Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Dois 🔍

" Ser normal
parece ser fácil, mas ser normal
também é ser perfeito
para a sociedade, e ser perfeito
é impossível.
Eu não quero ser normal,
ser normal é fingir não ter problemas,
eu tenho muitos problemas,
e nunca fui boa em fingir
- L.N"

    O sorriso perfeito me fez aceitar, ou talvez o cabelo loiro não tão bem arrumado, ou os olhos azuis intensos... Estranho, nunca gostei de caras loiro de olhos azuis, sempre me pareceu algo clichê demais. Como era mesmo o príncipe da Bela Adormecida? Não lembro. Os meus pés gritam por socorro, eu nem lembro se ainda sei dançar, coloco a mão no ombro do rapaz, ele em minha cintura, logo me conduzindo. Ele dança bem.

— Meu nome é Felipe Stevens, como é o seu? — Ele pergunta com a boca quase colada ao meu ouvido.

    Felipe? Oh sim! Esse é o nome do príncipe de Aurora no Conto de Fadas.

— O meu é Scarlett Lancaster.

    Não sei bem porque minto.

— Curioso, eu li sobre todos da família Lancaster, nunca soube que havia uma Scarlett.

— Você sabe agora.

— Devo fincar honrado?

— Você escolhe.

— A dama tem o direito.

— Acho que me perdi na conversa. — Ri.

    O menino colou mais o corpo ao meu, tentei me afastar mas ele segurou minha cintura com força.

— Você não mente muito bem. — Ele sussurrou.

— Não acho que isso importe. Aliás, creio que nossa dança já acabou.

— Mal fazem cinco minutos desde que começamos a dançar. — Ele me gira e aproveito o momento para me desvencilhar. Ele agarra meu braço.

— Não é muito cavalheiresco forçar uma dama a algo que ela não quer.

— É só uma dança inofensiva, rosa.

    Felipe tem seu olhar focado em minha pulseira, e é justamente a mão em que a pulseira está que dá um tapa forte em seu rosto socialmente perfeito.

— Meu nome é Aurora, cara, não rosa, e saiba que você está longe de ser um príncipe. — Falo com um sorriso. Adoro sentir que tenho o controle da situação, mas então lembro que não tenho.

— Aurora, o que isso significa? — Minha tia fala atrás de mim.

— Esse idiota estava me assediando, fisicamente e de forma indireta, moralmente.

— Ela está mentindo! — O garoto tenta se defender.

— Aurora, existem outros meios de sair de uma situação como essa, como uma dama. — A mulher fala.

    Fecho os olhos, começo a contar, antes de chegar no 4 abro os olhos e começo a andar para longe de todos, apenas ouço tia Kelly pedir desculpas sem parar ao tal Felipe pelas minhas atitudes rebeldes.

     Entro no elevador e ele me leva para fora do local de recepções, abro a porta de vidro e logo estou livre, a noite fria é confortável, as pessoas circulam normalmente pelas ruas perdidas em seus próprios problemas, em minha concepção isso é ser normal, é ter problemas e fazer de tudo para conseguir resolver seus medos. Tiro o sapato e jogo dentro da lixeira, depois me arrependo e pego de volta, só porque tenho muitos não posso sair jogando fora quando milhares de pessoas não tem.

    Alguém está acenando para mim, do outro lado da rua, a pessoa está dentro de um carro preto, a neblina causada pelo frio me impede de ver o rosto exato, mas sei que é uma figura masculina. Acabo atravessando a rua, a pessoa continua a me chamar, apenas me aproximo um pouco mais e fico parada esperando o próximo movimento que virá, este consiste no fato de que o carro vai embora me deixando com os pensamentos confusos, quem era afinal?

    Uso o celular que está em minha mão para mandar uma mensagem para tia Kelly, então pego um táxi.

🌹

    Peter sorri, respira, logo está rindo de novo, e de novo, e de novo.

— Você foi sim muito precipitada, e como foi mesmo que ele te chamou? Rosa? Eu gostei! — O garoto pede para apanhar.

— Estou me perguntando por que eu contei isso para você, e a resposta não aparece. — Massageio minhas têmporas, minha cabeça ainda dói depois de ter ouvido a bronca de tia Kelly, pelo visto bati em um garoto podre de rico, que, advinha, também estuda em minha escola. — Você o conhece?

— Não, você sabe que não falo com ninguém, talvez o Danny já o tenha visto, você precisa ser mais observadora.

— Eu preciso ser mais paciente.

— Isso é impossível Aurora.

    Mostro o dedo do meio antes de entrar no banheiro feminino, Peter vai embora rindo.

— Ontem o baile foi ótimo. — Uma menina fala para mim.

— Creio que sim. — Digo.

— A comida estava divina. — A outra garota também se dirige a mim.

— Credo Casey, você só pensa em comer. — A de antes briga com a amiga.

— Serena, você também só liga para comer, só que é de outra forma, e nem é você que come, você é comida. — Casey solta como se quisesse confrontar a Serena.

— Você é mesmo muito bruta. — Serena sai do banheiro com raiva.

    Acabo sorrindo sem querer e entro em uma das cabines, minhas necessidades fisiológicas me aguardam.

— Ela é insuportável, peço perdão por tê-la tratada dessa forma em sua frente. — Ouço a voz da tal Casey. — Como é o seu nome?

— Aurora. — Respondo apenas.

    Casey não fala mais nada e deduzo que ela saiu também, simpatizei com o jeito da menina, ela exala justiça.

— Aurora!

    Eu conheço a voz.

— O Danny quer te apresentar uma pessoa, sai logo.

    A pessoa bate na porta da cabine em que estou, olho para os sapatos masculinos embaixo da porta, não acredito.

— Peter! Nem dentro do banheiro feminino eu consigam ficar longe de você?

— Eu só queria ter certeza de que você não tinha caído dentro do vaso sanitário.

— Eu não caí, obrigada pela preocupação. — Reclamo enquanto me preparo para sair.

— O Danny também quer vir te buscar aqui, então sai logo.

    Ouço um grito fino. Peter foi flagrado, se ferrou. Saio da cabine, a menina está os olhos arregalados diante de meu amigo que está encostado na parede com expressão de tédio.

— Eu vou chamar o diretor. — Ela finalmente consegue falar.

— Não será necessário, ele vai sair agora mesmo. — Agarro o braço de Peter e o luxo para fora do banheiro.

— Eu ía dizer que era gay e estava esperando minha amiga. — Ele puxa o braço de minhas mãos. — O primo do Danny voltou de viagem.

    Ótimo, agora o trio de patetas ficará completo. Talvez minha tia esteja certas, eu preciso de amigas.

— Isso poderia ser feito depois.

— Estamos com horário vago Aurora, não tem problema, você vai gostar dele, conversavam muito por mensagem.

— Até ele pedir uma foto minha nua.

— Ele fez mesmo isso? — Peter para de andar e me encara.

    Essa é uma das tantas qualidades de Pete, ele é muito respeitador quando o assunto recai sobre uma mulher e sua forma de se portar, Peter é um cavalheiro.

— Não. — Confesso e ele suspira aliviado. — Mas perguntou se eu queria uma foto dele, então dá no mesmo.

    Danny acena para que o vejamos em meio a vários alunos, Peter me arrasta e logo estou em frente ao cara cujo nome é Justin, eu não gosto dele, é do tipo que brinca com meninas, posso sentir isso.

— Finalmente estou conhecendo a famosa Aurora. — Ele me puxa para um abraço e eu dou um tapinha em suas costas. — Eu estava comentando com o Danny, o que vocês acham de irmos a uma festa hoje?

— Eu disse que era má ideia, já que o Peter não é muito fã. — Danny diz.

— Mas acho que eu quero ir. — Peter fala e acho estranho, ele olha para Justin de forma intensa, tento ver se há algo de maldoso, mas é somente um olhar um pouco diferente.

...

— Você precisa descansar, amanhã viajaremos para que você conheça o centro financeiro, então não vai para festa alguma. — Tia Kelly encerra sua fala e sai do meu quarto.

    Tudo bem. Eu não queria ir mesmo.

    Mas Peter não sai de minha cabeça, cheguei até a pensar que ele realmente pode ser gay. Mando mensagem para ele.

Aurora Lancaster: Não vou  :'( Advinha, vou começar a conhecer meu reino amanhã, a tia tá louca.

Peter Howard: Então não tenho motivos para ir. Eu queria ver como o Justin agiria perto de você.

Aurora Lancaster: Pensei que você estivesse apaixonado por ele... Pete, vai sim... Você precisa conhecer pessoas legais.

Peter Howard: Pessoas legais? Em uma festa? De adolescentes? Você não me conhece mais?

Aurora Lancaster: Vai que outra pessoa também está indo arrastada pelos amigos, não quer ir para lá, mas vai, e aí você também está, vocês se esbarram e BUM.

Peter Howard: Princesa Aurora voltando para os contos de fadas.

Aurora Lancaster: Nunca se sabe ;')

Peter Howard: Eu vou.

Aurora Lancaster: Meu argumento te fez mudar de ideia?

Peter Howard: Não, a vizinha acabou de vim perguntar se posso ficar com o filho dela por meia hora. Mas não posso, porque vou sair e BEIJAR MUITAS BOCAS :v

Aurora Lancaster: Você não tem o coração de um príncipe.

Peter: Ainda preciso ser beijado por uma princesa. Tchau.

    Para minha surpresa, o sono vem logo.

...

— Eu disse que seria divertido.

    Olho para tia Kelly dando um sorriso falso, divertido? Um velho falou sem parar sobre nosso contador, sobre investimentos, mostrou lucros, não  entendi nada das setas, ele discursou sobre renda anual, bolsa de valores... Eu queria mandar uma foto da secretaria dele para Danny, e até consegui, mas antes de enviar minha tia me olhou de modo tão áspero que guardei o celular.

— O que acha de um dia de princesa?

    Okay, essa palavra me persegue.

— Pode ser. — Concordo porque gosto de ver a mulher fingindo ser minha mãe, e mais ainda porque amo fingir ser sua filha.

    O motorista nos deixou no shopping e titia disse que ele poderia ir embora, em seguida entramos, ela começou a comprar roupas de forma nada econômica e eu me peguei apaixonada por uma bota.

— Não a acho adequada Aurora, você tem mudado muito de estilo ultimamente, tem horas que nem sei se você é você. — A loira apontou para um salto rosa claro com pequenas pedrinhas bege em cima. — Aquele ali combina com a rosa da família.

    Ela tem razão.

    Eu nunca tive um estilo próprio, em alguns dias realmente estou vestida como uma "princesa", em outros estou super hippie, as vezes também possuo um estilo neutro, e óbvio, tem o roqueiro, além de muitos outros looks que monto quando não preciso vestir o uniforme da escola. Observo o salto delicado por um bom tempo, depois agarro a bota e compro antes de titia voltar para ver o que faço.

— Eu achei essa saia aqui ótima para você, vem comigo. — Ela sai me arrastando, antes pude ver seu olhar de desgosto para a bota.

    Kelly empurra várias roupas dentro do provador para mim, retiro a sapatilha e a calça, assim que retiro o casaco, um pedaço de papel cai de dentro do seu bolso, pego lendo o conteúdo:

" Você provavelmente não me viu, mas eu passei por você, e estou aqui somente para ajudar. Assim que chegar em sua casa entre no quarto de Kelly Lancaster, olhe para o teto, mas olhe bem, verá algo que nunca notou antes, algo que poderá te acordar para a vida."

    Normal.

    Muito normal.

    Penso em mostrar logo o bilhete para tia Kelly, e decido que assim farei quando ver se há ou não autenticidade nas palavras. Visto milhares e milhares de roupas mostrando tudo para a mulher, nem ligo para o que ela escolhe.

— Hoje vou jantar fora com o seu tio, é um problema para você? Quer ir conosco? — Ela pergunta quando já estamos dentro do táxi a caminho de casa.

— Não, tudo bem, vou aproveitar para estudar.

    Rio de minha própria resposta sem que ela veja, estudar é a última coisa em que estou pensando. O bilhete está impregnado em minha memória, parece que Deus está me ajudando.

    Minutos depois já estou trancada no quarto, o qual está uma grande bagunça, então como uma boa sobrinha/filha começo a arrumar tudo, escuto minha tia saindo e respiro fundo, é agora. Vou em direção ao quarto de minha tia e ele está trancado, pego o celular e ligo para Peter.

— Preciso de ajuda, é uma emergência, uma grande emergência.

— Você deve estar exagerando.

— Talvez, mas preciso de você.

— Não é novidade. — Ele ri.

— Sem brincadeiras Spider man, o assunto é sério.

— Spider man? Voltou com isso? O que aconteceu rosa?

— Recebi um bilhete misterioso.

— Quer que eu descubra quem enviou?

— Não, quem dera fosse só isso. Vem aqui, eu preciso da sua chave mestra, a que você ganhou do seu tio que era do exército.

— Estou começando a ficar com medo.

— Eu também Peter. — Suspirei e desliguei.

    Peter chega tão rápido que até faz jus ao Homem Aranha. Abro aporta e ele já entra me entregando a chave.

— Pode contar. — Ele ordena.

— Okay, eu fui ao passeio super chato, descobri que temos quase 400 supermercados funcionando acredita? São muitos... — Pigarreio ao ver a sobrancelha de Peter arqueada, esse é um defeito meu, me perder entre as palavras. — Tudo bem, nossa última parada foi em um escritório para falar com um contador Antony não sei do quê, passamos por muitas pessoas então não sei ao certo como aconteceu, só sei que depois eu fui ao shopping com tia Kelly, quando fui experimentar roupas um bilhete caiu do casaco.

— Onde esta?

    Entrego o bilhete para Peter, ele lê atentamente.

— A pessoa ainda escreveu em letra de forma. — Ele observa. — Tudo bem, vamos lá.

    A porta do quarto abre e eu entro, começamos a olhar para cima, Peter sobe em cima de uma mesa que há encostada na parede e começa a bater no teto.

— Mais para a diretora. — Falo ao ver uma corda dourada pendurada no canto da parede.

    Peter se inclina e agarra a corda, quando ele a puxa, um clic é ouvido e o teto se abre, como se uma porta estivesse se abrindo, Peter me encara surpreso e meu coração acelera. A porta recai lentamente exibindo um novo compartimento no teto.

— Eu te ajudo a subir. — Peter diz e subo na mesa. — Qualquer coisa, é só gritar.

    O lugar está escuro, ligo a lanterna do celular e vejo o quanto o local é amplo, quase como se fosse uma passagem a outro apartamento, vejo armários e papéis empilhados, um enorme quadro está pendurado na parede e me perco ao ver meus pais nele, a família toda a reunida.

— Encontrou algo estranho? — Peter grita.

— Não!

    Volto a andar e vejo um cofre digital, tento a o sobrenome da família e ele não abre, o que será que ele guarda? Dinheiro? Ao lado do objeto há uma pequena caixa de madeira, como um baú, me abaixo e a abro, várias pastas enfileiradas em ordem alfabética estão dispostas em pequenos compartimentos, tiro a primeira com letra A e a foto de uma tal de Anne aparece, não é uma foto qualquer, ela parece dormir mas algo dentro de mim diz que ela está morta, analiso sua feição calma, por que essa foto está aqui? Meu coração volta a bater rápido, ainda mais quando pego a letra K, tem pelo menos três pastas, acho o da minha mãe, em sua ficha está escrito:

Katherine Lancaster, assassinato
Motivo - Roubo

    Sim, foi o que me contaram. A foto de minha mãe morta também se encontra na pasta. Algo me chama a atenção, após todas as outras pastas está outra com a letra A, pego e a abro, é o meu nome, ou pelo menos deveria ser, onde deveria estar escrito Aurora Lancaster Parrish, se encontra o nome Aurora Lancaster Hemingway, como se eu fosse filha de tia Kelly com tio Robert.

✳✳✳


IMPORTANTE!

Sou insegura e tendo a achar que esse gênero não está mais sendo tão lido - ele é meio clichê, eu sei - mas sério, eu farei o máximo para te surpreender.

**CAPÍTULO AINDA EM REVISÃO!!1

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro