Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

52 Decisões completamente erradas

      Pai?

     Lucas disse mesmo... pai?

     Os cabelos tem o mesmo tom que os de Lucas, assim como o bigode, como não percebi isso antes? Mas se prestar bem atenção, Lucas tem mais semelhanças com a mãe, mas os cabelos são do pai, assim como os da irmã. Os olhos dele são castanhos, os lábios menos rosados e sua pele, um pouco mais para parda que clara. Lucas engole em seco e seu peito sobe e desce com o nervosismo.

     — Lucas — fala o homem com um tom hesitante. —, é tão bom ver você. — Ele parece bem emocionado por ver o filho. Lucas reage de forma agressiva, vejo ele armar os punhos. — Hey, sou eu.

      — Eu sei que é você! — rebate Lucas com raiva. — O maldito que estragou a nossa vida.

      — Eu não... — o pai tenta, mas para logo no mesmo instante.

      — Emy, vem pra trás. — Lucas me coloca para trás e fica entre mim e o homem, e eu sei que não vai sair nada bom disso.

      — Luke — peço segurando seus ombros. Lucas está tenso, seus ombros estão duros como pedra, e seu olhar ofensivo demonstra o quanto ele está se segurando para não avançar no próprio pai. Talvez esteja se segurando muito por minha causa. — Lucas, calma — peço mesmo sabendo que isso é algo que talvez não aconteça.

     — Lucas — seu pai fala e um sorriso nasce por cima do bigode no rosto, ele se emociona. —, Eu queria tanto ver você, meu filho... como tá a sua irmã?

       Lucas nega com a cabeça mostrando todo o desdém que ele tem do homem. Eu imagino como isso deve ser ruim para ele, Lucas mencionou o pai poucas vezes para mim, e em todas elas, ele nunca foi o herói que o pai tinha que ser. Sempre detonou toda a vida da família.

      — Eu não tô nem um pouco feliz em te ver, seu filho da puta — rebate meu namorado. — Vai embora antes que eu quebre sua boca.

      — Lucas, não — me intrometo e então vejo que Lucas não recebeu bem o que eu disse. — Ele é seu pai — digo em minha defesa e dele. Lucas nega com a cabeça como se isso fosse mudar alguma coisa. Eu sei que depois de um tempo, o pai dele deixou de ser uma parte boa para a família, mas agora ele está aqui na minha porta feliz por ver o filho e esse é o maior motivo pelo qual estou fazendo isso. — Deixa ele comer com a gente.

      — O quê? — Lucas contrapõe me olhando com estranheza. — Não! Nunca! Emily, você sabe quem é esse cara?!

      — Eu sei, é seu pai — digo puxando um pouco de fôlego por causa das minhas condições físicas. — Eu sei.

     — Você sabe toda a merda que esse maldito causou na minha vida, e tá chamando ele pra almoçar? — Claramente meu namorado está furioso com o homem e incrédulo comigo por estar fazendo o que eu não devo. — Você vai mesmo fazer isso comigo?

      — Lu... cas — falo tocando em seu peito com carinho. —, por favor. Por favor.

      — Se ele ficar eu vou embora! — mas que imposição medíocre a dele. Certo que ele odeia o pai, e certo que eu não tenho que está forçando uma aproximação dos dois. Se Lucas for embora agora vai estragar o meu dia.

      — Amor — toco em seu peito e o abraço na frente do homem. Levanto a cabeça para poder olhar nos olhos de Lucas. —, essa pode ser uma oportunidade pra você pelo menos tirar um pouco dessa raiva de você. — Lucas está irredutível com a própria decisão, então eu vou ter que apelar. — Lucas, é meu almoço... você não consegue segurar só um pouco? — Lucas nega com a cabeça e eu sorrio um pouco pressionando mais.

      — O quê você não me pede rindo que eu não faço chorando. — Lucas me abraça olhando com ferocidade para seu pai, que está tão bem vestido que nem parece seu pai. — Se você fazer qualquer coisa pra estragar o dia da minha mina, eu quebro a porra da sua boca!

       O pai de Lucas começa a rir levemente e tanto eu quanto Lucas não vemos o motivo disso.

     — Vocês dois namorando... O mundo tá mesmo muito mudado por aqui.

     Antes que meu namorado possa protestar minha irmã vem até aqui e pergunta se está tudo bem. Ian aparece logo depois e em seguida o Thiago. Thi nota mais as semelhanças entre Lucas e o pai, mas pela diferença de jeito, Thi ainda fica procurando algo que possa dizer que são mesmo pai e filho.

     — Pai — exclama a menina que aparece logo depois. Jess parece mais surpresa que Lucas ao ver o homem.

      — Vamos entrar — chamo todo mundo.

      Eu pensei que seria diferente para o pai de Lucas. Lara também ficou surpresa ao ver o ex marido, mas assim que supera a surpresa de vê-lo o ignora, mas deixa evidente toda frustração que ainda existe por ele. Minha mãe e Fran perguntaram por onde andou todos esses anos, mas o homem acaba dando uma resposta superficial, mas que foi o suficiente para satisfazer suas curiosidades. Algo como teve uma desilusão amorosa na vida, que imagino eu, que não foi com a dona Lara. No entanto, por estar elegantemente vestido, deve ter superado.

     Meu pai não parece ter muito afeto por ele também, ele ficou afastado enquanto Francine e minha mãe trocavam palavras com pai de Lucas, as duas lançam sorrisos animados e assim que ele deixou de ser o centro das atenções da tarde, foi então que meu pai resolveu se aproximar dele. Pela quantidade de vezes que revirou os olhos deve estar sendo forçado.

      — Quanto tempo, Samuel — disse apertando longamente a mão do pai do Lucas. Então esse é o seu nome... Samuel. Ninguém ainda havia proferido por aqui.

      — As coisas mudaram muito por aqui, Gilberto. — Os dois ficaram se encarando como se estivessem brigando com o olhar, e o sorriso nos lábios de Samuel é tudo menos sincero para meu velho. Por fim, o pai de Lucas direcionou seu sorriso para a mãe de seus filhos e acenou para a mesma. No mesmo momento eu senti Lucas fervilhar enquanto me abraça. Seu peitoral está mais quente que o normal, seu nervosismo parece ter se intensificado, como se estivesse tendo um ataque de pânico, mas não é isso. Ele está apenas se segurando muito para não se entregar aos instintos primitivos.

     — Fica a vontade, Samuel — solta Francine hospitaleira como sempre, e foi o suficiente para fazer Lucas deixar nossa sala a passos duros pelo piso. Não posso esquecer que nenhum deles tem detalhes profundo do que Samuel foi capaz de fazer a família. Bom, nem eu, mas se Lucas tem um ódio profundo do próprio pai, coisa boa não pode ter sido.

      — Melhor você conversar com ele — diz minha irmã baixo no meu ouvido. Estou parada aqui onde ele me deixou para sair. Ainda indecisa se realmente devo seguir Lucas, ou não. Eu causei isso, ele estava bem e feliz até esse homem, que é um completo estranho para mim, aparecer na porta da minha casa procurando onde meu pai mora. Estraguei tudo novamente, e é melhor deixar Lucas ter um tempo para pensar. Pensando eu, me arrependo por completo de tê-lo chamado para nosso almoço, mas é um pouco tarde agora para voltar atrás. Então os adultos sentaram-se na sala e ficaram ouvindo histórias de por onde Samuel passou, como se fossem crianças... como se Francine e minha mãe fossem crianças, dona Lara e meu pai reviram os olhos a cada coisa diferente que ele diz que fez na vida. Jess ficou indecisa se estava feliz de ver o pai depois de três anos, ou se está brava por ele ter sumido por tanto tempo.

     Enquanto o tempo passava fiquei perdida nos meus pensamentos mesmo sem ter que fazer isso. Minhas outras projeções me disseram que eu vacilei muito com a decisão que tomei, e enquanto esperava Lucas voltar para dentro, fiquei sentada com a cabeça apoiada na mão ouvindo as histórias malucas de ensino médio dos adultos. Meu pai fazia parte do time do colégio e tinha como parceiro o Samuel, foi aqui que ele se animou um pouco mais ao contar certas coisas da época da adolescência. Francine e minha mãe também ficaram animadas. Até dona Mariana participou da conversa, mas tinha alguém que não estava muito confortável falando do passado, dona Lara, essa em nenhum momento falou nada da época.

     Depois que as mulheres voltaram a nossa cozinha para checarem as panelas o silêncio tomou o ambiente, e então Thiago me perguntou baixinho onde estava o meu namorado. Levanto o dedo pedindo um minuto e saio caminhando devagar. Assim que atravesso pela saída vejo Lucas sentado no nosso balanço velho, o garoto parece entregue totalmente a algum pensamento pois seu olhar está longe e ele não me vê. Mesmo daqui, vejo um defeito que amo muito nele, Lucas não se entrega a nenhum sentimento ruim. Ele pode ficar emburrado e marrento o dia todo, mas além da raiva e do ódio, dificilmente Lucas se entrega algum outro que o faça parecer fraco.

     — Tá dando um tempo pra ele? — respiro fundo. Assim como Lucas não me percebe ficar o assistindo daqui, nem eu e nem ele, vemos Thiago se aproximar. — Não vai falar com ele?

      — Não sei — refuto. Depois de tudo que me aconteceu nesse final de semana, estou me contendo de fazer as coisas por impulso. Mas eu agi por impulso quando convidei Samuel para almoçar. — Eu não sei o que fazer. — E eu odeio ficar sem ação.

     — Vai lá. — Thi me dá um empurrinho no ombro. — Troca um papo com seu gogo boy.

      — Você acha?

      — É lógico... Vocês dois já ficaram longe um do outro tempo demais. — Observo Thiago sorrindo e automaticamente eu sei que isso não é tudo. — E eu prometo que vou ficar daqui vigiando vocês caso alguma bomba explodir por vocês ficar próximo demais — ele cruza os dedos e eu rio antes de sair em direção ao meu namorado.

     A medida que vou me aproximando de Lucas ele me nota. Chego a esperar um sorriso seu, mas não é bem o que eu ganho. Um olhar de dúvida? É isso que eu vejo? Não consigo distinguir. Além da raiva dele, eu já não consigo saber o que ele está sentindo, então continuo com cautela. Sem dizer uma palavra eu me sento no balanço ao lado com cuidado para não afetar os pontos em meu peito e abdômen e ficamos os dois na tarde quente calados. Thiago não cumpre com a promessa de ficar nos vigiando, ele entrou assim que eu saí, e isso meio que me deixa agora mais insegura que antes, já que antes eu não estava aqui perto do meu namorado.

     — Tudo bem? — indaga meu namorado rompendo o silêncio entre nós.

     — Tudo bem? — pergunto de volta entrelaçando meus dedos com os seus. Ele não foge e isso é um bom sinal.

      — Mais ou menos — responde. Seus olhos brilham a luz dia e esse é um outro bom sinal, já que eu não consigo ver mágoa neles. — Você sabe porque, e eu não tô afim de falar disso... — continuo calada apenas admirando o quanto ele é maravilhoso. — São só... L
lembranças.

     — Ele não pode te fazer mau — garanto, mas não posso dizer o mesmo de suas memórias. — Eu não vou deixar. — Lucas desvia o olhar, como se minha palavra não fosse o suficiente, e isso são as memórias gritando mais alto em sua mente.

      — Eu tô ligado. — suspira fundo ainda sem me olhar nos olhos. — Por isso eu amo você.

      Eu amo quando ele se declara para mim... Agora depois de tudo que aconteceu, é algo que não mudou, a melhor coisa que aconteceu não mudou, esse nosso sentimento.

     — Eu amo você — devolvo mais como um pedido de desculpas que uma declaração de amor. Lucas acaricia minhas mãos e juntos olhamos os pássaros na árvore que fica ao lado da janela do meu quarto. Nunca tive costume de vir aqui ver eles. Não temos o costume de ver as coisas mais simples da vida e focamos muito nas coisas ruins, mas existem coisas boas, como estar aqui com ele vendo natureza seguindo seu trajeto da vida. Eu queria mostrar isso para Lucas, mas as cicatrizes que dominam o trajeto da sua vida são fortes o bastante para que essas coisas não mudem muito. — Tô feliz de ter você aqui.

      O sorriso nasce devagar em seus lábios, mas é sincero, tão sincero quanto o primeiro, quando conversamos naquela mesa do pátio do colégio. Naquele dia nenhum de nós sabíamos o quanto de situações seríamos forçados a superar, mas superamos.

     — Eu sei — ele fala com calma. — Eu não vou deixar ele estragar isso, já detonou coisas demais e isso aqui eu nunca vou deixar ele arrancar de mim.

     — Então podemos ir lá e comer com a nossa família. — Nossa família... Agora é nossa família, principalmente Samuel... ou não, sei lá!

     — O que você não me pede rindo que eu faço chorando...

      Ele anda repetindo vezes demais a mesma frase!

      Me levanto do balanço e me forço um pouco para puxá-lo. Mas antes que possamos voltar ao ambiente que Lucas teme não segurar seus impulsos, eu o abraço para ter certeza de que tudo está indo bem. Lucas demora um pouco a me abraçar de volta, pois não estava esperando meu gesto de carinho. E por um momento ele beija meu pescoço longamente e aperta a minha mão.

     — Vamo — chama.

     — Vamo.
   
    Praticamente puxo-o comigo na medida do que consigo caminhar sem sentir as dores que ainda afligem o meu corpo.

     Assim que voltamos para o ambiente familiar eu vejo que a alegria dele se desfaz um pouco quando vê seu pai sendo o centro das atenções da minha mãe, Fran e dona Mariana... outra vez. Mas pelo cheiro de carne assada no ar o almoço já está pronto. Lucas se retira com Thiago para a cozinha, pois sabe que não temos assento para todos, mas os garotos me fazem companhia. Ainda não consigo acreditar que os meninos vieram mesmo me receber. Jônatas coloca o braço por cima do meu pescoço e me guia por onde os garotos foram antes. A felicidade dele me anima enquanto passamos por meu pai encostado numa parede no canto. Ele também não ficou nenhum pouco feliz de Samuel ter entrado na nossa casa, mas não ao ponto de fazer alguma coisa para mandá-lo embora. Cada um com seus motivos, mas os seus eu prevejo que vou descobrir durante esse almoço.

     Lucas organizou um canto para mim ao seu lado, e do meu outro lado está minha irmã, o Jon sentou um pouco mais afastado. Não temos o costume de ver nossa casa cheia de amigos e familiares assim, a última vez foi quando dona Mariana veio me ver e aquele dia não havia nenhum tipo de intriga solta no ar, mas hoje alguns de nós estamos incomodados com a presença do pai do Lucas. Jess e dona Lara sentaram-se perto dele, e minha mãe começou a servir alguns de nós com um prato farto de macarronada salada e costela assada, já outros como Thiago, Jon e Lucas preferiram completar os seus com tudo que tem de disponível, arroz branco, feijão e outras coisas. Enquanto Samuel procura alguma abertura do filho para trocar alguma palavra ele se mantém distante optando por olhar para Jess, July e qualquer um, menos ele. Os burburinhos continuaram por meio almoço. Riso vai, riso vem quando Isa quis saber mais sobre o ensino médio de nossos pais. Nossa mãe comentou que a escola da época era uma bagunça... Maior que a nossa eu dúvido! Mas continuou a falar. Meu pai comenta que nossa mãe era a garota mais linda do colégio na época que todos os rapazes queriam ficar com ela e nossa mãe, nenhum um pouco convencida, concorda! Francine diz o mesmo, mas deixa claro que ela também era uma menina soberba, claramente metida e fazia questão de provocar alguns dos caras e brigava com as garotas. Agora eu sei de onde veio o meu temperamento explosivo.

     — E, Lara, o que você tem a dizer disso? — pergunta minha irmã com toda intimidade do mundo. A mãe de Lucas não quer participar da conversa. Dona Lara parece estar escolhendo as palavras que vai dizer enquanto esperamos sua resposta.

     — A Lara, a Lara era uma pessoa simples e muita boa — Samuel responde por ela. Todos nós olhamos para ele então, essa foi a primeira vez que Lucas olhou para o pai com firmeza. Samuel espera que Lara complete o que ele afirma ou que pelos menos diga alguma coisa do ensino médio, mas ela continua sem manifestar nada. Eu gostaria que ela dissesse algo, todos nós na verdade. — Deve ser um pouco estranho pra vocês verem Lucas junto com sua filha, Estela — comenta Samuel depois de uma longa golada em seu refrigerante.

     — Estranho por quê? — indaga Isa.

     — Espera... Eles não contaram?

     — Não contaram o quê? — Isa continua a pressionar com as perguntas que agora todos queremos saber.

     — A Lara odiava todos eles no colégio — refuta Samuel com um sorriso divertido. — O Gil perseguia a Lara na escola. Era o tempo todo que ele via ela, ficava fazendo piadinha com a menina.
  
     O que antes era um almoço animado se tornou um silêncio fúnebre. Samuel encarou cada um de nós estranhando a nossa reação e então seu sorriso desapareceu no mesmo instante. Meu pai perseguia Lara no colégio... Meu pai, o homem que eu admiro tanto, fazia bullying com a mãe do Lucas no colégio. A bomba não explodiu, ela nos calou. Eu devia saber disso, eu tinha que pelo menos ter deduzido, pois sabia que os dois não se gostavam a muito tempo atrás e que hoje nos dias atuais eles se suportam, mas nunca foi realmente a amizade que a Fran e a Lara tem uma pela outra. Engulo em seco tentando engolir essa maldita informação até que Lucas soca a mesa com força o suficiente para os pratos pularem e sai andando.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro