Prólogo
O celular de Katherine toca, ela revira os olhos ao ver no visor quem está ligando, mostra ao marido que dá um sorriso de lado. Ela atende e ouve a voz desesperada da filha.
— Onde vocês estão? Está tudo arrumado, só falta vocês chegarem, por favor, venham logo. — A menina fala tudo rapidamente.
— Estamos no carro, quase chegando. Aurora, você já viu o horário no convite? — A mãe pergunta ainda achando divertido todo o nervosismo da menina.
— Não, vou ver... Ah... Nossa... Foi mal mãe, é que essa é a primeira vez que decido fazer algo assim.
— Eu sei, vai dar tudo certo, eu tenho certeza que até oito horas estarei aí, afinal, ainda são seis.
— Tudo bem, vou confiar em você, pode passar para o papai?
Katherine passa o aparelho ao marido que o coloca no ouvido.
— Oi Bela Adormecida. — Ele fala alegre.
— Argh! Não me chame assim, é desnecessário. — O homem consegue imaginar a filha respirando fundo porque odeia o apelido.
— Não é minha culpa se você se chama Aurora, é culpa da sua mãe.
— Não é por causa daquela princesa mimada que meu nome é esse querido rei John, você sabe, é por causa da vovó, mas o assunto não é esse, você não esqueceu meu presente, não é?
— Como eu poderia esquecer se você ficou mandando mensagem o dia todo.
— Ah que bom! Vou desligar, amo vocês.
— Nós também te amamos, desde já feliz aniversário de 17 anos.
Ele devolve o celular para a esposa no mesmo momento em que ouve o disparo.
— John, o que houve? — A esposa pergunta para o marido.
O homem olha pelo retrovisor e vê a arma, o homem que a segura, um filme passa por sua cabeça e ele entende tudo o que acontecerá em seguida.
— Estão querendo nos matar não é? — Katherine fala sem aparentar nervosismo algum.
John acelera, no entanto a pessoa que os persegue é mais ágil, as suas mãos tremem. Quando os pneus falham por conta do contato das balas, uma lágrima escorre na face de ambos.
— Não se preocuoe. — Katherine diz e pega na mão do marido com força, olha para ele com o olhar triste. — Eu amo você.
— Eu também a amo.
Melhores últimas palavras não existiam.
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