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58 Em Família


      Olhar o brilho do sol sobre o oceano é sempre muito monótono, mas a paz que ele é capaz de transmitir é sem igual. Ainda mais quando estou aqui. Eu subi na pedra faz uns dez minutos e estou vendo o brilho do sol começando a dar lugar aos primeiros contraste do crepúsculo. Os banhistas começaram a liberar a praia, e resta poucas pessoas, cidadãos daqui mesmo, fazendo flexões e correndo pela areia.  Ao longe é possível identificar um barquinho no horizonte. Quando fecho os olhos me deixo recordar que foi aqui onde contei a Emily sobre meus sonhos com o Fabrício, onde, mesmo com medo de sua reação, me abri com ela.

      — Vai me ajudar, ou tenho que subir sozinha? — indaga a pessoa quem estava esperando. — Mas digo logo que sou pequena e não consigo subir.

     O Thiago foi embora uns 40 minutos depois de Emily nos comunicar sobre Kevin, eu fiquei por mais 1 hora depois que ele se foi. Ficamos, eu e ela, trocando uns beijos e carícias. A tanto tempo que eu não ficava com minha namorada que posso me sentir agora energizado, como se ela fosse as forças para recarregar as minhas baterias. Depois que sai de lá, mandei uma mensagem para Alexia, é lógico, sem minha namorada saber, e então ela está aqui.

     Respiro fundo e olhando Alexia nos olhos  seguro sua mão e a ajudo a subir aqui. Assim que a garota fica firme nas pedras faço o máximo possível para ignorá-la. Como nada é perfeito, observo-a soltar os cabelos e deixá-los serem beijados pelo vento, pelo canto dos olhos vejo Alexia respirar fundo.

     — Eu senti falta disso — diz.

     — Ah tá — digo em resposta. Eu não chamei Alexia aqui para que me diga que sentiu falta de ser banhada pelo vento do mar. — Eu quero te perguntar uma coisa. — Alexia se volta para mim e eu não consigo conter a raiva que toma cada parte do meu corpo. O que seria de mim se eu a empurrasse direto para o mar agora? Talvez fosse preso por matar ela.

      — Você quer saber se fui eu quem atirou na Emily? — indaga primeiro que eu. Assim que assinto, minha ex melhor amiga se aproxima mais de mim. Aperto meu punho na tentativa de conter que eu possa de verdade empurra-la. Alexia para na hora que percebe isso. — Tá bom — fala. — Eu já falei pra Emily, não fui eu quem atirou nela. — Quando ela disse isso a Emily? — Não fui eu.

       — Não mente pra mim! — solto de forma a me convencer de que não foi ela, mas Alexia já me enganou uma vez, ela pode sim ter atentado contra Emily, mas se arrependeu do que fez, para livra essa cara de filha da puta dela, inventou toda essa história. — Você é a única que odiava a Emily pra tentar matar ela.

     Alexia solta um risinho me medindo de cima a baixo.

     — Você costumava acreditar mais em mim antes.

     — Não muda de assunto — mando, quanto menos tempo eu passar com ela, melhor para meu psicológico. — Antes você era minha amiga. Pelo menos eu achava que você era.

      — Eu sou sua amiga, Lucas. Eu ainda amo você do mesmo jeito.

     — Como você consegue ser tão filha da puta? — pergunto. Alexia se encolhe. — Como... você faz isso? Porra eu sofri tanto e você viu, eu te contava segredos meus e você usava eles contra mim.

     — Contra a Emily — diz cruzando os braços.

     — Eu tava feliz com ela. Eu amo ela!

     — E eu amava você — refuta de forma rápida. — ainda amo.

     — Não te dá o direito de estragar a porra da minha felicidade.

     — Eu queria estar com você — declara Alexia. 

     — Você podia ter me pedido.

     Alexia solta uma risada irônica da minha contraposição.

     — Você nunca ia querer.

     — Eu te amava como minha irmã — solto, pela primeira vez olhando para Alexia com pena. — Eu não queria estragar o que a gente tinha.

     — E isso que nunca ia deixar a gente ficar juntos da forma que eu queria.

     Olhando por esse lado, meu sentimentos de amizade pela Alexia realmente nunca me deixariam enxergá-la como uma namorada, peguete e nem sexo. Alexia era a minha amiga, a garota que eu confiaria a minha vida se fosse preciso. Ela só me mostrou que eu sou ruim de confiar minha vida a alguém.

     — E você precisou manipular todo mundo pra poder ficar comigo — falo em quase sussurro. — E isso estragou a nossa amizade.

      — Eu sei, mas não aceitei ser derrotada por ela ainda.

      É incrível como ela ainda não quer ver que não foi a Emily quem a derrotou, sua queda se veio pelo nosso sentimento mais puro, capaz de derrubar todas as barreiras que são colocadas em nosso caminho.

     — Sera que você é tão burra que não consegue ver que Emily e eu somos destinados a ficar juntos? — Alexia me olha por um momento e eu não consigo imaginar o que ela está pensando além de ver em seu rosto a expressão de tentar entender isso. Não sei se ela acredita nisso. Antes, quando o Thiago falava isso em voz alta, eu não conseguia acreditar, na verdade, eu não queria. Não era a minha intenção ser feliz em cima da morte de alguém. Depois de um tempo a ficha foi caindo aos poucos de que isso era certo. Ela nasceu pra mim e eu nasci para ela. Fabrício morrendo ou não.

     Alexia engole em seco.

     — Então é isso — profere. Rapidamente eu assinto. Se não tivesse consumido pela raiva de tudo que Alexia me fez, eu conseguiria sentir pena, outra vez. — Eu não sei o que dizer.

     — Eu sei que você gosta de mim — digo quando as palavras de Alexia se silenciam. — Então se você tem um pouco só de carinho por mim que não tenha raiva... podia me ajudar a caçar quem tentou matar ela.

       Alexia solta um sorrisinho sem acreditar no que eu digo. Acho que para ela, eu não fui sério o bastante a ponto de me levar na brincadeira.

     — Tá de graça com minha cara? — Bom falei. Fico calado. Alexia cruza os braços e parece que estar em pura negação. — Na boa, Lucas, eu gosto de você, mas eu não tenho que me envolver nisso. Até porque nós dois sabemos que eu não gosto da sua namorada. Pra mim não me importa de verdade quem tentou matar a Emily.

     — Por esses e outros motivos que a gente não pode mais ser amigos — refuto rapidamente. — Coisas, pessoas importantes pra mim não fazem sentido pra você. Então não tem porque a gente ficar perto um do outro — declaro movendo os ombros.

     — Isso nem me atinge mais — contrapõe. — Você é muito importante pra mim, mas eu sou forte o suficiente pra ter do meu lado quem de verdade quer estar comigo. — ela faz uma pausa. Eu não sabia que Alexia era mesmo uma filha da puta egoísta. Me livrar dela foi a melhor escolha que fiz em muito tempo. — A Karen e a Rebeca também já não são mais minhas amigas, elas se afastaram de mim

     — Você afastou elas.

     — Eu não vou discutir as situações da minha vida com você, Lucas — responde muito rápido. — Aconteceu, só, isso — conclui dando um espaço maior entres as palavras. E na boa, não vale mesmo a pena discutir isso, esse nem foi o motivo de ter chamado ela aqui.

      — Tô ligado — digo. — Eu só quero saber se você tem disposição pra me ajudar a procurar, é só... isso. — imito-a — Só me diz sim ou não, depois disso cada um segue sua vida. — Alexia assente enquanto vou falando. A garota fecha a porra dos olhos como se minha voz estivesse a irritando. — Escuta, Alexsandra, eu tô te dando uma oportunidade de pelo menos se desculpar por tudo que você fez. — Alexia solta outro risinho debochado. — Se você não quiser pra mim tá tranquilo.

     — Você é mesmo muito foda. Eu lutei pelo que eu queria, eu não me sinto errada do que fiz.

     — Você não se arrepende mesmo né, garota? — pergunto. Alexia não quer pensar em tudo que me fez. Para ela, tudo o que fez foi parte de uma batalha que me teria como troféu no final. — Você sabe que fez a porra de uma coisa muito errada, mas mesmo assim você não quer se arrepender.

      — Não me arrependo porque eu ainda gosto de você.

      — Para de repetir isso — mando. — Eu amo outra pessoa que também me ama, que me faz feliz, isso não te faz feliz? Não te deixa nenhum pouco bem?! — Ela só nega com seu tom de exaustão expressada na cara. — Então não tem mais porque a gente falar disso. Como você não vai me ajudar não tem mais porque a gente continuar conversando. Tchau. — me despeço enquanto passo por ela que fica parada e imóvel no mesmo lugar. Ela está irredutível o que certamente está afetando seu jeito de pensar. Nunca tinha visto Alexia burra o suficiente, mas agora, vai além, não está apenas sendo burra ela está sem noção... uma completa estranha. Se eu achei que podia usar a habilidade psicótica dela para me ajudar? Achei. Talvez me ajudaria bastante, mas se não for para me ajudar é melhor deixá-la fora do meu caminho.

     — Você é inteligente e o bom o bastante para conseguir encontrar esse assassino sem mim — profere. Meus pés vacilam e eu paro. Me viro para Alexia e nossos olhos se encontram outra vez. — Mas se você precisa de mim... — Alexia move os ombros acuada. — vou ajudar você — declara a contra gosto. — mesmo sem querer. — Sinto um sorriso se formando no meu rosto. Mordo o lábio tentando conter minha alegria, não quero que ela pense em voltar atrás. — O que eu faço?

     — Agora sim, você chegou onde eu queria.

     — O que eu não faço por você, né Lucas Rodrigo? — solta com os olhos semicerrados.

    Volto a me aproximar da garota antes de continuar.

     — Primeiro, você tem que conseguir ficar perto de mim e do Thiago sem brigar. — Alexia faz um som estranho com a boca. A expressão ligeira de que ela não gostou nenhum pouco da menção do Thiago. — Segundo, você pareceu muito boa quando bolou aquele seu plano de cinco fases pra poder ficar comigo. Eu sei que você vai conseguir pensar em alguma coisa pra ajudar a gente achar o assassino. É só isso.

      Alexia revira os olhos, como se eu tivesse jogando em cima dela todo o trabalho.

      — E o Thiago sabe que você tá me chamando pra isso?

      —  Ele nem sabe ainda que vai me ajudar também — refuto. — Mas tenho certeza que com vocês dois, isso, vai ser muito rápido. — concluo com enfase no isso, como ela bem disse.

     — Ah, claro!

      Volto para casa no início da noite, logo depois de ajudar Alexia a descer da pedra na praia. Eu deveria nutrir a raiva que sinto dela, mas algo em mim só quer mesmo odiar a Rebeca e a Karen por tudo que fizeram comigo e Emily. Com a Alexia é diferente. Eu consigo lembrar de bons momentos que tivemos juntos, quando ela era a minha amiga. Eu sabia que ela supria algum tipo de sentimento a mais por mim, mas eu nunca dei esperanças para que isso pudesse crescer. Eu gostava de ter ela do meu lado, porque depois de um tempo a Alexia se tornou um porto seguro para as minhas emoções. De certa forma eu conseguia desabafar com ela sobre as minhas frustrações. Ainda me lembro que depois que meu irmão se foi, ela se importou comigo de uma forma diferente. Enquanto todos vieram prestar seus sentimentos para mim, ela tentou me animar um pouco, o que não deu certo, mas eu gostei. Sei que não deveria, mas além de raiva, sinto pena dela e gostaria que Alexia pudesse encontar alguém para viver algo intensamente, assim como eu e Emily vivemos.

     Entro pelo portão vendo os últimos raios de sol brilhando sobre as nuvens. Crepúsculos como esse são sempre comum nessa cidade. E logo que adentro minha casa ouço os latidos de July e os risos de Jess na sala. Não é incomum que minha irmã brinque com a nossa cachorrinha, porém, dessa vez parece bem incomum. Vou até lá e me deparo com a cena realmente muito diferente. Jess e July estão brincando sim, mas com um bebê. Bato os olhos de imediato na criança e fico vidrado nele enquanto minha irmã sorri tentando o fazer sorrir. July pula de um lado a outro e continua soltando seus latidos nenhum pouco ofensivos, certamente ela quer brincar com ele também.

     Mas que porra que está acontecendo aqui?

     — Lucas — chama Jess assim que me percebe. — Olha, o nosso irmãzinho — declara com tom de alegria aparente.

     Nosso... irmãzinho?

     Esse é o Bruno Bernardo?

     A criança tem o primeiro ponto positivo por não se parecer muito com meu pai, embora ainda carregue algumas feições dele. Bruno Bernardo é moreno claro, sua maior característica é não ter a aparência daquele filho da puta do nosso pai. Nosso irmãzinho não é loiro também, seus cabelos estão mais para castanhos assim como seus olhos.

     Solto meu fôlego pela primeira vez quando ele pega um boneco no tapete da sala e começa a morder. Seus olhos se encontram com os meus e simplesmente sinto uma conexão de formar entre mim e aquele bebê. Jess faz uma nova brincadeira que finalmente consegue a atenção dele, o que imagino que esteja em uma briga com July para ver quem mais tem a atenção do Bruno Bernardo.

     — Eu não sabia que ele vinha hoje — menciono ainda fitando a criança.

     — Vem aqui, vem conhecer ele — fala minha irmã.

     Pensando duas vezes rodeio o sofá e me sento de frente com nosso irmãzinho. Assim que seus olhinhos encontram os meus outra vez, sinto como se meu coração se derretesse no peito. Um sorriso nasce em meus lábios sem que eu possa conter ou controlar. Aproximo meu rosto do seu, e Bruno Bernardo se força para poder tocar meu nariz e apertá-lo.

      — Oi, pequeno — digo em tom carinhoso. — Como você tá? — Pergunto como idiota. Ele ainda é muito novo para me entender, mas nosso irmão faz sons como se quisesse me responder. Mas em questão de segundos eu já sou página virada e July consegue novamente a atenção dele. Bruno Bernardo sorri ainda sem seus dentinhos de leite e tenta pegar nossa cachorrinha. Não me dou por vencido e pego suas mãozinhas macias e começo a mordiscá-las carinhosamente enquanto brinco com ele.

     — Você tem que lavar as mãos antes de tocar nele, Lucas — solta Jess carrancuda.

     — Aé, verdade. — Solto devagar as mãos do meu novo irmão. Ainda encaro ele imaginando como alguém tão fofo como ele pode ter vindo de alguém como aquele mala do meu pai.

      Falando na peste!

     Assim que me levanto dou de cara com ele e com minha mãe. Ao lado deles ainda tem outra mulher. Morena com cabelos castanhos cheios em cachos. Imagino que seja a nova esposa do meu pai, ela parece ter a idade dos meus pais e me encara com um sorriso fino nos lábios. Meu pai me encara sem dizer uma palavra e eu agradeceria se nenhum deles dissesse:

     — Então já conheceu o Bruno — exclama ele. Troco olhares com minha mãe mentalmente pedindo algum tipo de ajuda para me salvar dessa situação constrangedora de família. Não que eu tenha odiado a criança, não é o caso... eu me apaixonei imediatamente, mas comentar sobre os meus sentimentos com meu pai, que nos abandonou e que voltou anos depois, não acho que é o melhor momento.

     — É — digo em resposta já que vejo que minha mãe não está disposta a me ajudar.

     — E? — indaga.

     — E o quê? — pergunto de volta sentindo meu ombros tensionados.

     — O que achou?

     Embora eu esteja estático observo que meu pai também está. Ele está me perguntando porque não sabe o que falar, está apenas tentando. Me volto ao Bruno Bernardo brincando com a Jess agora e sinto que todo o ódio que venho nutrindo pelo meu pai começa a se suavizar.

     — Ele é lindo — comento sem tirar os olhos da criança. Suspiro fundo, mas quando um sorriso de meu pai e sua nova esposa, que por sinal tem uma voz doce de dá enjôo, tomam o ambiente, faço questão reerguer a minha armadura e colocar entre nós novamente a barreira. — Eeeeu... — digo em chiado. — vou tomar um banho.

     — Agora? — indaga minha mãe. — Você nem brincou com ele. — Minha mãe está mesmo alegre de estar derrubando as minhas muralhas?

     — Se vocês tivessem me avisado eu taria em casa antes da seis — refuto de forma a derrubar seu argumento.

     — Eu não contava que pudesse sair mais cedo do meu trabalho hoje — informa meu pai. — Então chamei a Tereza pra vir aqui.

     — Eu tentei te ligar — declara minha mãe que parece ser a única que está bem confortável com toda a situação. — Mas esse seu celular parece que só vive fora de área. — ela está entusiasmada enquanto até a Tereza parece um pouco incomodada. Me sinto tenso por pela primeira estar demonstrando fraqueza perto do meu pai, estou tentando não mostrar nenhuma emoção que não seja raiva ou descontentamento e isso certamente é o que está mantendo a esposa dele com essa postura fechada.

     — Poderia passar um tempo com a gente — profere meu pai. — Em família — conclui.

     — Nem pensar — rebato muito rapidamente. Qual o problema dele? Como esse merda tem coragem de usar essa frase para mim? “Em família”. Nós já não fazemos parte da mesma família faz tempo. Por outro lado se isso for mesmo entre 8 e 80, Bruno Bernardo e eu não fazemos parte da mesma família também. Me volto novamente ao meu irmãzinho enquanto imagino que mesmo que não sejamos parecidos, nós temos o mesmo sangue correndo em nossas veias, é o máximo para nos definir família.

      — Desculpa — pede após um longo suspiro.

     — De boa — refuto em seguida. Eu quero muito mesmo sair desse clima família reunida. Meu pai, minha mãe sua ex, e sua atual esposa, mãe do meu irmão mais novo. Que situação engraçada!

     — Lucas, essa é a Tereza — minha mãe faz questão de quebrar o climão entre nós dois ao apresentar a nova mulher do meu pai. Pela primeira vez desde que a vi noto que ela tenta se aproximar.

     — Muito prazer — diz ao estender a mão para mim. Enquanto olho sua mão pensando se a cumprimento ou não, fico imaginando como minha mãe é forte ao receber em nossa casa a atual esposa do homem que um dia foi seu marido. Faço um esforço para tocar sua mão, até porque o meu problema não é com ela. Mas continuando, mesmo que minha mãe não sinta mais nada pelo meu pai, eu não sei se eu teria a coragem de abrir as portas da minha casa para algum atual de Emily que não fosse eu.

     O que eu tô pensando? É outra vez a minha mente perturbada falando?

     — Prazer — digo tentando calar meus pensamentos.

    

     

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