CAPÍTULO 51 [Reta final]
DESCULPA
Jéssica
Minha primeira noite como mãe, não foi das piores. Tive, alguns incômodos, devido a cirurgia. Mas Renatinha se comportou como uma princesa que é. Mamou bastante, Heitor passou a noite comigo. Depois de cada mamada era ele que a colocava para arrotar. Era lindo de ver seu carinho e atenção com ela. Que praticamente sumia no meio dos seus braços. Assim que amanheceu a enfermeira veio para dar um banho nela. Ele acompanhou cada detalhe, sempre atento e perguntando o que não entendia.
Logo depois dela mamar ele foi para casa, tinha muita coisa para resolver. Mas voltaria assim que possível. Eu aproveitei o sono dela para dormir também. Quando acordo fico surpresa com o que vejo, Silvia com ela no colo. Ela olha, e brinca. Me ajeito na cama.
— Não queria te assustar. — ela fala baixinho para mim. — Só passei para ver como vocês estavam.
— Susto não seria a palavra certa, surpresa talvez. — ela dá um leve sorriso.
— Eu sempre tive inveja de você. — ela fala e eu permaneço quieta. — Estive do lado dele por anos, e nunca se quer olhou para mim. E bastou você aparecer, que ele simplesmente esqueceu de tudo. Todos que o conheciam viram como ele mudou. — ela dá um leve sorriso, ninando Renatinha no seu colo. — E quando te conheci, entendi o encanto por você.
— Não é somente encanto Silvia é amor. — ela concorda com a cabeça.
—Sim eu sei, e você com seu jeitinho todo meigo, não dava o braço a torcer para mim, me ignorou, isso só me deixava mais possessa.
— Procurei levar em consideração a amizade de vocês e o que você sentia por ele, imagino que não deva ser fácil não ser correspondida.
— Sim, é horrível, e o pior era ver sua consideração comigo. — ela ri e joga a cabeça para trás. — Isso só me fez te odiar mais ainda, saber que você tinha pena de mim.
— Nunca tive pena de você, só imaginava que não seria fácil.
— É horrível. — ela se aproxima de mim — Ela se parece com você. — Me entrega minha filha que dorme. — Eu me arrependi de tudo que fiz a vocês. — ela dá um leve sorriso. — Eu aprendi da pior maneira, que a vida cobra cada ação que fazemos.
— Eu sinto muito.
— Tenho certeza que não mais do que eu. — ela olha nos meus olhos. — Não vou poder ter filhos, tive que fazer uma cirurgia simples, mas tive complicações e com isso não poderei ter filhos. — sinto uma dor no peito com o que ela acaba de confessar. — Só não sei se é destino ou castigo por tudo que fiz.
— Nunca lhe desejei qualquer tipo de mal. — vejo ela concordar com menear de cabeça.
— Eu acredito que sim, e isso te torna muito mais insuportável. — ela fala e nós duas rimos.
— Você pode adotar uma criança, são tantas precisando de uma oportunidade para serem amadas. — arrumo Renatinha no meu colo. — Isa não é minha filha de sangue, mas não tem diferença nenhuma do que sinto por ela e por essa pequena.
— Vou pensar, não é só eu e sim Eduardo, também não sei o que ele acha sobre isso, na verdade ainda não contei a ele. — ela me olha. — Não contei a ninguém.
— Se ele te amar de verdade vai querer ver você feliz sempre.
— Ele é um cara bacana. — ela dá um leve sorriso. — Me entende melhor do que ninguém. O que é não ser correspondido. — fico desconfortável com o assunto. — Não falei por mal, mas é uma verdade.
— Eu realmente espero que vocês se entendam, e sejam felizes.
— Desejo isso a vocês também, vocês tem uma família linda.
— Você terá a sua também, tenho certeza. — ela se despede e sai.
Olho para minha pequenina que dorme tranquilamente.
Estou saindo do banheiro com a enfermeira e dou de cara com Heitor no quarto. Ele me vê, e vem em minha direção.
— Não deveria estar se esforçando. — ele fala, beijando minha boca e me pega no colo. — Vi que teve visita hoje. — ele me coloca na cama. Com cuidado me arrumo, ele me cobre. A enfermeira trás uma bandeja com lanche, Heitor se vira para ela. — Pode deixar eu cuido dela agora, qualquer coisa eu chamo. — a enfermeira fica olhando sério para ele.
No fim balança a cabeça e sai resmungando.
— Aff ... Tinha que ser proibido a gente dar de cara com homens assim. — ela sai fechando a porta Heitor vira-se para mim com a testa franzida.
— Abusada ela. — ele fala se aproximando com a bandeja. Dou risada.
— Ela só falou o que todas pensam. — ele senta ao meu lado.
— E o que você pensa?
— Que tenho a sorte grande de ter um homem como você. — falo, ele me dá um sorriso e me beija.
— Agora coma, que vou namorar minha filha. — meu coração esquenta com o que ele fala.
Ele pega nossa filha no colo. Fico observando, enquanto como.
— Falei com o médico amanhã você vai pra casa.
— Que bom, não vejo a hora.
— Como foi seu dia? — ele senta na poltrona onde ele dormiu.
É uma daquelas poltronas do papai são bem confortáveis. Termino de tomar um copo de suco.
— Foi tranquilo, Silvia esteve aqui. — ele me olha.
— Eu sei, vi na ficha de visitantes, mas o que ela queria?
— Saber como estávamos, pedir desculpas por tudo que fez. — ele concorda com a cabeça.
— Só isso?
— E você acha pouco uma pessoa, admitir seus erros e pedir desculpas? eu acho um grande passo.
— Não. Não acho pouco, talvez ainda esteja meio espantado por tudo.
— Eu confesso que também fiquei, mas agradeço a Deus por ela ter aparecido. — ele concorda com a cabeça.
Conversamos um tempo sobre outros assuntos. Até Renatinha chorar querendo mamar. Eu amamentei e depois ele a fez arrotar. Como o anjinho que é logo dormiu no colo do pai.
Quinze dias depois...
— Tia Jess quando ela vai falar? — olho para Isa ao meu lado ajudando a trocar a irmã.
— Vai demorar minha linda, ela é muito novinha. — Renata se debate toda segurando um dedo de Isa. — Apesar dela ser bem espertinha, mas ainda vai demorar.
— Ela gosta de segurar meu dedo. — ela fala rindo.
— Ela gosta muito de você, é a irmã mais velha, vai ter que ensinar a ela tudo que você sabe. — ela abre um enorme sorriso.
Heitor entra no quarto, pelo seu semblante vejo que está nervoso. Ele vem até mim, me dá um beijo e beija cada uma das filhas.
— Vou tomar um banho. — fala tirando a gravata.
— Aconteceu alguma coisa? — ele nega com a cabeça e entra no banheiro fechando a porta. Olho para as duas a minha frente, tenho uma ideia. — Isa vou levar Renata para Rosana dar uma olhada nela, você pode ajudar? — ela concorda, pego as coisas da Renata e desço. A coloco no carrinho e vou até a cozinha.
— Quer alguma coisa Jéssica?
— Você poderia dar uma olhadinha nelas para mim? Tenho um probleminha para resolver.
— Claro fica despreocupada, eu amo ficar com essa fofura. — ela olha para Isa. — E você vai ter que me ajudar a fazer o bolo então.
— Eba. Vou lavar minhas mãos — ela corre para o banheiro.
Subo e vou para meu quarto. Trancando a porta. Eu não posso ainda fazer nada porque estou na dieta, mas acho que posso dar um alívio para Heitor, e para mim também. Entro no banheiro ele está debaixo da água quente, não percebe minha entrada. Tiro minhas roupas, e entro no box. Ele percebe.
— Jéssica, não deveria estar aqui. — passo minhas mãos por suas costas, começo uma massagem no seu ombro.
— Eu vi que estava muito tenso, resolvi aliviar você um pouco. — vou descendo minhas mãos por seu corpo, apertando com firmeza. Ele geme sob meu toque. — Relaxa. Só sinta. — falo para ele algo que ele sempre falou para mim.
Intensifico a massagem nas costas. Ele está com os braços apoiado na parede. Passo minhas mãos para seu peito. E massageio, vou descendo por seu tórax e sinto ele puxar o ar com mais força. Chego até seu membro que está duro como pedra. Começo a masturbar de leve. Seus gemidos se tornam mais forte. Eu paro e o viro de frente para mim.
Olho bem em seus olhos. Beijo sua boca, suas mãos vão direto para meus seios. Que estão duros e inchados, por conta da amamentação. Eu vou beijando do seu pescoço até seu peito. Ele segura meus cabelos. Seus olhos, parecem brasa.
— Você vai fazer o que estou pensando? — confirmo com a cabeça.
Ele sorri, abre o box e vai pegar uma almofada que fica num banquinho no canto. Ele coloca na minha frente.
— Não pode machucar seu joelho.
— Nunca machucou.
— Você não estava de resguardo. — ele fala com um sorriso.
Ele me puxa para um beijo mais lascivo. Sua mão aperta minha bunda. Eu gemo em sua boca. Me afasto olho nos seus olhos. O desejo que eu sinto, e imenso. Mas não quero focar nisso agora. Vou descendo beijando seu peito, seu tórax, seu quadril até chegar no seu pau. Dou uma massageada.
Ele encosta na parede. Dou leves beijos antes de colocar a cabeça na boca. Quando coloco na boca, sua mão vai para meus cabelos. O cheiro dele é uma delícia, me faz o querer cada vez mais. Começo a chupar e lamber. Massageio seus testículos e ele abre mais as pernas. Me dando mais acesso. A água cai sobre mim, eu estou queimando de desejo.
Seguro firme em suas pernas e começo um ritmo mais intenso. Uma de suas mãos, vai para minha cabeça, ditando o ritmo. Eu chupo, chupo até que sinto seu corpo começar a tremer, e sinto seu líquido quente descer por minha garganta. Ele geme alto.
— Porra! — ele fala.
Olho para cima com seu pau ainda na minha boca. Vejo seu peito subir e descer, seus olhos encontram os meus. Ele segura em meus braços e me levanta. Beija minha boca, nosso beijo é calmo, seus lábios tocam os meus como se estivesse experimentando.
— Não vejo a hora de você sair desse resguardo. — ele fala e morde meu lábio inferior, morde meu queixo. — Vou fazer você gozar uma noite inteira. — dou risada. — Porque está rindo? Não acredita.
— Acredito em cada palavra, mas com nosso pacotinho acordando a cada três horas acho difícil. — agora é ele que sorri e beija minha boca.
— Nunca subestime seu marido.
— Longe de mim fazer isso.
— Vire-se vou lavar seu cabelo. — viro e ele se encarrega de lavar meus cabelos e meu corpo.
Saio do box e ele ainda permanece no chuveiro. Vou me trocar, mesmo sabendo que ela está com Rosana não consigo ficar muito tempo longe. Assim que chego a cozinha vejo Renatinha no carrinho, quietinha enquanto Rosana e Isa estão preparando algo.
— Tia Jess meu bolo já tá no forno. — Me sento em uma cadeira.
— Aí que delícia, não vejo a hora de comer. — Heitor entra na cozinha só de calça de pijama e camiseta. Vai direto para geladeira.
— Papai você vai comer meu bolo?
— Claro! corre o risco de não sobrar pra ninguém. — Isa da risada. Ele traz uma travessa de frios para mesa. — Você tem conversado com Luciana? — olho para ele franzindo a testa.
— Ela teve aqui ontem, conversamos bastante porque?
— José Alceu pediu transferência para fazer um curso fora, e pelo que percebi não volta tão cedo. — fico surpresa.
— Não conversamos sobre isso. Na verdade acho que falamos mais sobre a Renatinha e outras coisas menos isso, não quis perguntar, mas achei que eles estavam se acertando. — ele dá de ombros.
— Eu não entendi, mas não posso fazer nada, os dois são adultos e sabem o que fazem. — agora eu fico pensativa.
Mas não posso cobrar muita coisa, eu também não sou de conversar muito até me entender primeiro.
— Eu fico triste com isso, torcia tanto por eles. — ele concorda com a cabeça — Mas vamos dar tempo ao tempo.
Depois de um tempo Renata acordou e fui cuidar dela. Dei um rápido banho morno, gostoso, para relaxar. Quando estou terminando de enxugar ela Heitor entra, no quarto. Vem até onde nós estamos.
— Oi minha linda. — ele fala se abaixando e brincando com seus pés. — Ela se parece muito com você.— ele me olha.
— Já me falaram isso. — lembro de algo. — Você retornou as ligações da sua mãe?
— Não.
— E vai?
— Não sei, já te falei vai depender dela.
— Mas ela está tentando, você que não responde.
— Vai defender ela agora?
— Não é uma questão de defender Heitor, ela é avó da Isa e da Renata, deve estar querendo conhecer a neta.
— É a mesma que ela não teve consideração antes. — ele levanta e eu termino de trocar Renata. Ele espera do meu lado observando tudo. — Terminou?
— Sim.
— Agora me de ela aqui.
— A onde vocês vão posso saber? — ele pega uma manta e a embrulha.
— Assistir a um filme. E você vai descansar vi que não dormiu quase nada a noite passada. — fico surpresa com suas palavras. — O que foi porque está me olhando assim?
— Você existe mesmo? — ele começa a rir.
— Existo. — se aproxima de mim. — E sou todinho seu. — beija minha boca, até que escutamos um resmungar, nos afastamos e Renatinha para . — É parece que temos alguém que não gosta de dividir minha atenção.
— Era só o que faltava. — falo.
— Vai descansar. — ele sai do quarto falando com ela. — E nós vamos de que hoje, desde que não seja guarda costas topo qualquer coisa. — eu fico rindo não acreditando no que vi e ouvi.
Nunca duvidei do tipo de pai ele era, porque o cuidado que ele tem com Isa já comprova isso. Mas ainda fico surpresa com seu cuidado comigo. Não vou me fazer de rogada. Vou para meu quarto descansar.
Vinte dias depois.....
Heitor
Dom entra na minha sala. E senta-se na cadeira da frente. Continuo meu serviço.
— E aí como estão as coisas?
— Está se referindo a quais?
— No geral? — olho para ele e vejo que está puxando conversa para contar ou perguntar algo.
— Fala logo que estou com pressa. O que você quer saber? — ele ri e passa a mão na barba.
— Cara a Cléia não desiste dessa idéia de ter filhos ainda mais agora com a Renatinha. — recosto-me na minha cadeira.
— E qual é o problema, toda mulher quer ter filhos é o mais natural. — ele coça a cabeça.
— Na verdade não sei. Acho que isso tudo me assusta, vejo como você é com Isa e me amarro.
— Você também é assim com ela.
— Eu sei, mas é diferente ela não é minha filha é só brincar não tenho obrigações.
— Uma coisa leva a outra Dom, é natural, seu convívio com filho vai ensinar ele, muito mais do que você imagina tem coisas que não se ensina falando e sim mostrando como se faz.
— Essa sua tentativa de explicação não ajudou muito. — nós dois rimos.
— Dom é natural, quando você ver seu filho vai saber o que tem que fazer.
— Isso é papo de mulher.
— Não é papo de mulher e sim de pai que entende o que é cuidar de um filho. — coloco meus cotovelos na mesa e me inclino. — Antes o melhor momento que eu tinha depois de um dia de trabalho era chegar em casa, pegar a Jéssica e você sabe o que. — ele dá um sorriso. — Hoje é um dos melhores momentos, porque também não vejo a hora de pegar minha filha e sentar no sofá e ficar um bom tempo com ela e Isa, é algo indescritível.
— Você falando assim parece ser fácil.
— Não é difícil. — meu telefone toca vejo a foto das três mulheres da minha vida. — Oi.
— Oi gostoso. — ela fala. — sabe de onde estou vindo?
— Não faço ideia. — ela ri.
— Acabei de sair da consulta médica. Estou de alta do resguardo. — olho para Dom e não consigo evitar o sorriso.
— Isso é uma ótima notícia.
— Sim eu sei principalmente para mim que vou passar a noite inteira gozando não é mesmo? — dou uma gargalhada.
— Com certeza. — olho no meu relógio e vejo ser quatro horas da tarde. — Se bem que não precisamos esperar até a noite, vamos aproveitar enquanto a Rosana está em casa.
— E você acha que te liguei porque?
— Safada.
— Estou te esperando. — ela desliga e eu fico com cara de besta olhando para Dom.
— Vai lá, não quero ser seu impata foda.— ele se levanta. — Outra hora a gente conversa. — Ele sai e eu pego minhas chaves e saio em direção a minha casa. Hoje o dia promete.
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