CAPÍTULO 40
GRANDES EMOÇÕES
Heitor
Enquanto a água quente cai sobre mim, eu só penso em tudo, que no caso se resume em como fazer para Jéssica ficar. No domingo a tarde ela irá embora. Pensa Heitor, pensa. E agora ainda tem a Isa, com essa história do moleque, preciso ficar a par do que está acontecendo. Isa chegou a comparar o que eu teria feito, com o que ele fez.
Ah!
Melhor parar de pensar nisso. Termino meu banho e saio. Vou até o closet e coloco uma cueca, tinha o costume de dormir sem nada, mas desde que a Isa veio morar comigo. Tive que abolir esse hábito.
Quando saio vejo Jéssica dormindo, toda esparramada na cama. Fico olhando, ou melhor babando mesmo, ela é linda. Relembro do nosso começo, sempre fugindo, não querendo rotular nosso relacionamento. Mas aos poucos fui conquistando, fui derrubando suas barreiras. É isso que tenho que fazer. Vou conquista-la novamente, fazer com que ela não consiga ficar longe.
Deito ao seu lado e a puxo para mim. Sentir o calor do seu corpo, é um bálsamo, trazendo uma paz enorme. E agora aqui deitado tenho minha primeira idéia.
Ao acordar poderia ficar enrolando na cama e aproveitando, se não fosse meu trabalho. Vou me trocar hoje tenho que ir ao fórum, coloco um terno. Antes de descer para tomar café ligo para uma floricultura. Assim que saio do quarto vejo Isa e Zeus, no corredor.
- Bom dia papai. - ela logo pula no meu colo.
- Bom dia. - dou um beijo nela. - Você dormiu bem? - ela concorda com a cabeça.
- Cadê tia Jess?
- Ela ainda está dormindo, e nós vamos tomar café. - desço com ela no colo e Zeus na nossa cola. Quando entro na cozinha vejo minha mãe e Rosana conversarem.
- Bom dia senhor. - olho para Rosana estranhando a forma como ela se dirige a mim, olho para minha mãe.
- Porque do senhor, Rosana? - ela me olha sem jeito e eu já entendo. - É somente Heitor, você sabe disso, você já é da família.
- Bom dia mãe.
- Bom dia meu filho. - ela olha para trás de mim, em direção ao corredor.- Cade a hóspede? - eu me faço de desentendido. Sento e começo a tomar café.
- Estamos com uma hóspede? Nem estou sabendo, fui dormir cedo com a Jéssica e nem vi ninguém chegar. - finjo não ver seu semblante aborrecido.
- É dela que estou falando. - fala em tom de desagrado.
- Ela não é hóspede, é dona dessa casa. - ela me olha séria.
- Dona que vai embora?
- Essa conversar tenho que ter com ela, não com a senhora. - sou bem curto e grosso.
Nesse momento a campainha toca, sei o que deve ser. Pego dinheiro na carteira e entrego para Rosana.
- Rosana por favor page e deixe perto da escada, já pego.
- Sim senhor. - ela sai e termino meu café.
Minha mãe continua me olhando séria. Não dou a mínima, não vai estragar meu dia. Depois de terminar e me despedir delas, vou pegar o que pedi e subo as escadas. Assim que entro no quarto vejo Jessica ainda dormindo serenamente. Não quero acorda-la, deixo as flores no seu lado. Desço pois tenho um dia cheio hoje.
...
- Não vai sair pra almoçar? - levanto os olhos e vejo Dom entrar.
- Hoje não dá, como alguma coisa por aqui mesmo. - volto a fazer o que estava fazendo.
- Você está tranquilo com isso? - ele puxa a cadeira e senta a minha frente.
- Tranquilo com o que?
- Eu estava conversando com a Cléia sobre a Jéssica. - ele me olha fica na dúvida se fala. - Ela vai voltar para São Paulo e como você está encarando isso? - eu sei que ela vai voltar, e por mais que eu pense em algo não consigo chegar a conclusão nenhuma, e isso está comendo meu juízo.
- Não tem o que eu possa fazer. - solto minha respiração que estava prendendo sem eu perceber. Me recosto na cadeira.
- Cara como você mudou nesses dois anos. - continuo olhando enquanto ele fala. - Você a dois anos atrás estaria amarrando ela ao pé da cama. - ele conclui rindo.
Será que eu mudei tanto assim? Eu seria capaz de amarrar ela? Sim com certeza faria isso. Mas hoje não consigo fazer isso, depois de tudo que passei com a morte da Renata, o silêncio e afastamento de Jéssica, me fez pensar mais e agir menos por impulso. Mas penso no que ele acabou de falar e tenho uma idéia. Pego minhas chaves e o palitó, e vou em direção a porta.
- Onde você vai? Acabou de falar que não podia sair.
- Você acaba de me dar uma idéia. - abro a porta.
- Eu falei de maneira figurativa sobre amarrar ela, Heitor. - ele se levanta. Dou um sorrisinho.
- Eu sei, e venha você vai me ajudar. - saio com Dom. Tenho pouco tempo para fazer tudo.
Jéssica
Acordar com um buquê de rosas ao meu lado, me trás muitas recordações. Não deveria me surpreender com esse lado romântico de Heitor. Ele sempre se mostrou sempre que pode. Ao descer eu sabia que pelo horário ele não estaria mais em casa. Eu acho que acostumei com as férias e tenho dormido muito.
Encontro com Isa na sala assistindo TV. Dou bom dia, vejo um pouco do seu desenho, ela é uma criança adorável. Sinto meu estômago reclamar, vou até a cozinha e encontro com Rosana. Ela é uma mulher de seus quase 40 anos, e muito simpática, gosto muito de conversar com ela. Está sempre sorrindo.
- Bom dia dona... - levanto minha mão.
- Jéssica, só Jéssica Rosana.
- Tudo bem. Vai tomar seu café?
- Sim só café, mas pode deixar que eu mesma pego. - vou até a cafeteira. - Pode continuar, não vou atrapalhar.
- Imagina atrapalhar, a casa é sua. - essa afirmação dela me surpreende. Mas não falo nada.
- Tudo bem, cade a ... - faço sinal com a mão. Por não querer pronunciar o nome.
- Ela saiu, foi comprar algumas coisas para o almoço. - ela levanta as mãos para o céu. - Graça a Deus, um momento de paz. - nós duas rimos. - Não que precisasse pois a geladeira está cheia de coisas e a dispensa também, mas se ela queria ir eu ia segurar? - coloca a mão no peito. - Jamais!
- Ela realmente é uma pessoa difícil.
- Não dona Jéssica. - olho feio para ela. - Oh é.. Jéssica tudo bem, ela é uma pessoa mal amada, esse é o problema. - sento-me, para ouvir enquanto ela continua limpando. - Você não pense que sou fofoqueira, falo mal dos patrões, porque eu não tenho nem uma vírgula pra falar do Dr. ele é uma pessoa maravilhosa. - ela me olha. - Com todo respeito.
- Sim, eu sei não se preocupe.
- Não sei como pode uma pessoa como ele ter saído dela, dona Olga pensa que me atinge ou me humilha me chamando de criada ou empregada coitada. - fala balançando a cabeça. - Eu não tô nem aí sou mesmo, pago minhas contas, dou a meus filhos o que eles querem e ainda tenho meu marido que sabe fazer uns paranauê bem gostoso. - ela me olha colocando as mãos na cintura. - O que mais uma mulher pode querer? Tenho minha casa, meus filhos, sou muito bem amada. - ela vem pertinho de mim olha em direção a sala e fala baixinho. - Meu negão da um trato em mim antes de vir trabalhar, que chego leve aqui, e depois quando chego em casa outro pra tirar o estresse, e eu vou ligar para o que ela fala? - dá de ombros. - Vou nada.
- Você está mais do que certa. Mas você não pode deixar ela te humilhar, independente da idade isso não lhe dá esse direito.
- Não, não dá, mas eu realmente não ligo, gosto muito de trabalhar aqui, e toda vez que ela vem é assim um Deus nos acuda, mas logo ela vai embora. - Isa entra na cozinha e vem até mim.
- Tia Jess me ajuda com a lição? - olho para ela e vejo o sorriso.
- Claro vamos lá. - coloco o copo na pia e vou com Isa até a escada. Logo que estamos subindo as escadas vejo dona Olga chegar com várias sacolas.
- Bom dia. - paro onde estou. - A senhora quer ajuda?
- Não, obrigada. - responde sem me olhar, e vai para cozinha. Eu continuo a subir.
Estou sentada no chão ao lado da mesinha da Isa de fazer lição, enquanto ela está colorindo o desenho que ela fez de acordo com o que ela entendeu da história do livro que a professora mandou. Fico olhando tudo em volta. É cheio de brinquedos, tudo colorido de acordo com um quarto de menina, mas uma coisa me chama atenção, não vejo fotos no quarto dela e nem pela casa de ninguém.
- Isa você não tem fotos da sua mãe?
- Tinha, mas minha vó tirou porque disse que era melhor. - ela levanta o desenho. - Ficou bonito?
- Ficou lindo. - escuto barulho na porta e vejo Heitor entrar.
- Papai!
- Oi linda. - ele dá um beijo nela e vem até mim. - Oi minha outra linda. - ele me dá um beijo rápido.
- Obrigada pelas flores.
- Não por isso.
- Veio para o almoço?
- Não só vim buscar alguns documentos. - ele olha para trás. - Eu não encontrei a Rosana você faria o favor de servir alguma coisa para o Dom?
- Claro. - me levanto e desço quando chego na cozinha vejo Dom fuçando na geladeira e conversando com Rosana e dona Olga. Fico sem entender o pedido de Heitor. Dom fecha a geladeira e me vê.
- E aí tudo bem? - ele pergunta e isso chama a atenção de todos.
- Tudo ótimo grandão. - quando vou voltar para cima Heitor chega. - Ele soube se virar sozinho.
- Eu achei que não tivesse ninguém. - ele me dá outro beijo. - Vamos. - ele chama Dom, que vai até dona Olga e dá um beijo na bochecha.
- Até depois para vocês. - Dom fala ao passar por mim. Heitor me olha.
- Vamos acampar na quinta.
- Acampar? Como assim?
- Sim, prometi a Isa que levaria as duas pra acampar antes de você voltar para São Paulo.
- E não pode ser no fim de semana?
- Não, sábado temos um compromisso então vamos na quinta a tarde, e no sábado de manhã estamos de volta. - ele me beija novamente, só que desta vez um beijo mais carnal.
Com uma mão segura um punhado de cabelos na minha nuca. Com a outra ele me aperta na cintura, e eu chego a sentir sua ereção. Ereção? Sim posso sentir. Sinto um calor se espalhar por meu corpo. Quando se afasta estou com a respiração ofegante.
- Até mais tarde.
O que foi isso? Me pergunto enquanto olho ele saindo. Meu Deus esse homem ainda me mata. Meus lábios estão inchados, levo minha mão até eles e posso sentir. Arrumo meus cabelos e lembro que tem mais gente na cozinha. Olha para elas.
Dona Olga não está olhando graça a Deus. Mas em compensação Rosana está me olhando com um sorrisinho nos lábios.
- É disso que eu estava falando. - acabo rindo, com seu comentário, lembrando da nossa conversa. - Esse daí também entende dos paranauê. - e nós duas caímos na gargalhada.
***
- Pegou tudo que estava na mesa? - pergunto a Heitor enquanto ele coloca a última mala no carro.
- Sim peguei. - ele fecha a porta e se vira para mim. - Sempre fui acampar com a Isa e nunca nem de perto levei metade do que você está levando.
- Eu nunca fui acampar, não faço idéia do que precisa e ainda temos uma criança junto.
- Já falei qualquer coisa a gente volta. Não precisa se preocupar.
- Vamos papai! - Isa reclama de dentro do carro. - Está demorando muito. - ela está toda eufórica e Zeus também até parece que ele sabe para onde vamos.
- Tá, então vamos.
- Eba! - Isa grita.
Me despeço de todos. Entramos no carro e vamos em direção a essa aventura.
- Não está muito tarde para ir? - ele passa a mão na minha perna enquanto dirige.
- Eu sei o que estou fazendo.
- É, você sempre sabe. - falo enquanto ele segura e beija minha mão.
Realmente o lugar não era longe. Fomos por outro caminho desta vez. Quando chegamos o que mais me chamou a atenção era o tanto que Isa e Zeus andaram por tudo. Realmente eles conheciam o lugar.
Heitor montou a barraca em baixo de uma grande árvore, ao lado da cabana. Aquela cabana que nos escondemos quando escapamos do sítio, quando fomos reféns. Estou parada olhando Isa brincar com Zeus, e sinto seus braços me envolverem.
- Um beijo por seus pensamentos.
- Isso sim é uma proposta irrecusável. - ele beija meu pescoço.
- É estranho estar aqui.
- Porquê?
- Por tudo que aconteceu. - ele me vira, e olha nos meus olhos. Coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha.
- Vou te falar as lembranças que esse lugar me remete, estive esperando você por dois longos anos e aqui diante daquelas circunstâncias que poderiam ter me levado a morte, eu tive você ao meu lado, senti seu corpo quente ao lado do meu, se eu tivesse que passar por tudo de novo passaria só pra ter aquela oportunidade então qualquer outra lembrança que possa surgir são apagadas por essas, são apagadas por você. - ele limpa uma lágrima que escapou dos meus olhos. No consigo falar nada. Só o beijo.
- Eca... - escuto Isa reclamar, nós dois rimos. - Isso é nojento. - Heitor se afasta.
- Sim Isa, isso é muito nojento mesmo, não deixe ninguém fazer isso em você entendeu? - dou um tapa no braço dele. - O que? olha a idade dela não pode pensar nisso e ainda tem o tal do Jorginho, eu não esqueci. - balanço minha cabeça.
- Tenho certeza que não mesmo. -puxo ele pelo braço. - Vai escurecer logo e você não montou a fogueira como vamos assar nossos e marshmallow?
- Ebaa... vai pai, vai logo. - Isa começa a empurrar ele.
- Ta bom. - me olha. - Depois terminamos nossa conversa. - dou uma piscadinha para ele.
- Estou contando com isso. - lhe mando um beijo.
Enquanto ele e Isa arrumam a fogueira eu terminei de tirar as coisas das bolsas. Estiquei os colchonetes deixei tudo arrumado. Essa barraca é grande tem até uma parte na frente toda fechada com tela fina separando uma área para montar uma mini cozinha. Quando a gente vê em filmes as pessoas acampando você nunca imagina o trabalho que dá. Vou até um dos coolers que Heitor trouxe com comidas e pego um pacote de bolachas recheadas. Eu particularmente não gosto de bolachas recheadas, mas estou com fome então vai qualquer coisa.
Estamos sentados a volta da fogueira, comendo marshmallow assados. W não é que é gostoso isso. Comemos carne assada e alguns legumes, que foram embrulhados em papel alumínio, para que ficassem cozidos antes de assar. Para mim o pior de tudo foi tomar banho. Tivemos que nos lavar no rio. Não está tão frio, mas está longe de estar calor.
- Tia Jess, vamos dormir? - olho para Isa.
- Já está com sono? - ela balança a cabeça em concordância. - Está bem vamos. - ela vai até Heitor e dá boa noite, e ele a beija. Olho para ele. - Já volto.
- Estou contando com isso. - fala me devolvendo a mesma frase.
Entro com Isa na barraca, depois de ajudá-la a escovar os dentes. Conto uma história para ela uma que inventei pois não conheço muitas histórias infantis. Preciso pesquisar para melhorar meu repertório. Depois de quase uma hora ela dormiu, e quase que eu também.
Saio da barraca fecho direito o velcro para não entrar nenhum inseto.
Vejo Zeus deitado ao lado da fogueira dormindo. Olho tudo em volta e não vejo Heitor. Onde ele se enfiou? Olho em direção a cabana e vejo uma fraca luz vindo de dentro. Vou até lá, e empurro a porta.
- Heitor? - o chamo mas quando abro a porta vejo as velas espalhadas pelo pequeno lugar.
Entro e vou até uma rosa que está sobre a mesa. Me assusto com sua voz baixa e rouca.
- Pensei que não viesse mais. - olho para o lado e o vejo sentado em uma cadeira. Levo a rosa até meu nariz e a cheiro.
- Isso é uma coisa que eu nunca vou entender, como você consegue sempre ter uma rosa. - ele se levanta e vem até mim.
Está só de cueca boxer. Mordo meu lábio inferior, porque realmente é uma visão pecadora.
- Tem segredos que um homem jamais pode revelar. - ele fala me abraçando por trás e beijando minha nuca.
Fecho meus olhos, com a sensação. Ele pega a rosa da minha mão e coloca em cima da mesa.
- Se você ainda tem alguma dúvida sobre quais lembranças ter deste lugar. - ele fala segurando os meus seios e apertando de leve. - Saiba que estou disposto a mudar isso hoje. - levo minhas mãos até sua cabeça e seguro em seus cabelos. Ele chupa minha orelha e morde meu pescoço.
- Faça o seu melhor. - falo baixo.
Sua mão desce, abre o botão da minha calça, depois continua descendo até chegar na minha intimidade. Ele beija meu pescoço, enquanto a outra mão brinca com meus seios. Ora com um depois o outro.
- Vou te fazer gozar tantas vezes que não terá lugar para outras lembranças. - e com isso ele começa a massagear meu clitóris.
Eu estou em chamas querendo tocar nele. Sentir seu corpo. Mas ele é firme não me permitiu virar. E assim eu chego ao meu orgasmo. Ele me segura passando o braço em volta de mim. Mas sua mão é impiedosa.
Heitor me encosta na mesa e abaixa para tirar minhas calças. Eu o ajudo tiro minha blusa e sutiã, agora estou totalmente nua e ele ainda de cueca. Ele fica de pé a minha frente. Mesmo com a pouca luz eu vejo quão duro ele está. Vou até ele mas ele me empurra e eu encosto novamente na mesa.
- Quero beijar você. - falo.
- Eu também quero te beijar. - ele me segura, colocando-me sentada na mesa.
E sua boca está na minha. Seus lábios estão sedentos. Logo ele se afasta.
- E é o que eu vou fazer.
Segura meu pescoço e me faz deitar na mesa. Ele abre minhas pernas, e olha tudo. Meu Deus eu estou pegando fogo. Coloca meus pés na ponta da mesa. Se não fosse o tesão que estou sentindo eu teria vergonha da posição que estou.
- Quero que você se toque. - olho para ele que está parado de braços cruzados a minha frente.
Eu não penso duas vezes e levo minha mão até o local que é alvo do seu olhar. Assim que toco meu clitóris eu acabo soltando um gemido.
- Ah. - continuo com os movimentos.
Eu fecho meus olhos e me entrego ao prazer dos meus dedos. Sinto um ar frio tocar minha pele quente. Levanto meus olhos e vejo ele assoprando. Puta que pariu eu não vou aguentar muito. Acho que ele percebe por que agora sinto seus lábios. Ele lambe e beija. Beija como se estivesse beijando minha boca. Seguro em seus cabelos. Sinto sua língua em todos os lugares, eu me entrego ao meu segundo orgasmo.
- Eu vou gozar. - falo entre os gemidos.
E, gozo. Ele segura minhas pernas no lugar para que eu não me mexa. Ele não para, está voraz, sugando todo meu gozo. Estou latejando, meus músculos estão flácidos não tenho força. Ele para fica novamente de pé entre minhas pernas.
- Agora eu vou te comer bem gostoso aqui em cima dessa mesa. - eu sinto seu membro me abrir aos poucos.
Estou tão sensível que sinto cada pedacinho dele dentro de mim. Ele para assim que está todo dentro de mim.
- Você ainda tem alguma outra lembrança Jéssica?
- Não consigo pensar em mais nada. - ele começa a me mover. - Ah meu Deus. - ele começa lento de vagar, mas logo ganha intensidade. Eu estou gemendo alto não consigo evitar, a cada estocada dele.
- Isso geme, assim. - ele faz uns movimentos circulares com o quadril, me levando a loucura. - Gostosa. - uma de suas mãos está me segurando na barriga, enquanto a outra vem até meus seios.
Sinto meu corpo tremer e sou arrebatada pelo orgasmo tão intenso. Eu me perco nas vibrações, estou em frenesi quando sinto que ele também goza. Eu não consigo fazer nada nem me mexer. Ele sai de dentro de mim e me pega no colo, me colocando em um colchonete forrado no chão. Ele deita ao meu lado e eu o abraço.
- Dessa vez você se superou. - falo para ele que dá uma gargalhada gostosa.
- A noite mal começou Jéssica.
- Mas tem a Isa ela pode acordar e ficar assustada. - ele se mexe e pega algo do lado da sua calça. Coloca sua arma de lado e puxa um aparelho branco.
- Pra isso temos a tecnologia de ponta. - olho para o negócio.
- Isso é uma babá eletrônica.
- Sim, depois que você falou eu fui atrás e comprei, coloquei a outra na barraca enquanto você terminava o arroz. - ele abre um grande sorriso. - Ponto para mim desta vez. - acabo rindo também.
- Sim, ponto para você. - ele coloca de lado e se volta para mim.
- Como falei a noite só está começando. - e me beija.
E assim aproveitamos a noite toda. Realmente eu não contei quantas vezes transamos. O dia seguinte eu praticamente dormi e comi o dia todo. Ajudei em algumas coisas. Heitor e Isa foram pescar eu não consegui ir, estava caindo de sono. Heitor não fez questão pois sabia o motivo. A noite dormimos todos juntos com Isa no nosso meio e Heitor contando uma história.
Agora já é sábado e estamos voltando. E me vem na mente sobre o compromisso que Heitor falou.
- Qual é o tal compromisso? - ele me olha.
- Logo você vai saber. - apesar de ter dormido a noite toda eu estou morrendo de sono.
Nem questiono mais nada. Assim que chegamos em casa vejo vários carros. Olho para Heitor que está me observando.
- Cléia comentou que você queria fazer um almoço com todos. - lembro realmente de ter falado isso.
- Verdade, tinha até esquecido. - o puxo para um beijo. - Obrigada foi uma aventura, e foram grandes emoções.
- O melhor ainda está por vir. - ele fala e saímos do carro e logo somos recepcionados pelos amigos.
As meninas logo me puxam e começam a perguntar sobre como foi a experiência de acampar. Quando entro na sala me assusto com quem vejo.
- Pai? - ele me vê e vem me abracar.
- Jéssica, que saudades.
- O que o senhor está fazendo aqui? E, cadê... - vou perguntar de sua esposa, mas ele logo responde.
- Ela não pode vir, estava com trabalho acumulado.
- Entendo, mas... O que o senhor veio fazer? - a resposta vem de trás de mim.
- Eu o convidei. - Heitor responde ao passar por mim. Não entendi nada, mas enfim.
- Fico feliz. - lhe dou um abraço. - O senhor fique a vontade só vou ver umas coisas. - Passo por todos, estou a procura da pessoa certa.
Estou tremendo por dentro, não acredito que ele fez isso. Todos me olham de maneira estranha. Estão todos aqui. Até os pais de Luciana. Passo acenando com a mão e dando fracos sorrisos. Olho em toda parte e não vejo Heitor. Até encontrar com Dom.
- Ele está na praia. - continuo meu caminho quando chego a praia o vejo parado com as mãos no bolso, olhando o mar.
Meu coração falta sair pela boca de tão disparado que está. Ele percebe que eu me aproximo, mas não me olha. Fico parada ao seu lado olhando o mar. Ficamos assim em silêncio por uma eternidade. Até eu quebrar o silêncio.
- Isso não é somente um almoço é? - ele não responde de imediato.
- Não. - ele é curto na resposta.
- Você não está ajudando muito. - falo com minha voz baixa.
- Nunca falei que facilitaria as coisas.
- Heitor. - vou falar quão louco isso está sendo, mas ele me interrompe.
- Jéssica estou te pedindo em casamento. - ele fala alto e vira-se para mim. - Casa comigo?
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