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Capítulo 27 - A Rena e a fera - Parte 3

_ Vai embora justamente na hora da apresentação?! _ Livy segura meu braço quando passo apressada entre a multidão que se forma junto ao palco.

_ Já fiquei o suficiente.

_ Por que não fica só mais um pouco? _ A menina desvia o olhar para um ponto atrás de nós.

Viro e vejo Nolan há poucos metros de onde estamos conversando com um grupo de pessoas. Nos observa discretamente.

_ Não sei qual sua intenção insistindo tanto para que eu fique. Mas tenha certeza de uma coisa, não funcionou. Se resolva sozinha com Nolan e me deixe em paz. _ Puxo o braço de uma vez.

_ Quê?! Não é nada disso. Deixe-me explicar. _ A menina tenta me embarreirar.

Paro e a encaro séria.

Essa fedelha está quase me tirando do sério.

_ Por favor, não conte nada ao meu pai. _ Os olhos claros brilham suplicantes.

_ Quantos anos você tem?

_ Dezesseis, por quê? _ Ela responde com a voz sumindo.

_ Devia se concentrar mais em seus estudos e em você. Homens como Nolan Murray só enxergam o que lhes convém. Não permita que a manipule. Está se aproveitando da sua paixão. Sairá machucada.

Livy sorri sem graça negando com a cabeça.

_ Não é bem assim.

_ Conte logo ao seu pai. _ Desvio dela e saio andando.

Nolan sabe que Livy gosta dele e se aproveita disso para usar a garota em prol de seus interesses. Deus queira que não tenham ido mais longe do que isso...

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Sinto-me aliviada quando consigo me apartar da aglomeração que se formou em frente ao palco. Cruzo a praça me distanciando dos grupos de pessoas que foram participar do festival. Atravesso a via principal e sigo pela calçada.

Um grupo de turistas empolgados vem em sentido contrário. Um deles parece muito bêbado. Estica o braço em minha direção.

_ Morena! _ Os passos vacilantes quase o levam ao chão. Os outros, também embriagados, o seguram rindo alto.

Entro em uma ruela para desviar do grupo. Olho para trás aliviada por não terem me seguido.

Caminho pela ruela pouco iluminada.

Será que tem saída?

Entro em um beco que parece ser a parte de trás dos prédios da via principal, mas não tem saída. Os sons de aquecedores e geradores funcionando são os únicos sinas de vida.

Preciso retornar.

Latas são chutadas ou caem por perto. Dou um salto de susto quando um gato pula em minha frente.

Uma das poucas iluminações pisca algumas vezes até que se apaga de vez.

_ Só me faltava essa. _ Sigo de volta.

Um homem parado na esquina da via principal com a ruela embarreira o caminho.

Paro e o observo por um tempo. Sem a iluminação do poste fica difícil ver o rosto.

_ Meu chefe quer conversar com você. _ O homem dá uns passos a frente permitindo que eu o reconheça. O frentista do posto de combustível.

_Quem é seu chefe? O que quer? _ Dou a mesma quantidade de passos para trás.

Ele ri com escárnio, escarra e cospe no chão.

_ Vai ter que descobrir sozinha, boneca.

_ Diga a seu chefe que não estou interessada. _ Viro as costas e saio andando apressada.

_ Ei! Ei! Volte aqui! _ O frentista começa a me seguir.

Enveredo pelo beco novamente. Me esgueiro pelas paredes na esperança de encontrar uma saída. Entro correndo em uma nova vertente, mas acabo dando de cara com alguém que vem em sentido contrário. Meu rosto afunda em uma parede de músculos. E antes que caia, ele me segura pelos ombros.

_ Maria Lúcia?_ Reconheço a voz grave arranhando a garganta ao pronunciar meu nome.

O casaco de pelo que um dia confundi com a pelagem de um urso exala o aroma cítrico amadeirado que já se tornou meu favorito.

_ Will?! O que faz aqui?

Ele me suspende com apenas um braço e me encosta na parede do beco. Apoia o outro braço ao lado da minha cabeça.

_ Você disse que nunca vinha ao centro da cidade...

_ E você não voltou... _ Os olhos castanhos esverdeados completando as entrelinhas.

_ O que está fazendo nesse lugar? _ Une as sobrancelhas.

Rapidamente a quentura de seu corpo se transfere para o meu. O olhar se direciona para meus lábios entreabertos. Nossas respirações provocam um vapor em contato com o ar frio.

_ Ei! _ O frentista grita de algum lugar na escuridão.

Will olha em direção ao beco e ergue as sobrancelhas de forma interrogativa.

_ Tinha alguém me seguindo. _ Sussurro.

Will se afasta de mim. Sinto meu corpo protestar. Caminha pelo meio da ruela ao encontro do frentista. Assim que o outro desponta na entrada, estanca ao vê-lo.

_ O que quer? _ Will puxa o capuz do casaco revelando o rosto.

_ Merda! _ O frentista xinga.

Com certeza o reconheceu.

Will pega uma corrente do bolso do casaco e enrola na mão direita.

_ Que isso! _ O frentista gira nos calcanhares, tropeça algumas vezes e sai correndo por onde veio.

Após se certificar de que o perseguidor foi mesmo embora, ele vem de volta ao meu encontro. Estou paralisada na parede. Meus dentes batem de frio novamente, mas acabo soltando um risinho nervoso.

_ Está rindo do quê? _ Will une as sobrancelhas e puxa meu gorro para trás.

_ Você sabe ser assustador quando quer.

Will me encara por um tempo. Os lábios tremem levemente até um lado se erguer em um sorriso discreto.

_ Obrigado. _ Olha para baixo.

Meu coração parece dar dois loopings dentro do peito.

_ Vamos ou vai acabar congelando. _ Segura minha mão e me guia pelo beco.

Abaixo a cabeça e observo nossos dedos entrelaçados. Novo looping.

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_ Tudo bem, senhorita? Está partindo a essa hora por sua vontade? _ O dono do hotel sussurra quando me aproximo do balcão para assinar o check-out.

Will está parado no saguão. Mãos nos bolsos do casaco e capuz na cabeça evitando contato visual com outras pessoas.

Ele realmente é uma figura. Porém, há pessoas que me assustam muito mais hoje em dia.

_ Está tudo bem. Meu amigo vai me acompanhar. _ Olho de relance para Will.

Ele se aproxima e pega minhas bolsas e embrulhos.

_ Tudo certo, então. Quando vier novamente ao centro, não deixe de nos procurar. _ O dono do hotel sorri agradecido.

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_ O que é tudo isso?_ Will organiza os pacotes e a gaiola na traseira de sua caminhonete.

_ Algumas lembranças para pessoas importantes e a gaiola é para transportar Fred de sua casa até um lugar seguro.

_ Fred? _ Will ergue as sobrancelhas. _ Deu mesmo um nome àquele guaxinim ladrão?

Ergo uma mão para interrompê-lo.

_ Deixe que eu cuido dessa situação. Só prometa que não irá ameaçá-lo novamente com uma arma.

Will cruza os braços na altura do peito e me observa. Movimenta a cabeça de um lado para o outro.

_ Você é inacreditável.

_ Isso é um elogio?_ Sorrio.

Will estende a mão e arruma um dos meus cachos rebeldes dentro do gorro.

_ Vamos antes que mais alguém apareça. Tenho sorte de que a maior parte da população está concentrada na praça. _ Will circula sua caminhonete e se acomoda no banco do motorista.

Apoio os braços na janela do veículo pelo lado de fora.

_ Você conhecia o frentista?_ Pergunto na tentativa de tirar alguma informação dele.

Will me encara por alguns segundos depois afirma com a cabeça.

_ Estudamos juntos no Ensino Médio. _ Como sempre, dá respostas curtas.

Liga o motor do carro encerrando o assunto.

_ Irei na frente. Me acompanhe. Preste atenção na estrada e em qualquer sinalização que eu fizer.

_ Pode deixar. _ Dirijo-me para meu carro estacionado atrás.

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