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Capítulo 5 - A primeira ameaça

Voltare, meados de 500 d.C.

Algumas semanas haviam se passado desde o desastroso encontro entre Valentim e Miranda. Agora, mais do que nunca, os jovens evitavam trocar palavras ou a se portarem como um casal. Apenas nas refeições e nas apresentações ao povo que os dois fingiam simpatia um com o outro.

-O castelo está tão lindo... – Lizzie entrou saltitante nos aposentos de Miranda.

-Realmente, o Rei Arthur não poupou esforços em demonstrar a grandiosidade de seu reino. – Cristina observou enquanto penteava os cabelos de sua futura Rainha.

-É aceitável, principalmente se levarmos em consideração que esse é um evento importante para Voltare, é o festival de inverno. – Francesca se deliciou com uma uva.

-E também o anuncio do noivado da Miranda com o Príncipe Valentim. – Lizzie completou.

-E por falar nisso, como andam as coisas entre vocês? – Francesca encarou sua melhor amiga.

Miranda, que até então só ouvia a conversa de suas damas, soltou uma lufada de ar e fechou os olhos. Não contara os últimos acontecimentos para suas amigas, queria guardar seus problemas para si.

-O Príncipe e eu não somos a réplica perfeita de um casal de futuros governantes felizes. – Falou simplesmente.

-Isso quer dizer que... – Lizzie incentivou.

-Isso quer dizer que Valentim e eu não temos chance alguma de passarmos de meros conhecidos. – Miranda endureceu a voz.

-Tem dedo de Benjamin nisso? – Lizzie insistiu.

-Não vejo Benjamin desde a nossa partida, Lizzie. – Miranda divagou por suas lembranças com o jovem cavaleiro.

-E se eu te dissesse que ouvi boatos de que a cavalaria de Castela está próxima de Voltare? – Francesca olhou para a Princesa com malícia.

Algo dentro da futura Rainha se encheu de esperança. Poderia Benjamin ter aceitado a oferta da Princesa e se juntado a guarda real?!

-Não quero criar falsas expectativas, estou noiva e não posso me sujeitar a uma relação extraconjugal. – Miranda pigarreou ajeitando a barra do vestido, enquanto se levantava apressadamente.

-Você será Rainha...fora que existem boatos de que o Rei tem uma amante e a mesma tem um filho com ele, você ter algo fora de seu casamento não seria algo extraordinário. – Francesca argumentou.

-São apenas boatos, Francesca. Por mais que não exista um pingo de amor entre Valentim e eu, tenho que respeitá-lo, fui educada dessa forma. – A jovem Princesa revirou os olhos. – Agora meninas, porque não vão se aprontar para o festival de hoje a noite?

As damas de companhia trocaram olhares intensos antes de se retirarem do recinto, porém, antes mesmo de atravessar a porta, Francesca advertiu Miranda:

-Não pense que Valentim será uma pessoa que irá respeitá-la, talvez ele não hesite como você, talvez ele faça como o pai e arrume uma amante...se Benjamin estiver no castelo, não perca a oportunidade de ser feliz, Miranda.

Miranda fechou a porta atrás de si e respirou fundo. Sabia perfeitamente que as palavras de Francesca faziam um enorme sentido. Sabia que Valentim jamais estaria disposto a encarar o casamento dos dois de forma amigável, ele havia dito isso a ela naquela tarde.

Ouviu batidas na porta e ensaiou o discurso para suas damas de que queria ficar sozinha e descansar para a noite longa que começaria em breve. Porém, a surpresa foi tamanha para a jovem, no instante que viu surgir em seu campo de visão uma cabeleira loira e os olhos verdes de uma pessoa um tanto quanto conhecida. Os trajes típicos da guarda de Castela o deixavam imponente, e Miranda podia jurar que ele estava mais forte.

-Ouvi pelos corredores que encontraria a futura Rainha nesses aposentos. – A voz suave e inebriante de Benjamin provocou arrepios na morena.

-Quando decidiu entrar para a guarda real? – Miranda arfou, ainda em choque.

-Eu acompanhei a sua despedida em Castela, de longe, mas acompanhei. Quando eu te vi acenando para todos, quando eu vi a dor em seus olhos, eu soube que tinha que ir atrás de você. Eu não me importo com o fato de que está noiva de outro homem, meu coração sempre foi e sempre será teu. – O rapaz de rosto angelical segurou delicadamente o rosto da amada.

Miranda não sabia o que dizer. Seu peito enchia-se do êxtase do momento. As duras semanas que havia passado em Voltare só fortificavam o que ela sentia pelo jovem em sua frente. As lágrimas de uma simples garota, que finalmente vê uma luz no meio daquela escuridão, inundavam a face sensível de Miranda.

-Escute. – Ela disse o empurrando para fora do quarto. – O castelo não é um bom lugar para nos encontrarmos. As paredes podem ter ouvidos, e minha relação com Valentim não é a das melhores.

-Ele fez alguma coisa à você? – Benjamin divagou pelos olhos intensos de Miranda.

-Não, ele não fez nada. – A garota assegurou. – Temo por você! Não podemos simplesmente esquecer tudo e nos amarmos sem pudor, trouxe um país nas costas, devo zelar por ele e por você.

-Miranda, estarei com você independentemente dos obstáculos que surgirem em nosso caminho. – Segurou as mãos delicadas da Princesa.

Miranda relaxou os ombros e sorriu.

-Encontre-me a meia noite no campo de arco e flecha. – Falou antes de correr para dentro do quarto a tempo de ver uma sombra esgueirar-se no corredor.

(...)

Valentim encontrava-se em seus aposentos quando ouviu uma pequena discussão advinda do corredor. Cautelosamente aproximou seus ouvidos da porta e forçou seus tímpanos.

-Não pode simplesmente jogar essa responsabilidade a ele! – A voz de Ananda parecia irritada.

-Ananda, isso não está em discussão! Quantas vezes você ainda vai insistir com esse assunto? – Dessa vez era Arthur falando.

-Até que você me conte o que exatamente está acontecendo! – Ela esbravejou.

-Raios! Estou doente, Ananda! E uma guerra se aproxima, eu não posso proteger o reino das forças que conspiram contra nós! Valentim precisa subir no Trono antes do solstício de primavera. – O Rei soltou por fim.

Valentim cambaleou para trás ao ouvir a pequena conversa. Suas mãos foram ágeis em seus cabelos negros, e sem notar, estava com o choro entalado em sua garganta e os seus olhos ardiam, implorando pelas lágrimas teimosas. Mas aquilo não aconteceu. Por algum motivo sórdido, Valentim conteve suas lágrimas e cerrou os punhos. Mais que depressa, abriu a porta de seu quarto e encarou os olhos assustados de seus pais.

-Quando pretendia me contar? – A voz do Príncipe era áspera.

-Valentim... – Sua mãe aproximou-se, mas ele recuou.

-Apenas diga-me, meu pai, quando pretendia dizer a seu filho que está morrendo? – Valentim respirou fundo.

Arthur encarou o semblante endurecido do filho e o olhou com pesar.

-Sei que não fiz bem escondendo isso de você e de sua mãe...mas entendam, alguns sacrifícios devem ser feitos, e algumas coisas devem permanecer em sigilo. A notícia de minha doença é uma dessas coisas. Meu povo jamais perdoaria um Rei doente e fraco. Seríamos depostos! – Ele tentou se explicar.

-Sabes que pouco me importa o que as pessoas pensariam de você! Estás doente! E mesmo assim, esconde da sua própria família...Não sei o que pensar sobre tal descoberta. – Valentim titubeou. – Nos vemos no festival. – Afastou-se pelos corredores, ignorando os chamados incessantes de sua mãe.

-É a terceira vez que provoca tais situações desagradáveis...há mais algum segredo que precise compartilhar? – Ananda olhou com desprezo para o marido.

-Vocês um dia darão valor a tudo que digo. – Arthur soltou um longo suspiro.

(...)

O caminho até o estábulo nunca fora tão longo. O Príncipe arrastava-se pela grama verde e seus pensamentos divagavam somente pela revelação que ouvira de seu pai. Ele era um homem novo, não podia estar doente, não podia morrer e deixá-lo daquele jeito. Não estava se importando com o fato de que, as desavenças entre os dois tenha ocupado um espaço grande, ele não podia negar que o Rei era e sempre seria sua referência de homem.

-Onde está indo, Alteza? – Um dos vassalos dirigiu-se ao Príncipe.

-Darei uma volta pelos campos, não precisa avisar seu Rei, voltarei antes do festival começar. – Falou dando de ombros.

-Espere! Uma das damas da Princesa Miranda está a sua espera. – Tornou o vassalo de cabeça baixa, sempre evitavam olhar diretamente para o Príncipe.

Valentim olhou para o servo com dúvida, não sabia o que uma das damas de sua noiva poderia querer com ele. Nada os ligava, nem mesmo o noivado arranjado.

-Onde ela está? – Questionou Valentim, enquanto desmontava do cavalo.

-No estábulo, Alteza. – O servo apontou para a construção.

Valentim assentiu e seguiu a passos firmes para dentro do local. Assim que entrou, avistou sentada de costas para ele, uma donzela distraída e um tanto quanto inquieta. Aproximou-se da jovem e tocou seus ombros a fazendo pular de susto.

-Acalme-se, senhorita. – Valentim recuou um passo.

-Perdoe-me, Alteza. – A garota evitou encará-lo.

-O que tens para falar comigo? – O rapaz foi direto ao ponto. – E a propósito, qual é o seu nome?

-Sou Lizzie, dama de companhia da Princesa Miranda. – Ela soltou um pigarro. – Recebi esta mensagem hoje após sair do quarto de Miranda. – Estendeu trêmula, um papel envelhecido.

Valentim a encarou por alguns instantes, tentando entender o que aquilo tinha relação com ele. Um pouco hesitante, pegou o papel das mãos da moça e se pôs a ler:

"Tens até a meia noite de hoje para anunciar a todos sobre a doença do Rei, caso não cumpra tal desafio, o cavaleiro cuja a cruz é sua guia, irá dilacerar sua garganta com sua espada de ouro".

O Príncipe, ao ler tal ameaça, perdera totalmente a cor de sua face. Alguém já sabia sobre o risco de vida que seu pai corria, e estava disposto a fazer de tudo para que o reino inteiro soubesse daquilo.

-Escute! – Ele segurou os ombros de Lizzie que chorava. – Não conte isso a ninguém, nem para Miranda e muito menos para alguém do castelo, vou me certificar que haja dois guardas ao seu encalço durante todo o festival e depois também. Não conte a ninguém sobre isso! – Reforçou a última frase.

Lizzie assentiu e agradeceu ainda nervosa. Saiu a passos apressados do estábulo e deixou Valentim pensativo, segurando em suas mãos, uma clara ameaça ao seu futuro reinado.

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