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Capítulo 44 - Duelo de titãs

Estaciono o carro no posto de combustível no centro de Robson. Will percorre o olhar pelo local com expressão apreensiva.

_ A pessoa que quero que veja está aqui. _ Toco sua mão apoiada na coxa. _ Mas caso se sinta desconfortável podemos ir embora quando quiser.

Will observa minha mão e relaxa os ombros tensos.

_ Está me deixando mal acostumado. _ Sorri de lado. _ Isso é novo para mim. _ Entrelaça os dedos nos meus.

_ O quê? _ Giro o corpo em sua direção.

_ Ter alguém que se importe comigo. _ Will conclui sem desviar os olhos dos meus.

_ Sabe que me importo. E muito.

Will leva minha mão aos lábios e beija.

_ Obrigado por tudo o quê tem feito. Só agora me dei conta de que não a agradeci. Espero não a decepcionar dessa vez. Sei que sou insuportável as vezes e estou surpreso que não tenha fugido para longe de toda essa confusão.

Solto um muxoxo de impaciência e seguro seu rosto entre minhas mãos.

_ Não tem que me agradecer. Estou envolvida nisso porque quero estar com você. E não é tão insuportável quanto pensa. Tirando a teimosia e algumas manias até que é bem atraente.

Will me brinda com um de seus raros sorrisos e solta o ar dos pulmões de uma vez demonstrando relaxar completamente. Aproxima a cabeça da minha encostando nossas testas e depois nossos lábios.

_ Ei! _ Uma voz masculina soa abafada por causa dos vidros fechados do veículo. Em seguida, alguém bate no teto do carro despertando-nos de nossa bolha.

Olho para minha janela e me deparo com Ross encostado na porta. As mãos grudentas deixando marcas no vidro.

_ Credo. _ Sinalizo para que se afaste antes de abrir a porta e descer.

Will faz o mesmo e para ao meu lado com os braços cruzados e expressão contrariada.

_ O que pensa que estão fazendo? Não podem estacionar aqui a menos que pretendam abastecer. _ Mastiga um palito enquanto nos observa com expressão maliciosa.

_ Viemos conversar com Hunter. _ Faço careta com a visão de Ross limpando os dentes com o palito enquanto fala conosco.

_ Ah, sendo assim, pode deixar o carro aí. _ Sinaliza com um braço.

Aceno a cabeça começando a afastar-me em direção à loja de conveniência.

_ Mas nada de ficarem se pegando por aqui, ouviu? É nojento.

Estala a língua entre os dentes e depois cospe no chão.

Will, que não saiu do lugar, une as sobrancelhas. Ross coloca as mãos nos quadris e encara Will a certa distância, mas com expressão de desafio.

_ Contrariei a fera por acaso? _ Diz em tom de deboche.

Ross é o único que ri da própria piada.

_ Pare com a provocação, Ross. Não estamos afim de problemas. Vamos. _ Estendo o braço para puxar Will sem alcançar sucesso. Ele nem balança.

_ O que foi? Acha que alguma coisa mudou só porque está andando com ela? _ Dirige-se a Will. _ Fique sabendo que continua a mesma aberração de sempre.

Will acena a cabeça em afirmativa.

_ Exatamente por isso devia segurar sua língua. Esqueceu do que sou capaz?_ Will dá alguns passos encurtando a distância entre os dois rapidamente.

Ross recua em um salto como o covarde que sempre demonstrou ser.

_ Mas entendo que é difícil para você, não é? Afinal, a língua é o único lugar em que tem força.

_ Seu animal. Vou te dar uma lição que nunca mais vai esquecer. _ Ross olha em volta a procura de algo.

_ Ross! O que pensa que está fazendo?! _ Hunter sai do interior da loja.

_ Vou dar uma lição nessa besta, chefe! _ Ross pega uma garrafa vazia na lixeira e arregaça as mangas do macacão.

Hunter esfrega a mão no rosto com impaciência.

_ Um dia vai se dar muito mal por ser tão imprudente. Volte ao trabalho imediatamente, se não quiser terminar o dia desempregado! _ Hunter repreende o frentista com expressão de desgosto.

_ Mas chefe! Não vê que estou o defendendo?! _ Ross responde ofendido.

_ Quem disse que quero que me defenda dessa forma?! Acha que me agrada ter que interferir todos os dias em uma briga diferente que se envolve? Estou farto de ter que consertar suas besteiras, Ross.

Ross fica atônito. Engole as palavras do patrão como se tivesse arame farpado na garganta. Nos observa com rancor, depois gira nos calcanhares, joga a garrafa longe e se afasta sumindo de nosso campo de visão.

Hunter abre os braços e depois solta-os pesadamente batendo na lateral do corpo.

_ Nem sei o que dizer. Espero que relevem, afinal é o Ross.

_ Conheço bem o tipo. _ A voz de Will soa com uma calma disfarçada.

Imagino o quanto está se esforçando para manter o autocontrole.

Enquanto Hunter e Will se encaram uma tensão desconfortável cresce entre nós.

_ Essa é a pessoa que gostaria que encontrasse. _ Aponto para Hunter.

Will põe as mãos nos bolsos do jeans, olha para o lado e repuxa o canto da boca.

_ Não consigo imaginar um motivo útil para essa conversa. _ Bufa.

Sei que por trás da arrogância há medo. Medo de ser rejeitado como das outras vezes. Mas algo me diz que Hunter é diferente das demais pessoas dessa cidade. Por isso trouxe Will. Espero que minha intuição esteja certa.

_ Pelo contrário, acho que temos muito o que conversar. Por favor, entrem. _ Hunter aponta para o interior da loja.

Ele nos guia pelos corredores, sai pelas portas dos fundos e indica uma casa de madeira branca a poucos metros de distância.

_ Melhor conversarmos aqui dessa vez. Assim evitaremos interrupções e olhares curiosos. _ Abre espaço para que entremos na sala surpreendentemente limpa, arejada e organizada.

Hunter parece viver sozinho, mas está claro que a residência um dia abrigou uma família. Há porta-retratos em cima da lareira, quadros e objetos pessoais por todos os lados.

Meus olhos se prendem em uma foto onde há um jovem com os mesmos traços de Hunter entre um homem de meia idade e uma senhora um pouco mais jovem. Os três sorriem enquanto posam em uma paisagem desértica.

_ São meus pais. Essa foi a última viagem que fizemos em família antes da morte de minha mãe. _ Ele para ao meu lado e explica

_ Não sabia que ela também morreu no acidente. _ Adianto-me na conclusão.

_ Não morreu. Isso foi um ano antes da explosão. Ela teve um câncer severo. Seu último desejo foi conhecer o Grand Canyon. _ Hunter passa o dedo pela foto. _ Meu pai se empenhou em satisfazer todas as vontades dela antes da partida.

_ Sinto muito, Hunter. _ Toco seu ombro.

_ Obrigado. _ Ele sorri de forma saudosa, ergue o rosto e me observa pensativo.

Will pigarreia no meio da sala.

_ Trouxe-nos aqui apenas para contar sua história triste? _ Os olhos de Will se concentram em minha mão ainda apoiada em Hunter.

Uno as sobrancelhas chateada com o comentário insensível de Will.

_ Parece que as perdas da vida lhe proporcionaram um coração de pedra, William Belanger. _ Hunter sorri sem alegria enquanto caminha pela sala.

Sinto-me em meio a um duelo de titãs.

Will balança a cabeça em negativa.

_ Simplesmente me fez aprender que ninguém se importa com minha dor. Não adianta se vitimizar. Cada um está lidando como pode com suas perdas e tentando encontrar alguém para culpar, é claro.

Hunter ergue as sobrancelhas.

_ Não acham melhor deixarmos de lado essa questão da culpa por enquanto? Vamos nos deter em compartilhar as informações que temos. Se não puderem ser civilizados dificilmente conseguirão unir forças para desmascarar os demais envolvidos. _ Tento acalmar os ânimos.

_ Acho que está totalmente certa, Malu. _ Hunter me chama pela primeira vez por meu apelido e nome profissional.

_ Claro que acha. _ Will cerra os olhos.

Sinto que essa conversa levará um tempo e será bem desgastante...

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_ Nossos pais se davam bem, por incrível que pareça. Seu pai era o funcionário de confiança do meu pai. Eram confidentes. _ Hunter joga uma foto na mesinha de centro da sala. Observamos a imagem de dois homens com capacetes nas cabeças abraçados amigavelmente.

_ Como pode ter tanta certeza a respeito disso. É só uma foto. _ Will desvia o olhar da imagem.

Parece sentir vergonha de encarar o próprio pai ainda que por retrato.

_ Meu pai anotava em cadernetas toda a rotina do trabalho. Foram nelas que descobri muita coisa._ Hunter explica.

_ O quê por exemplo? _ Will apoia os cotovelos nos joelhos e questiona ainda parecendo cético.

_ Seu pai tentava frequentemente argumentar e promover mudanças no ambiente de trabalho. Ele estava preocupado com a segurança dos trabalhadores.

Will ergue a cabeça. Um lampejo de orgulho brilha nos olhos castanhos esverdeados. Creio que o principal motivo das brigas com o pai foi por causa da objeção de Will quanto a mina como contou Ava.

_ Seu pai era contra às mudanças propostas por meu pai?_ Ele se interessa agora.

Hunter sacode a cabeça em negativa.

_ Meu pai estava com uma corda no pescoço. Sentia-se pressionado e mesmo enxergando falhas não podia fazer muita coisa.

_ Por que não? Ele não era o dono da mina?

Hunter nega novamente

_ Meu pai nunca foi dono de nada. Era apenas um fantoche nas mãos do verdadeiro responsável pela mina clandestina. Foi isso que descobri em seus documentos.

Will arregala os olhos.

_ Quem era o verdadeiro dono? Essa pessoa sobreviveu ao acidente? _ Ele escorrega para a ponta do sofá.

Hunter afirma com um menear de cabeça.

_ Essa pessoa está viva e usufruindo do bom e do melhor às custas de várias mortes sem o mínimo peso na consciência. Usava meu pai como "testa de ferro" porque não podia sujar sua imagem pública tendo o nome vinculado a uma mina clandestina.

_ Quem é essa pessoa? Como conseguiu se manter em secreto durante esses nove anos?_ Pergunto impaciente.

_ Ele se manteve protegido graças ao dinheiro. Comprou aliados e subornou testemunhas. Não podia manchar o nome público. O verdadeiro responsável pela mina clandestina é o prefeito Jackson Murray.

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