"Existem momentos em nossas vidas que parecem nos definir. Momentos que continuamos revivendo."

-Filme After

Alguns meses depois....

Teresa (Tatá)

De novo esses sonhos,eles fazem meu coração se acelerar,tão reais parece que estou vivendo a cena diante de meus olhos,me levanto da cama e vou tomar banho,quem sabe um banho gelado faria meu coração se acalmar.

Saiu do banho enrolada em uma toalha,o banho não foi uma boa ideia,meu coração não se acalmou,paro em frente ao guarda roupa,fecho os olhos por um segundo revivendo o sonho em minha mente.

'' Um lindo garoto,está a minha frente me encarando com seus lindos olhos verdes,ele sorri e todo mundo parece se calar,e meu coração disparar:

— Está com você faz cinco mil anos de espera valer a pena — diz com sua voz de veludo.

— Obrigado por me esperar — digo sorrindo, não é como se eu dissesse, as palavras elas fluíam.

— Eu esperaria toda a eternidade,eu te amo,minha pequena mística — falou, brincando com uma das mechas cacheadas do meu cabelo.

— Eu também te amo— ele se aproxima e me beija, eu sinto que ali é meu lugar ao lado dele.

— Mamãe, mamãe — uma criança vem até mim correndo e eu a pego no colo.''

Volto de meus pensamentos com Jax entrando no quarto, balanço a cabeça para me livrar definitivamente daqueles pensamentos:

— De toalha ainda?— pergunta dando uma risada.

— Estou pensando em que roupa usar — digo sorrindo.

— Vamos poupar tempo — Diz usando seus poderes para aparecer uma roupa em mim.

— Você não precisa usar seus poderes pra tudo— digo um pouco revoltada.

— Desculpa,mas é muito mais rápido — reviro os olhos com suas palavras— Vamos? — falou.

— Sim— digo, mas ainda sobre o efeito do sonho.

— O que aconteceu? — pergunta.

— Tive um sonho estranho essa noite — falei,e flexis do sonho vem à minha mente.

— O que aconteceu no sonho? — pergunta um pouco mais interessado.

— Eu acho que eu sou mãe — respondo, meio confusa ainda.

— Como assim mãe? — pergunta surpreso.

— O sonho que eu tive foi real demais como uma lembrança,eu sonhei que eu estava em um quarto com um homem,ele dizia que me amava,a gente está conversando, até que uma menininha entrou,ela me chamou de mãe — conto o sonho resumidamente para ele.

— Você se lembrou do seu nome?— perguntou curioso.

— Não,ele me chamava de "minha pequena mística" — digo um pouco pensativa,mas noto que Jax se afasta de mim — O que foi? — perguntei confusa.

— As místicas têm uma grande rivalidade com nós bruxos a séculos — respondeu.

— Porque?— perguntei receosa.

— Por uma briga do passado, ninguém sabe bem o que aconteceu — disse simples.

— Será que sou mística? — perguntei, tentando absorver toda essa situação.

— Talvez, isso explicaria seus poderes — respondeu pensativo — Mas saiba que nada vai mudar o que sinto por você — falou pegando na minha mão e colocando em seu coração.

—Eu te amo — se declara.

— Eu também te amo, agora vamos tomar um sorvete — diz me puxando pela mão para fora do quarto.

**** *** ****

O sorvete da sorveteria, e o melhor Jax costuma me trazer muito aqui,e algo nosso tipo tradição,estamos tomando sorvete a um tempo e desde a hora que saímos de casa Jax nada disse,apenas permaneceu em silêncio:

— Jax — O chamei.

— Sim — dirige seu olhar a mim.

— Tá tudo bem? — perguntei.

—Sim, porque? — pergunta confuso.

—Você está calado demais, você sempre foi de falar muito,está tudo bem? — perguntei preocupada.

— Só estou pensando — diz com o olhar ainda distante.

—No meu sonho? — pergunta já que está agindo estranho desde que o contei.

— Sim — diz relutante.

— Olha... — começo a falar mas sou interrompida.

— Se você for realmente casada, você vai me deixar — diz baixo.

— Meu passado não me importa, afinal ninguém se deu o trabalho de vir me procurar — falei num tom amargo — Mas se eu tiver uma filha eu quero cuidar dela — expliquei.

— Entendo — diz um pouco triste.

— Isso não muda nada,entre nós eu te amo — falo.

"Pelo menos eu espero", penso.

Nem deu tempo dele dizer nada, até que o celular dele tocou,e ele saiu para atender.

Jax

Esses sonhos de Teresa estão me preocupando,eu a amo demais e não quero perder lá,eu não suportaria isso,eu a amei desde a primeira vez que a vi,mesmo machucada ela era tão linda,me lembro como se fosse ontem,o dia que a encontrei.

'' Estava andando de skate, até que noto uma coisa diferente,me aproximo para ver o que é,e noto ser uma garota,ela está jogada no chão muito machucada,ela tinha magia no corpo dela,e era linda.

Eu usei meus poderes para levá-la para casa e cuidei dela, até que estivesse melhor,e nesse meio tempo quem diria que iríamos nos apaixonar.

— Quem é você? Onde estou?— perguntou assustada.

— Meu nome é Jax Novoa, eu te encontrei na mata estava ferida eu cuidei de você —tentei ser o mais gentil possível para não assustá-la mais.

— Obrigada — diz baixo,pondo a mão na cabeça.

— Qual o seu nome? — perguntei.

— Eu não me lembro, não me lembro de nada — diz pensativa.

— Precisamos arrumar um nome pra você então, que tal Julia? — ela negou com a cabeça — Amanda?—negou novamente— Que tal Teresa? — pergunto.

— Gostei — diz dando um sorriso lindo.

Me apaixonei como nunca esperei me apaixonar,me apaixonei por cada detalhe,e quando descobri seus poderes a amei mais ainda,do que achei possível:

— Teresa como fez isso?— perguntei ao vê-la fazer uma flor desabrochar.

— Tem horas que eu penso,e as coisas e elas acontecem — diz admirando a pequena flor.

— Você é uma Bruxa então? — perguntei para mim mesmo,mas saiu em voz alta.

— Não pode ser— diz com medo.

— Calma, eu também sou —digo fazendo a flor fechar e abrir novamente.

—Ual — diz admirada.

— Vou te ensinar tudo que eu sei — falei animado.

Treino magia desde que me entendo por gente, então sei muita coisa, mas era bom poder dividir esse conhecimento com a mulher que amo.

— Obrigada— Digo sorrindo.''

Volto minha atenção para a ligação para de meu pai:

— Filho, preciso que viaje para a cidade vizinha — diz chamando minha atenção para a ligação.

— Está bem,mas que dia? — pergunto.

— Hoje mesmo, é um assunto importante — avisa.

— Está bem — concordo.

—Tenho que desligar,tchau — despede.

— Tchau — desligo o celular e vou até Tainá.

— Vamos ter que fazer uma pequena viagem — digo para ela.