Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAPÍTULO 29


A VERDADE DÓI

Jéssica

      
Estou andando pela praia já tem algum tempo. Desliguei meu celular, porque queria ficar sozinha. A essa altura Heitor já deve estar a minha procura, lembrei que ele sempre me achava através do celular. Vejo um tronco de árvore logo a frente, vou até ele. Coloco minha bolsa na areia e sento no chão.
      
Olho para a imensidão do mar. Ainda não consigo acreditar em tudo que ouvi e nem na foto que vi. Tudo poderia ser mentira, mas eu vi a foto. Aquele sorriso, ele parecia muito feliz. Ele não pode ter mentido para mim dessa forma. Ter me escondido algo tão sério, uma família. Sinto uma lágrima escorrer por meu rosto.
      
Olhando para a praia me vem a mente imagens nossas, passamos a maior parte do tempo na praia. Eu me entrego ao choro. Coloco para fora tudo, pelo menos aqui não tem nada que possa me impedir. Não sei quanto tempo fico assim olhando o mar. Sem conseguir pensar em nada. Só sentindo uma dor forte no peito.
       
— Mas não deve ser verdade. — falo alto tentando me convencer. — Ele não faria isso. — vejo que está começando a escurecer. — Ele não faria isso comigo. — me levanto, tiro minhas sandálias, pego minha bolsa e volto andando pela  maré molhando meus pés. Tentando tirar o peso que está sobre mim.

   Heitor

    
Estive no trabalho dela, e já faz tempo que ela saiu. Estou rodando de carro pela cidade tentando imaginar onde ela possa ter se metido. Meu celular toca.
        
— Pronto.

— Heitor eu não queria ligar novamente, mas a Isa não quer comer, se nega, quer você a todo custo. — eu solto minha respiração. — Ou quer ir com a mãe.
        
— Deixa eu falar com ela Laís. — ela chama Isa.
        
— Papai quero você. — ela fala chorando, sinto meu coração se partir em mil pedaços.
        
— Oi meu amor, papai está indo, vou hoje mesmo, mas agora você tem que comer. — resolvo parar o carro no acostamento. — Não pode ficar sem comer, hoje você pode comer o que quiser. — eu falo tentando um acordo até eu chegar.
       
— A mamãe não deixa eu comer o que quiser. — ela fala ainda chorando, mas vejo que está diminuindo o choro.

— Pode falar pra tia Laís que hoje você pode comer o que quiser, o papai só vai conseguir chegar aí amanhã cedo meu amor, não tem aeroporto aqui perto então você come o que quiser hoje combinado? — escuto um risadinha.
        
— Combinado. Tia meu pai falou que eu posso comer o que quiser. — ela fala sem tirar o telefone da orelha. —Mas você promete papai que você vem?
        
— Prometo. — sinto uma falta de ar meu coração está apertado. — O pai vai arrumar as malas tá bom, obedece a tia até eu chegar minha linda.
        
— Tá bom. — ela fala já querendo chorar de novo. — Eu te amo papai, vem logo. — sinto meus músculos tremendo. Um nó se forma na minha garganta.
        
— Eu te amo mais muito mais. — ela entrega o telefone para Laís. — Faça o que ela quiser hoje Laís por favor, vou tentar arranjar um voo assim que possível, mas creio que só vou conseguir chegar amanhã.
        
— Sem problemas Heitor, ela comendo o resto tiro de letra. Ela estava começando a ficar com febre, e eu acho que possa ser pelo que ela viu. — esfrego o rosto.
        
— Como a Renata está? Você já teve alguma notícias?
        
— Até onde eu sei está bem, mas não deram muitas explicações, estão fazendo exames.
        
— Certo amanhã cedo estou aí. — desligo jogo o celular no banco do passageiro.

Meu Deus tudo tinha que vir assim como uma bomba, uma atrás da outra. Tenho que conseguir uma passagem para o Rio. Ligo para o Dom.
        
— Fala cara alguma notícia da Jéssica?
        
— Não, ainda não, preciso de um favor seu, consegue para mim uma passagem para o Rio para hoje ou no máximo amanhã cedo .
        
— Tu nem falou com ela e já tá fugindo. — ele fala rindo.
        
— A Renata foi internada Dom.
        
— Caralho mano, foi mal eu não sabia. — esfrego meu rosto com uma de minhas mãos.
        
— Só consiga a passagem para mim por favor, e me avisa não tô com cabeça para fazer isso.
        
— Claro, não se preocupa vou resolverissoagora, mas e a Renata está tudo bem?
        
— Parece que está na medida do possível, mas se já for aquilo não sei nem o que pensar o que vai ser daqui pra frente.
        
— Meu amigo o que precisar estou aqui.
        
— Eu sei. Mas no momento é só isso, eu tenho que falar com a Jéssica antes de ir.
        
— Cara eu realmente não queria estar na sua pele,  mas enfim o que eu puder fazer é só falar.
        
— Obrigado. — desligo e abaixo minha cabeça no volante, tentando pensar em algo. Olho para fora já está começando a escurecer. — Onde você se enfiou Jéssica? — falo alto dando um soco no volante.
          
Resolvo voltar até sua casa. Quem sabe ela já voltou. Assim que paro na frente da casa vejo o carro do César encostar atrás do meu. Saio e logo Luciana vem até mim.
         
— Não a achou ainda? — nego com a cabeça. — O que está acontecendo? O que você fez para ela? — ela me pergunta acusadoramente .
        
— Porque vocês não perguntam para ela. — Cesar fala eu olho para trás e a vejo chegando descalça, sandálias nas mãos.

Está de cabeça baixa. Vou de encontro a ela. Sentindo meu coração voltar a bater novamente. Mas ele para novamente quando olho em seus olhos. Ela levanta a mão.
        
— Não toque em mim. — ela fala. Sinto o peso da dor em suas palavras.
        
— Eu preciso conversar com você Jéssica. — ela me olha com mágoa nos olhos.
        
— Você teve tempo suficiente para falar, mas optou por esconder não é mesmo? — a maneira dela falar, as palavras que ela pronuncia sinto como lascas de madeira entrando em minha carne. Uma lágrima escorre por seu rosto.
         
— Eu posso explicar. — ela levanta a mão mais uma vez.
          
— A única coisa que eu quero ouvir de você Heitor é que isso é mentira. — ela me olha vejo o quanto ela quer que isso seja verdade o quanto ela quer que isso seja mentira. Abaixo minha cabeça. — Não precisa me responder seu silêncio já me respondeu.
          
— Jéssica vamos conversar, não é como você está pensando.  — vou até ela, mas ela se afasta vai em direção a casa vejo Luciana e César nos olhando. — Você tem que me deixar explicar. — falo alterando a voz, ela me olha e começa a rir.
          
— Não se preocupe sua mãe já me colocou a par da situação. — ela me olha e vejo mais lágrimas em seus olhos, me sinto um merda por ter causado isso nela. — Você escondeu uma família Heitor. —  fala gritando jogando sua bolsa e sandálias no chão. — Você é casado merda! Me me diga que isso é mentira, diga. — ela vem até mim e começa a bater em meu peito aproveito e a seguro em meus braços. Ela começa a chorar. — Você não merece que eu escute nada, seu bastardo.
       
— Me desculpa. — falo.
       
— Me diz que é mentira. — ela fala num sussurro.
       
— Não posso. — isso a faz se afastar, não quero soltá-la, mas o que vejo em seus olhos, mágoa, dor, o sofrimento me fazem abrir os braços e ela se afasta.

Mas antes que eu perceba ela acerta um tapa na minha cara. Não sinto a dor pareço estar anestesiado.
       
— Termina do mesmo jeito que começou. — ela fala, vou em sua direção, mas ela fala. — Não Heitor não quero ouvir mais nada, me deixe sozinha. É muita informação para um único dia.
       
— Jéssica você tem que me ouvir. —falo alto. — Escute, tenho que viajar não posso sair daqui assim com você nesse estado. — ela continua andando em direção a porta, mas para e se volta para mim.
          
— Então me diga que você vai se separar? Ou já está se separando, só isso vai me fazer te ouvir. — ela me pergunta.

Lembro da promessa que fiz para Renata. Não vou mais mentir ou esconder nada.
       
— Não, no momento não posso.
       
— Deveria ter pensado nisso antes, você não ouse entrar nessa casa entendeu Heitor você tem uma chave quero que me devolva. — passo a mão nos bolsos.
       
— Ela não está aqui, mas eu não vou entrar. — falo pois é a verdade.
       
— Ótimo não esqueça de deixar a chave aqui. — ela entra deixando suas coisas na rua. Vou até sua bolsa, mas Luciana fala.
        
— Pode deixar que eu cuido disso. — a olho sem conseguir realmente enxergar alguma coisa. Mas ela nem me olha e entra atrás da Jéssica.
        
— Deixa ela esfriar a cabeça. — olho para César. — Não sei se vai resolver, mas te garanto que agora não adianta insistir. — meu telefone toca vejo que é Dom .
        
— Alô.
        
— Consegui uma passagem para daqui quatro horas, isso significa que você já era para estar na estrada. — olho para casa, olho para o César.

— Vai resolver o que precisa, de tempo a ela. — César insiste.

— Ok, estou indo. — desligo e me despeço do César pedindo para que qualquer coisa me ligue.

Vou dar a Jéssica o tempo que ela precisa. Não tenho outra opção no momento. Minha filha está precisando de mim.
          
Saio em direção a casa de praia pegar algumas coisas, e vou para minha casa. Preciso pegar documentos que estão lá. Ligo para Alceu avisando que vou me afastar por alguns dias. E que qualquer coisa ele deve falar com o delegado da cidade vizinha que tem autorização para responder a casos graves.

Assim que entro em casa vejo Silvia e minha mãe. Não olho para nenhuma delas e subo para me arrumar. Quando desço com a mala. Minha mãe fala.
         
— Eu chego e você viaja? — ela fala como se não tivesse feito nada.
         
— Renata foi internada. — ela me olha com preocupação. — Estou indo para o Rio.
         
— Eu vou com você.
         
— Não, a senhora vai amanhã eu já estou indo e só consegui uma passagem. — na verdade nem sei, mas a última companhia que quero é a dela no momento.
         
— Meu Deus mas o que aconteceu?
         
— Não sei por isso estou indo, estão fazendo exames, mas agora tenho que ir. — saio sem mais de longas.

Ela conseguiu chegar até aqui já deve saber o caminho de volta. Quando chego a garagem vejo Dom entrar com seu carro. Ele faz sinal com a mão.
         
— Pensei que já estivesse ido. — ele fala. — Deixa que eu te levo. — não questiono, pois é bem capaz de eu provocar um acidente levando em conta meu estado nervoso. Vou até seu carro e entro. Não falamos nada. Ele coloca o carro em movimento.
        
— Fui deixar a Cléia em casa, sei que você conseguiu falar com ela. — ele me olha. — Da um tempo é melhor, está quase sobrando para mim por saber e não falar nada, mas como tua mãe veio parar aqui?
        
— Boa pergunta, só soube hoje é ela está aqui desde ontem. — olho para fora. — Deve ter conversado com a Sílvia.
        
— Puta que pariu, logo com a Sílvia. O que você vai fazer agora?
        
— Não sei, gostaria de ter saído daqui com tudo resolvido com a Jéssica ela me deixando explicar, mas enfim preciso estar no Rio.
        
— Tudo se ajeita com o tempo. — olho para ele.
        
— Assim espero, é nisso que eu estou me agarrando. — Fecho meus olhos tentando  não pensar no que me espera.

  Jéssica

Entro batendo a porta. Querendo me fechar para o mundo. Não quero ouvir suas desculpas esfarrapadas. Não tem o que ele possa falar pra se justificar. Entro no meu quarto e me jogo na cama. Choro tudo que posso, se é que é possível ter mais lágrimas.
       
Sinto mãos nos meus cabelos. Sei que é Luciana. Me  puxa para seu colo. Me sinto destruída, arrasada. Eu tinha uma pequena esperança de tudo fosse mentira ou que ele pelo menos estivesse se divorciando. Apesar de mesmo assim ele ter mentido, escondido isso de mim, me ferindo, mas teria uma pequena chance de perdoar, mas ouvir ele dizer "não" acabou com minhas esperanças.
         
— Calma. — Lu continua fazendo carinho em mim. — Porque não vai tomar um banho depois a gente conversa se você quiser. — olho para meus pés cheios de areia e resolvo fazer isso.

Ela sai e vou para o banheiro deixando a água cair sobre mim e lavando minha alma machucada. Deixando escorrer pelo ralo todas as minhas angústias.

Luciana

Saio do quarto deixando Jéssica tomar um banho, nada melhor nessas horas. Encontro César na sala. Ele me olha.
      
— Como ela está?
      
— Mal muito mal. — Sento me ao seu lado. — Eu ainda não acredito no que eu ouvi, não acredito que ele foi capaz de fazer isso com ela.
       
Escutamos barulho na porta e logo Cléia entra com Dom.
       
— O que aconteceu? Porque essa cara de enterro. — pergunta Cléia. Olho para Dom.
       
— Você sabia não é mesmo? É amigo dele. — ele me olha e vejo que entendeu sobre o que estou falando.
       
— Sim eu sabia, mas o que eu poderia fazer? — Cléia olha para ele e para mim.
       
— Do que vocês estão falando? — ela pergunta.
       
— Fala para ela Dom, que Heitor é casado e você sabia e não falou nada.
       
—Como eu poderia falar alguma coisa? Cheguei ontem e uma das primeiras coisas que fiz foi cobrar ele contar a ela.
       
— Não acredito nisso, cadê a Jéssica? — Cléia pergunta.
       
— Foi tomar um banho. — respondo. — Deixa ela chorar tudo, colocar para fora. —Cléia se virá para Dom.
       
— Minha conversar com você vai ser depois, agora vou cuidar da minha amiga. — ela fala e vai em direção ao quarto sem nem mesmo se despedir dele.

Ele me olha e faz sinal com a mão e sai.
       
— Meu que clima. — Cesar comenta. — Vou embora também, deixar vocês sozinhas parece a melhor opção. — ele me dá um beijo casto. — Mas qualquer coisa me liga tá bom? — concordo com a cabeça, ele sai. Olho para o nada.
        
— Meu Deus que noite vai ser essa? O que vai ser da Jéssica agora?

   Jéssica

Minhas mãos estão enrugadas. Não sei quanto tempo estou aqui. Desligo o chuveiro e me enxugo. Ao sair do banheiro vejo Cléia sentada na cama me esperando. Ela não fala nada e eu agradeço por isso. Pego uma camiseta no armário. Lembro que tenho muitas coisas na casa dele. Me espanto com esse pensamento. Não quero pensar nisso agora. Deito na cama e me enrolo na coberta. Sinto ela deitar atrás de mim.
         
E assim ficamos, e eu me perco em meus pensamentos. Dentro de mim eu sei que independente do que ele falasse não mudará coisa alguma.
        
— Quer conversar? — nego com a cabeça. — Estou aqui amiga, saiba disso.
        
— Eu sei. — foi a única coisa que consegui pronunciar.

Lágrimas surgem novamente aos meus olhos, quando me lembro dele, Luciana entra no quarto com um copo de água.
        
— Toma amiga, vai te ajudar a dormir. — ela me mostra um comprimido, pego e tomo porque a única coisa que eu quero é dormir e esquecer tudo isso.

Esquecer que um dia Heitor passou por minha vida. Fecho meus olhos e espero o comprimido fazer o efeito.

     

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro