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Capítulo Um 🔍

" Um dia veio a bruxa má,
muito má,
E adormeceu a rosa assim,
bem assim,
E o mato cresceu ao redor,
ao redor.
Um dia veio um belo rei,
E beijou a rosa assim,
Os dois puseram-se a dançar,
a dançar.
- Cantiga de Roda"

    Era uma vez uma princesa chamada Aurora, mesmo antes de poder desfrutar as belezas do mundo teve seu destino controlado por uma bruxa má que se sentiu injuriada por não ter sido convidada para o aniversário dela. A menina fazia um ano de idade quando o feitiço foi lançado, ele dizia que em seu décimo sexto aniversário ela seria atraída por uma roca de fiar onde machucaria a ponta do dedo e cairia em um sono profundo, acordando apenas com um beijo de amor verdadeiro.

    Talvez os contos de fadas sejam reais, talvez sejam apenas a realidade fantasiada com fatos bons. Decidi ver as coisas assim:

01 - Minha bruxa má eram os assassinos de meus pais

02 - A minha maldição (o sono profundo) é apenas uma metáfora, já que agora eu quase não saio do quarto, como se estivesse entrando em depressão.

03 - Minha roca de fiar foi a morte de meus pais, que aconteceu exatamente em meu aniversário de dezessete anos, azar? Não, eles foram vítimas da violência do mundo.

04 - O meu beijo de amor verdadeiro vem sendo dado por minha tia todas as noites antes de dormir, e eu sempre agradecerei por ela tentar me retirar do sono profundo.

    O meu nome foi dado a mim em homenagem a minha falecida avô, Aurora Lancaster, ela sempre contava a história da tal Bela Adormecida para minha mãe, nunca imaginei que os contos da Disney fossem tão velhos, então eu herdei o nome, mas prefiro pensar na Aurora Boreal do que na princesa, que aliás, não é uma das minhas preferidas; pense comigo, ela não fez nada, só dormiu, um sono que trouxe inúmeras ruínas ao reino, eu não quero que minha vida, o meu reino, desmorone ainda mais. É meu dever, não como princesa, mas como ser humano, saber lidar com minhas responsabilidades.

— O Peter chegou. — Ouço a voz da minha tia e abro a porta do quarto, ela possui uma expressão séria. — Eu já disse Aurora, você precisa de amigas, e você pode ir de táxi para a escola.

— O Pete não se importa tia e eu tenho uma amiga.

— Por favor, não me diga que está falando da Clair.

— Dela mesma!

— Ela tem seis anos. Não acho que a sua mãe se agradaria disso.

— Sua irmã tia, conheceu o Peter desde que ele era um bebê, não há mal algum.

— E o Danny, ela conheceu?

— Apenas detalhes titia, detalhes.

— Tenha uma boa aula, e nada de dormir de novo. — Ela se curvou para dar um beijo em minha bochecha.— Não quero mais ser chamada pelo diretor.

— Tenha um bom dia.

     Desço apressada, Peter está com o resto inchado, provavelmente acordou em cima da hora, ele me entrega o capacete e apenas subo na moto, ao olhar para cima posso ver minha tia me observando partir. Não foi algo que escolhi, eu simplesmente conheci Peter porque a mãe dele era a melhor amiga da minha, o Danny é o melhor amigo do Peter, então somos um trio.

    Mesmo quando meus pais foram assassinados, eu não parei de vir para a escola, mesmo depois de ter passado um mês as pessoas ainda me olham com um pouco de pena e admiração, mas por que eu pararia de vir? A vida para eles acabou, a minha continua, não é como se eu quisesse apagá-los da memória, isso é impossível.

    Danny conversa com duas meninas quando chegamos, uma delas cortou a manga do uniforme como se quisesse dizer a todos o quanto é rebelde, que original. Assim que Danny nos vê deixa as duas para trás, sua roupa está impecável como sempre, grande parte de seu poder de sedução se encontra ali, enquanto o poder de sedução de Peter se encontraria no fato de que ele faz de tudo para não ser visto, como se fosse possível, só pela altura extremamente desnecessária as pessoas já olham demais para ele, sem falar que o ar de Garoto-Triste-Precisa-De-Cuidados também sempre o impede de ser invisível.

— Aurora, vejo que teve uma boa noite de sono. — Danny comenta me entregando um chiclete.

— A única coisa que tenho feito ultimamente é dormir, você nem sabe o que minha tia inventou.

— Finalmente você vai conhecer o seu império? — Ele questionou acertando em cheio.

— Eles querem me fazer pegar gosto pela Administração.

    Ao meu lado Peter solta uma gargalhada que me deixa ofendida.

— Não consigo imaginar você dirigindo uma empresa, você ía se irritar com os papéis, jogar todos fora e xingar os funcionários. — Ele fala.

— Eu não sou tão má assim.

— Você não gosta nem de dizer oi para as pessoas.

— Vamos avaliar as opções. — Danny desvia o assunto. — Você pode ser veterinária.

— Odeio animais.

— Professora?

— As pessoas me fazem perder a paciência.

— Psicóloga?

— Eu não entendo nem a mim mesma.

— Advogada?

— Eu já disse, ela ía bater no juiz até ele aceitar os argumentos dela. — Pete mais uma vez se intromete e dou um tapa em seu ombro. — Viu? Ela acabou de botar em pratica a minha teoria.

— Do que você gosta garota? — Danny pergunta.

— Eu gosto de vocês dois. Isso é o suficiente por enquanto, espera, é, acho que gosto de crianças, elas sabem muito bem como conversar.

— A única criança com que você se comunica é a Clair. — Pete revira os olhos.

— Peter você está acabando com as minhas esperanças de um futuro bem sucedido.

— Você poderia trabalhar em necrotério, as pessoas estão mortas e você não precisa se comunicar. — Ele sugere e finjo pensar, antes de dizer algo, Danny fala.

— Falando em gente morta, aquele cara ali parece estar quase morrendo.

    O menino leva um cigarro até a boca, o que é totalmente proibido na escola, seus olhos estão vermelhos, ele também está sem o uniforme branco e sem graça — que também obriga os meninos a vestirem um paletó —, veste apenas um jeans rasgado nos joelhos e uma blusa cinza de gola V, a barba por fazer lhe lança um certo charme assim como o corpo bem definido, mas o olhar maldoso parece acabar com tudo. Sinto um frio percorrer meu corpo quando ele passa por nós, o sigo com o olhar, vendo que ele manca, mas isso não o impede de andar com dignidade e confiança, como se não houvesse nada de errado.

— Ele parece ter sido transportado de um presídio direto para cá, tem a aparência de quem fornece drogas, sério que ainda não o viram pelas câmeras? — Danny fala mais com ele mesmo do que conosco.

— O mais engraçado é o fato de que é exatamente desse tipo que as garotas gostam, não é Aurora? — Sinto o olhar de Peter sobre mim.

— Que? — Pergunto visivelmente com os pensamentos em outro lugar.

— Viu? A Aurora realmente ama comprovar minhas teses.

— Vocês não entendem... As vezes eu queria conversar coisas de menina com vocês. — Cruzo os braços.

— Nós podemos colocar perucas se você quiser. — Peter brinca.

— Nós conversamos sobre coisas de homem com você. — Danny argumenta. — Você pode tentar falar sobre seus momentos de garota.

— Conversam comigo? Vocês conversam entre vocês e eu somente escuto.

    Danny dá de ombros, sei que para ele tanto faz. Fico feliz quando ouço o sinal que indica o começo das aulas, Física, a melhor matéria do mundo me espera.

🌹

    Eu sou a pessoa mais esquecida do mundo inteiro.

    Chego em casa tranquila, até ver minha tia vestindo um lindo vestido cinza, ele desce folgado de sua cintura até os pés, ela está devidamente maquiada e usa o colar com o símbolo de uma rosa, o símbolo da família Lancaster. Olho para ela de forma interrogativa, sem entender o que a fez se arrumar tão esplendorosamente, quando fico mais confusa ainda ao ver meu tio em seu terno italiano, desenhado especificamente para seu corpo, os seus sapatos estão tão bem engraxado que brilham diante de mim.

— Deixa eu adivinhar, — Robert, meu tio fala. — você esqueceu de novo o baile anual.

    Arregalo os olhos, o maior evento da família é a merda desse baile e eu esqueço, meu tio sabe de meus esquecimentos porque eu sempre fazia meus pais chegarem atrasados.

— O vestido está em cima da cama, vá se arrumar. — Minha tia ordena, deve estar irritada, ela é muito perfeccionista, principalmente se o lance for coisa da família, agora é ela quem é uma das diretoras gerais.

    Marcho em direção ao quarto, enfio o vestido rosa de cetim em meu corpo o mais rápido que posso, não vou fazer desfeita, sei que minha tia me vê como a filha que nunca poderá ter, já que não é "fértil", isso, ela não pode engravidar, problemas nos ovários, algo assim. O salto aperta os dedos dos meus pés, quase me desequilibro ao colocá-los, me coloco em frente ao espelho passando batom, encaro meus próprios olhos castanho escuros decidindo se passo ou não rímel, ah que se dane, passo a mão no cabelo loiro e saio do quarto.

— Robert, da próxima vez me lembre de que eu mesma devo arrumá-la, Aurora, você esqueceu a pulseira. — Tia Kelly adverte.

    Não possuo o cordão ainda, tenho uma pulseira, ganharei um quando me tornar oficialmente uma herdeira. Minha vó teve três filhos apenas, minha mãe era Katherine, a mais velha, tia Kelly é a do meio, e tio Kevin é o caçula. A família de meu pai é mais extensa, ele teve seis irmãos, mas quando se tornaram adultos, cada um tomou seu rumo, ainda recebo telefonemas deles perguntando como estou e tudo o mais.

    Tia Kelly acaba penteando meu cabelo, passando perfumes chiques em mim, enche meu rosto de blush alegando que sou branca demais e no fim se satisfaz me arrastando até o carro, mais uma reunião de família para falar sobre negócios e supermercados... Vamos lá.

    Saiba que o baile ser de família, não faz desconhecidos não serem convidados, o local tem muitas pessoas que nunca vi, pessoas que com certeza possuem grande aquisição financeira, meu avô pode já ter 72 anos, mas isso não significa que ele parou de gostar do dinheiro, ele é e sempre será um grande empreendedor. Sento educadamente ao lado de Clair, filha de tio Kevin, ela olha para mim me analisando.

— Você não parece você. — Ela coloca o dedo indicador dentro do seu purê o sujando, em seguida passa o dedo sujo na ponta do meu nariz. — Agora parece.

— Ha ha Clair, você é muito engraçada, você vai ver, quando as sobremesas forem servidas, eu vou sujar você todinha. — Ameaça a menina de seis anos e ela para de rir.

— Você está feliz Aurora? — Ela pergunta como se estivesse realmente interessada.

— Estou, e você?

— Claro, o papai não trouxe o Julian, então estou muito feliz.

    Julian tem apenas um mês, é o outro filho de tio Kevin, e óbvio, irmão de Clair.

— Por que você não gosta dele?

— Ele chora muito. — Ela conta fazendo uma cara de desgosto.

— Você também chorava.

    Ela fica calada, decido analisar o ambiente, tia Kelly toca em meu ombro.

— Procure Aurora, talvez seu príncipe esteja por aqui.

    Não, casamentos arranjados não acontecem somente em livros, no meio das pessoas ricas há muito isso também, se eu me interessar por algum cara milionário, todos ficarão aliviados e convictos de que farei as financias crescerem mais e mais. O dinheiro move o mundo.

    Muitas pessoas ainda aparecem para prestar as condolências por meus pais, fico feliz pela gentileza de cada uma, em certo momento da festa meu celular vibra e me distraio.

Peter Howard: Aurora, você levou uma bolsa?

Aurora Lancaster: Não, por que?

Peter Howard: Que droga princesa! Como é que você vai roubar comida e trazer para mim?

Aurora Lancaster: Não me chame de princesa.

Peter Howard: Okay, sapa.

Danny Cowson: Você bem que podia ter me convidado, tem muitas garotas bonitas por aí?

Aurora Lancaster: Muitas! Sua testosterona ía estar a mil.

Peter Howard: E vc? Já pegou muitos?

Aurora Lancaster: "Pegou"?

Peter Howard: Agarrou, grudou, ficou, atracou, chame como quiser, você já enfiou a língua na boca de alguem?

Danny Cowson: A Aurora é difícil, ela precisa que os meninos implorem.

Peter Howard: Como ganhará o seu beijo de amor verdadeiro desse jeito, Princesa?

Aurora Lancaster: Me chame de princesa mais uma vez e você acordará sem seu órgão reprodutor amanhã, Peter.

Danny Cowson: Eu tive uma ideia, a Aurora pode trabalhar para a Polícia, ela mataria sem dó.

Aurora Lancaster: Verdade, você seria meu primeiro alvo Danny.

Danny Cowson: Seria uma honra morrer pelas mãos de uma...

Peter Howard: PRINCESA.

Aurora Lancaster: Vocês estão de complô contra mim?

Peter: Provavelmente, Danny está aqui ao meu lado, pensando em inúmeras formas de te irritar.

Aurora Lancaster: Vocês não vão conseguir.

Danny Cowson: Por que acha isso?

Aurora Lancaster: Porque estamos conversando por mensagem, o que significa que eu posso simplesmente desligar o aparelho. Tenham uma boa noite, príncipes.

    Percebo que o baile em si já começou, minhã tia dança alegremente com meu tio, Clair está rodopiando com algumas outras crianças, tio Kevin conversa com um conhecido, vovô olha carrancudo para um ponto qualquer enquanto uma mulher tenta fazê-lo comer algo, levanto decidindo ir até ele quando uma mão paira estendida em frente ao meu rosto.

— A dama aceita dança comigo?

    Oh meu Deus, os rapazes realmente ainda chamam as moças de "dama" hoje em dia?

✳✳✳

Olá!!!
Calma, a Aurora ainda não mostrou sua real personalidade, então, quem será que está em frente a ela? Hum? Façam suas apostas!
Obs: Capítulo revisado
Total de palavras: 2299

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