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CAPÍTULO 39

A CARTA

 
Jéssica

       
Estamos sentados a mesa comendo pizza. Até a mãe de Heitor está comendo, reclamou, mas não resistiu assim que Isa abriu as caixas.
        
— Então filho me conte como vocês se reencontraram? — olho para Heitor, porque até agora não falamos com a Isa.
        
— Nos encontramos na praia. — ele fala sem dar muita importância a pergunta.

Dou um cutucão por debaixo da mesa em sua perna. Ele me olha faço sinal para que entenda a questão, ele compreende.

— Ah sim, amanhã conversamos sobre isso. — completa. — Cade o Zeus? — ele pergunta.
        
— A vovó deixou ele na garagem. — Isa fala meio contrariada.
        
— Lugar de cachorro é lá fora, ainda mais aquela peste. — assim que a mãe dele fala isso eu engasgo com a pizza.

E começo a tossir e dar risada, tento segurar mas não consigo. Só me vem na mente imagens do Zeus aprontando com ela. Heitor se levanta e vem em meu auxílio.
        
— Tudo bem? Quer uma água?
        
— Não precisa, estou bem. — me levanto. — Vou ao banheiro. — saio e uso o banheiro de baixo.

Quando volto estão guardando tudo. Vou ajudar, Isa não está aqui só Heitor e a mãe. Vou até ele.

— A hora que puder me levar embora estou pronta. — ele vira-se para mim.
        
— Não vou te levar a lugar nenhum. — fico surpresa.
        
— Heitor prefiro ficar em casa.
        
— Você está em casa. — ele fala, me dá um beijo na cabeça e sai da cozinha.

Olho para a megera me encarando. Volto a colocar a louça na lavadora. Vou manter o mínimo de cordialidade. Assim que termino saio da cozinha e encontro Heitor e Isa na sala. Ele bate no sofá ao seu lado. Sento, mas não ao seu lado. Heitor me olha e vejo que está maquinando algo. Logo vem a mãe dele chamando Isa para subir, pois está tarde. Ficamos só nós dois na sala. Ele vem até mim.
         
— Pronto agora estamos a sós. — me puxa para um beijo. — Vamos subir? Estou muito cansado.
         
— Vamos, mas eu preferiria ir embora. — ele não liga para o que eu falo.

Segura minha mão e subimos. A porta do quarto da Isa está entreaberta, Heitor entra e dá um beijo nela. Percebo que ela já está dormindo. Eu vou até seu quarto e começo a tirar as roupas eu preciso de um banho. Deixo a água morna cair sobre meu corpo. Relaxo. Heitor entra no banheiro e começa a tirar suas roupas. Logo também está dentro do box. Começa a massagear minhas costas.
         
— Isso é muito bom. — falo.
         
— Só isso é bom? — pergunta ao meu ouvido.Vou provocar um pouquinho.
         
— Sim. — recebo um tapa na bunda. — Aí isso dói. — ele morde meu pescoço.
         
— Como minha mãe te tratou?
         
— Nossa ... tudo haver com o assunto. — rimos.
         
— Eu a conheço melhor do que ninguém, Jéssica. — me viro de frente para ele.
         
— Se você a conhece não preciso falar nada não é mesmo? — ele me analisa por um momento.
         
— Só tenha um pouco de paciência com ela, logo ela irá embora não deixe isso nos atrapalhar. — beija minha boca.
         
— Não mesmo. — ele me agarra me colocando em seu colo, passo minhas pernas em volta da sua cintura. E assim tivemos nossa transa de baixo do chuveiro.
          
Eu terminei meu banho primeiro. Saí e me troquei. Estou penteando meu cabelo quando ele sai do banheiro só de toalha. Para na minha frente.
          
— Que foi? — pergunto.
          
— Ainda não acredito que você está aqui. — vou até ele é o beijo.

Ele segura meu rosto. De repente escuto um barulho quando me afasto, vejo a porta está aberta e Isa nos olhando. Ela olha para mim e para Heitor e sai correndo.
           
— Isa! — Heitor a chama. Ele vai atrás dela, mas seguro em seu braço.
           
— Deixa que eu vou. — aponto para ele. — Vá se trocar.
            
— Mas que merda! — ele xinga alguns palavrões.

Mas eu não dou a mínima, tudo o que eu temia aconteceu, só espero que ela me entenda. Vou até seu quarto, a porta está aberta, entro e a vejo sentada na cama abraçada com um travesseiro. A boneca que eu dei está jogada no chão.
           
— Isa precisamos conversar. — eu falo ao me aproximar. Ela não me olha.
           
— Você não gosta de mim, você gosta do meu pai!
           
— Não, isso não é verdade. — vou até ela. — Eu gosto muito de você e gosto muito do seu pai também. — ela fica me olhando.
           
— Você é que tá com o coração dele?
           
— Como? — pergunto porque eu não entendi.
           
— Minha mãe falou que tinha alguém especial que estava com o coração do meu pai, por isso ele estava triste. — estou assimilando a pergunta quando escuto a resposta.
          
— Sim, é ela quem está com meu coração. — olho para Heitor que está na porta ele entra e a fecha. Se aproxima de nós. — Eu ia falar com você meu amor, e a Jéssica também, mas você acabou descobrindo nosso segredo antes, eu deveria saber porquê você é muito muito muito esperta.  — ele balança a cabeça como se estivesse derrotado. Ela ri e sua risada me chama a atenção.
            
— Eu sei, sou esperta. Foram três muito. — ela fala mostra os três dedinhos, como se significasse algo. Heitor me olha.
           
— Sua tia Jess estava com medo, acredita? — ele se aproxima dela como se contasse um segredo. — Ela é muito medrosa, você tem que ensinar a ela seus truques. — Isa me olha e começa a rir. — Mas eu a amo assim, medrosa mesmo. — ele me olha segura minha mão, me puxa para mais perto. — Você gosta da sua tia Jess, não gosta? — ela me olha.
             
— Sim eu gosto. — sinto que voltei a respirar. Sinto meus olhos arderem.
             
— E eu de você Isa, você é muito importante para mim. — eu falo, vou até ela e a abraço.

Sentir seu abraço sua aceitação me faz um turbilhão de sentimentos e emoções virem e não consigo parar de chorar.
           
— Porque você tá chorando tia?
           
— Eu pensei que você não fosse gostar de saber. — olho em seus olhos tão azuis quanto os do pai. — Que eu e seu pai estamos juntos. — ela ri. Olha para o pai e para mim.

— Eu sei guardar segredos.  — ela sorriu. — Eu já sabia. — ela abaixa a cabeça. — Semana passada tio Dom falou que se eu fosse boazinha quando vocês me contassem ele me levava para ver Barbie de novo. — ela ri mais ainda. — Ele não sabia que mamãe já tinha me falado. — ela fala em um tom baixo como se contasse  outro segredo, olho para Heitor que está sério encarando Isa.
           
— Certo, preciso realmente conversar com seu tio Dom. — Heitor se levanta. — Bom já que a senhorita já sabia então está na hora de dormir. — ele dá um beijo nela, me olha.
           
— Eu já vou. — enxugo minhas lágrimas. — Só vou conversar um pouco mais com ela. — ele sai e eu fico com Isa. — Você realmente entende tudo?
          
— Eu acho que sim. — ela dá de ombros. — Eu gosto de você, e você faz meu pai feliz. — ela chega perto. — Você vai morar aqui?
          
— Não, assim, talvez eu realmente não sei ainda Isa, eu tenho meu trabalho em São Paulo. — olho para ela faço um carinho em seu rosto. — Isso eu vejo depois, mas você gosta que eu fique aqui?
          
— Gosto.
          
— Então eu fico. — olho para a boneca no chão. — Ela não tem culpa de nada. — pego a boneca e coloco na cama. — Eu quero que você sempre venha falar comigo sobre tudo, se eu fizer alguma coisa que você não goste, tá bom? — ela concorda. — Ótimo, agora está na hora de dormir, me dá um abraço. — ela me abraça.
          
Saio do quarto sentindo uma paz, que a muito tempo não sentia. Entro no quarto e vejo Heitor no telefone.
         
— Eu não acredito nisso, você tem que parar de comprar ela Dom. — vou até ele pego o telefone dele.
         
— Boa noite Dom e desculpa qualquer coisa, manda um beijo pra Cléia. — desligo o telefone e olho para Heitor. — Eu não acredito que você ligou para ele agora, eles estão em lua de mel. — vou até a mesinha coloco o telefone, e me viro para ele.
         
— Eles não estão mais em lua de mel, já estão em São Paulo amanhã cedo estão chegando já. — vou até ele.
        
— E não poderia esperar até amanhã? Heitor.
        
— Jéssica é a segunda vez que ele compra ela com essas coisas, eu não posso deixar passar. — o abraço.
        
— E não deve, mas agora não é hora. — beijo seus lábios.
        
— Está vendo, você estava fazendo uma tempestade em um copo d'água. — ele fala e  volta a me beijar com mais desejo.
        
— A porta Heitor. — falo entre os beijos, ele se afasta. — Tem que trancar. — ele vai até ela tranca e vem tirando a camisa e a calça. Admiro seu corpo e mordo meu lábio.
        
— Agora posso te foder sem ressalvas. — eu caio na gargalhada.
        
— E quando você as teve? — ele dá de ombros e me joga na cama, eu acabo soltando um gritinho com o susto, ele já está sobre mim.
        
— Só não grita muito. — ele morde meu pescoço. — Isa pode não saber, mas minha mãe sabe direitinho o que estamos fazendo. — dou um tapinha nele.
        
— Seja gentil. — ele ri e me beija.

    
Dois dias depois...
         
           
Estou chegando em casa. Veja como tudo evoluiu em dois dias. Agora já chamo de casa, minha casa. Semana que vem tenho que ir para São Paulo. Isso vai ser complicado. Mas Heitor tem que aceitar. Vou ver se consigo uma transferência para sede daqui. Não posso simplesmente largar tudo que conquistei.
           
Ontem Cléia e Dom almoçaram com a gente. Foi hilária a cara que ele fez quando soube que Isa já sabia de nós por conta da mãe. Mas independente ele vai ter que levar ela no cinema. No fundo vejo que ele gosta disto só não dá o braço a torcer. Ele vai ser um bom pai quando tiver seus filhos, Cléia soube bem em escolher o marido, mas apesar que lembrando bem foi ele quem a escolheu.
           
Saio do carro e vou pegar as sacolas no banco traseiro. Vejo o carro de Dom. O que será que já estão aprontando. Porque ele e Heitor fora do trabalho só aprontam até parecem crianças. Zeus vem ao meu encontro.
         
— E aí garoto. — ele se esfrega nas minhas pernas, eu abro a porta e ele vem junto. — Cuidado com o que você vai aprontar. — olho tudo em volta não vejo ninguém. — Heitor? — Chamo, mas não tenho resposta.

Zeus sobe as escadas e eu vou atrás. Chego no corredor e escuto vozes no quarto da Isa.  Abro a porta para ver um monte de coisas espalhadas uma bagunça de coisas no chão. Dom e Heitor conversando.
          
— O que aconteceu aqui? — pergunto, Heitor me vê e vem em minha direção.
          
— Dom colocando em prática suas habilidades de investigador. —  ele me beija e me abraça. — Agora vamos saber quando a Isa acordar, ele instalou microfone aqui e escutamos no nosso quarto. — olho para Heitor olho para Dom que está se sentindo todo todo.
           
— Deixa eu ver se entendi. — vou até às bagunças no chão. — Tudo isso aqui é para sabermos quando ela acorda durante a noite?
           
— Sim.
           
— Ok , e porque não comprou uma babá eletrônica? — pergunto a Heitor, que está de braços cruzados.
           
— Uma o que? — Dom pergunta.
           
— É um aparelho que se usa muito quando se tem bebês em casa. Funciona da mesma maneira que esses microfones, você só liga na tomada, um fica aqui, o outro no outro quarto ou na sala ou você coloca pilhas e você anda com ele pra qualquer lugar dentro da casa. — olho para os dois que estão se olhando.
           
— E você não sabia que tinha isso? — Heitor pergunta para Dom.
           
— Quem tem filha aqui é você cara. — ele vai até Heitor. — Eu entendo de espionagem você é pai deveria saber disso. — bate no ombro do Heitor e sai. Heitor me olha e eu começo a rir, tão sabidos.
           
— Eu não ... — ele começa a se explicar, mas vou até ele e tapo sua boca.
           
— Eu te amo. — e o beijo. — Vou fazer o jantar então você fica com a bagunça. — dou mais um beijo e saio. 

Chego na  cozinha e vejo Dom conversar com dona Olga. Pois é, agora a chamo assim mesmo em pensamento, por uma questão de respeito. Coloco as sacolas na pia. Olho para Dom.
           
— Cade Cléia? — ele aponta para a praia.
           
— Foi andar com a Isa enquanto eu e Heitor conversávamos. — entendo e dou risada.
           
— Dona Olga pode deixar eu vou fazer o jantar a senhora pode descansar só vou falar com minha amiga. — saio sem nenhuma resposta dela.

Pois tem sido assim, ela me ignora mesmo eu falando com ela. Ela pensa que me atinge, mas não ligo. Vejo Cléia e Isa mais a frente. A pequena quando me vê vem ao meu encontro.
            
— Tia Jess você voltou. — abaixo e a abraço. Como é bom sentir seu carinho.
            
— Claro só fui resolver algumas coisas. — me levanto, e ela volta a fazer o que estava fazendo. Cléia vem até mim.
            
— Vejo que tudo está de vento em popa. — dou um abraço nela.
            
— Graça a Deus. — eu falo. — Tirando uma certa senhora.
            
— Eu acho que ela não gosta do gênero feminino no geral Jéssica, até comigo ela é estranha.
            
— Mas ela te tratou mal?
            
— Não, mas eu percebo que realmente ela é estranha. — olho para Isa brincando e só o fato dela ter aceitado numa boa o resto não importa.
           
— Só importa para mim a Isa, vão ficar para o jantar?
           
— Não, temos compromisso.
           
— Que pena, podemos marcar um jantar para todos antes de eu ir embora. — falo e ela me olha sério.
           
— Você vai mesmo?
           
— Eu tenho uma vida lá não posso somente deixar tudo para trás.
           
— Só pense bem antes coloque tudo numa balança.
           
— É o que farei.
             
O jantar foi tranquilo. Eu comprei peixe, estava com muita vontade de comer. Fiz assado com alguns legumes e arroz. Dona Olga colocou alguns defeitos, mas Heitor e Isa amaram. Estou terminando de colocar a louça na máquina.
            
— Tia Jess?
            
— Oi, pera só um pouquinho. —  Fecho a máquina. — Pronto o que foi?
            
— Meu pai tá trabalhando no escritório, me coloca pra dormir?
            
— Claro. — enxugo minhas mãos. — Mas seu pai está trabalhando?
            
— Ele falou que está ocupado. — ela dá de ombros.
            
— Ok, vamos lá então, você já escovou os dentes? —  ela nega.

Subo com ela, ajudo Isa a escovar os dentes e a colocar o pijama. Arrumo as cobertas em sua cama, enquanto ela mexe na sua mesinha.
             
— Tia Jess.
             
— Oi. — deixo sua cama pronta e vou até onde ela está. — O que foi?
             
— Isso é pra você. — ela me entrega um envelope todo branco somente escrito Jéssica. Olho para ele sem entender.
             
— O que é isso?
             
— Minha mãe pediu para lhe dar quando eu te conhecesse. — fico surpresa com o que ela fala. — Eu tinha esquecido. — olho para o envelope e meu coração disparar.
            
— Não tem problema, agora vem está na hora de dormir. — eu fico meio que no piloto automático.

Faço tudo de maneira superficial, o que a esposa do Heitor possa querer me dizer na carta? Dou um beijo em Isa acendo o abajur, saio apagando a luz e fechando a porta. Essa carta em minhas mãos parecem pegar fogo.

Entro no quarto e coloco ela cama sento ao lado e me pergunto se abro ou não. Bom não tem como saber se não abrir. Abro e começo a ler, com um nó se formando em minha garganta.

                        
                      Jéssica,

Espero muito mesmo que você possa um dia ter a oportunidade de ler esta carta. Infelizmente não tivemos o prazer de nos conhecermos pessoalmente, mas eu já sinto que te conheço a anos de tanto que Heitor fala de você. Eu sei pode parecer estranho tudo isso, mas é a verdade. Eu sei que vocês não estão mais juntos, pelo menos no momento em que estou escrevendo está carta. Mas eu sei que o que vocês tiveram não acaba assim, passe o tempo que passar, pelo menos tem sido minha oração por ser a única coisa que possa fazer, eu até teria ido atrás de você se não estivesse presa nesta cama.
        
Eu sinto tanto por tudo que aconteceu. E me sinto responsável por isso, se eu não tivesse feito ele me prometer não contar nada a ninguém isso não estaria acontecendo. Mas ele também é um cabeça dura de marca maior, bom isso você já deve ter percebido.
         
       ( Dou risada da maneira dela falar dele, mas realmente eu verdade)

Mas é uma pessoa com o coração que não cabe no peito. Hoje eu vejo o quanto eu errei, fui imatura, eu jamais deveria ter olhado para o lado com um homem como ele ao meu lado. Mas também entendo da seguinte forma, Deus permitiu que tudo isso acontecesse para que ele pudesse te encontrar. Assim hoje eu posso ir com a esperança  de que vocês vão se acertar, e você poderá fazer por mim o que não vou poder. Como estar ao lado da minha filha para educar, orientar, amar, e quando ela for mocinha poder ensinar a ela tudo o que ela tem que saber, você ensinará tudo que uma mulher precisa saber. Pode ter certeza Heitor não saberá o que fazer.
         
Estar com ela quando conhecer o primeiro namorado da vida dela e" por favor " segure Heitor pra não surtar tenho certeza que irá. E vai querer matar o coitado não deixe.
       
          ( Dou risada entre as lágrimas eu também tenho essa certeza)

Estar com ela naquele momento em que for magoada e não terá a mim para consolar seu coração, mas eu sei que você fará seu melhor. Estar com ela em sua formatura, ajudá-la a escolher seu vestido.
         
Estar com ela em seu casamento, poder ajudar ela em tudo que uma mãe sonha em fazer por sua filha, e que eu não poderei. Sei que não tenho o direito de te cobrar nada. E você deve estar se perguntando se irá conseguir fazer tudo isso? e eu digo que sim, você vai conseguir. Eu sei que vai pela maneira que Heitor fala de você. A cada dez palavras que ele pronuncia, sete tem você no meio, ele nem percebe. E por favor não cometa o mesmo erro que eu cometi em não dar valor a ele. Eu não sei qual a imagem que você tem de mim e isso também não importa não é mesmo, não estou mais entre vocês. Se você tem dentro de você alguma dúvida sobre qualquer coisa que possa ter me causado. Pois tire agora mesmo, estou de coração lhe entregando o que tenho de mais valioso, minha família. Heitor já não me pertencia mais, mas minha filha é meu maior tesouro.

( Enxugo as lágrimas)

 Como eu gostaria de ter te conhecido, de conversas com você. Tenho certeza que Heitor não poderia ter escolhido pessoa melhor. Você colocou um sorriso nele, aquele que eu tirei com minhas atitudes. Mas enfim isso é passado não vem ao caso. Espero que você não se assuste com tudo. E tome a decisão certa.

"Pense em tudo e tome a decisão certa. Tem momentos em que temos que escutar somente o coração".

                                Renata
        
     

A única coisa que penso no momento, eu preciso ver Heitor. Saio do quarto e desço as escadas e vou até seu escritório. Entro sem bater. Ele para de digitar e me olha.
         
— O que foi? — pergunta preocupado se levantando. Vou até ele.
         
— Eu te amo. — falo, ele me abraça sem muito entender.
         
— Eu também te amo, mas é isso que te faz chorar toda vez que percebe isso? — dou risada abraçada a seu peito.
         
— Não.
         
— Então porque está chorando de novo? — eu não falo nada, ele levanta meu rosto com as mãos e beija meus lábios. — Estou ficando preocupado já com isso, você anda chorando por qualquer coisa.
         
— Não é por qualquer coisa, não agora. — entrego a carta a ele.
         
— O que eu isso?
         
— Leia. — ele pega a carta e lê, vez ou outra ele me olha mas continua lendo.
         
— Aonde você arrumou isso?
         
— A Isa que me deu. — ele dobra a carta e me puxa para um abraço novamente.
         
— Eu não sabia da existência dela. — ele fala.
         
— Eu sei. — beijo os lábios dele. — Você ainda vai demorar?
         
— Não. — ele vai até o computador e desliga, apoiado na mesa ele me olha. — Porque eu vou surtar quando ela arrumar um namorado? — reviro meus olhos e balanço minha cabeça negativamente, e começo a rir.
         
— Será que dê tudo que você acabou de ler você só reparou nisso? — ele dá a volta na mesa segura minha mão e saímos fechando a porta. Quando estamos nas escadas ele fala.
         
— Não sei porque essa preocupação toda, isso está tão longe de acontecer. —  olho para ele. — O que vai dizer que não?
         
— Que preocupações Heitor? Eu não estou preocupada.
         
—  Eu também não isso é normal.

Entramos no quarto, vou até o banheiro. Tomo meu banho, escovo meus dentes e nada dele. Quando saio do banheiro, ele está sentado na cama, olhando para o nada. Passo por ele entro no closet coloco uma camisola. Saio ele continua sentado na mesma posição.
           
— Heitor vai tomar seu banho. — ele se levanta e vai para o banheiro. Assim que deito na cama ele aparece só de cueca, na porta do banheiro.
           
— Quem era aquele tal de Jorginho mesmo? — pego o travesseiro e jogo nele.
           
— Vai tomar banho Heitor! — ele joga de volta o travesseiro e entra no banheiro.

Eu estou rindo, não acredito que ele está pensando nisso agora. Será possível? Aí meu Deus será que ele vai investigar o menino? Não posso deixar. E acho que se vou ter trabalho pela frente será com ele, não com Isa.
           
         


Tadinho, está surtando kkkkk

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