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CAPÍTULO 34

UM DIA DE CADA VEZ

Jéssica

Eu me senti estranha depois da chegada dos policiais. Fiquei feliz por serem eles, mas ao mesmo tempo sentia algo estranho dentro de mim, Heitor estava me tratando de forma fria. E isso estava acabando comigo. No caminho de volta até o sítio ao qual fomos amarrados, ele e Dom conversaram sobre tudo o que aconteceu. Havia várias viaturas e muitos policiais no local.

Fui levada até uma delas, e me fizeram diversas perguntas, como eu estava, se estava machucada. Eu neguei todas, mesmo que eu não soubesse como eu estava e me sentisse machucada, não por fora, e sim por dentro. Heitor se aproximou, junto com Dom e Alceu.

- Vou para cidade, qualquer novidade aqui vocês me avisam. - ele falou com outros dois policiais, um deles eu tinha conhecido no churrasco, mas não lembrava o nome dele. Heitor entrou no banco de passageiro da viatura onde eu estava.

Dom assumiu o volante, e Alceu entrou e sentou ao meu lado no banco de trás. Eu estava nervosa, esfregava minhas mãos a todo, momento. Eu queria terminar a conversa que comecei a ter com Heitor na cabana, mas notei que agora ele estava com a cabeça cheia. Olhei para Alceu.

- Como está a Luciana? - perguntei a Alceu e notei que Heitor me olhou pelo retrovisor.

- Está bem eu acho, levei ela para o pronto atendimento, e foi dado a ela um calmante. - ele explicou e sorriu. - A questão dela é mais emocional. - concordei.

- Até agora não consigo acredita que o Cesar era essa pessoa, enganou a todos. - Heitor desviou o olhar e começou a conversar com Dom.

- Afinal como você chegou até lá? - Dom olhou para ele e sorriu.

- Quando descobrimos que Jéssica estava no meio, eu sabia que você faria qualquer merda fora dos protocolos. Então enfiei um rastreador no bolso da sua calça sem que soubesse. - Heitor começou a vasculhar a calça, e achou algo que parecia uma moeda. - Mas num determinado momento, eu perdi o sinal. - ele deu de ombros.

- Deve ter sido quando atravessei o rio. - Heitor comentou jogando para Dom o pequeno objeto. - Ponto para você.

Quando chegamos a delegacia, eu fui levada para uma sala onde uma policial me fez diversas perguntas, algumas eu nem sabia o que responder. Aquilo me lembrou a vez que estive aqui, quando vi Heitor pela primeira vez.

Virei o rosto e olhei para fora, na direção de sua sala, que estava fechada. Diferente daquela vez, hoje o moço de sorriso bonito não estava ali me olhando de volta. E mesmo que eu estivesse com o casaco que me foi emprestado, o frio que eu sentia estava me congelando a alma.

A policial me liberou e eu poderia ir embora. Mas eu não queria ir sem conversar com Heitor primeiro. Desci e encontrei com José Alceu na portaria. Ele conversava com outro policial.

- Alceu. - o chamei e ele veio até mim. - Olha. - entreguei o casaco a ele. - Não sei de quem é.

- Pode deixar aqui. - ele pegou e colocou em algum lugar em baixo do balcão. - Já está indo? - ele perguntou e eu concordei, mas depois neguei, o que o deixou confuso.

- Na verdade eu queria falar com Heitor, mas a sala dele está fechada. - ele coçou a cabeça.

- Dom foi levar ele até o PS para ver o ferimento, e depois ele iria até em casa, ele estava preocupado com a Isa. - sorri e concordei. - Na verdade não sei que horas ele volta.

- Teria problema eu esperar por ele? - ele ficou surpreso, mas sorriu.

- Não claro que não. - ele virou e pegou uma chave na parede. - Espera na sala dele. - ele me entregou a chave.

- Ele não vai se importar de eu esperar lá? - ele sorriu e negou.

- Não Jéssica, ele não vai. - ele piscou e sorriu, nesse momento chegou um casal discutindo o que chamou a atenção de todos. - É melhor você subir. - concordei e voltei a subir as escadas.

Segui escadas acima, e entrei em sua sala coloquei a chave por dentro e encostei a porta. Essa sala me trazia tantas lembranças. Fui até sua mesa e me sentei ali, lembrando dele me encarando e sorrindo quando eu estava do outro lado do corredor, trazida aqui por uma situação que nem tinha haver comigo. Mas desde então minha vida mudou de um jeito que nem sabia explicar.

Sorrio ao lembrar do sorriso convencido dele, quando foi almoçar pela primeira vez no restaurante da Tia, a forma como falou que seria um prazer me conhecer. Safado. Me recosto em sua poltrona e respiro fundo não sentindo mais aquele frio que sentia momentos atrás.

- Heitor você não vale nada isso sim.

Vou até o armário que sei que ele guarda algumas peças de roupas e vasculho achando alguma coisa que eu possa usar. Pego o que achei e vou para o banheiro. Preciso tomar uma ducha.

HEITOR

- Papai você falou que não iria demorar. - ouço Isa reclamar mais uma vez. - Eu estou com fome. - reviro meus olhos.

- Você sempre está com fome. - nesse quesito ela me faz lembrar a Jéssica. - E eu não vou demorar. - falo desligando o carro. - Só vou pegar uma coisa, e vamos para casa. - ela estreita os olhos para mim daquela forma que sabe que isso não vai acontecer. Acabo rindo. Bagunço seu cabelo. - Venha vamos.

Desço do carro em frente a delegacia, quero saber como tudo está indo. Ela desce e segura em minha mão. Ao entrar vejo algumas pessoas conversando. Quando ou subir Alceu aparece e faz um sinal.

- Oi tio. - Isa fala com ele.

- Oi Isa, tudo bem? - ele a cumprimenta com um toque de mão fechada. Coisas deles. Depois ela sorri e nega com a cabeça.

- Eu estou com fome e meu pai vai demorar. - ela reclama fazendo-o rir, eu reviro os olhos.

- Bom isso se resolve fácil. - ele fala passando a mão em seus cabelos. - Heitor, tem uma pessoa te esperando, deixei ela ficar em sua sala. - ele faz um sinal e eu compreendo de quem ele está falando. - Pensei em te avisar, mas surgiu algo aqui acabei esquecendo.

- Faz tempo? - pergunto já sentindo meu coração disparar.

- Coisa de uma hora ou mais. - olho para as escadas e olho para Isa que me encara de sobrancelha levantada e mão na cintura. Me abaixo ficando da sua altura.

- Filha, eu vou ter que resolver uma coisa muito importante agora, e o papai não vai poder te levar para almoçar. - ela me olha séria.

- Muito importante? - pergunta.

- Muito importante. - respondo rindo.

- Muito, muito, importante? - ela continua.

- Muito, muito, muito importante. - ela me olha e conta nos dedos.

- É deve ser muito importante. - ela olha para Alceu que nos observa. - Teve três muito. - acabamos rindo. Eu beijo sua testa.

- Vai com José Alceu, ele vai te levar para casa e a Rosana vai alimentar esse monstrinho que você tem na barriga. - me levanto e faço sinal para ele, que concorda.

- Eu vou poder andar na moto dele? - ela pergunta animada.

- Nada de moto. - falo e ela faz careta.

- Mas eu deixo você ligar o giroflex da viatura. - ela começa a bater palmas, nem liga mais para mim.

- Ebaaaa... Pode ser duas vezes tio? - segura a mão dele e ambos começam a sair.

- Pode sim.

- Tio, você é muito legal. - sorrio respirando fundo e volto a olhar para as escadas. É Jéssica, chegou a hora de termos a nossa conversa.

Assim que entro em minha sala vejo ela dormindo no sofá. Entro e tranco a porta. Sento no sofá de frente e fico olhando para ela dormindo, mesmo que a vontade que eu tenha é de mostrar a ela o que eu sinto, eu só fico olhando ela dormir. Algum caro passa na rua buzinando alto, e isso acaba acordando ela.

Continuo sentado olhando cada movimento dela. Nada nesse momento é capaz de tirar minha atenção dela, inclusive reparo que ela está vestindo minhas roupas.

- Oi. - ela fala se sentando.

- Oi. - respondo olhando para ela com curiosidade.

- Nossa, eu acabei dormindo. - ela esfrega o rosto e olha para as roupas. - Eu precisava de um banho. - concordo.

- Deveria ter ido para casa. - falo, ela me olha.

- Nós precisamos conversar. - eu concordo rindo.

- Eu sei, mas para quem esperou dois anos, o que seria mais um dia? - dou de ombros. Ela respira fundo, se levanta e senta ao meu lado. Eu já sinto a adrenalina começar a espalhar pelo meu corpo, só com sua aproximação.

- Sobre ontem, eu só queria pedir desculpas pela forma como tratei você. - continuo olhando para ela, mas confesso que estou surpreso. - Acho que toda aquela situação me deixou estressada, e acabei descontando em você. - continuei quieto. - Eu sei que você não fez tudo aquilo, porque era somente seu trabalho. - olho em seus olhos. - Você fez aquilo por minha causa.

- Você tem certeza do que está falando? - ela concorda. - E qual é a conclusão de tudo?

- Que eu fui imatura a dois anos, deveria ter te dado a chance de você se explicar e que depois de tudo isso, você ainda me ama. - engulo em seco.

- Isso tudo eu já sei Jéssica. - viro de frente para ela. - O impasse aqui não sou eu, nunca foi na verdade. - ela concorda e começa a chorar.

- Eu fiquei com tanto medo de te perder ontem. - eu a puxo para sentar em meu colo. - Eu achei que tinha conseguido te esquecer, que havia superado, mas não consegui. - coloco o dedo em seus lábios.

- Eu sei. - limpo seu rosto. - Você não imagina como eu fiquei esses dois anos sem você. - beijo sua boca.

Tudo que ficou guardado durante esse tempo explodiu assim que nossas bocas, se chocam. Desejo, saudade, aflição. Nossas mãos viraram um emaranhado, eu alisava seu corpo, como se reconhecendo cada pedadinho. Puxei a camiseta que ela usava.

- Heitor alguém pode entrar. - ela se afasta olhando em direção a porta.

- Eu tranquei. - puxo a minha camisa e jogo do lado. Ela me olha séria.

- Espera, você já pensava em...

- Eu sempre penso. - segurei seu corpo e deitei Jessica no sofá e cobri seu corpo com o meu, e voltando a capturar sua boca.

Desço minha mão até o cós da calça e infiltro a mão em busca de sua calcinha, ou onde era para ter uma, encaro Jéssica que me olha rindo. Esfrego minha mão por cima da sua boceta e sinto como ela está úmida. Puta que pariu eu não vou aguentar, fico de joelhos e retiro sua calça, e caio de boca na sua boceta. Sentir seu cheiro seu gosto. Era tudo o que eu queria.

- Ah! - ela choraminga quando dou umas lambidas e chupadas, mas não me demoro muito, preciso estar dentro dela. Termino de tirar minhas roupas e subo beijando cada parte de seu corpo. Me, aproximo da sua boca e falo.

- Eu não vivi durante dois anos Jéssica. - pressiono meu quadril forçando meu pau na sua entrada. Quase gozo ao sentir a penetração e sua carne me apertando. Mas eu paro por um momento cheiro seu cabelo, beijo a lateral do seu rosto e falo ao seu ouvido. - Você nunca foi só mais uma. - dou uma estocada, lembrando do que falei para ela no sítio. - Você é e sempre vai ser única e especial. - sinto meus olhos arderem ao confessar isso.

- Não fala nada Heitor. - ela me pede.

- Eu preciso, você tem que saber como eu me sinto. - ela segura meu rosto passa as mãos nos meus olhos. - Nada do que você ouviu ontem é verdade só falei porque precisava. - eu estou parado dentro dela. Ela soluça. - Eu te amo Jéssica, você não imagina o quanto. - beijo seus olhos limpando suas lágrimas.

Eu não consigo e acabo chorando também parecendo que toda a angustia desse tempo sem ela caiu sobre mim agora.

- Eu preciso do seu perdão. - ficamos os dois assim chorando cada um a sua dor ela por ter sido enganada eu por ter causado isso nela. E pelo tempo que sofremos.

- Eu também preciso que você me perdoe, por ter sido tão egoísta. - beijo seus lábios. - Eu te amo. - ela fala. - Também não viver nesse tempo, sobrevivi Heitor. - ela passa as mãos me abraçando e me puxando para ela.

E eu me deixo ser levado, porque eu precisava de seu perdão do seu carinho mais do que qualquer coisa. E ficamos assim por um tempo.

- Tive motivos para não ter te contado antes sobre minha vida. - ela fica quieta fazendo carinho nas minhas costas. - Mas eu não tinha mais um casamento carnal, era só no papel, quando fui me separar descobri que a Renata estava com câncer ela não quis fazer tratamento, estava em um estado avançado.

- Heitor depois a gente conversa.

- Não, se você consentir vai ser ciente de tudo. - dou um beijo no seu pescoço. - Eu não quis que ela passasse por um processo de divórcio nesse período, Renata poderia morrer até mesmo antes do processo terminar. Não tínhamos uma data, mas cada um vivia sua vida. Nós não contamos a ninguém nem sobre a separação nem sobre a doença, por ela e pela Isa. - respiro fundo, ela está quieta. - Você não tem idéia de quantas vezes eu tentei te contar, mas o medo que tive de te perder sempre me fez recuar. - dou uma risada sem graça. - E veja no que deu, te perdi da mesma forma.

- Não foi certo o que você fez, mas eu entendo. - ela fala. - Você deveria ter me contado desde o início eu teria entendido não sou tão cabeça dura assim. - agora dou risada com vontade, ela me acerta um tapa.

- Aí, esqueceu que estou machucado? - falo ela ri.

- Que pena não vai poder transar, se está machucado. - Seguro seu queixo e beijo sua boca. Um beijo calmo, sentindo seus lábios.

- Eu não vou transar com você. - dou mais um beijo. - Vou fazer amor com você.

- Você é terrível Heitor.

- Posso dizer que tive uma boa professora. - ela ri e eu a beijo.

Abro seus lábios com os meus, chupando cada canto e meu amigo que estava dormindo acorda e eu começo a me movimentar dentro dela.

- Diz que sentiu minha falta.

-Eu senti mais falta do seu amigo. - eu paro, ela começa a gargalhar. - Seu besta não para. - Ela levanta o quadril de encontro, eu não resisto e começo a estocar. Meu corpo todo treme ao escutar seus gemidos de prazer.

- Eu te amo. - seguro seu rosto. -Nunca duvide disso. - ela arranha minhas costas isso me arrepia todo. Eu sinto uma fisgada no local onde levei o tiro de raspão, mas eu empurro esse incomodo para longe nada agora vai me impedir de tê-la.

- E eu amo você, sempre amei e ontem quando vi que poderia te perder vi como fui tonta em fugir, não deixar você se explicar. - ela volta a chorar. - Me perdoa também por ter feito nós dois sofrermos esse tempo todo?

- Vou te mostrar como eu te perdôo da melhor maneira. - apoio meu peso em um dos braços e começo estocar fazendo ela gemer alto. Abaixo minha boca na dela, mordendo e chupando seus lábios, desço até seu seio, eu mordo e chupo.

- Aí meu Deus Heitor. - ela agarra meus cabelos.

Como eu gosto disso. Sinto ela me apertar, isso indica que Jessica está perto de gozar eu aumento o ritmo das estocadas e quando ela fala meu nome como em um lamento, eu me entrego ao meu próprio clímax que chega ser doloroso, quando sinto o jato sair. Caio com meu corpo em cima dela sentindo uma exaustão total. E parece que depois de dois anos eu consigo sentir paz.

Eu estou em paz. Ela se mexe e pergunta.

- E a Isa? Como você acha que ela vai reagir?

- Não faço idéia, mas se eu vou deixar de ser chato já que vou namorar, acho que vai ser de boa. - ela ri do meu comentário.

- Ela é uma criança linda.

- Eu sei, puxou ao pai. - recebo outro tapa.

- Besta. Não quero magoá-la em hipótese alguma. - eu gosto de ouvir isso.

-Tenho certeza que você não vai. - eu a abraço. - Depois veremos como fazer, agora só quero aproveitar esse tempo com você. - deito ao seu lado, ela beija meu peito e eu sua cabeça. Ficamos em silêncio por um tempo. - Jéssica?

- Oi. - responde meio sonolenta.

- Eu te amo. - falo.

-Eu sei. - ela me aperta mais. - Eu também te amo. - silêncio novamente.

Assim me entrego ao sono. Poderíamos sair daqui, mas não quero, quero aproveitar cada minuto desse momento. Com a certeza de dias melhores e felizes. Com minha filha e a mulher que eu amo. E agradeço a Deus pela oportunidade de ter colocado tudo em pratos limpos. Mesmo sendo da maneira como foi.

Eu adormeci, mas foi algo rápido. Deixei ela descansar um pouco em meus braços, mas precisava levá-la para casa, as amigas devem estar preocupadas e ela precisa descansar de verdade. Faço carinho em seu rosto, e cabelos.

- O que foi? - ela me olha, faz um carinho no meu rosto com a ponta dos dedos.

- Nada só pensando em tudo. - beijo seus lábios. - E que você é linda, e atrapalha meus pensamentos. - ela ri do que falo.

- Seu bobo. - ela me olha séria.

- Você vai para minha casa hoje? - pergunto.

- Não sei se é uma boa idéia, como te falei não quero magoar a Isa.

- Você está devendo um jantar a ela.

JÉSSICA

Eu não consigo esconder o sorriso ao olhar para a cara de safado que ele faz ao me lembrar do jantar que falei para Isa

- Você prometeu lembra? - me levanto sentando e esticando meu corpo.

- Lembro, mas vamos deixar para o fim de semana. - beijo ele. - Vamos ter cuidado com ela, não quero perder a confiança dela. - ele também senta e segura em meus cabelos na nuca e me puxa.

- Não vai te garanto. - me beija. - Agora vamos, vou te levar para casa, você precisa descansar e se ficarmos aqui eu não vou deixar você descansar. - eu concordo, e ele me olha sério.

- Porque está me olhando assim?

- Porque eu posso. - reviro meus olhos. - Porque você é minha novamente.

- Nunca deixei de ser. - respondo começando a pegar as roupas.

- Tive dúvidas quando vi você com aquele cara na festa. - me lembro de Thiago e começo a rir. -Porque está rindo?

- Nada não, quando chegarmos na casa da Lu, te mostro. - ele me fita, mas não falamos mais nada.

Saímos da delegacia de mãos dada, e não pude deixar de perceber os olhares em nossa direção. Ainda estava vestindo as roupas dele. E no caminho me perguntei se alguém ouviu alguma coisa. Senti meu rosto queimar com essa possibilidade. Olhei pelo retrovisor vendo o outro carro que nos seguia, onde estava Dom e Alceu.

Não acho que era de necessidade deles virem também, mas eu achava que eles tinham seus motivos, e não era proteger Heitor e eu. Alguns minutos depois Heitor parou o carro em frente da minha antiga casa. O carro mal parou e Luciana, Cléia e Thiago saem correndo em nossa direção.

- Graças a Deus. - Luciana me abraça aos prantos. - Eu orei tanto, mas tanto você não tem idéia. - eu a abraço forte e não tem como não começar a chorar relembrando tudo que passamos.

- Como você está? - pergunto me afastando e limpando seu rosto.

- Agora posso falar que melhor. - eu a olho com carinho.

- Tudo vai ficar bem amiga. - e a abraço novamente.

- Eu também quero. - Cléia nos abraça e ficamos assim as três.

Olho para o lado e vejo Thiago fazendo pose com os braços cruzados olhando sério para Heitor, que está nos olhando. Eu me afasto rindo.

- Thi, pode relaxar. - ele me olha sem entender, vou até Heitor e o abraço. - Nós nos entendemos. - Thiago relaxa visivelmente.

- Aleluia. - levanta as mãos para o alto. - Com um bofe desse, até eu me acertava ou te acertava uns tapas. - ele fala dando uma piscadinha para Heitor.

Dom cai na gargalhada junto com Alceu. Heitor me olha sério, e eu falo ao seu ouvido.

- Ele é gay. - vejo seu semblante mudar e ele entende tudo, dou risada.

- Certo, eu tenho que ir. - ele me beija olha nos meus olhos. - Quando nos vemos? - olho para ele.

- Você sabe onde moro. - dou de ombros.

- Certo, nos falamos então. - ele beija minha boca, se volta para os outros. - Até mais para vocês. - todos se despedem dele e dos outros dois. Eu olho para os que ficaram que me observam com sorriso.

- Tudo certo então? - Cléia pergunta cautelosa.

- Sim tudo certo, conversamos e nos entendemos. - olho para Luciana. - Vamos amiga quero ficar com você. - ela me olha com lágrimas nos olhos.

- Não tenho o que conversar Jéssica, acabou simples assim. - ela enxuga uma lágrima. - Eu só não acredito ainda, como ele pode fingir durante todo esse tempo e eu não percebi? - lembro do César me falar que não me mataria em memória do que eles tiveram.

- Ele não merece seu sofrimento amiga, mas ele ia poupar minha vida pelo que vocês tiveram. - ela ri sem graça.

- Desgraçado quero que morra nos quintos dos inferno.

- Morrer não sei, mas vai sofrer ele foi preso. - falo para o que Heitor me disse, e ela me olha. - Vão fazer a transferência dele para cá, não sei quando eles estavam falando antes de sair da delegacia.

- Vamos entrar vamos. - Cléia fala, e olho para ela.

- Vamos, eu estou com fome. - entramos e procuramos não tocar mais no assunto.

Eu tomei um banho bem demorado lavando minha alma junto. Fizemos algo para comer fiquei surpresa pela visita de José Alceu mais uma vez, e não foi para mim, e sim por Luciana. Isso me fez lembrar a maneira como eles se olharam aquela vez na delegacia quando eu estava sendo acusada.

Heitor esteve no dia seguinte de manhã. Tomamos café juntos. A Isa estava eufórica com o presente que ganhou do pai, um tablet. Heitor me deu de presente um celular que já tinha seus números todos gravados. Quase não nos vimos no restante da semana, naqueles dias ele teve muito trabalho, e eu procurei dar um pouco mais de atenção para Luciana. Ela é forte como uma rocha, mas eu sei que ela está ferida com o que aconteceu.

Hoje já é sábado e estou me arrumando para ir na casa de Heitor. Tenho que confessar que estou nervosa com isso. Não quero que a Isa imagine que quero tomar o lugar que era de sua mãe. Quando estou saindo do quarto escuto a voz dela pela casa, chego na sala vejo ela conversando com Thiago. Olho para Heitor que está parado com as mãos no bolso olhando os dois. Está com calça jeans, camisa branca e jaqueta de couro marrom. Chego perto dele e sinto seu perfume.

- Hum está cheiroso. - falo baixo perto do seu ouvido. Ele vira-se para me olhar.

- Oi. - ele chega mais perto de mim. - Você está linda.

- Obrigada. - quando ele se aproxima mais sinto um tranco nas minhas pernas.

- Tia Jess. - olho para Heitor, e me abaixo para falar com ela.

- Oi minha linda tudo bem com você?

- Sim estou bem sim, é verdade que você vai jantar lá em casa?

- Sim é verdade. - ela pula batendo as mãos.

- Eba... está vendo papai, tia Jess cumpre o que promete. - dou risada

- Sim estou vendo. - Heitor fala e me dá uma piscada. - Vamos então?

- Sim, só vou dar tchau para Luciana. - quando me viro Heitor fala.

- Ela está lá fora. - saímos todos e vejo Luciana, Cléia, Dom e José Alceu, estão conversando e olham para nós. Vou até eles.

- Tchau até mais tarde. - eu falo.

- Até amanhã melhor dizer. - Heitor fala atrás de mim, não questionei isso veremos depois.

- Tio Dom quando vamos no cinema de novo? - Isa pergunta ao dar um beijo nele. - Foi tão legal aquele dia.

- Quando você parar de dar com a língua nos dentes. - ela fica parada olhando.

- Mas ela fica na minha boca tio, não sei como fazer isso. - todos rimos, ela desce do colo dele e vai para o carro pensativa. Me despeço de todos.

Estamos a caminho da casa de Heitor. Eu me sinto leve como se estivesse no lugar onde deveria. Isso me deixa mais tranquila. Olho para trás e vejo Isa mexendo em seu tablet com fones de ouvido. Sinto a mão de Heitor na minha coxa e olho para ele.

- Vai dar tudo certo. - ele fala sem me olhar. Aperto sua mão acreditando nisso.

***

- Tia Jess vem cá, vou te mostrar meu quarto. - Isa fala me puxando pela mão assim que entramos em sua casa.

- Calma, deixa eu ver se seu pai não precisa de ajuda com alguma coisa. - falo.

- Que nada tia, hoje ele comprou comida pronta. - ela fala rindo com a mão na boca.

- Seu tio Dom tem razão as vezes, tagarela. - Heitor fala indo para a cozinha. - Já que ela entregou meu segredo de hoje, podem subir eu chamo quando tiver tudo pronto. - e some na cozinha. Subo com Isa para o seu quarto.

- Olha essas são minhas novas bonecas. - ela pega três que estão sobre sua cama. O quarto é todo em rosa claro e branco. Me entrega uma. - Você gosta de bonecas? Essas são Barbie.

- Sim eu gosto de bonecas, você tem todas as Barbie. - falo olhando várias bonecas espalhadas pelo quarto, todas em prateleiras.

- Depois que a mamãe foi morar com papai do céu, meu pai me dava uma todo dia. - ela olha umas caixas que estão do lado do guarda roupa e aponta. - Lá também tem.

- E o que mais você gosta fora bonecas? - pergunto para saber mais dela.

- Gosto de brincar com Zeus na praia. - ela vai até uma mesinha. - Gosto de fazer desenhos, você gosta?

- Sim eu também gosto. - ela pega umas folhas e lápis. - Vem tia vamos desenhar. - nos sentamos ela numa cadeirinha e eu no chão ao seu lado e cada uma faz seu desenho. Depois de um tempo que não faço idéia de quanto, ela olha e fala.

- Olha papai meu desenho ficou bonito. - olho para trás e vejo Heitor parado na porta nos observando.

- Sim está lindo. - ele fala me encarando.

- Você nem olhou, tá olhando para tia Jess com essa cara de bobo. - eu começo a rir, Heitor também.

- Isso é maneira de falar com seu pai? E vamos que já está pronto. - ele sai e eu ajudo Isa guardar tudo e descemos logo em seguida.

O jantar foi tranquilo. A comida estava ótima, era estrogonofe, arroz e salada. Agora estamos assistindo um desenho na sala. Estou com Isa deitada no meu colo e Heitor do meu lado. Vira e mexe ele mexe no meu cabelo na nuca.

- Papai estou com sono. - Isa fala e Heitor levanta pegando ela no colo.

- Vou colocar ela na cama, já volto. - levanto e dou um beijo nela.

Que já está com os olhinhos fechados. Heitor sobe e eu fico na sala desligo a tv e vou até uma janela grande que vai do teto ao chão toda em vidro. Fico olhando para o mar que está agitado, porque o tempo virou de repente e agora está chovendo e ventando muito. Sinto Heitor se aproximar e me abraçar.

- Agora é a nossa vez. - ele beija minha nuca, arrepiando todo meu corpo. - Hoje ver você é a Isa desenhando me lembrou aquele dia na delegacia com aquela menina.

-Por causa do desenho?

- Naquele dia quando entrei e vi você com ela me deu esperanças de um dia estar assim aqui como hoje. - ele me vira segura meu rosto me beija.

Abaixa-se e me levanta, passo as pernas por sua cintura. E vamos para o andar de cima. Passamos por umas quatro portas até chegar a última que vejo ser seu quarto, assim que entramos.

- Bom agora que estamos a sós, você pode se livrar disso. - ele tira minha blusa assim que me põe no chão.

Coloca em uma cadeira, abaixa-se e abre minha calça, puxa junto minha calcinha tirando tudo. Ele cheira e beija minha pele e vem beijando até chegar em meus seios. Ele tira meu sutiã se afasta para me olhar.

- Linda perfeita. - vou até ele.

- Agora minha vez.

Falo desabotoando sua camisa. Enquanto faço isso ele passa a ponta dos dedos na minha pele, por meu pescoço, meus seios, me fazendo arrepiar toda.

- Assim você não facilita muito. - falo.

- Nunca falei que facilitaria nada. - quando tiro sua camisa ele me agarra e me joga na cama eu dou um grito com o susto.

- Ai! Seu louco. - falo rindo. - Desse jeito você vai acabar acordando a Isa. - ele tira sua calça e gatinha até mim.

- Ela não costuma acordar. - lambe e chupa meu pescoço.

- Por que dessa pressa? - beija minha boca e morde meus lábios. - Temos todo tempo agora.

- Eu estou com dois anos de porra acumulada e você me pergunta por que a pressa. - eu começo a rir com seu comentário.

- Não acredito que você não se envolveu com ninguém nesse tempo. - ele não liga para meu comentário.

Beija minha boca com desejo, suas mãos estão passeando pelo meu corpo, despertando todos os lugares. Fui completamente arrebatada. Seus olhos estão cheios de tesão, sinto sua ereção me pressionando.

- Eu sou louco pelo cheiro da sua pele. - ele beija e lambe. - Ainda vou lamber você todinha, mas não hoje. - desce até o meio das minhas pernas e as abre. - Mas aqui é obrigatório. - estou cheia de tesão, mas não consigo ficar sem rir.

- Ah... Isso é bom. - falo quando ele começa a me chupar e lamber. Seguro em seus cabelos que estão mais curtos, mas consigo segurar. - Não para. - Senti um tremor por dentro quando ele enfia dois dedos dentro de mim e morde de leve meu clitóris.

Ele movimenta os dedos dentro, e alcança um lugar que me faz estremecer de prazer, é tão intenso que gozo na hora com o toque de seus dedos e com a pressão no clitóris. Sinto sua respiração no meu rosto, quando abro meus olhos o vejo pairando sobre mim.

- Comi você com minha boca, agora vou comer com meu pau. - abaixa seus lábios nos meus e sinto meu gosto neles. Ele se ajeita entre minhas pernas. - Vou passar a noite comendo você Jéssica. - ele entra em uma única estocada. - Vou cobrar de você todas as oportunidades que você me tirou. - ele começa a se mover num vai e vem gostoso.

- Pode cobrar e com juros, por favor. - falo e me entrego de vez as sensações de prazer, sentir toda sua carne dentro de mim é uma sensação maravilhosa. Ele levanta uma de minhas pernas e me penetra fundo. - Ah Heitor!

- Isso geme chamando meu nome, gostosa. - da várias estocadas seguidas. - Porra eu não vou aguentar muito. - seguro em sua bunda o forçando a ir mais fundo.

Quando seus lábios tocam meus mamilos eu não aguento e entro em um frenesi. Meu orgasmo vem tão rápido que não consigo falar nada. Sinto que ele também chega ao orgasmo, pois ele vem sobre mim com sua respiração descontrolada e pronuncia alguns gemidos.

- Nossa. - eu falo, ele deita ao meu lado. Depois das nossas respirações voltar a normalidade olho para ele que está me olhando sério.

- Não estive com ninguém desde que você foi embora. - ele coloca um braço atrás da cabeça. - Só cinco contra um mesmo.

- Como assim? - ele ri e me mostra a mão balançando os dedos. Eu compreendo que só se masturbou. - Ah entendi, eu também não estive com ninguém. - ele me olha na dúvida.

- Mas tentou. - ele fala e quando vou perguntar escutamos barulho na porta olho rápido para ela.

- Papai? - Isa fala da porta. - Eu to com medo.

- Você trancou a porta? - pergunto me levantado.

- Não lembro. - ele levanta rápido. - Espera aí Isa, já vou. - ele coloca a calça e vai até a porta.

Ele segura ela com uma mão, e me faz sinal para colocar a roupa coloco minha calça e blusa, escondo o resto debaixo do travesseiro. Ele abre a porta.

- O que foi meu amor? - a pega no colo.

- Eu to com medo da chuva, não quero ficar sozinha. - ela me olha. - Tia Jess.

- Oi Isa. - vou até ela é faço carinho em seus cabelos. - Não precisa ter medo daqui a pouco passa.

- O que vocês estão fazendo? - olho para Heitor e para ela sentindo o coração disparar.

- Nada filha, só estava mostrando o quarto para Jéssica. - ela me olha.

- Ainda acho o seu mais bonito. - falo tentando distrair, ela sorri.

- Eu também gosto mais do meu. - ela olha para Heitor. - Quero assistir um desenho papai. - ela desce do colo de Heitor e vai para a cama, eu lembro da minha calcinha e sutiã que estão de baixo do travesseiro, corro e deito do lado onde estão.

- Posso assistir também?

- Eba. - ela deita do meu lado. - Vem papai vamos assistir. - Heitor passa a mão nos cabelos meio frustraso, mas não tem outro jeito, ele liga a tv e deita do outro lado.

Ficamos assim os três assistindo a um desenho de princesa. Um tempo depois olho para Isa, que está dormindo nos braços do pai.Que por sua vez também está dormindo. Ver os dois assim é uma cena linda. Pego o travesseiro e me ajeito melhor, dormindo também.

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