidade, afinal, estão comemorando mais um ano de vida.

Sinto mais um aperto e dessa vez como se para dizer : Continue, estou aqui. Sorrio emocionada ao pensar nisso.

— Mas para mim, essa data não pode ser feliz — pauso. Tento controlar a emoção, e assim lhe contar sobre meus pais. — Meus pais morreram nesse mesmo dia, Diogo. Perdi meus pais em um dia que era para ser o mais feliz.

Não consigo controlar e as lágrimas começam a escorrer sem parar pelo meu rosto, soluços feios escapam pelos meus lábios, enquanto choro dolorosamente tentando buscar conforto ao segurar a mão de um homem que ainda é um desconhecido para mim.

Estou perdida em meu mundo de dor, e me assusto quando uma mão acaricia meu rosto com ternura e uma voz rouca fala a seguir.

— N-não chore, m-meu a-anjo.

Levanto minha cabeça bruscamente isso faz com que eu afaste a mão que estava em meu rosto, e um belo par de olhos castanhos escuro me encaram com certa curiosidade.

Não acredito que ele acordou!

Estou dividida entre felicidade e pânico. Aquele misto de emoções que eu tinha bloqueado, surgem que nem uma avalanche.

Inferno!

Revisado
20/06/2020

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro