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CAPÍTULO 32

O REENCONTRO

Jéssica

Quase não reconheço o lugar. Antes era um lugar deserto, agora tem uma casa no terreno ao lado. Olho para Thiago assim que ele para o carro.

— Você vai descer? — ele me olha como se eu tivesse duas cabeças. — Tudo bem, prometo que não vou demorar.

Desço do carro, e vou dar uma volta na praia. Tiro meus sapatos e seguro na mão enquanto caminho. Não está tão frio, só aquele vento frequente de beira de praia. Vou até uma pequena duna coberta por uma vegetação nativa e me sento ali.

Hoje eu compreendo porque esse lugar era especial, para Heitor. Na época eu não via nada de diferente, hoje não só vejo como sinto. Uma miríade de sentimentos invade meu peito. E me vem uma dúvida na cabeça. Será que ele trouxe alguém para cá antes de mim?

Afasto esse pensamento da mente, por que hoje não importa mais. Olho as ondas quebrando na arrebentação. Essa imagem me trás na memória nosso primeiro encontro, a loucura que foi. Fui da raiva ao prazer em questão de minutos. Dou risada sozinha lembrando da sua ousadia e determinação.

— Louco. — Falo em voz alta.

Pego um graveto no chão e começo a fazer desenhos na areia. Também foi para cá que ele me trouxe no nosso primeiro desentendimento. Nossa primeira conversa, quando ele falou sobre casamento. Lembrar dessa palavra me trás um gosto amargo, coisas que gostaria de esquecer.

Mas que continua dentro de mim, pulsando a cada dia. Durante esses dois anos, todos os dias isso me acompanhou, mesmo eu sorrindo e seguindo com a vida, eu chorava por dentro.

De raiva, de ódio, de saudades.

— Porque você fez isso com a gente? — Uma lágrima escorre por meu rosto.

Fecho meus olhos sentindo o vento batendo no meu rosto. Lembranças como essas estão impregnada na minha mente. Vou até a beirada da água, molhar os meus pés. Fico um tempo olhando as ondas. Escuto uma voz de longe quando me viro, para ver o que é, sou atingida por alguma coisa. Caio no chão. Pega de surpresa, fecho meus olhos quando sinto as lambidas. É um cachorro.

— Saí. — seguro e afasto o cachorro, quando abro meus olhos vejo Zeus. — Zeus? — sei que ele não vai me responder, mas estou tão surpresa por vê-lo.

— Ele gostou de você tia Jess. — olho para o lado vejo Isa.

— Isa? — ela me dá um grande sorriso. — O que você está fazendo aqui?

— Eu moro aqui. — ela fala, e depois bate com a mão na testa. — Quero dizer aqui não, naquela casa. — ela aponta para a casa. Zeus continua tentando me lamber a todo custo.

— Para Zeus. — me levanto. — Olha o que você fez seu pestinha. — falo, passando a mão nas minhas roupas que estão todas molhadas.

— O que você tá fazendo aqui tia Jess? — olho para Isa, que me olha com um sorrisinho sapeca, ela está segurando a boneca que dei a ela.

— Só vim dar uma volta, andar um pouco na praia, e você está fazendo o que aqui sozinha?

— Vim brincar com Zeus enquanto meu pai faz o jantar.

De repente como se um raio de luz cruzasse na minha frente minha ficha cai. Olho em seus olhos no mesmo tom de azul perturbador, olho para Zeus, a casa neste lugar. Olho para ela novamente.

Meu Deus não pode ser.

Estou tremendo por dentro. Sinto falta de ar. Isso faz minhas pernas ficarem bambas e acabo sentando na areia.

— Você está bem tia Jess?

— Sim só preciso ir embora. — me levanto, mas fico paralisada no lugar, ao me deparar com seu olhar sobre mim.

Heitor

Depois de colocar a lasanha no forno. Olho no relógio, para marcar o tempo. Tenho 40 minutos para dar banho na Isa até que fique pronto. Vou buscá-la. Saio para a praia, e olho por perto não a vejo. Um pouco mais a frente na beira da água, vejo ela, Zeus e mais alguém. Quantas vezes já falei para ela não falar com gente estranha. Vou em sua direção.

Quando vou me aproximando, sinto uma estranha sensação no peito. Não acredito no que estou vendo. Paro onde estou, tamanho o impacto. Só pode ser brincadeira. Elas não me viram, coloco as mãos no bolso e fico só observando. Vejo Jéssica ficar agitada com alguma coisa, e quando se levanta me vê. Um turbilhão de emoções passa por minha cabeça e meu coração.

Não consigo falar nada.

Fico quieto olhando cada detalhe do seu rosto. Ela também fica parada como se tivesse em um transe. Nossos olhares se cruzam por um momento, e um misto de sentimentos aparece em seu olhar. Sou atingido pela dor que vejo refletida nele. Ela está mais linda do que antes. E do nada Zeus pula em cima dela, a derrubando no chão.

— Zeus seu cachorro feio. — Isa fala brava. — Para com isso. — eu vou em seu auxílio. Mas ela se nega.

— Não precisa, eu estou bem. — ela fala limpando as mãos.

— Olha papai a tia Jess que te falei. — olho para Isa que está com um sorrisinho. — Ela é muito legal.

— Eu imagino que sim. — não consigo falar mais nada.

— Eu não sabia que era sua filha. — ela fala toda sem jeito, como se tivesse feito algo de errado. — Desculpa.

— Não precisa se desculpar por ser gentil com uma criança. — ela me olha por um instante, mas logo desvia o olhar.

— Vocês já se conhecem? —  Isa pergunta, olho para minha filha, mas quem responde é Jéssica.

— Sim, eu já fui amiga do seu pai. — ela me olha de um jeito para não falar mais nada.

— E, não é mais? — Isa continua com sua curiosidade, ela olha pra mim. —Você foi bobo com a tia Jess, igual ao Jorginho? — Fecho meu semblante, e a minha curiosidade é maior.

— Quem é Jorginho? — a menção de outro homem chama minha atenção.

— É um menino chato da escola, a tia Jess falou que ele me acha bonita e que meninos são bobos. — olho para Jéssica que está vermelha como um pimentão.

— É... Não assim nessa ordem, mas foi mais ou menos isso. — ela fala quase gaguejando. — Enfim, eu preciso ir .

— Papai a tia Jess pode jantar com a gente? — olho para Jéssica, que me olha com desespero explícito no rosto. Sorrio.

Não vou facilitar para você.

— Claro, porque não. — só quero ver como ela vai sair dessa.

— Eba. — Isa comemora. — Tia Jess a comida do papai é uma delícia, quer dizer as vezes. — ela fala rindo.

— Ah, seu papai aprendeu a cozinhar é? Quando o conheci, ele só sabia fazer leite com Nescau. — ela me olha rindo, e depois olha para Isa. —Mas hoje não dá minha linda eu realmente preciso ir, outro dia quem sabe.

— Você promete? — Isa insiste. O que deu nessa menina?

— Não prometa algo a uma criança que não vai cumprir. — falo. Jéssica olha feio.

— Eu costumo cumprir minhas promessas. — seu olhar mudou completamente. — E você não é a pessoa certa para cobrar sinceridade, não é mesmo? — sinto a mágoa nas suas palavras. Ela ainda não me perdoou .

— Vocês dois estão estranhos. —nós  dois olhamos para Isa que nos observa, com curiosidade.

— Jéssica! — alguém a chama do alto de uma duna. Não consigo identificar quem é.

— Está vendo Isa, minha companhia está me esperando por isso tenho que ir.

— É seu namorado? Meu tio Dom fala que meu pai tem que namorar para deixar de ser chato. — ela olha para Jéssica e fala baixinho. — Será que o Jorginho tá precisando namorar também? — olho para Isa.

— Que conversa é essa? — pergunto.

— Foi tio Dom que falou papai. — ela fala levantando as mãos, Jéssica está rindo.

— E desde quando você conversa essas coisas com seu tio Dom? — tiro minhas mãos do bolso e cruzo os braços.

— Ele não falou para mim falou para tia Cléia naquele dia que fomos no cinema assistir Barbie e o reino encantado. — Não sei se dou risada da minha situação ou de imaginar Dom no cinema assistindo Barbie. Meus devaneios são interrompido por Jéssica.

— Vai ver seu tio Dom tem razão. — ela fala, mas não me olha, abaixa-se da um beijo na Isa. — Outro dia a gente se fala tá bom. — ela se levanta me olha na dúvida se chega perto ou não. — Foi bom te ver Heitor.

— Posso dizer o mesmo. — respondo, e ela se vira indo em direção ao rapaz na duna.

E lá vai ela novamente. E eu fico me perguntando o que foi isso? Ela não confirmou se era namorado, mas também não negou. Isa e Zeus vão correndo para casa. E eu estou parado que nem uma estátua, tentando entender tudo o que acabou de acontecer.

Jéssica

Entro no carro e deixo todo o peso do meu corpo cair, no assento. Meu Deus o que foi isso? Só pode ser uma brincadeira do destino?

— Se você ia nadar porque não trouxe roupa apropriada? — olho para Thiago.

— Só dirige e me tira daqui. — falo abraçando a mim mesma.

— O que aconteceu porque você está assim? — ele me fita preocupado.

— Eu acabei encontrando quem não queria. — olho para fora.

— Encontrou seu ex? — concordo com a cabeça. —  Porque não me chamou? Mandou uma mensagem, sei lá. — penso que talvez porque toda vez que o vejo perco meu raciocínio. Não falo nada fico quieta com meus pensamentos.

Ele não me perguntou mais nada. Cheguei em casa e a primeira coisa que fiz foi tomar um banho quente.

Quando saio do quarto vejo todos animados na sala. Até César está aqui.

— Oi para todos. — falo me sentando no sofá ao lado de Cléia. — Você se casa amanhã, eu não acredito. — me vem algo na mente. — Você não vai ter uma despedida de solteira?

— Não, eu desisti dessa idéia já que o Dom também, preferimos casar nesse final de semana aí teremos uma semana para terminar de resolver algumas coisas e partimos para lua de mel no próximo fim de semana.

— Porque não marcou para o outro final de semana? Aí você casava e já viajava.

— Não tinha data disponível ou era esse final de semana ou só no final do ano.

— Final de ano seria perfeito, sol verão. — falo abrindo a mão no ar como se estivesse vendo o céu.

— Eu prefiro o frio. — ela me olha. — Você marca o seu para o verão já que gosta tanto do verão. — fala dando um sorrisinho cínico. Mostro a língua pra ela.

— Encontrei com Heitor hoje. — falo e atráio a atenção de todos. — Que foi? porque estão me olhando assim?

— Encontrou como? — Luciana pergunta.

— Eu fui andar na praia e encontrei a Isa com Zeus e de quebra com Heitor.

— Como assim você encontrou com a Isa? E desde quando você a conhece? Você nunca nos deixou falar nada relacionado a ele. — Cléia fala me olhando com curiosidade, e até mesmo de forma acusatória. Ela sempre tentou me fazer voltar atrás.

— Ontem quando fui buscar você na escola a direção me deixou esperar no pátio, e eu vi uma menininha sentada isolada das outras, me lembrou a mim mesma, aí fui falar com ela, e hoje fui levar uma bonequinha psra ela.

— Você está aqui exatamente a dois dias e já fez amizade com a Isa? Ela não fala com quase ninguém, para nos ganharmos a confiança dela foi um custo. — Fala Luciana. Dou de ombros.

— Nossa. — fala Cléia. — Isso é que é destino.

— Coincidência você quer dizer. — eu falo.

— Que seja, ele ainda não te esqueceu. — ela insiste.

— Vamos mudar de assunto, ou prefiro sair. — ela levanta as mãos.  — Você não vai ter aquele negócio de beleza que as noivas tem? — não quero mais falar no assunto Heitor.

— Sim vai ser amanhã cedo, como o casamento é no final da tarde e a festa a noite vou tirar a manhã toda para relaxar.

Ficamos por ali conversando banalidade. Mas a todo momento vinha na minha mente a imagem de Heitor me olhando. Fazendo aquela velha mágoa voltar. Não posso dizer que havia esquecido, mas era algo que estava adormecido dentro de mim. Agora era um turbilhão a flor da pele.

***

— Você está linda. — Thiago fala assim que eu entro na sala. Pronta para o casamento. — Vai ser a madrinha mais bonita. — Só estamos nós dois na casa, Luciana foi ajudar Cléia. Como eu sou péssima para essas coisas escapei.

— Obrigada. — dou uma voltinha mostrando todo o vestido. — Você também está um arraso. — olho para ele, está com um terno preto sob medida, seus cabelos estão penteados e arrumados com gel, sua barba muito bem feita, dá um charme todo especial.

— Eu sei gata. — ele pega uma pequena rosa e me entrega. — Vamos?

Assim que chegamos a igreja, onde ocorrerá a cerimônia, vou procurar as meninas. O local está todo arrumado, com muitas flores e tecidos está tudo simplesmente lindo. Entrei numa parte reservada para a noiva e familiares.

— Meu Deus  nem sou eu quem está casando, mas meu coração parece que vai sair pela boca. — falo ao fechar a porta.

Me viro e vejo Luciana terminar de colocar o véu em Cléia. Me aproximo e vejo como ela está linda.

— Você está linda. — tapo minha boca, abano meus olhos para não chorar. — Está tudo perfeito lá fora. — Cléia me olha.

— Para Jéssica, não vá fazer ela borrar a maquiagem. — Luciana fala.

— Tá bom, já parei. — Vou até ela dou um beijo. — Vou lá para o lugar, já estão todos prontos, qualquer coisa me chama. — dou um beijo em Luciana e saio indo para o local onde tenho que esperar para entrar.

Estou nervosa com a espera. De repente a porta se abre e Heitor entra. Quero desviar o olhar, mas não consigo. Ele está lindo como sempre. Me olha e dá um leve sorriso, mas não se aproxima. Isa vem até mim e eu converso com ela, dou beijo e falo o quanto ela está bonita. Heitor conversa com outras pessoas. Se antes eu já estava nervosa agora então. Minhas mãos estão suando, mas graças a Deus logo vem um rapaz avisar que já vamos entrar. Pelo menos lá no altar não vamos ficar um do lado do outro.

A cerimônia ocorreu maravilhosamente bem. Chorei muito, vi também que Heitor me olhava de vez em quando, quando as juras de amor foram feitas eu senti seu olhar pesar sobre mim. Eu não me atrevi a olhar. Isso tudo me perturbou muito, trouxe muitas lembranças, nossas e eu ouvi cada uma dela, de forma acusatória.

E, as lágrimas que derramei eu insistia comigo mesma ao dizer que eram pela Cléia e Dom.

Agora estamos chegando no local da festa. Olho para Thiago que está do meu lado dirigindo. Ele estaciona me olha com carinho.

— Não esquenta vai dar tudo certo. —ele abre a porta e sai, dando a volta e abre a minha porta. — Vamos lá minha namorada, amor da minha vida. — Saio do carro e dou risada da sua performance.

Entramos no salão que também está todo decorado. A música está calma por enquanto. Já está cheio de pessoas, estão quase todos aqui.

— E aí, cadê seu ex? Quero conhecer a concorrência. — dou risada do seu comentário. Chego bem perto dele é falo ao seu ouvido.

— Se você der uma pinta nessa festa que você é gay, eu mesma mato você. Entendeu?

— Cruzes gata, para que tanta violência? Já te falei hoje sou o cara mais hétero que você já conheceu. — ele fala passando a mão no cabelo.

— Eu agradeço muito.

Ele pega duas taças de bebida de um dos garçons que passa. Me entrega uma. E começamos a circular, eu procuro por Luciana com César. Vejo eles sentados em uma mesa e vou até eles. Nos sentamos e ficamos ali conversando e rindo. O tempo passa e continuo bebendo e comendo, vejo Cléia com Dom cumprimentando os convidados.

Eles vem até nossa mesa e sentam-se. Conversamos um pouco até que, alguém vem falar para eles que está na hora da valsa. Olho para Luciana.

— Eu não me vejo um dia casando com todo esse cerimonial. — ela me olha.

— Só você mesmo Jéssica, é o sonho de toda mulher. — ela fala.

— Não o meu. — retruco dando de ombros.

A valsa começa e depois dos noivos, todos os casais podem começar a dançar. Tiago me puxa para dançar.

— E então, cadê seu ex que não sei quem é? — procuro Heitor pelo salão e vejo ele nem canto, conversando com algumas pessoas.

— É aquele no canto encostado numa mureta. — falo e ele me vira para poder ver.

— Puta que pariu Jéssica. — olho assustada. — Você falou que ele era lindo, mas não que ele era um deus grego.  Aí minhas borboletas. — nós continuamos a dançar. — Ele tá olhando muito para cá, eu acho que ele vai vir aqui. — continuamos dançando.

— Como assim? — pergunto já ficando agoniada.

— Andando minha cara, andando do jeito que ele está fazendo agora. Um passo depois o outro, um passo depois o outro. — ele vira novamente e me encara. — Vou ter que dar uma saidinha.

— Como assim? Você não pode me largar aqui. — falo nervosa.

— Amiga linda, se você não quer que eu de na cara meu eu interior, eu preciso dar um rolê e respirar um ar. — ele se abana. — Ou melhor, de uma nicotina isso sim. — ele beija meu rosto. —O bofe é um escândalo. — quando vou retrucar Heitor chega ao nosso lado.

— Me concede a honra. — fala com Thiago, que me olha com cara de desculpas.

— É toda sua. — filho de uma égua, fala e sai.

Eu vou matar esse filho da mãe. Heitor segura minha mão, eu sinto aquele choque percorrer meu corpo. Fecho meus olhos.

— É só uma dança Jéssica, não vou lhe arrancar nenhum pedaço. — Ele fala e segura minha cintura.

— Que eu saiba você não sabe dançar. — falo relembrando o dia da boate. — Não que eu saiba muita coisa a seu respeito. — ele me olha nos olhos, e sei que mais uma vez lhe feri, pela forma como me olha.

— Eu não falei que não sabia dançar, como já disse, falei que não dançaria aquele dia. — fala ao meu ouvido. Ele me leva no ritmo da música. — Já dancei com você no quarto da casa de praia, ou você já esqueceu? — eu penso se respondo que não.  Eu não esqueci, mas ele não me dá tempo. — E você está linda.

— Obrigada, não quero falar sobre isso, você pediu somente uma dança, não quis ser mal educada. — sinto que ele ri.

E sua risada no meu pescoço, faz arrepiar, meu coração está disparado. E quando a música acaba vou me afastar dele mas ele me segura firme não me deixando sair.

— A música acabou.

— Não era aquela que eu queria dançar com você, e sim essa. — e quando ele fala começa uma outra música, quando reconheço fico sem palavras. Sinto meus olhos começarem a arder.

— Você fez isso de propósito? — pergunto porque começa a tocar I Will Always Love You, música do filme guarda costas. Ele me olha com um sorriso.

— Depende, se eu falar que sim você vai ficar com raiva? — ele me olha analisando, eu olho feio para ele. — Não, eu não tive nada haver. — eu acabo rindo e dou um leve tapa no se braço. — Precisamos conversar. — ele fala baixo.

— Aqui não é lugar, vamos só dançar, por favor. — ele respira fundo, e fica quieto.

Continuamos a dançar. Me trazendo lembranças, os momentos que tivemos em sua casa. Sentir seu cheiro seu toque mesmo que por cima da roupa, está mexendo comigo. E no final ele canta no meu ouvido, a última frase.

— Eu sempre vou te amar.

— Heitor... Eu... — ele se afasta, faz uma reverência e me dá as costas.

Me deixando como uma estátua parada no meio do salão. Vendo ele partir, minha vontade é de cair no chão e chorar. Chorar por tudo, pela raiva, pela falta que sinto, por tudo que ele me causou. E quando penso em ir até ele e falar tudo o que penso, tudo que está entalado, braços me envolvem. Thiago que me segura e me tira dali.

Quando chego do lado de fora eu não seguro mais e choro. Sou amparada por Thiago. Ele me entrega um lenço, abre a porta do carro, e me jogo lá dentro e saímos dali. Tomo uma decisão eu preciso conversar com ele.

Bom dia, gente deixa eu falar uma coisa sobre os meus filhos, Heitor errou? Sim, mas a Jéssica foi imatura demais, e até egoísta, ela não é a única a sofrer. Em nenhum momento ele desconfiou dela no caso Ferraz, e ele merecia a chance de se explicar, sim. Mas a história dos dois é essa. O importante é que ambos estão aprendendo com seus erros...
E a história se passa no litoral de SP.

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