CAPÍTULO 28
SURPRESAS DESAGRADÁVEIS
Heitor
E
stamos no carro a caminho da casa dela. A olho de relance, está quieta demais. Solto minha respiração e resolvo quebrar o silêncio.
— E então como você lembrou de tudo? — ela não me olha remexe as mãos.
— Estava na praia, escutei latidos de cachorro, isso fez eu me lembrar do Zeus e automaticamente da dona dele e tudo começou a vir de uma vez. — concordo com a cabeça.
Chegamos a sua casa e vejo que o Dom está aí. Dou risada comigo mesmo e ele ainda me garante que não tem nada com a amiga da Jéssica.
— Seu amigo virou visita constante. — Jéssica fala rindo, parece até que leu meus pensamentos.
— Isso ainda vai acabar em casamento. — falo e ela me olha espantada. — Estou falando sério, eu conheço ele, nunca se interessou assim antes. — dou de ombros.
Saímos do carro, e entramos em sua casa. Logo somos recepcionados por Luciana.
— Ah você resolveu aparecer né? — ela fala com Jéssica.
— Eu te garanti que se precisa-se de qualquer coisa eu ligava, não precisei. — ela responde e vai para cozinha.
Olho para Luciana que está me olhando séria. Dou de ombros. Vou até Dom que está sentado no sofá.
— E aí. — ele fala. — Alguma novidade? — me pergunta tomando um gole de cerveja.
— Nada de mais, tirando que a Jéssica acabou de dar uma surra na Silvia. — ele cospe o líquido da boca e quase se engasga.
— Porra. Como é que é?
— Isso o que você acabou de ouvir. — falo baixo para só ele ouvir. — Ela se lembrou de tudo, inclusive da discussão dela com a Sílvia antes de tudo, e ela acredita que foi Silvia.
— Ela e a torcida do Flamengo. Caraca to ficando fã dessa mulher . — ele me olha de maneira divertida. — Sem segundas intenções. — balanço a cabeça.
— E você casa quando? — ele fecha a cara dou risada. —E melhor você admitir logo pega menos mal.
— A gente só tá se curtindo. — ele fala olhando para a cozinha onde estão as mulheres. — Essa morena realmente desperta alguma coisa em mim que até então eu não conhecia .
— Entendo perfeitamente. — passo a mão no rosto.
— Você vai abrir o jogo com ela?
— Sim só não sei como começar. — ele chega mais perto.
— Acho bom você ver logo isso, agora com a Sílvia cheia de raiva. — ele balança a cabeça.
— Eu sei. — afirmo, mas sinceramente é um assunto que não sei por onde começar.
Silvia
Estou saindo do Pronto socorro, e José Alceu queria me trazer, mas não quiz. Não quero ver aquele olhar de pena para mim. Eu ainda vou acabar com aquela vadia. Vou direto para casa, preciso tomar um banho, tirar essas roupas.
Depois de tudo feito, vou até o espelho e vejo o corte na minha boca. Vem a imagem de Heitor na minha mente. Você também vai me pagar, não importa mais o que eu sinto por você. Passo uma maquiagem para esconder as marcas. Estou na cozinha preparando algo pra comer quando escuto o interfone. Quem pode ser?
— Pronto.
— É a residência do Sr Heitor Fernandes? — um homem pergunta.
— Sobre o que se trata?
— Aí minha senhora eu só sou taxista, estou com uma passageira que procura pelo Heitor Fernandes. — minha curiosidade só aumenta. Será outra mulher que ele arrumou?
— Qual nome da sua passageira?
— Só um momento. — escuto ele perguntar. — É a senhora Olga Fernandes. — a mãe do Heitor aqui?
Isso só pode ser brincadeira.
— Senhora? — escuto o homem falar.
— Ah, sim. Só um momento vou abrir o portão. — desligo o interfone e vou abrir o portão, ainda sem acreditar que ela está aqui.
Será que aconteceu algo?
E porque ela não ligou para o filho?
Abro o portão e vejo o taxista tirar uma pequena mala do bagageiro. Olho para a senhora elegante a minha frente. Com seus cabelos curtos bem penteados. Usando um terninho, rosa claro. E devidamente maquiada. Sempre a admirei por sua elegância.
— Silvia minha querida. — ela fala e vem me dar um abraço. — A quanto tempo não a vejo. — retribuo o abraço.
— Nossa, mas que surpresa! — falo e pego a mala que o taxista colocou a seu lado. — Pode deixar que eu cuido disso. — ela se vira e paga o taxista.
— Pensei que não acharia a casa do meu filho. — fecho o portão e entramos.
— A senhora avisou o Heitor que estaria chegando?
— Não quero fazer uma surpresa. — ela fala sentando-se no sofá.
É vai ser uma surpresa e tanto. E de repente me vem uma ideia na cabeça.
— Bom eu creio que ele não vá aparecer hoje. — falo como quem não quer nada. — Ele anda um pouco ausente.
— Esse é o motivo da minha visita. — ela tira o casaco e coloca dobrado sobre as pernas. — Tentei falar com ele por telefone mas ultimamente ele nem se quer fala direto, não estou o reconhecendo. — ela me olha e sei que vai me perguntar e você tem dúvidas que eu vou desperdiçar a essa oportunidade. — Você sabe o que anda acontecendo com ele?
— Sei que ele vai querer me matar por abrir minha boca, mas eu gosto muito dele para ver ele jogar tudo para cima por conta de uma qualquer.
— Uma qualquer? Ele está envolvido com uma mulher? — ela me olha horrorizada, confirmo com a cabeça. E falo o que ela quer ouvir e principalmente da maneira que eu quero que ela saiba.
Pois é Heitor Fernandes vamos ver quanto tempo dura esse seu romance. Você vai se arrepender de ter feito isso comigo.
Jéssica
— Não adianta Heitor amanhã eu já vou voltar a trabalhar. — ele me olha. — Eu já estou muito melhor, e você sabe disso. — dou um sorrisinho para ele. Já estamos na casa de praia que ele vai ocupar até a Sílvia sair da outra.
— Só acho que você poderia cumprir o tempo da sua licença, você ainda tem uns dias. — saio do box e pego uma toalha. Me enxugo e vou para o quarto.
Logo ele sai, enrolado com uma toalha na cintura. Fico olhando para ele enquanto passa a mão nos cabelos. Até agora me pergunto o que um homem como ele viu em mim? Ele deita-se na cama e coloca as mãos atrás da cabeça. Eu me viro e começo a passar o hidratante no meu corpo.
Olho pelo espelho, e vejo que ele está prestando atenção em cada um dos meus movimentos. Então resolvo provocar deixando a toalha cair, sem querer. Estou de costas para ele, com um pé em cima da cadeira. Jogo uma grande quantidade de hidratante na minha coxa e passo lentamente.
— É realmente você já está melhor. — ele fala, e eu só dou uma olhada pelo espelho.
Ainda com a perna na cadeira eu levanto e jogo o hidratante no meio dos meus seios, e começo a esfregar lentamente. Faço isso olhando para ele.
— Você não deveria me provocar assim.
— Não sei do que você está falando. — falo e passo minha mão nos bicos dos meus seios.
Fecho os olhos com a sensação de prazer. É incrível como isso é prazeroso só em saber que ele está me olhando. E eu sei que ele tem prazer em me ver fazer isso.
— Ah! — grito com o susto que eu levo quando sua mão toca o meio das minhas pernas. — O que você está fazendo aqui?
— Vou ajudar você com isso. — fala ao meu ouvido.
Jogo minha cabeça para o lado dando maior acesso para sua boca. Ele não perde tempo, beija, lambe e chupa meu pescoço. Sua mão começa a brincar com meu clitóris.
— Você sabe ser uma garota muito malvada quando quer. — dou risada.
— Pensei que você gostasse. — ele morde meu ombro.
— Não só gosto, eu amo isso em você, você me desafia. — sinto a cabeça do seu membro se acomodar no meio da minha bunda. Ele esfrega mais sua mão, em mim.
— Ah... Heitor. — seguro melhor na cadeira, pois minhas pernas estão ficando bambas.
Ele coloca a outra mão na minha barriga me colando nele. E logo coloca a cabeça do seu pau na minha boceta. Ele entra devagar abrindo-me aos poucos. Mas logo está todo dentro. Ele para por um breve momento e começa a se movimentar.
— Coloca sua perna no chão e segura na cadeira. — ele fala e eu faço.
Sua mão me empurra um pouco para frente me curvando. Ele afasta meus pés com os seus. Me deixando na posição que ele quer. Sua próxima estocada vai bem fundo. Quase me fazendo perder o ar.
— Puta que pariu Jéssica parece que cada dia você fica mais gostosa.
Eu não falo nada, só me entrego ao prazer, de senti-lo. Ele agarra minha cintura com pressão e mantém um ritmo. Eu estou gemendo, arfando e meu orgasmo vem quando ele segura meus seios e aperta meus mamilos. Sinto minhas pernas fraquejar, ele logo me segura. Eu me tornei uma massa de sensações desconexas, me entregando de vez ao êxtase do orgasmo.
Ele sai de dentro de mim, tenho vontade de chorar em lamento. Mas logo entendo sua vontade. Ele me vira de frente para ele. Me suspende.
— Passe as pernas em volta de mim. — ele fala.
— Se eu conseguir. — falo rindo, mas faço o que me pediu.
Ele dá uns passos e me encosta na parede. Logo está dentro de mim. Segura meu queixo e olha nos meus olhos.
— Você é meu mundo. — beija minha boca, me olha novamente de uma maneira diferente. — Não sei o que seria de mim sem você Jéssica. — não entendo suas palavras, ele fala com um lamento.
— Porque você está falando assim? — minha pergunta parece tirar ele de um transe.
— Só quero que você sempre se lembre disso. — e me beija com volúpia.
Seus lábios estão urgente. Quase não consigo respirar. Ele volta a se mover. Com uma de suas mãos segura meu pescoço. Eu puxo seus cabelos, ele fecha os olhos. Eu também me entrego as sensações de prazer. Eu não fui simplesmente beijada e comida fui devorada de uma maneira única que só Heitor sabe me fazer sentir.
Ele aumenta o ritmo das estocadas, me fazendo gemer alto. Sinto seu corpo ficar rijo. Ele abafa seus gemidos no meu pescoço. Eu o abraço. Sendo a única coisa que consigo fazer. Quero ele perto se possível dentro de mim de uma maneira eterna.
***
Estou entrando na empresa que trabalho. Vejo todos os rostos familiares cumprimento com alguns acenos. Chego a minha mesa e olho a papelada acumulada. Logo Ariane se aproxima.
— Jéssica. — ela vem me dar um abraço. — Nossa você melhorou? Fiquei sabendo que teve problemas de saúde. — esqueci de perguntar para Heitor o que ele disse.
— Sim já estou bem melhor. — ela me olha com carinho.
— Ah que bom seu Carlos estava me deixando doida. — ela ri. — Não sei como você consegue dar conta de tudo sozinha.
— Você logo pega o jeito. —ela nega com a cabeça.
— Você ficou sabendo da promoção parece que abriu uma vaga em São Paulo. — eu não penso em me afastar daqui.
— Para mim está fora de cogitação. — dou um sorrisinho ela sorri também.
— Com um motivo igual ao seu eu não iria também. — nós duas rimos. — Eu até estive pensando, mas também não me interessa. — nesse momento entra Sr. Carlos.
— Que bom tudo vai entrar nos eixos agora. — ele vem me cumprimentar. — Pode vir até minha sala daqui uns 10 minutos.
— Sim senhor. — ele entra e eu olho para Ariane. — Bora trabalhar? Tenho que me inteirar de tudo.
— Sinta-se a vontade, fui.
Organizo tudo em minha mesa. Conversei com meu chefe ele estava sabendo do real motivo do meu afastamento. Me perguntou se eu realmente não queria cumprir o restante. Garanti que estava bem. Estou saindo para o almoço. Resolvi comer em uma lanchonete perto do trabalho onde servem umas saladas com carne, maravilhosa.
Recebi uma mensagem de Heitor dizendo que está muito ocupado. Me falou que seu carro já voltou da oficina. Procuro uma mesa discreta para sentar. A garçonete se aproxima, me entregando o cardápio.
— Pode ficar a vontade já volto para anotar seu pedido. — ela fala.
— Obrigada. — agradeço e ela sai.
Dou uma olhada no cardápio, mas já tenho em mente o que vou querer. Quando ela se aproxima novamente faço meu pedido.
Começo a mexer no meu celular. Ela me trás o suco. Estou perdida em pensamento quando vejo alguém se aproximar. Percebo que a pessoa fica parada ao lado da mesa. Levanto meus olhos e vejo uma senhora. Está me observando.
— Está tudo bem? — pergunto. Ela me olha, dá uma olhada em volta.
— Não! Mas vai ficar. — não compreendo. — Posso me sentar? — realmente não estou entendendo, mas faço sinal que sim, ela puxa uma cadeira. Me olha novamente de uma maneira perturbadora.
— Está querendo falar comigo?
— Sim, você se importa se eu pedir um suco?
— Não sinta-se a vontade. — a garçonete trás meu pedido e a senhora a minha frente pede seu suco. — E então o que gostaria de falar comigo? Eu não me lembro de lhe conhecer.
— Realmente não nos conhecemos. — ela me dá um sorriso. — Você me parece ser uma ótima pessoa. — eu começo a estranhar o rumo da conversa.
— Bom eu não sei o que a senhora quer, mas se puder ir direto ao ponto eu lhe agradeço. — ela concorda com a cabeça.
— Ok vamos logo ao ponto. — ela segura a bolsa no colo, me olha. — Eu gostaria que se afastasse do meu filho. — Minha cara deve ser de total confusão.
— Como?
— Heitor, sou mãe dele e gostaria que você se afastasse dele. — Fico sem palavras. Essa senhora é mãe dele? — Não me apresentei sou Olga Fernandes mãe de Heitor. — continuo olhando para ela sem ter o que falar.
Por um momento eu perco o sentido de tudo. Coloco o garfo na mesa.
— Ele não fala muito sobre a família. — ela concorda. — Mas porque eu deveria, me afastar?
— Porque você está destruindo uma família. — meu coração dispara.
Eu sei que conquistar a simpatia de sogras é uma missão para poucas ela continua.
— Imagino que você esteja se envolvendo com ele sem saber onde está se metendo.
— A senhora me desculpe é Olga né? — pego minha bolsa tiro umas notas de dinheiro coloco em cima da mesa. — Mas porque eu deveria lhe dar atenção eu nem realmente sei se você é mãe dele. — me levanto para sair, mas o que ela fala faz meus pés congelarem.
— Deveria me dar mais atenção estou sento mais honesta com você do que ele, ele não lhe falou que é casado falou? — eu não acredito no que acabei de ouvir.
— Como lhe disse, não a conheço. — ela puxa uma foto da bolsa e coloca na mesa.
Meus olhos vão direto para o sorriso que eu tanto admiro, e amo ver. Meu coração falha uma batida. Ele está abraçado a uma mulher grávida, pela foto ele parece um pouco mais novo. Deve ser antiga. Me falta ar por um momento.
— Sei que está sendo um golpe duro saber assim, mas eu tenho tentado falar com ele, nem atender minhas ligações nesses últimos dois dias ele atende, por isso resolvi vim ver o que estava acontecendo, e a Sílvia me contou tudo. — só o fato de ouvir esse nome já me arrepia, olho para ela, mas não falo nada. — Não me entenda mal por favor só estou cuidando da minha família.
— Sim eu compreendo perfeitamente a senhora, está cortando o mal pela raiz não é mesmo?
— Você faria o mesmo.
— Não venha me dizer o que eu faria numa situação dessas, eu realmente não sei o que pensar. — só quero sair daqui preciso falar com ele. Tenho certeza deve ser um mal entendido. — Se me der licença. —ela segura minha mão.
— Tenho certeza que tomara a decisão certa, afinal não quer ser apontada como uma amante destruidora de lares. — puxo minha mão e saio de lá sem dizer e ouvir mais nada.
Estou tremendo, me sinto congelando, nem o sol que esta é capaz de me aquecer agora. Chego a empresa, mas não tenho cabeça para mais nada. Ligo para Heitor e cai na caixa postal. Deixo mensagem. Meu Deus isso tem que ser mentira.
Heitor
Já é final de tarde. Tive que passar a tarde toda no fórum acompanhando alguns processos. Nem reparei que meu celular descarregou. Chego a delegacia e vou direto para minha sala. Coloco o celular para carregar e logo vejo ligações da minha mãe. Mais tarde falo com ela. Alguém bate a porta.
— Entre.
— Boa tarde chefe. — Alceu entra com mais alguns papéis. — Temos mais esses e tem uma senhora lá embaixo querendo falar com você.
— Sobre o que seria. — olho no relógio. — Daqui a pouco já vou embora.
— Não falou só falou que se chama Olga e você saberia sobre o que se trata. —olho para ele.
— Manda subir. — ele concorda e sai. Não posso acreditar o que ela veio fazer aqui? Porque não me avisou? Passa alguns minutos e ela entra.
— Meu filho quanto tempo. — me dá um abraço, mas eu não estou muito confortável. — Maomé não vai a montanha, então a montanha vem até Maomé.
— Porque não avisou que estava vindo?
— Isso é maneira de receber sua mãe? — se faz de ofendida, mas não me incomodo com isso. — Se você tivesse atendido minhas ligações saberia.
— Quando chegou?
— Ontem. Fui até sua casa, mas você não estava, fui recebida pela Silvia. — a levo até o sofá e nos sentamos. — Ela me contou sobre sua aventura — somente nesse momento minha ficha cai.
— Não é uma aventura. — a forma como ela me olha, sei fez algo. — O que a senhora fez?
— O que qualquer mãe faria. — me levanto vou até minha mesa pego meu celular olho e vejo ligações e mensagens da Jéssica.
Sinto um leve tremor percorrer meu corpo.
— Você não fez o que estou pensando fez? — ela não me responde ligo para Jéssica e cai na caixa postal.
Olho no relógio ela já deve ter saído do trabalho
— Você não tem o direito de se meter na minha vida quantas vezes já falei isso?
— Sou sua mãe sempre vou zelar pela minha família não vou deixar qualquer uma estragar isso.
— Qualquer uma? Ela não é qualquer uma, é a mulher que eu amo. — pego as chaves do meu carro.
— Você é casado Heitor tem que amar sua esposa. — não estou mais ouvindo o que ela fala, preciso achar a Jéssica. — Você vai me deixar aqui?
— A senhora chegou ontem e soube se virar muito bem. — abro a porta pra sair. — Vai saber se virar agora também. — saio às pressas.
Passo por todos e não paro para dar satisfação. Espero que ela queria me ouvir ainda. Minha mãe não tinha o direito de fazer isso. Contínuo tentando falar com Jéssica, mas só cai na caixa postal. Assim que chego a casa dela meu telefone toca atendo sem olhar.
— Jéssica?
— Pai. — escuto a voz da Isa.
—Isa, o que aconteceu?
— É a mamãe papai, ela tá doente e a vovó não tá na casa dela. — ela fala chorando. — Vem pra cá pai.
— Calma meu amor, fala de vagar cadê sua mãe?
— Ela tá no hospital. — ela continua chorando.
— A onde você está Isa? — se minha mãe não está lá minha preocupação aumenta.
— Estou com a tia Laís. — fico mais tranquilo.
— Deixa eu falar com ela por favor. — escuto ela falar com alguém.
— Oi Heitor.
— Laís tudo bem?
— A Isa já te falou, não consigo achar dona Olga.
—Ela está aqui, mas me diga o que realmente está acontecendo. — olho para fora vejo Luciana sair de casa, abro a porta do carro e saio. — Espera só um pouquinho. — falo para Laís e vou até Luciana. — Jéssica está? preciso falar com ela. — falo alterando um pouco a voz ela me olha sem entender.
— Ela não está, pensei que estivesse com você. — me xingo por dentro.
— Estou ligando só dá caixa postal.
— Aconteceu alguma coisa Heitor? — ela fica assustada.
— Espero que não. — vejo César chegar. — Minha mãe falou com ela, e eu preciso muito me explicar.
— E aí pessoal. — ele beija Luciana. — E aí Heitor beleza. — Concordo com a cabeça.
— Se você falar com ela antes de mim, só fala que eu preciso muito falar com ela. — volto para o carro e término de conversar com Laís.
Laís é madrinha da Isa. Ela me falou que a Renata passou mal e teve que ser internada as pressas. Eu realmente acho que tudo começou.
Liguei para Dom para saber se ele estava com Cléia, estava mas ninguém sabe da Jéssica. Já tentei rastrear seu celular, mas está desligado.
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