
Acidente
"Todos nós passamos por dificuldades e nós sempre nos apoiamos."
-Filme Cruella
Kyo
Estava distraído conversando com Elisa até que escuto um barulho de um carro batendo em algo, o meu peito se apertou,fomos correndo ver o que estava acontecendo.
A cena era preocupante Estrela estava caída no chão enquanto Takuya discutia com o motorista:
— Estrela — diz Elisa se ajoelhando ao lado dela.
— Vou levar ela no hospital — falei preocupado como isso aconteceu com minha pequena.
— A ambulância está vindo, não podemos mexer nela — A loira que está com Takuya fala,droga ela tinha razão.
Elisa
Takuya estava muito nervoso,seu corpo tremia,merda eu sei o que isso significa o Takuya está muito nervoso,e quando ele fica muito nervoso ele se transforma, não posso deixar que isso aconteça.
Me aproximo dele e seguro em sua o puxando para do motorista:
— Olha pra mim Takuya — Ele me encara com seus lindos olhos pretos e meu coração começa a falhar as batidas — Você tem que se acalmar — peço.
—Eu não consigo — diz entre os dentes.
— Consegue sim — digo ficando nas ponta dos pés e encostando minha testa na dele — Fecha os olhos e se concentra nas coisas boas,vai ficar tudo bem — peço.
— Vou perder a minha filha, que nem perdi a minha irmã — diz e uma lágrima escorre pelo seu rosto.
— A Estrela vai ficar bem — digo enxugando sua lágrima,e pouco a pouco ele vai se acalmando.
**** *** ****
Ao chegar no hospital Estrela foi levada para a emergência, ela havia perdido muito sangue:
— Vamos precisar fazer uma transfusão de sangue,mas o sangue da garotinha é um tipo sanguíneo muito raro, o RH, também conhecido como sangue nulo,ou sangue dourado, precisamos fazer a transfusão o mais possível — o médico explica antes de sair.
— Meu sangue é compatível mas eu não posso doar por ser um lobo,eu não sirvo nem para salvar a vida da minha filha — diz socando a parede e eu o abracei.
— O meu não é compatível,e nem o da Elisa — diz Kyo preocupado.
A única que tinha esse tipo sanguíneo era a Tainá,precisamos da ajuda dela,aproveitei que Takuya foi até o refeitório do hospital e fui até Kyo:
— Kyo — chamo sua atenção.
— Oi?-me encara.
— Precisamos entrar em contato com a Taí,mas como vamos explicar para o Takuya — digo pensativa.
— O que vocês têm que explicar para mim? — diz Takuya que parece surgir do além.
— Kyo vai falar com ela que eu explico para o Takuya — falei com Kyo e assim que ele sai explico tudo para Takuya.
— Então minha irmã está viva? — perguntou ainda sem conseguir acreditar.
— Sim,a vemos hoje — revelou.
— Me desculpe — disse abaixando a cabeça.
— Pelo que? — perguntei sem entender.
— Eu coloquei a culpa em você por tudo,eu me afastei mesmo te amando — diz pegando em minhas mãos.
— Eu te desculpo, até porque eu mesma me culpava — expliquei.
— Quando a minha filha sair dessas vamos tentar de novo? — pergunta.
— Mas e aquela rosada? — perguntei confusa.
— Só uma colega de faculdade, aceita tentar novamente? — perguntou colocando sua mão em meu rosto.
— Eu aceito — disse dando um sorriso.
Ele se aproxima de mim e me beija,como eu senti falta desses lábios,dessa mão em minha cintura me puxando para mais perto.
Kyo
— Tainá — digo assim que ela atende o telefone.
— Oi,Kyo, né? — diz,é uma alegria me consome por ela ter reconhecido meu nome.
— Aconteceu algo pra você me ligar nessa hora? — pergunta com uma voz de sono.
— A Estrela sofreu um grave acidente, ela está aqui no hospital — explico.
— Ela está bem? — perguntou preocupada.
— Ela tem que fazer uma transfusão de sangue,e só você tem o tipo sanguíneo compatível com o dela, você precisa doar o sangue pra ela — respondi.
— Eu indo aí, qual hospital? — pergunta e eu dou o endereço.
Eu desligo o telefone,e no mesmo segundo Tainá aparece na minha frente,me assusto como ela fez isso?:
— Cadê a Estrela? — pergunta preocupada.
— Como chegou tão rápido assim? — perguntei surpreso.
— Sou uma Bruxa, esqueceu? — pergunta como se fosse óbvio.
— Na verdade você é uma mística,e vejo que seus poderes já despertaram — respondeu.
— Não vou discutir com você, o foco aqui é a minha filha — diz me ignorando.
Tainá estava tão mudada,nem eu a reconhecia mais,quero minha antiga Tatá de volta.
Teresa (Tatá).
Olho para o Lado e vejo Elisa beijando um cara moreno,que ao se separarem e me ver vem até mim:
— Sentiu sua falta — disse me abraçando.
— Quem é você? — perguntei surpresa com o abraço.
— Sou seu irmão — ao notar que não me lembro ele completa — Takuya — mas antes que eu responda um médico entra na sala de espera.
— Conseguiram um doador para a transfusão?— pergunta o médico.
— Eu vou doar — digo indo até ele.
— Então me acompanhe por favor — ele começa a andar pelos corredores até parar em frente a uma porta.
Ele pede que eu me senta e finca uma agulha em meu braço,eu conseguia ver o sangue saindo de meu corpo,no instante que eu fechei os olhos uma espécie de memória me veio à mente.
'' Estou correndo em um lugar,e escuto a voz da Takuya gritar comigo:
— Tatá para — manda.
— Não — grito de volta emburrada,continuo a correr agora mais rápido, até que vejo que estou sendo levantada.
— Kyo — digo brava.
— Tatá para de agir como criança— fala me pondo no chão.
— Tô com raiva dele — digo emburrada.
— Não precisa seu irmão só quer o melhor pra você, afinal somos os homens da sua vida —diz me fazendo rir.''
Voltei a mim com a agulha sendo tirada do meu braço, fui até Estrela e a dei um beijo na testa:
— Você vai ficar bem pequena — digo lhe dando um beijo na testa e me afasto.
Antes de eu sair do quarto sinto alguém me agarrar por trás e me morde o pescoço,a mordida não causa dor,apenas uma lembrança.
'' — Porque você é tão linda? — perguntou Kyo.
— Linda eu?-perguntei sem acreditar,que eu poderia sequer ser bonita perto dele,e sua beleza que ofusca.
— Sim — Afirma.
— Só você acha isso, porque antes de você chegar todos os garotos,me achavam esquisita,e nem se aproximavam — digo.
— Lógico, eu afastava todos de você — admitiu.
— Kyo — digo rindo.
— Nada de Kyo, é a pura verdade — diz convicto.
— Te amo,seu idiota — digo rindo.
— Também te amo — diz me beijando.''
Sinto o meu pescoço escorrer um pouco de sangue,mas depois sinto algo molhado me lambendo e era a língua dele.
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