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Capítulo 32 - Ligações

Os dias que seguiram se resumiram em Will e eu fazendo a maioria das atividades juntos. Treinamos com Brutus na neve. Caminhamos pela floresta próxima à cabana. Visitamos o Lago Beauvert. Ajudei Will na oficina. Tentamos resgatar Fred, sem sucesso. Fizemos compras em outro distrito. Will me ensinou a cozinhar alguns pratos canadenses. E à noite, dormimos juntos no sofá da sala, em frente à lareira, ou enroscados na cama dele.

_ Certeza que ficará bem? _ Pergunto a Will na cabine de sua caminhonete estacionada em uma ruela pouco movimentada no centro de Robson.

_ Não se preocupe comigo. Vá fazer seus telefonemas. Estarei aqui esperando.

Analiso seu rosto. As mãos tensas apertam o volante e os olhos esquadrinham o perímetro ao nosso redor. Imagino o esforço que está sendo acompanhar-me. Mas Will insistiu.

_ Sabe que eu poderia ter vindo sozinha como da outra vez. Não precisava se expor por minha causa. _ Pego minha bolsa no banco traseiro da cabine dupla e aliso o vestido curto floral que uso por baixo de uma jaqueta jeans.

Will acena a cabeça.

_ E como da outra vez, pode ter problemas. Prefiro estar por perto caso aconteça.

Meu peito aquece por preocupar-se comigo.

Observo-o por mais alguns segundos. Os cabelos castanhos estão desarrumados de uma forma harmoniosa como de quem passou muitas vezes os dedos entre os fios.

A camisa de malha cinza chumbo por baixo da jaqueta de couro marrom, a calça jeans justa rasgada e o par de coturnos lhe dão um ar de rock star. As tatuagens que despontam pelas mangas e pelo pescoço evidenciam o estilo rebelde.

_ Vá logo, Maria Lúcia, antes que me arrependa e te leve de volta para minha cabana e não a deixe mais sair de lá. _ Will diz com o olhar fixo à frente.

Meu coração dá um salto.

_ Está insinuando que pensou em me tornar sua refém? _ Provoco Will com um sorriso.

Ele finalmente relaxa as feições e me encara. Os olhos castanhos esverdeados parecem se derreterem.

_ Nem tem noção das ideias que já passaram por minha cabeça. _ A voz rouca me provoca arrepios.

_ É mesmo? Conte-me alguma. _ Giro o corpo no banco e chego mais perto dele.

Will sacode e abaixa a cabeça.

_ Coisas que não deveria me atrever a desejar.

Fecho o sorriso.

_ Do quê está falando, Will?_ Toco seu queixo e tento levantar.

Novamente ele acena a cabeça em negativa e desvia o olhar.

_ Conversamos sobre isso depois.

Suspiro e paro de insistir. Sei que pressão não funciona com Will.

_ Está bem. _ Coloco a mão na maçaneta da porta e giro o corpo para descer. Mas a mão de Will segura em cima da minha e me puxa de volta.

Arfo com o impacto em seu peito.

_ Volte para mim logo. _ Diz com os lábios colados aos meus.

_ Eu já volto. Prometo.

Deixo que sua língua invada minha boca em um beijo urgente. Mas da mesma forma que começa, termina. Will me solta abruptamente, endireita-se no banco e olha para frente.

Saio da caminhonete. Dou alguns passos e olho para trás. Will me observa enquanto sigo em direção à via principal rumo à lanchonete de Ava.

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_ Quanto tempo acha que ainda precisará ficar aí? _ Minha mãe questiona ao telefone.

_ Não sei. Há muito a se resolver. E como disse da outra vez, o clima é bastante instável nessa região. Acredito que melhorará nas próximas semanas, pois o inverno está no fim.

_ A costureira daquele ateliê que costuma fazer suas roupas, ligou. Disse que você não foi buscar um vestido que havia encomendado. _ Ela muda de assunto.

Fecho os olhos e respiro fundo. Um gosto amargo surge em minha boca com a lembrança desagradável do vestido que havia encomendado para o noivado com Gael.

_ Mãe, por favor, pague o valor do vestido e se livre dele. Ou melhor, deixe no ateliê para a venda.

_ Tudo bem.

_ Como está o papai?

_ Está bem, mas ficará chateado por não ter conseguido falar com você.

_ Fale para ele que mandei um beijo e que em breve ligarei novamente.

_ Procure o advogado de seu tio para agilizar logo as questões do testamento.

_ Pode deixar. Farei isso.

_ Cuide-se, filha. Não demore a ligar. Sabe que ficamos aflitos quando não manda notícias...

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Após encerrar a ligação com minha mãe, ligo para Zoe.

_ Como estão as coisas, Zoe? Sua mãe está mais calma ou tem dado trabalho? E a academia? Tem frequentado aquela que recomendei?

_ Minha mãe continua a mesma. Sabe como ela é, né Malu? Quanto à academia, tenho frequentado, sim. Até que o clima do lugar não é um dos piores, tirando um sujeitinho arrogante que entrou essa semana, até que o pessoal que frequenta é bem bacana.

_ Que notícia boa. Espero que continue se esforçando. É para o seu bem estar.

_ Mudando de assunto, preciso lhe contar algo.

_ Diga.

_ Gael apareceu em meu trabalho.

Fico tensa de ouvir o nome dele.

_ O que queria? Espero que não tenha te prejudicado de alguma forma...

_ Não prejudicou. Não esquenta. Mas me metralhou de perguntas sobre você. Queria saber onde estava e quando voltaria.

_ Não contou nada, não é?_ Prendo a respiração sem perceber.

_ Claro que não, Malu!

Solto o ar aliviada.

_ Mas acho melhor ficar atenta. Pessoas como Gael não gostam de perder. Ele já se deu conta da besteira que fez e pode estar querendo tentar uma reconciliação.

_ Duvido muito. Valéria tem muito mais a oferecer para alguém ambicioso como ele.

_ Ambicioso e desprovido de talento e de caráter, você quer dizer.

_ Seja lá o que queira, não estou interessada.

_ Assim que se fala, garota. Estou gostando da determinação e segurança em seu tom de voz. Vem cá, por acaso conheceu alguém aí? Estou te achando bem animadinha. Nem parece a mesma Malu que me despedi no aeroporto.

_ É muito cedo para falar sobre isso. _ Respondo despistando.

Mudo de assunto. Conversamos sobre ouras coisas até que nos despedimos e faço minha última ligação do dia.

_ Olá, é do escritório de advocacia de Anderson Pelletier? Gostaria de marcar um horário para conversarmos sobre o testamento de Alexander Belanger. Aqui é a sobrinha dele, Maria Lúcia Brandão...

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Retorno ao salão da lanchonete. Paraliso ao deparar-me com a figura parada em frente ao balcão. Oliver acaba de servir uma bebida ao homem que me observa com um sorriso debochado no rosto. O mesmo que me seguiu pelo beco no dia do festival. O frentista do posto.

_ Meu chefe não ficou nada satisfeito com sua desfeita no outro dia. _ Bebe um gole da bebida em um canecão.

_ Não costumo aceitar convites de estranhos. _ Caminho até Ava que serve uma mesa.

_ Deveria repensar sua decisão, pois o que meu chefe tem a dizer é bem revelador. Para uma repórter, seria bastante útil. _ O homem ergue a voz.

Viro o rosto em sua direção.

_ Quem lhe disse que sou repórter?

O homem solta uma risada zombeteira.

_ Todo mundo sabe disso, dona. As informações se espalham feito faísca na pólvora por aqui.

Uno as sobrancelhas aborrecida com o diálogo.

_ Já que é um garoto de recados, diga uma coisa ao seu chefe. Não estou aqui a trabalho. Não estou interessada no que ele tem a dizer e não gosto de suas abordagens. Se me seguir novamente, como fez no dia do festival, comunicarei à polícia.

O homem enruga os lábios e se levanta.

_ Sua... _ Bate o punho fechado no balcão.

_ Melhor terminar sua bebida e sair, Ross. Está incomodando meus clientes. _ Ava o interrompe.

_ É, melhor partir. _ Oliver apoia a esposa.

O frentista, que agora sei que se chama Ross, joga uma nota de dinheiro no balcão e sai da lanchonete feito um furacão.

_ Obrigada mais uma vez, Ava. _ Seguro as mãos da mulher.

_ Não por isso, querida. Procure-nos sempre que precisar.

Aceno a cabeça com gratidão.

_ Tenho que ir agora. Will está me esperando.

_ Espere. William está aqui? _ Ava olha para Oliver com expressão de descrença.

_ Como conseguiu tal feito? _ Oliver também se surpreende.

Ergo os ombros.

_ Ele quis me acompanhar.

Ava me observa pensativa. Rugas surgem em sua testa.

_ Pelo jeito, ele se importa muito com você.

Meu rosto esquenta.

_ Não é nada demais.

Solto as mãos de Ava e caminho até a porta.

_ Preciso ir. _ Aceno para os dois e saio da lanchonete.

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Antes de voltar ao local onde Will me aguarda, paro somente uma vez para comprar alguns produtos de higiene pessoal em um mercadinho diferente, pois não me atrevo a entrar novamente no estabelecimento de Harold.

_ Que sorte encontrá-la novamente!

Antes de virar-me para cumprimentar, reconheço a voz de Nolan Murray, apesar de tê-lo encontrado poucas vezes.

_ Como vai? _ Sorrio discretamente.

_ Muito melhor agora. Perguntei por você no hotel e me informaram que já tinha partido. Achei que não teria outra oportunidade de conversarmos. Em que pousada está hospedada no momento?

Mais uma vez, Nolan se mostra muito educado, formal e interessado. Mas há algo em seu comportamento que me intriga.

_ Não estou em nenhuma pousada. Na verdade, estou na casa de alguém.

_ Ah, sim! Onde? Aqui no centro?

_ Não. Fica na Montanha Robson. Estou com Will.

A fisionomia de Nolan parece cair. O sorriso murcha e não faz esforço para disfarçar a descrença.

_ Está se referindo a William Belanger? _ Nolan sorri desconcertado.

_ Sim, William Belanger. Chamo-o de Will. _ Pago minhas compras à jovem do caixa.

_ Sério?_ Nolan me observa agora com expressão curiosa.

_ Sério. Desculpe, mas agora preciso ir. Foi um prazer revê-lo.

_ Ah, claro. Na próxima oportunidade tomamos um café. _ Nolan acena pensativo.

_ Sim. _ Aceno e saio apressada do mercadinho.

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A sacola que carregava em um dos braços cai ao chão quando me aproximo da ruela onde Will estacionou a picape.
O desespero toma posse de mim com a cena que se descortina a minha frente.

Will está fora do veículo e rodeado por três sujeitos desconhecidos. Um deles tem um porrete de madeira nas mãos.

_ O que está acontecendo aqui? _ Berro com a intenção de assustar os malfeitores.

_ Maria Lúcia, afasta-se. _ Will abre um pouco os braços e gira.

Os homens acompanham seus movimentos atentos.

_ Não se meta aqui, moça. Vá embora. Acredite, vai preferir não presenciar a lição que daremos nessa fera.

_ Parem já com isso! Estão encrencados. Vou chamar a polícia. _ Minha garganta arde de medo.

Os três riem do que falo.

Um deles lança o primeiro soco. Mas o golpe faz um arco no ar, pois Will desvia com um movimento rápido.

_ Pare de fugir! Vem aqui, covarde. _ O outro homem dá alguns saltos com os punhos fechados ensaiando movimentos de boxe.

_ Vem você... _ A voz de Will sai baixa e perigosa.

Enquanto o segundo homem avança e acerta a lateral de Will, o terceiro o agarra covardemente por trás, pelo pescoço.

_ Parem! _ Lágrimas brotam em meus olhos. _ Socorro! Alguém ajude aqui. _ Grito a plenos pulmões.

Procuro algo que possa ajudar Will a se defender enquanto ninguém aparece.

O primeiro homem ergue o porrete com a intenção de golpear Will na cabeça. Sem pensar muito corro e subo em suas costas desestruturando-o. Ele gira até que consegue me jogar no chão.

_ Ai! _ Grito com o baque da lateral do corpo no chão.

Will literalmente rosna.

_ Seu infeliz! _ Arreganha os dentes para o sujeito.

Will golpeia com algumas cotoveladas no estômago o cara que o segura por trás. Ele cai curvado no chão e ainda recebe alguns chutes. Depois nocauteia o outro a sua frente. Um fio de sangue escorre pelo supercílio dele.

Por fim, Will puxa um pedaço de corrente do bolso da jaqueta, enrola no punho e avança para cima do que me derrubou. O sujeito arregala os olhos.

Will golpeia seu peito algumas vezes até que esteja contra a parede. Com o braço o prende.

_ O que houve? Perdeu a coragem? Ou só é valente com mulheres?

_ Sua fera de merda. Me solte. _ Muito suor escorre do seu rosto.

_ Quem mandou vocês? Fale? _ Will gira o corpo e enrola a corrente em seu pescoço, mas ele não responde.

_ Will, pare. _ Levanto com dificuldade.

O homem começa a ficar muito vermelho, mas o Will reluta em soltá-lo.

_ Por favor, vai matá-lo. Pare, pelo amor de Deus. _ Toco seu braço.

Will me encara. Os olhos quase verdes estão fora de foco. A respiração muito pesada. Aos poucos parece voltar a si e começa a afrouxar as mãos até que solta o pescoço do outro. Primeiro o sujeito cai de joelhos, depois se rasteja, até que consegue se levantar e sair cambaleando com dificuldade pelo beco. Os outros dois já haviam o abandonado...

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Nota da autora:

Olá, leitoras lindas!

Espero que tenham gostado do nosso capítulo do feriado.

Gostaram da música? Em breve trarei a playlist completa do romance.

Fiquem atentas! Os próximos capítulos serão reveladores.

Comentem bastante o que estão achando!

Beijos ♡♡♡

SLSPRINCESS 👑

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