CAPÍTULO 22
NEM TODO BAILE ACABA EM FESTA
Jéssica
Combinamos de nos encontrar no clube. Tive medo dele não me deixar sair com essa roupa. Cléia vai de cigana, Luciana está de mulher maravilha. Resolvi fazer um rabo de cavalo, e estou terminando quando Lu avisa que César já chegou. Dou mais uma olhada no espelho, pego minha máscara e minha bolsa, onde está o chicote que não podia faltar. Quando chego a sala vejo Cesar de pirata, até que ficou bom.
— Gostei da sua fantasia. — falo e ele me dá um sorriso sem graça.
— Obrigado, a sua também está perfeita. — ele toma um pouco do suco. Que pela cor, sei queédaqueles que Lucianafaz. Coitado. — Não sei se seu namorado vai gostar. — ele comenta me fazendo olhar para ele.
— Ele vai amar pode ter certeza. — vou até Luciana. — Vamos mulher maravilha. — olho os dois. — Vocês poderiam ter combinado as fantasias. — me viro pra Lu novamente. — Quem é o par da mulher maravilha?
— Nenhum ela fica sozinha. — Cléia responde fazendo como se estivesse lendo a mão da Luciana.
— Sai fora. — Lu vai até César e o abraça. — Azar o dela eu já tenho meu. — e da um beijo nele, até que eles fazem um par bonito.
— Então vamos que eu quero encontrar o meu que nem vai usar fantasia. — eu falo puxando Cléia pela mão. — E vamos encontrar um cigano Igor para tu. — Cléia ri e saímos todos rumo ao clube
Assim que entramos no clube vejo a quantidade de pessoas, todas vestidas com suas fantasias. Heitor vai ser o único sem, um cabeça dura mesmo. A música ainda está baixa permitindo as conversas. Vamos ao bar, eu preciso beber algo para relaxar.
Passando uns 30 minutos, eu já estou impaciente esperando. Nesse momento olho para a entrada e vejo Heitor. Está de terno mas será que até aqui ele vai ser formal? Fico onde estou, mas não demora muito para ele me achar.
Vejo seus olhos percorem meu corpo. Sinto meu coração disparar. Tenho certeza que minhas mãos estão suando, mesmo estando de luvas posso sentir. Ele vem em minha direção, eu me sinto como se tudo estivesse ficado em silêncio.
Não consigo entender por sua feição o que está sentindo. Seu amigo está junto está vestido de zorro.
— Boa noite. — ele fala para todos a nossa volta, mas ele vem até mim. — Agora entendi porque você quis me encontrar aqui. — ele segura meu queixo e beija meus lábios.
— E porque seria? — ele estreita seu olhar para mim.
— Você sabe Jéssica. — ele vai até meu ouvido. — Você não sairia de casa com essa roupa. — beija meu pescoço.
— Foi pensando em você que escolhi ela. — tento me justificar.
— Eu imagino que sim, mas como te falei tem coisas que são reservadas a você. — ele discretamente passa a mão por minha bunda e aperta. — E essas são somente a mim.
— Vocês já vão começar? — Lu fala ao nosso lado. — Vocês não conseguem ficar no mesmo ambiente sem se pegar não? — Heitor me dá mais um beijo e se vira para responder.
— Por esse motivo não vamos demorar. — fala dando uma piscada para ela.
Pela primeira vez vejo Luciana sem reação. Eu dou risada ela balança a cabeça em negativa e sai em direção ao César.
— Você não vai me tirar daqui agora vai?
— Você tem noção de como eu estou aqui? — ele esfrega sua ereção no meu quadril. Olho para ele. — E depois de quinta eu to merecendo não acha? — ele fala me dando um sorriso lindo.
— Claro que você merece. — seguro em seu pescoço e beijo sua boca. — Mas vamos ficar um poucochinho só por favor. — ele concorda e eu dou uns pulinhos de felicidade.
— Você já era cara. — escuto o amigo dele falar. — Nem te reconheço mais. — eu e Heitor rimos de seu comentário.
— Mas você poderia ter vindo com uma fantasia. — falo e o amigo dele ri.
— Segundo ele, esta fantasiado. — olho para Heitor que está de terno só muda que tirou a barba, está com cabelos penteados. — Falei para ele vir de Superman que daria mais certo, mas preferiu 007. — dou risada.
— Você está perfeito meu James Bond. — me dá um selinho.
— Tô começando a concordar com sua amiga, Jéssica. — Dom balança a cabeça. — Vou dar um giro por aí antes que fique enjoado. — nisso chega Cléia com um copo de vinho para mim.
Ele a olha de cima em baixo.
— E aí cigana quer ler minha mão para saber se você é quem vai ter sorte hoje? — fala dando uma piscada.
— Minha sorte começa agora querido. — ela me entrega o copo e sai dando um tchauzinho para ele.
Dom fica a ver navios, Cléia sai rebolando conforme o ritmo da música, olho para ele que está a encarando com uma cara de poucos amigos. É meu querido não tinha levado um fora toma teu primeiro. Como se saísse do seu estado de torpor ele passa a mão no peito e olha para gente.
— Da uma licença aí, tenho algo a resolver. — bate no ombro de Heitor e sai puxando a capa, eu dou risada não aguentando a cena.
— Ela acaba de ligar a tecla dele onde liga a versão Dom Juan. — olho para ele. — Ela se tornou um desafio para ele, e ele não desisti fácil. — seguro em seu pescoço com um braço e tomo um gole do vinho.
— Esqueça eles vamos aproveitar um pouco já que vamos sair mais cedo. — ele desamarra minha máscara, olha minha boca que está em um batom vermelho vivo e me beija.
Depois de um tempo ali, curtimos o baile só não consegui fazer Heitor dançar, não teve acordo. Mas me diverti bastante. Resolvemos sair em retirada, eu concordei, porque eu acabei exagerando um pouco nas bebidas acho que nem foi o excesso e sim ter misturado sou fraca demais para isso.
Nos despedimos de todos menos do seu amigo que não achamos. Chegamos ao estacionamento onde está seu carro. Ele tira seu paletó e joga no banco traseiro. Antes de abrir a minha porta ele fala só meu ouvido.
— Vou querer um agrado até chegar lá. — ele fala ao meu ouvido e lambe minha orelha, entendo o que ele quer é passo minha mão por cima da calça e aliso seu membro.
— Então vamos está esperando o quê? — ele segura meu rabo de cavalo e beija minha boca com desejo carnal e sinto sua mão esfregar minha intimidade e apertar. Se afasta e abre a porta.
Heitor
Assim que saímos do estacionamento Jéssica começou a fazer o que pedi. Sentir suas mãos abrirem minhas calças, me arrepia o corpo. Reduzi a velocidade psra que o momento seja apreciado.
Seus lábios tocam minha carne rija chego a soltar um palavrão, com a sensação.
— Puta que pariu. — me ajeito no banco reclino o acento, e regulo o volante dando melhor acesso a essa boca dos anjos, seguro em seu cabelo fazendo ela ir mais fundo. — Isso assim meu anjo. — ela continua.
Depois de alguns minutos vejo pelo retrovisor um carro a uma certa distância. Não sei porque isso me chama a atenção resolvo mudar o caminho só para tirar uma dúvida, viro na primeira rua. Vejo que ele também vira. Isso já me deixa em estado de alerta, já nem sinto mais as carícias da Jéssica.
Viro em outra rua, não será coincidência se virarem também. Dito e feito ele continua atrás olho a velocidade que estou, e mantenho não sei de quem se trata. Não quero que notem que percebi. Me ajeito no assento.
— Jéssica tá bom por enquanto. — ela se levanta sem entender.
— O que eu fiz de errado? — olho para ela dou um rápido beijo em seus lábios.
— Nada minha linda, você não fez nada de errado. — ela olha em volta.
— Onde estamos? Pensei que iríamos para a casa de praia.
— Estamos indo, pega teu celular para mim. — ela volta a me olhar. —Rápido meu anjo.
— Você está me assustando. — ela fala, mas pega e me entrega.
— Não se preocupe só faça o que eu mandar. — digito o número do Dom , demora três toques ele atende.
— Não é a porra de mulher nenhuma cara. — ele se assusta com meu tom. — Liga na delegacia passa esse número pede para rastrear a localização e mandar apoio estou sendo seguido desde que saí da festa.
Ele xinga alguns palavrões, mas vai fazer o que eu pedi. Vejo do meu lado Jéssica olhando assustada para trás e a puxo para mim.
— Calma meu anjo. — beijo sua cabeça e ela me abraça. — Pode ser só uma coincidência. — ela aperta meu abraço, e eu continuo dirigindo com calma para não levantar suspeitas.
— Será que tem alguma coisa haver com o que aconteceu no Rio? — a afasto pra poder olhar para ela.
— Que história do Rio?
— Eu li na internet. — vejo ela ficar sem graça. — Desculpa, ia te contar, mas você não me fala nada aí eu fui pesquisar alguma coisa. — fala sentando no seu lugar e abraçando seu próprio corpo.
— Se quiser saber qualquer coisa é só me perguntar e não ler as merdas que escrevem por aí. — fico um pouco nervoso com isso. O que mais ela pode ter encontrado? Nem eu sei o que falam por aí. — O que mais você descobriu com sua investigação?
— Nada só sobre uma operação que você fez e que seria por causa de uma mulher. — respiro fundo e me lembro do carro olho pelo retrovisor. Eles estão mais perto resolvo pegar logo a Av Beira mar.
— Deixa isso para depois agora vá para atrás, levanta o banco e pega um colete coloca e fica abaixada.
— Ai meu Deus e você quer que eu fique sem me preocupar? — abro o porta luvas e pego minha arma.
— Também tem uma pequena caixa de munição, pega para mim. — Assim que eu falo isso sinto o carro bater na traseira do meu, procuro manter a direção e acelero.
— Heitor? — olho para ela que está em pânico, passo minha mão em seu rosto .
— Vai ficar tudo bem só faça o que estou te pedindo por favor. — vejo seus olhos marejados mas não posso reparar nisso agora.
Volto minha atenção para estrada e para o carro. Desvio de alguns carros a frente logo vai chegar a parte que não tem mais casas e isso me deixa apreensivo.
Sinto novamente outro impacto e acelero novamente, já sai da parte urbana da cidade. Aqui não tenho muita visibilidade por causa do escuro. Mas eu conheço a região e isso me dá algumas vantagens. Olho rapidamente para Jéssica que colocou o colete e esta abaixada, e chorando.
E mais uma vez sinto outro impacto no carro esse mais forte quase perco a direção. Escuto outros barulho também.
— O que foi isso? — ela me pergunta. Apesar da situação ser bem crítica estou clamo já enfrentei situações piores. O que me preocupa mais é Jéssica.
—Se mantenha abaixada, estão atirando contra o carro. — ela grita. — O carro é blindado Jéssica só mantenha a calma por favor.
— Calma não sei o que é isso. — analiso a estrada mais a frente e me lembro de um trecho que é perfeito para que o que eu tenho em mente.
Dom
Sinto meu telefone vibrar, olho o número e não conheço mas resolvo atender.
— Se for uma gata que não liguei no dia seguinte não se preocupa... — nem consigo terminar de falar pois a voz de Heitor é inconfundível escuto o que me pede. — Porra velho onde você tá? — ele me passa algumas instruções. Vejo a cigana gostosa passar e seguro seu braço, o que faz ela me olhar feio.
— Considere feito. — olho para ela. — Só um momento gata. — Digito o número da delegacia. — Mano tu tá lembrado de mim sou Juan tive com Heitor aí esses dias, beleza cara, anota um número rastreia a localização ele tá sendo seguido manda apoio fechou? — olho para ela que não se importou em ter que esperar.
— Você tem um carro? — ela me olha com cara de quem comeu e não gostou.
— Só não te respondo como você merece por estou preocupa o que está acontecendo?
— Você lê mente?
— Não idiota, escutei sua conversa e sei que o número é da Jéssica. — reviro meus olhos mulheres.
— Ta tudo bem, só preciso de um carro. — ela me olha. — Como vocês vieram?
— Com o César o namorado da Luciana.
— Sei, a mulher maravilha certo... Ele tá vestindo o que?
— Você reparou nela e não nele?
— Eu hein, ta louca? Vou reparar em macho? óia chega arrepia. — mostro meu braço a ela. — Onde eles estão preciso de um carro tem que ser rápido. — acho que ela realmente entendeu a situação olha para os lados.
— Estão ali vou falar com eles.
— Certo tô na saída, tenho que fazer algumas ligações. — ela concorda e sai em disparada. Vou em direção a saída e ligo novamente na delegacia.
— É o Juan, já conseguiu o paradeiro deles? — escuto tudo .
— Ótimo já tô indo para lá também. — Assim que desligo vejo a comitiva chegando, mas que maravilha. Falo pra cigana.
— Era só a chave não o chaveiro completo. — ela me olha indignada.
— Você está pensando que vai sair daqui sozinho? Hahaha mas não mesmo estamos falando da nossa amiga todo mundo vai. — a bicha fala e sai indo em direção ao carro, me viro para o cara pedindo a chave.
— Eu dirijo não me leva a mau. — ele da de ombros, eu não acredito só devo tá merecendo.
— Vocês não vão, isso não é uma brincadeira, preciso do carro. — mas quem me responde é a mulher maravilha.
— Chama seu cavalo zorro ou se quiser uma carona pode vir. — passa por nós e continua falando. — Vamos logo ou vai ficar plantado aí? — saio bufando e fazendo uma anotação mental para alugar um carro.
Saímos do estacionamento, e ligo novamente o meu celular para ver a localização do carro.
— Pega a Av Beira mar, segue em frente e pisa fundo amigo. — Ele acelera pelo menos o cara sabe dirigir direito.
Passado uns cinco minutos olho novamente a localização o carro ainda está em movimento. Uma das meninas liga para Jéssica que atende.
— Amiga como você está? — olho para trás para ver ou ouvir algo. A Cléia coloca a mão na boca. Ela começa a chorar, porra meu.
— O que ela disse? — ela me olha assustada.
—Estão tentando tirar o carro da pista e atirando neles.
— Porra, acelera ai meu irmão. — cadê as merdas das viaturas? Pego o telefone e ligo novamente na delegacia. — Porra mano cadê o apoio eles estão sendo alvejados. — o cara se justifica dizendo que estavam em ocorrência. — Então chama a militar meu amigo, vou ter que ensinar como fazer o trabalho tem um companheiro em situação de risco véio isso sempre é prioridade. — desligo antes de fazer mais merda. Nem trabalho lá.
Logo vejo duas viaturas nos ultrapassar olho para o motorista ao meu lado.
— Eu sei que você pode mais amigo, não chega a ser um Toreto, mas pode ser um Brian tudo bem que o cara morre mas não olha por esse lado. — recebo um tapa na cabeça de algumas delas. — Mas que merda foi essa?
— Como você consegue fazer piada numa hora dessas?
— Tu quer que eu me descabele é isso? Ou você quer que eu chore igual a ela? — me viro para frente e retiro minha arma que está nas costas, que com essa movimentação tá me incomodando.
— Você tem uma arma? — mano que streese é mulher.
— Infelizmente sim, só uma. — olho novamente o sinal e vejo que o carro está parado não se move.
Isso me dá um frio na barriga e um medo. O sinal está perto olho para frente e logo depois de uma curva vejo as viaturas a frente reduzirem o que vejo mesmo com pouca visibilidade por causa da escuridão não me agrada.
— Para ali. — gesticúlo com mão. — E mantenha os faróis acesos, assim você cega a visibilidade para dentro do carro. — falando isso saio do carro arranco essa merda de capa.
Vou em direção aos policiais que se posicionam. O carro de Heitor está no meio da pista ligado com a porta do motorista aberta, os faróis acesos mas não vejo nenhuma movimentação. Meu coração gela, mas não acredito que possa ter acontecido isso.
Faço sinal para os policiais olharem ao redor me aproximo do carro, olho no banco traseiro e vejo um vulto abro a porta ela grita.
— Não vai embora.
— Calma Jéssica, sou eu Dom cadê Heitor? — ela me olha como se não acreditasse e pula em mim chorando muito.
— Eu não sei. — fala entre soluços. — Eles bateram no carro depois atiraram até acertar o pneu aí o carro começou a perder o controle não vi mais nada, Heitor saiu do carro e ouvi tiros. — ela volta a chorar, esta soluçando muito. — Acha ele Dom por favor.
— Calma vai ficar tudo bem o Heitor é durão não cai fácil, vamos até o outro carro suas amigas estão aqui. — Vamos em direção ao carro e as meninas vêem de encontro. Se abraçam e choram.
— Só entrem no carro certo. — nisso o César fica ao meu lado. Elas voltam pro carro.
— Cadê o Heitor?
— Não sei ainda. — falo e vou em direção a movimentação de policiais e vejo outras viaturas militares chegando. Agora a cavalaria aparece.
— Ele está aqui, está bem. — um policial grita e corremos para lá, alguns metros a frente em uma pequena ribanceira. O outro carro está capotado tem um cara no chão imóvel e outro nas ferragens. Heitor está averiguando tudo como sempre.
— Porra véio o que foi isso? — pergunto a ele.
— Hoje eu posso usar a expressão mais perdido que cego em tiroteio. — dou risada dele fazendo piadas nessas horas é bom sinal. Vou até o carro e vejo o cara morto tem um furo no peito.
— Consegui acertar esse, eles se perderam estavam muito perto no meu carro quando acertaram o pneu meu carro quase capotou por causa da velocidade foram tentar desviar deu nisso, mas o cara ainda assim me acertou um tiro de raspão no braço, aí conseguiu ver mais ou menos onde ele estava.
— Mais ou menos? Tu acertou logo o coração sei. — brinco com ele, sempre tivemos uma competição particular de mira claro que eu sou o melhor. — Mas tu se saiu bem hoje. — bato no seu ombro, ele se contorce.
— Foi de raspão mas dói caralho. — ja tinha esquecido do tiro lembro de Jéssica.
— Amigo deixa o procedimento com os caras, vai ver sua mulher que está desesperada. — ele me olha de um jeito que como só agora lembrasse dela. — É a adrenalina mano vai lá deixa que eu cuido aqui. — ele sai correndo, mas eu ainda grito. — Ela tá no carro do César com as meninas.
Jéssica
— Calma Jéssica ele está bem não pense assim. — não consigo parar de chorar só em lembrar dos momentos de terror e agora sem notícias de Heitor. Meu Deus cuide dele por favor . Essa tem sido as únicas palavras processadas por meu cérebro. Estou tremendo toda.
— Veja lá vem ele, eu falei. — levanto meu olhar e limpo meu rosto para poder enxergar. Abro a porta e saio correndo em sua direção, pulo em seu pescoço.
— Graças a Deus você está bem. — ele me abraça e me beija. Seus lábios estão com gosto de sangue. Me afasto e desço de seu colo. —Você está machucado? —passo minhas mãos por seu rosto vejo o corte na boca e sinto seu braço molhado, olho e vejo sangue.
— Foi de raspão. — ele fala, mas não importa ele está machucado. Volto a chorar novamente só em pensar que não poderia ser de raspão.
— Vamos você tem que ir para o hospital. — falo entre soluços, ele segura meu rosto e olha nos meus olhos.
— Calma meu amor acabou. — ele me abraça e volto a chorar. — Está tudo bem agora. — Escuto passos perto de nós vejo as meninas.
— Nossa Heitor como você está? — Lu pergunta.
— Tô bem só um arranhão.
— Graças a Deus. — Cléia fala. Vejo policiais correndo para as viaturas novamente não entendo nada.
— Meu amor espera só um pouco, cuidem dela. — ele beija meus lábios e sai.
— Não sei se choro por tudo ou pelo meu amor. — Cléia fala rindo e limpando as lágrimas e só agora consigo respirar direito e rir do seu comentário. — E não é? Um homem desses depois de tudo isso ainda fala meu amor é pra matar a pau, preciso arrumar um desses para mim.
Todas rimos dela e sou abraçada por elas e choramos novamente, uma chora a outra ri.
Heitor
Chego perto de um dos policiais que estão no local.
— O que está acontecendo? Porque as viaturas saíram dessa maneira?
— Receberam um chamado de rádio, acabaram de assaltar dois bancos na cidade. — puta que pariu a bruxa tá a solta.
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