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Capítulo 21 - Uma cabana para dois - Parte 2

Malu

A noite parece chegar mais cedo nas regiões montanhosas.

Estou sentada no sofá da sala de estar com um livro nas mãos. As pernas encolhidas e cobertas pela manta xadrez de flanela. O calor que emana da lareira relaxa meu corpo. Talvez também seja exaustão pelos dias em que passei no hospital, mas minhas pálpebras começam a pesar. Em algum momento o livro escorrega de minhas mãos e cai no chão. Assusto-me.

Will ergue a cabeça da taça de vinho que tem nas mãos.

_ Acho que vou descansar. _ Sorrio sonolenta.

Ele deposita a taça no alto da lareira e vem em minha direção.

_ Vou ajudá-la a subir. _ Passa um braço por trás de minhas pernas e me ergue.

Meu coração descompassa.

_ Não precisa. Posso ir sozinha.

Ele me observa. De perto, seus olhos possuem riscos dourados intercalando com os tons de verde e castanho. Uma variação tão incomum e bela.

_ Prefiro ajudá-la. Do jeito que está pode muito bem arranjar uma forma de cair da escada. E não queremos mais acidentes por aqui, certo?

Seu hálito está quente e com o aroma do vinho. Me faz imaginar o sabor. Will insinua um sorriso como se lesse meu pensamento.

_ Certo.

Brutus se levanta e nos acompanha.

Will sobe a escada com facilidade, cruza o corredor, entra em meu quarto e me acomoda na cama.

Encaro-o sem saber o que dizer. A essas alturas o sono que tinha foi por água abaixo.

_ Precisa de ajuda para colocar o pijama? _ Ergue as sobrancelhas. Um sorrisinho discreto disfarçado.

_ Claro que não. Posso fazer isso. _ Puxo a colcha de retalhos até o pescoço.

Will cerra os olhos.

_ Boa noite, Maria Lúcia.

_ Boa noite, Will.

Ele sai e fecha a porta.

Lembro apenas de trocar a roupa por um pijama e mergulhar debaixo da colcha de retalhos quentinha. Adormeci quase que imediatamente. Porém, em algum momento da noite desperto com o som de algo se estilhaçando.

Abro os olhos e encaro o teto confusa.

Talvez tenha sido um sonho. Mas minutos depois ouço outro golpe mais alto. Dessa vez tenho certeza de que não foi fruto de minha mente sonolenta.

Jogo as cobertas de lado e desço da cama. Caminho descalço até a porta. Encosto o ouvido e me concentro. Um minuto depois, outro baque, dessa vez seguido do som de latas.

Olho para o relógio na penteadeira. São quase três da madrugada. É impossível que seja Will. Será que Brutus não está ouvindo? Se o cão estivesse acordado já teria latido.

Será que um ladrão invadiu a cabana?

Meu coração bate mais forte ao imaginar o perigo. Notei que Will bebeu  no jantar. Pode estar dormindo profundamente enquanto um malfeitor invade a cabana.

Giro a maçaneta e abro a porta do quarto. Brutus não está por perto. Caminho pelo corredor. Bato na porta do quarto de Will, sem resposta. Como imaginei, ele deve estar apagado.

Desço a escada fazendo o mínimo de barulho possível. Na sala não há sinal do invasor. A cozinha também está vazia. Porém, no momento em que saio do cômodo ouço outro som de objetos caindo.

Imagino que seja na parte de trás da casa. O invasor pode ter arrombado a porta dos fundos. Busco algo que me sirva de defesa. A única coisa que me passa pela cabeça de usar é um pedaço de lenha da lareira.

Recolho o pedaço de madeira e me esgueiro pelo corredor. O farfalhar de embalagens plásticas agora é constante. Aproximo-me do fim do corredor pelas sombras. Reconheço o rosnado de Brutus vindo da despensa.

_ Ah, não... Será que o invasor fez alguma maldade com ele?! _ Apresso o passo.

É nesse momento que meu campo de visão se amplia e visualizo o caos armado na despensa. Latas, embalagens e garrafas estão espalhadas pelo chão. Há sacos de macarrão e biscoitos abertos.

Brutus está paralisado apenas sob o controle de Will que tem um rifle apontado para a figura de um guaxinim.

Avanço em direção aos dois. Agarro Will pela cintura por trás.

_ Não faça isso!

O animalzinho se assusta com meu grito e corre subindo as prateleiras até alcançar as vigas de madeira do teto e desaparecer entre o forro da cabana. Brutus chega a dar uma corrida atrás do animal, mas o perde de vista.

Will se vira perplexo.

_ O que pensa que está fazendo? _ Abre os braços com a arma em uma das mãos.

O empurro contra a parede.

_ Defendendo o pobrezinho! Tem mesmo coragem de atirar em uma criatura indefesa como essa? Vocês dois não tem vergonha? _ Cutuco seu peito irritada com a covardia.

Will respira fundo. Encosta a arma na parede.

_ Para início de conversa, esse guaxinim ladrão não tem nada de indefeso, nem pobrezinho. Há meses vem saqueando e estragando alimentos dessa casa. _ Ele abaixa um pouco para me encarar.

_ Isso não quer dizer que precise matá-lo! _ Ergo o queixo indignada.

_ Quem disse que eu ia matá-lo? Essa é uma arma com munição de tranquilizante.

_ Ah...

_ Ah. _ Will me imita com ironia. Depois solta os braços resignado.

Ainda o mantenho preso na parede sem qualquer resistência de sua parte. As mãos espalmadas em seu peito nu. Will usa apenas uma calça de moletom.

Apenas com um braço ele poderia me tirar do caminho se quisesse. Mas ao invés disso, circula minha cintura com as mãos livres. Puxa-me de uma só vez contra seu corpo.

Imediatamente os pontos em brasa reacendem dentro de mim, se unindo um a um e formando um braseiro incandescente.

_ Por que está acordada a essa hora? _ O fio de luz que invade o ambiente ilumina apenas um lado de seu rosto.

O olho castanho esverdeado brilha na penumbra.

_ Acordei com o barulho de algo quebrando.

_ Muito imprudente ter vindo aqui, Maria Lúcia. Esqueceu que existe uma fera rondado as montanhas?_ Fecha e abre os olhos lentamente.

Novamente me impressiono com a dualidade de suas feições. É exatamente assim que defino a personalidade de Will. Ora gentil, protetor e cuidadoso. Em contrapartida, há momentos em que parece aprisionar esse outro eu que estou vendo agora. E deixar vir à tona um William quebrado e revoltado de olhos selvagens.

_ Não adianta tentar me assustar falando assim. Faz isso para afastar as pessoas. Não funciona comigo. Sei que não me faria mal. Não tenho medo de você.

Permaneço hipnotizada enquanto seu rosto se aproxima lentamente.

_ Pois deveria.

Uma das mãos desliza de minha cintura por minha espinha causando-me arrepios por todo o corpo. Alcança minha nuca e se embrenha em meus cachos.

Sei que preciso reagir, mas os pontos em brasa parecem ter formado uma fogueira entre nós. Mal consigo respirar com o calor que exala de seu peito e incendeia minhas mãos.

A boca perfeita se aproxima e se abre. Ele franze um pouco a testa como se testasse minhas reações. Fecho as mãos, arranhando de leve seu peito. Um som rouco sai de sua garganta. Fecho os olhos e sei que estou perdida.

Os lábios quentes tomam posse dos meus. William parece saborear minha boca como se há muito ansiasse por isso. As mãos novamente em minha cintura descem e me erguem. Cruzo as pernas em volta de seus quadris.

Carrega-me até a sala. Senta no sofá comigo em seu colo. As mãos me puxam fazendo-me sentir toda a intensidade de seu desejo. Suspiro e não consigo evitar um gemido trêmulo quando Will morde de leve meu pescoço e faz uma trilha com a língua por meu colo mordiscando um seio por cima da camisa do pijama.

Volta a unir nossas bocas. Meus dedos trêmulos estão entre os cabelos curtos de sua nuca. Quando sinto que estou quase sem ar, ele afasta os lábios, mas mantém nossas testas coladas. Nossas respirações pesadas se fundem. Puxa meu lábio inferior.

_ E agora? Está com medo? _ Ergue apenas uma sobrancelha. A voz mais rouca que o normal.

_ Um pouco. _ Inspiro.

_ Pense bem antes de me desafiar. Se houver uma próxima vez, não pretendo parar.

Com um movimento rápido me gira. Deitando-me no sofá, abandonando-me sem fôlego. Afasta-se e sobe a escada de dois em dois degraus...

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Nota da autora:

Promessa feita, promessa cumprida! ♡

Mas eu só acho que a Malu está perdidinha agora. Acabou caindo nas garras da fera.

O que vocês acham?🤭

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