CAPÍTULO 23
FIM DE NOITE
Heitor
Com essa notícia dos assaltos muda ainda mais minha noite. Preciso levar Jéssica embora. Os policiais estão fazendo o trabalho de isolamento da cena. Vejo Dom conversar com José Alceu.
— Dom. — dou um grito e ele vem ao meu encontro.
— Fala.
— Vou levar a Jéssica para casa e volto. — ele aponta para o meu braço.
— Você tem que ir ver isso, foi de raspão, mas precisa de cuidados. — olho para o meu braço nem é tudo isso.
— Depois, primeiro tenho que ir na cidade, ver o local dos assaltos. — ele me olha coça a barba sei que quer dizer algo. — Fala logo.
— Eu só acho que essa perseguição a você só serviu para tirar as viaturas do centro, pra facilitar o assalto. — penso no que ele diz, e realmente faz muito sentido.
— Certo, mas temos que investigar não acredito que seja, mas pode estar relacionado ao Rio, pode também ser uma vingança do merda do Ferraz que foi preso, mas o cara tem dinheiro compra quem quer. — ele balança a cabeça concordando.
— Seja como for Heitor, pelo que analisei até agora eles não queriam te matar se estavam te seguindo a tanto tempo desde a festa tiveram oportunidade suficiente, acredito em distrair todos ou somente um susto.
— Seja como for depois vejo isso. — olho para o cara no chão desacordado. — Chamaram uma ambulância não quero que esse merda morra, quero que fale.
— Sim já deve estar chegando, já que você não vai até o PS agora, deixem eles darem uma olhada no seu braço. — olho no relógio.
— Depois eu vejo isso. — bato no ombro dele. — Obrigado mais uma vez. — ele ri.
— Eu que agradeço por deixar minhas férias mais interessante. — lembro de um detalhe da hora da briga.
— Tinha um celular perto do carro, na hora da briga eu vi. — olho para o carro. —Tem que pegar uma lanterna, na hora ele estava na mão do infeliz.
— Certo, deixa que eu ajudo aqui vai ver o braço e cuide da Jéssica ele tá bem assustada com tudo.
— Eu sei, com você aqui vou até lá olhar como estão as coisas e vou levá-la para casa. — me despeço de Dom.
Dou algumas instruções a José Alceu pego a chave de uma das viaturas. E vou de encontro a Jéssica. Ela está no carro do César, com as amigas.
— Vamos vou levar você para casa. — ela me olha séria.
— Você também vai ou vai ficar?
— Vou levá-la tenho muito trabalho a fazer, dois bancos foram assaltados. — todos me olham com espanto.
— Dois bancos? — Jéssica pergunta concordo com a cabeça.
— Venha vamos, minha noite vai demorar para acabar. — olho para as duas amigas. — Vocês ficam com ela? — elas me olham de uma maneira que eu sei que iam me xingar, mas mudaram de idéia no último momento.
— Isso é pergunta que se faça. — fala Luciana, a outra olha para os lados.
— O zorro vai ficar? — quem? me lembro do Dom estar fantasiado de zorro.
— Ele vai auxiliar no trabalho aqui. — ela me olha e concorda.
Abraço Jéssica pelos ombros e vou em direção a viatura. Abro a porta, para ela entrar e vou até meu carro pegar minhas coisas. Saímos de lá e encontramos com a ambulância no caminho. Deixei Jéssica em casa com as amigas e o César ficou para ajudar com qualquer coisa.
Fui até o centro onde ocorreram os assaltos, não havia muito o que se fazer no momento, a perícia estava analisando tudo recolhendo as evidências para seguir com as investigações. Logo que estou indo embora vejo Dom e Alceu chegar.
— Como ficou tudo lá? — Dom balança a cabeça.
— Tu deu um boa noite cinderela para o cara foi? — os dois riem. — O cara só vai acordar amanhã.
— Foi escolta? — ele me olha com cara de ofendido.
— Porra meu, ta me tirando? Claro. — concordo com a cabeça. — Teu carro foi para o pátio da delegacia no guincho, amanhã a perícia mexe nele.
— Bom eu vou embora não tenha o que eu possa fazer no momento. — me viro para Alceu. — Tu fica responsável por tudo, amanhã me entrega o relatório. — Me despeço e vou embora.
Jéssica
Heitor me deixou em casa. Mas meu coração está apertado, estou preocupada com ele.
— Jéssica vai tomar um banho. — Cléia fala. — Vou fazer um chá pra você relaxar um pouco. — não acredito que chá nenhum resolva. Luciana pega minha mão.
— César tranca a porta para mim. — Luciana fala. — Venha Jéssica, vamos eu ajudo você com o banho. — olho para César que está tão atencioso. Não conhecia esse lado dele. Acho que tenho que dar uma chance a ele.
— Não precisa Lu, estou bem posso tomar banho sozinha. — sou totalmente ignorada.
— Cuide dela, eu vou pedir algo pra comer deve ter alguma loja 24 hrs. — César fala e pega seu telefone e começa discar. — Vocês tem preferência de alguma coisa? — eu não consigo pensar em comida só isso já me enjoa.
— Não o que você conseguir tá ótimo. — Lu responde a ele.
Fomos para o meu quarto, ela me ajuda a tirar a roupa e a tomar banho. Coloco um moletom, sento na cama Luciana está penteando meu cabelo quando Cléia entra trazendo o chá.
— Toma Jéssica isso vai te ajudar. — seguro a caneca, dúvido muito que resolva meu calmante tem nome e sobrenome. — Como você está se sentindo? — olho para ela e penso em tudo.
— Não imaginei minha noite acabar assim. — engulo em seco lembrando dos momentos de pânico. — Alguma notícia do Heitor?
— Calma ele está trabalhando, logo ele chega. — tomo o chá e deito na cama. — Quer comer? César comprou algumas coisas. — nego com a cabeça.
— Obrigada não sei o que seria de mim sem vocês. — eu falo e Luciana começa a fazer carinho em minha cabeça.
Ela sabe como eu durmo rápido com isso. E logo não ouço mais nada, nem mesmo meus pensamentos. Sinto um leve toque em meu rosto. É quente, suave uma carícia gostosa. Me aninho mais e então eu sinto um beijo e um movimento na cama. Abro meu olhos e vejo Heitor se levantando.
— Onde você vai? — ele se vira e me olha.
—Não quiz acordar você. — ele começa a tirar a camisa. — Só vou tomar um banho e volto. — como está somente a luz de um abajur não o vejo nitidamente.
Ele vai para o banheiro, lembrando do seu braço vou até ele. Olho seu braço do mesmo jeito.
— Você deveria cuidar disso. — ele me olha e começa a tirar a calça.
Olho para o seu corpo e olho para o seu rosto. Não quero perder o foco. Passo por ele e ligo o chuveiro.
— Tome um banho vou pegar umas coisas para fazer um curativo. —
Saio do banheiro, e respiro fundo será que é errado eu desejar ele depois de tudo que aconteceu essa noite?
Olhar para ele sem roupa fez meu corpo voltar a tremer. Pego tudo que preciso é volto para o banheiro. Ele ainda está em baixo da ducha.
Sento e fico esperando ele terminar. Passa um tempo ele desliga e sai, pega uma toalha e se enxuga. Levanto o olhar e ele está me encarando.
— Como você está? — ele me pergunta.
— Bem eu acho. — ele estreita os olhos, coloca a toalha na cintura e vem para onde estou. Segura meu queixo me fazendo olhar para ele.
— Seja sincera. — ele abaixa-se na minha frente. — Você não tem que se fazer de durona, eu já te conheço um pouco. — essa conversa está me fazendo mal.
— Não quero conversar Heitor, deixa eu fazer logo o curativo. — ele virá o braço onde levou o tiro de raspão.
Fica em silêncio e deixa eu fazer o que preciso. Realmente não foi profundo. Termino e sinto que ele me olha. Estou evitando olhar em seus olhos, isso me faz lembrar que hoje poderia ter sido o nosso último dia. Ele mais uma vez puxa meu rosto. Meus olhos ficam marejados, sinto eles arderem.
Não quero chorar mais, não quero, falo para mim várias vezes, mas não consigo evitar assim que vejo aquele par de olhos azuis que são minha perdição. Solto um soluço e ele me puxa para seus braços. E começo a chorar.
— Eu sei meu amor. — ele me aperta. — Eu estou aqui e não vou sair, vem vamos vou te levar pra cama. — Ele me segura pela cintura e me leva para cama. Deita ao meu lado e eu o abraço bem apertado.
— Eu tive tanto medo. — ele alisa minhas costas.
— Mas você se saiu muito bem. — dou risada, ele só deve estar louco.
— Não sabem nada ainda?
— De imediato não, talvez quando o que sobreviveu resolver falar, se falar. — ele beija minha cabeça. — Mas vamos descobrir eu te garanto.
— O que aconteceu no Rio? — ele respira fundo.
— Jéssica faça a pergunta correta logo de uma vez. — me levanto e olho para ele.
— Qual seria a pergunta correta? Se nem sei o que aconteceu, falei para você que só sei o que li. — lembro da reportagem falar que foi por causa de uma mulher. — Foi por causa de uma mulher mesmo?
— Sim. — olho para ele. — Como te falei, reencontrei a Silvia quando ela foi transferida para minha delegacia. — me ajeito quero entender essa relação deles. — Ela estava sendo chantageada por um grupo de policiais corruptos, no começo eu achei que fosse por causa de um ex namorado, que era um desses, mas ela tinha umas atitudes muito suspeita. O Dom é investigador pedi psra ele ficar de olho nela. — ele respira fundo. — Ele descobriu que eles tinham vídeos íntimos dela e com isso a estavam chantageando.
— Meu Deus Heitor que horror. — ele faz carinhos no meu braço. — E o que aconteceu?
— Eu não poderia prender eles somente por isso, então continuei as investigações, porque eu não tinha nada para colocar eles na cadeia, se eu tomasse qualquer atitude naquele momento ela seria a única atingida pelas irregularidades que ela estava cometendo.
— Que tipo de irregularidades? — faço sinal que fico de bico fechado ele ri.
— Ela começou a fazer alguns desvio de provas sempre que era contra aquele grupo. — ele me olha. — Sei que você não gosta dela Jéssica.
— Epa! Calma lá, nunca tive nada contra ela Heitor, vamos deixar isso claro, agora ela sim não vai com minha cara é tudo culpa sua.
— Culpa minha? — reviro meus olhos. — Eu sempre deixei claro que não haveria nada entre a gente.
— Eu sei, mas não tem como impedir isso, mas enfim chega desse assunto e termine a história.
— Resumindo, tivemos que falar com ela, e isso a deixou muito mal acho que por eu saber sobre os vídeos, fizemos uma operação que resultou nas prisões de todos do grupo, eles eram envolvidos com a milícia, mas a coisa é muito mais profunda, em uma maneira delicada de me fazer calar a boca me transferiram para cá.
— Nossa então foi uma punição?
— Depende de que lado se olha, no começo achei que sim, mas hoje eu analiso da seguinte forma, foi aqui que conheci você. — Sorrio com seu comentário.
— Você não perde uma chance né?
— De falar que te amo? Não mesmo. — ele me puxa para seu peito. — Está mais calma? — concordo com a cabeça. — Tá vendo conversar faz bem, você se fecha muito Jéssica.
— Eu sei, mas não consigo evitar as vezes. — ele beija minha boca. — E você? Afinal você ficou nervoso?
— Nervoso não, preocupado talvez, mas sim com você, eu já passei muito por isso e sabia o que estava fazendo. — dou um tapa do seu peito, cara se fazendo de durão. — Porque apanhei agora?
— Fica se fazendo de macho. — ele cai na gargalhada.
— Puta que pariu Jéssica, eu não fico me fazendo de macho, você acaba com minha masculinidade dessa maneira. — ele se vira e me deixa deitada e fica em cima de mim. — Já que estou me fazendo de macho vamos fazer o que um macho gosta. — ele beija meu pescoço.
— Você está com cabeça pra isso? — ele levanta levemente a cabeça e me olha. — Digo consiguir pensar nisso depois de hoje?
— Por isso tenho duas cabeças Jéssica. — dou risada ,ele ri e dou outro tapa nele. — Mas que porra, para de me bater, pensa que não vi o jeito que você estava me olhando no banheiro?
— Sem graça. — era tão óbvio assim?
— Deixa eu te falar uma coisa. — ele abaixa-se e fala ao meu ouvido. — Não tem um calmante melhor para mim do que uma foda muito bem fodida. — ele segura minhas mãos juntas acima da cabeça. — É uma maneira de extravasar a adrenalina acumulada no corpo. — ele lambe meu pescoço. — Toda aquela tensão acumulada precisa ser liberada. — sinto sua mão no meio das minhas pernas.
Ai meu Deus como desejo seu toque lá. Minha respiração está ofegante ele olha nos meus olhos beija e puxa meus lábios, a ansiedade está me consumindo. Sinto meu corpo tremer por dentro.
— Mas se você não está bem eu não faço nada. — minha voz sai num sussurro.
—Eu quero. — respondo e ele me beija, seus lábios estão quentes.
Sinto um enorme calor se espalhar por meu corpo. Me agarro a ele e o beijo com um desejo. Quero sentir cada pedaço do seu corpo.
— Então eu sou seu calmante? — falo.
— Você é o que eu preciso. — ele tira meu moletom com tudo e joga no chão.
Chupa meus seios morde. Ele não está gentil seus toques não deixam dúvidas o desejo, a necessidade eu o quero, e ele me quer. Ele se levanta sentando na cama, puxa minhas calças e tira sua toalha.
— Me desculpe se não for gentil agora. — fala se colocando no meio das minhas pernas. — Mas preciso muito disso agora. —ele entra de uma vez.
— Ah! — eu solto um pequeno grito. — Por favor não seja.
—Te machuquei? — segura meu rosto e me olha, nego com a cabeça.
— Não, eu também tô precisando disso. — ele escuta e começa a se movimentar.
Ele beija minha pele, passo meus braços por seu pescoço. Busco sua boca. Nos beijamos. Eu me entrego quero ser sua de todas as maneiras. Suas estocadas estão firmes sinto cada uma. Eu logo começo a sentir o orgasmo se formar.
— Mulher você é muito gostosa. — ele puxa uma de minhas pernas para cima. — Não consigo me imaginar sem isso. — eu não falo nada.
Ele beija meu seio e chupa quando ele morde os espasmos do orgasmo dominam meu corpo. É tão intenso, que perdi a noção por breves segundos. Quando volto da minha miríade, escuto ele gemendo, e sussurando meu nome no meu pescoço. Sinto um aperto no peito. O abraço e ficamos assim. Eu sinto meu corpo relaxar pela primeira vez na noite. Meus músculos estão moles não sinto aquela tensão. Olho pela janela e vejo que o dia começa a clarear. Ainda bem que é domingo.
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