CAPÍTULO 47
QUE TIRO FOI ESSE?
Jéssica
Acordo sentindo seus lábios nos meus. Seguro em seu pescoço e o puxo para mim.
— Bom dia. Estou de saída. — abro meus olhos e vejo que está de terno. — Vai comigo para o Rio?
— Bom dia, tenho opção de escolha? — ele morde meu queixo.
— Claro sempre terá. Carro ou avião? — reviro meus olhos. — Já te falei como você fica linda revirando os olhos? — começo a rir.
— Você é um safado sem vergonha.
— Do que me adiantaria ser um safado com vergonha? — começo a rir e ele me beija. — E outra você gosta das minhas safadezas.
— Não gosto não. — ele me olha sério. — Eu amo cada pedacinho de você assim safado. — ele abaixa-se até minha barriga e beija. Ele é tão carinhoso.
— Arrume as malas. — ele fala beijando meu pescoço.
— Quantos dias vamos ficar? — ele se levanta.
— No máximo dois, vou passar na escola da Isa. — ele me dá mais um beijo. — Não precisa levar muita coisa, a gente compra lá. — ele vai até o espelho e passa a mão nos cabelos. — Não te levei as compras ainda.
— Eu deveria ficar feliz com isso? — nós dois rimos. — Vou voltar a dormir. — ele sai e eu volto a dormir.
Ou pelo menos era o que eu pensava. Logo a porta se abre, e a cama se mexe. Fico quieta só esperando. Até que sinto uma fungada no meu rosto. Abro meus olhos e vejo Zeus.
— Bom dia pra você também Zeus. — Isa ri atrás de mim. Finjo não ter visto — Cadê sua amiguinha banguela? — Zeus late e ela ri mais.
— Bom dia tia Jess!— me viro para ela —Papai falou que vamos viajar você também vai?
— Claro. — dou um beijo nela. — Bom dia!
Passamos um tempo na cama e depois fomos tomar café. Heitor ligou avisando que iríamos a noite. Como ele falou não coloquei muita coisa na mala. A tarde quando ele chegou pegamos a estrada até o aeroporto em São Paulo. Isa dormiu assim que chegamos ao aeroporto, embarcamos de madrugada. Eu pensei que passaria mal no voo, mas eu dormi o voo todo. Ainda de madrugada desembarcamos no Rio. Pensei que iríamos de táxi até a casa da sua mãe.
Mas tinha um motorista e um carro pra lá de luxuoso nos esperando. Eu não entendo muito de carro, mas sei que essas Range Rover são carros caros. Heitor agiu naturalmente, cumprimentou o homem e me apresentou como sua esposa. Isa que já estava acordada também sorriu toda alegre para o motorista.
Quando estamos no carro falo.
— Agora me vem a mente que você nunca falou sobre sua família. — ele me olha e ri.
— E agora você se tocou disso? — mostro a língua para ele. Ele aproveita e me beija. — Você sabe o quanto eu te amo né? — concordo com a cabeça — Quero que se lembre disso a cada momento aqui.
— Mas desse jeito você está me assustando, o que pode acontecer aqui?
— Conviver dois dias com minha mãe. — dou risada.
— Sua mãe é um amor. — falo.
— Já falei que você é uma péssima mentirosa. — ele me abraça e beija minha cabeça.
Logo chegamos a um imenso portão, que abre quando o carro se aproxima. Tem uma área verde com plantas e muitas árvores. Não dá para ver muito porque ainda está escuro. Vejo uma grande casa de dois andares. O carro para e o motorista abre minha porta. Heitor desce com Isa no colo. Agradeço ao homem, e vejo a porta da da frente ser aberta e a mãe dele vem em nossa direção. Mesmo a essa hora da madrugada ela não tem um fio de cabelo fora do lugar.
— Seja bem vindo meu filho. — ela abraça e beija Heitor e depois faz o mesmo com Isa em seu colo. Então volta sua atenção para mim. — Seja bem vinda Jéssica, essa é minha casa. — não sei porque isso me pareceu uma marcação de território.
É acho que entendi a preocupação de Heitor.
— Obrigada. — agradeço, mas ela não se aproxima de mim. Sua atenção vai até minha barriga.
— Já está bem visível, já está de quanto tempo?
— Logo estou no quinto mês.
— Mãe estamos cansados, de manhã conversamos.
— Claro venham, Nair leve as coisas até o quarto. — vejo uma senhora, se aproximar de mim para pegar minha bolsa.
— Não se preocupe só me mostra onde é o quarto. — ela sobe as escadas eu me despeço de dona Olga.
Heitor fica com Isa e ainda posso ouvir ele falar “como ele está?"não escuto o que ela responde. Nair abre uma porta e entro em um enorme quarto
— Pode ficar a vontade, a senhora quer alguma coisa? Um suco, um chá?
— Muito obrigada, mas não quero nada além daquela cama. — falo e aponto para a imensa cama. Ela ri. — E pode me chamar de Jéssica.
— Tudo bem qualquer coisa é só chamar. — ela aponta um telefone na mesinha — Só discar o número dois. — ela sai fechando a porta.
Nunca imaginei que a família de Heitor fosse tão rica. Vou até uma cadeira deixo minha bolsa e me jogo na cama. Começo a tirar meus sapatos quando Heitor entra. Ele vem até mim e termina de tirar os meus sapatos.
— Porque você nunca falou sobre sua família ser rica? — ele coloca minhas pernas em cima da cama e começa a tirar suas roupas.
— Isso mudaria alguma coisa? — ele senta na cama.
— Não ou sim, talvez eu não tivesse fugido de você. — ele cai na gargalhada.
— Justo você com todo esse papo de não querer depender de ninguém? — ele fala afinando a voz e gesticulando com as mãos. Dou um tapa nele. Ele ri. — Venha minha linda vamos dormir, cedo tenho muita coisa pra resolver. — me puxa para seu braços.
Assim dormimos. Confesso que demorei a pegar no sono, acho porque dormi no avião.
— Bom dia Jéssica. — forço meus olhos se abrirem — Eu estou saindo, você fica a vontade, qualquer coisa me liga e por favor Jéssica não saia pra rua sem o motorista que também é segurança entendeu?
— É muita coisa pra assimilar logo cedo. Mas acho que entendi. — ele me dá um beijo e saí.
Eu volto a dormir. Eu nunca imaginei que uma gravidez desse tanto sono.
Um bom tempo depois eu levanto. Olho no relógio e vejo ser perto da hora do almoço. Vou tomar um banho para despertar por completo. Preciso estar bem ativa para encarar minha linda sogra.
Coloco um vestido e pego meu celular. Vejo várias ligações perdidas de Luciana e Cléia. Ligo para as duas, conversei com elas e as duas me perguntaram o que eu estava fazendo na casa do inimigo. Ri com as duas. Não é para tanto também. Desço para comer, pois minha barriga está roncando. Estou descendo as escadas e escuto a voz da Isa. Vou em direção a ela e chego a uma pequena sala de TV.
— Oi tia Jess, já comeu? Meu pai falou pra mim cuidar de você. — dou um beijinho nela.
— Vou comer agora e você já comeu? — ela concorda com a cabeça. Nair aparece na sala.
—Bom dia. O que vai querer para seu café? Acabei de tirar um bolo de laranja do forno.
— Somente café é uma fatia do bolo. — deixo Isa assistindo e vou com ela até a cozinha.
Tomo meu café, e acabei comendo duas fatias de bolo. Não encontrei com a mãe dele até a hora do almoço. Eles são muito regrados para tudo. Isso é bom, se não fosse a falta de sentimentos. É tudo muito mecânico. Heitor me ligou várias vezes, só pra garantir que eu estava bem.
A tarde fui dar uma volta dentro da propriedade com Isa. Ela me mostrou cada pé de árvore. Peguei uma manta e forrei o chão em baixo de uma delas e passamos a tarde ali. Ela brincando com suas bonecas e eu lendo. Nair trouxe um lanche com frutas para nós. E avisou que a noite teria um jantar e que alguns amigos da família iriam aparecer. Entramos quando já estava escurecendo.
Isa veio tomar banho no quarto onde eu estou. E eu me perguntei a vários momentos. Onde está sua avó? passei a tarde toda com ela, em nenhum momento vi alguém da família. O pai de Heitor nem vi e nem ouvi alguém falar dele. Heitor não veio almoçar. Depois de trocar Isa e arrumar seu cabelo, fui tomar meu banho. Estou no chuveiro quando Heitor entra. Tira suas roupas e abre o box.
— Oi — ele me beija. — Estava morrendo de saudades de vocês. — ele abaixa para beijar minha barriga.
Ele acaricia e beija, mas sinto suas mãos descendo por minhas pernas. Seus lábios vão descendo até sentir a ponta da sua língua no meio das minhas pernas. Seguro em seus cabelos. Ele levanta uma de minhas pernas e coloca em seu ombro.
— Ah meu Deus. Já falei que amo a sua língua? — ele continua chupando.
Ele abre meus lábios vaginais com os dedos. Segura meu clitóris com os lábios e chupa. Começa a me foder com os dedos. Minhas pernas ficam moles quando o orgasmo me atinge. Me escoro na parede, enquanto ele chupa tudo. Ele senta no chão e me puxa para sentar nele. Seu pau vai me abrindo. Seguro em seus ombros.
— Você tá cada vez mais gostosa. — ele morde meu lábio. — Vou ter que usar a criatividade quando essa barriga estiver maior. — ele fala se movimentando de leve. Esses movimentos lentos me deixam doida.
— Tenho certeza que não será difícil para você. Criatividade é algo que não te falta. — ele começa a lamber meus seios. — nossa meus seios estão tão sensíveis com a gravidez que sou capaz de gozar somente com ele chupando.
Eu me apoio em suas pernas. Deixando meus seios empinados para ele. E ele aproveita, cada lambida cada chupada quase me levam a loucura. Ele desce uma de suas mãos até meu clitóris e esfrega não demora e eu gozo novamente.
— Ahh... — tenho movimentos involuntários por conta do orgasmo.
Ele me pressiona contra seu corpo, apoia as mãos para trás e se movimenta com mais rapidez. E ele também goza. Sufoca seus gemidos em meu ombro. Ficamos assim um bom tempo. Simplesmente abraçados deixando a água cair sobre nós.
— Sua mãe te falou do jantar? — ele me olha franzindo a testa. — Vai vir algum amigo da família jantar.
— Não me falou nada. — termino de lavar seu cabelo. Ainda estou sentada em suas pernas. Só peguei o shampoo e sabonete. — Mas ela sempre faz isso, fazendo jantares e almoço para os outros. — ele me olha. — Não precisa descer se não quiser.
— Por mim não tem problema nenhum. — dou de ombros. — Vim por sua causa, devem ser seus amigos também.
Terminamos de tomar banho e nos trocamos. Quando estávamos prontos, descemos e Heitor foi direto para cozinha, eu fui atrás. Isa estava comendo um pedaço de torta de chocolate.
— Como você conseguiu fazer sua vó te dar isso antes do jantar? — ela coloca o dedo na boca para fazer silêncio e olha para Nair rindo. Eu caio na gargalhada. — Pode deixar seu segredo está seguro. — olho para a simpática senhora que ri também. Heitor está mexendo na geladeira.
— O que você quer meu menino? — ela fala com Heitor.
Eu dou risada, por ela chamar um baita homem desse de menino. Ela vai e ajuda ele a fazer um sanduíche. Heitor me olha e oferece, dou uma mordida. Um telefone na parede toca e ela vai atender. Continuo comendo com Heitor. Ele senta em um banquinho e me puxa para o meio de suas pernas.
Nair sai da cozinha com certeza vai atender a chefinha. Isa termina de comer e coloca o prato na pia.
— Vou assistir. — passa correndo pela gente.
— Vai querer mais um? — ele me pergunta. Nego com a cabeça pois estou com a boca cheia. — Vamos dar uma volta no jardim. — segurando minha mão saímos pela porta dos fundos. Estamos andando em meio às árvores.
— E seu pai? Não vi nem ouvi falar dele. — ele respira fundo.
— Não é muito presente, na verdade nunca foi, até hoje me pergunto como eles conseguiram se casar nunca se suportaram. — o que ele fala me choca. — Eu tenho uma relação boa com ele, o problema é entre eles.
— Bom eu não o conheço, mas vamos e venhamos sua mãe não facilita muito.
— Vamos parar de falar neles. — ele me encosta numa árvore e começa a me beijar. Passo minhas mãos em seu peito. Gosto de sentir seus músculos firmes. — Como foi o seu dia? — ele me pergunta, enquanto me dá leves beijos nos lábios.
— Normal dormi muito, comi muito e li muito. — ele ri da minha explicação. — Porque tá rindo? — ele me olha. Seus dedos fazem leves carinhos no meu rosto.
— Você é tão simples, é fácil agradar você. — ele começa a fazer carinho na minha barriga.
— Ah sim, com certeza, e agora grávida então é só me deixar dormir e comer que estou super feliz. — ele ri.
Vemos o portão ser aberto e um carro entrar.
— Devem ser os convidados da sua mãe. — ficamos andando um tempo no jardim.
Voltamos para a casa pela porta dos fundos. Quando estamos na cozinha escutamos risadas na sala. Nair entra na cozinha e sorri para nós. Pega algumas coisas e volta para sala. Heitor bebe um copo de suco. Segura minha mão e vamos em direção as vozes. Eu fico parada quando vejo quem são as visitas. Sinto Heitor apertar minha mão.
— Boa noite meu filho, olha quem veio nos visitar. — Heitor não fala nada.
Olho para Silvia e Eduardo e vejo a surpresa nos seus olhares. Silvia logo se levanta.
— Eu não fazia ideia que vocês estavam aqui. — ela fala para Heitor. — Oi Jéssica. — ela fala comigo e não sei se por conta da surpresa, mas eu sinto que realmente foi sincero. Heitor solta minha mão.
— Tenho certeza que não. — ele olha para a mãe com um olhar mortal, vira-se para mim. — Faça um favor arrume nossas coisas. — olho para ele. E vejo sua respiração pesada. Ferraz de levanta.
— Bom nós estamos de saída. — vira-se para a mãe do Heitor, e é curto grosso. — Faça seus jogos só troque suas cartas. Vamos Silvia. — ele cumprimenta Heitor ao passar por nós.
Meu Deus que clima, eu estou estatística não sei o que faço. Silvia me olha, seu olhar desce até minha barriga. Ela olha para Heitor mais uma vez e saí.
Que tiro foi esse?
Heitor vira-se para mim.
— Jéssica. — olho para ele. — As malas.
— Ata, ainda é pra fazer? — ele concorda com a cabeça. Saio da sala mas eu escuto um pouco da conversa.
— Meu filho não há necessidade...
— Não me chame mais de filho! Que merda foi essa? — ele fala alterando a voz.
— Ela sempre foi amiga da família. — sua mãe responde. — Eles estavam na cidade só fui gentil.
— Eles na cidade justamente quando nós estamos aqui? Faça me rir dona Olga.Você faz tudo de caso pensado, Essa sua falta de respeito com a Jéssica já deu, você não gosta dela isso está claro, mas não vou deixar você fazer isso com ela.
— Heitor!
— Porra! ela está grávida de um neto seu, sangue do seu sangue, mas que merda! — escuto algo cair e se quebrar, me assusto. — Passei minha vida sendo uma peça no seu jogo com meu pai, mas você era minha mãe eu procurei entender, agora ela não. Você não vai descontar nela a amargura da sua frustração.
— Você não sabe do que está falando.
— Sei sim! e sei porque você não gosta dela, porque ela é tudo o que você gostaria de ser e não é. — as palavras dele são duras escuto ela chorando, eu sento no degrau da escada. — Você não entende eu a amo essa mulher, ela está esperando um filho meu, mesmo se não estivesse é ela que eu amo. — há um silêncio. — E por esse amor eu não piso mais aqui e sua presença na minha casa não é mais bem vinda!
— Você não pode fazer isso. Meu filho.
— Não me chame de filho, uma mãe não faria isso. Se você me amasse como fala pelo menos a respeitaria, por mim. — eu estou chorando na escada quando ele sai da sala e se depara comigo.
Estende a mão e me levanta, subimos as escadas em um silêncio total. Entramos no quarto ele vai direto para o closet pega as malas e joga tudo dentro. Eu fico parada olhando ele fazer tudo. Ele me olha.
— Você está bem?
— Sim. — eu respondo mas na verdade não estou não.
— Ótimo vou pegar as coisas da Isa. — passa por mim,e sai do quarto.
Sento na cama. Eu ainda estou meio trêmula com tudo. Ele volta pega as coisas e sai. Eu vou até minha bolsa pego dou uma olhada para ver se não esqueci nada. Encontro com ele mas escadas.
— Vou pegar a Isa pode ir para o carro o Maurício está lá. — ele sobe e eu termino de descer.
Ao passar pelo corredor vejo algumas coisas quebrada na sala. Mas não vejo sua mãe. Vou até o carro e me sento esperando Heitor. Logo ele vem com Isa nos braços. Assim que ele entra Maurício fecha a porta e entra na parte da frente.
— Pra onde?
— Qualquer hotel. — Heitor responde.
O carro sai da casa e em vez de me sentir aliviada me sinto muito angustiada. Estou olhando a cidade pela janela quando sinto seus dedos virar meu rosto. Olho para ele, que me observa. Me puxa para perto dele, eu deito a cabeça em seu peito.
— Eu te falei que você é péssima mentirosa. — o abraço e dou um leve sorriso. — Vou cuidar de você.
— Eu sei.
Chegamos ao hotel. Ele fez a ficha enquanto esperamos no saguão. Depois de tudo resolvido fomos para o quarto, ele pegou um quarto conjugado, colocou Isa em um e nós ficamos no outro, deixando a porta do meio aberta.
Ele vai até a cama e deita eu vou até ele e deito ao seu lado. Fico quieta somente fazendo carinho em seu peito. E assim ficamos por um bom tempo. Ele perdido em seus pensamentos e eu nos meus. Depois de um bom tempo eu quebro o silêncio.
— Heitor.
— Não quero conversar sobre isso Jéssica. — solto minha respiração.
— Você nem sabe o que eu ia falar.
— Eu te conheço Jéssica apesar de tudo ainda é capaz de defender ela.
— Não era sobre isso que eu iria falar, de verdade.
— Sei, e era o que então?
— Eu não jantei. — ele me olha sério e então começa a rir. — Fico feliz que minha fome lhe diverte. — falo fazendo bico.
— O que você quer comer?
— Com a fome que eu estou até pedra vai.— dou risada ele vem e me beija.
— O que seria de mim sem você?
— Não sei o que seria, mas posso pensar no que vai ser se não me trouxer comida logo! — ele puxa uma das gavetas da mesinha.
— Da uma olhada no cardápio do restaurante se não tiver nada que te agrade vejo outra coisa. — não precisei olhar muito, minha boca encheu d’água com a foto de um lanche e batatas fritas. Isa entrou no quarto ainda sonolenta, e foi no embalo, e no fim todos nós comemos lanche e sorvete.
Assistimos a um filme de comédia. Quando Isa dormiu ele a levou para a outra cama e deixou a porta aberta. Deitou ao meu lado.
— Amanhã depois que eu terminar de resolver minhas coisas, vou levar você para conhecer o Rio, vou te mostrar os pontos turísticos da cidade.
— Sendo isso na parte da tarde sem problemas. — cai no sono que nem percebi.
Acordei Heitor não estava mais no quarto. Isa está deitada só meu lado assistindo um desenho.
— Bom dia Isa. — sento na cama. — Faz tempo que seu pai saiu?
— Bom dia. Não ele acabou de sair falou que não queria te acordar e que era pra mim cuidar de você. — dou um beijo nela.
— Teu pai anda falando muito isso pra você ultimamente. — Vou para o banheiro tomar banho.
Quando saio peço o café para nós duas. Quando escuto baterem na porta abro sem olhar, imaginei ser o serviço de quarto. Mas não é, e sim a mãe dele.
— Bom dia ... É .. Heitor não está. — falo ela me olha de uma maneira diferente de como sempre me olhou.
— Eu sei esperei ele sair. — aí fudeu. Essa afirmação dela me deixa nervosa. — Eu só queria conversar com você um minuto. — não tendo muito o que fazer, a deixo entrar Isa vem dá um beijo nela. Eu a chamo para irmos conversar no quarto que Isa está usando.
— Sente-se. — ela senta e vejo que está nervosa. E posso falar que eu também estou.
— Vim lhe pedir desculpas por ontem. — a olho e mordo meu lábio de tamanho é meu nervosismo. — Eu não deveria ter feito o que fiz, realmente não pensei na sua gravidez, o que ele me falou ontem é a pura verdade. — fico parada olhando ela falar. — Eu não sou feliz, minha única felicidade foi ter tido meu filho, e não pude ter mais filhos por uma complicação na hora do parto, e acho que acabo descontando tudo nas pessoas. — ela me olha. — Você me perdoa Jéssica? Eu só tive consciência de tudo quando vi ele saindo de casa no meio da noite.
— Eu... — ela me interrompe.
— Não precisa me responder agora, eu sei que isso leva tempo, nós não tivemos um bom começo.
— É, isso é verdade podemos dizer que não tivemos um bom começo, nem meio, mas vamos ver se mudamos o fim. — ela me olha e dá um leve sorriso.
— Eu fico muito grata por tudo, vejo a maneira como você trata ele e minha neta. — mas rapaz se ela sabe disso porque me tratou tão mal? — Eu gostaria muito que você me perdoasse, assim talvez meu filho me perdoaria também. — pronto está aí o x da questão.
— Bom Heitor já é outra história, ele ficou de um jeito que eu ainda não tinha visto.
— Eu sei, mas ele sempre foi assim tem uma paciência, mas quando esgota explode, só não imaginei que explodiria comigo. — ela me olha. — Mas o amor dele por você falou mais alto! — ela se levanta — Não vou mais ocupar seu tempo. — me assusto com o abraço que ela me dá.
Fico com os braços presos e acho até que foi melhor. Ela se despede e sai do quarto e vai dar um beijo em Isa. O serviço de quarto chega, quando ela está saindo. Eu fico parada no meio do quarto enquanto Isa come, eu olhando para o nada, e pensando em nada. Essa gravidez está mexendo não só com meus hormônios, mas também com meu cérebro, não consigo fazer nenhum raciocínio lógico de tudo isso.
— Tia vem comer. — saio dos meus devaneios com Isa me chamando.
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