15 Ocasiões Especiais
Coloco um vestido de estampa floral com alça, e me olho no espelho imaginando o que eu faço com meus cabelos. Eles estão um pouco maiores desde a última vez que me vi meu reflexo, e as raízes estão castanhas ruivas, e o resto do cabelos está loiro. Ainda estão sedosos e a cada dobra tem um brilho especial. Não tenho muito ideia do que fazer com eles. Enrolo e jogo por cima de um dos ombros. Não. Solto os fios e jogo por cima dos dois ombros. Não também. Coço a nunca e então ele aparece. Não é o Fabrício, o Lucas.
— Quer ajuda? — pergunta enquanto nós olhamos pelo espelho. Por que não?
Ele de certo quer agradar minha mãe e minha sogra. Está com uma camisa social e uma gravata. Seus cabelos brilham, e está muito elegante. Lucas desliza as mãos pelos meus cabelos com suavidade. Pega uma mecha de cada lado da têmpora e as junta atrás da cabeça. Muito melhor.
— O que acha? — pergunta.
— Muito melhor. — Faz tempo que eu não uso essa coroa feita por mechas. Tanto tempo que eu não lembro a última vez.
— Eu te espero na porta. — Lucas suspira fundo e então desaparece. Pego um elástico discreto e prendo onde as mechas se encontram. Um penteado fácil, sem ter que me esforçar tanto. Dou uma última olhada no espelho esperando ver outra pessoa, mas não... o Fabrício não vai aparecer aqui. Respiro fundo e vejo seu computador aberto sobre a cômoda, e contenho de me sentir triste por ele não estar aqui. Um momento especial como um jantar com nossas mães.
Ao menos eu tenho o Lucas para representá-lo.
Para finalizar eu coloco um chinelinho elegante com flores e abro a porta. Fico sem jeito quando Lucas me olha da cabeça aos pés. Eu estou mesmo esperando um biscoito?!
— Tá parecendo um ursinho carinhoso. — Reviro os olhos, e Lucas começa a rir da minha cara. — É brincadeira, você tá linda. Vem, vamos.
Ele desce primeiro, e eu caminho atrás. Mas o Lucas é mais rápido e tem que ficar me esperando no final da escadaria. O cheiro do jantar não está mais tão no ar como as seis da tarde. Nesse momento o silêncio predomina a entrada e a sala.
— Vamos, mais rápido! — Luke pilha, e tento apertar o passo. Antes de atravessar para o outro cômodo ele para. Faço o mesmo para não esbarrar com ele. — E agora?
— E agora o quê? — Não acredito que ele está nervoso. É, parece que sim. Começo a rir, é um dos poucos momentos que vejo Lucas Rodrigo nervoso. Uma pena não ter trago um celular para gravar esse momento. Lucas cobre a boca com a mão para não sorrir junto comigo. Pego a mão dele. — Vem. — O arrasto para a sala de jantar.
A mesa de dona Mariana é comum. Vou deixar avisado antes que você pense que é igual aquelas gigantes de novelas mexicanas. Mas é normal com seis cadeiras brancas com acolchoado marron. Dona Mariana está sentada na cabeceira, como uma ótima anfitriã. Seus cabelos lisos estão para trás das costas como sempre, e seu batom vermelho brilha nos lábios, como de costume. Jô está ao lado, e está com um vestido um pouco longo, e do outro está José vestido casualmente. E ao seu lado está ela, minha mãe. Dona Estela está com um semblante cansado, e os cabelos presos em um coque bem arrumado. Um sorriso grande e animado se coloca em seus lábios com tom mais claro quando me vê, e olha para a minha cabeça.
— Você tá... loira — ela diz, e assinto. — Você tá linda, filha.
— Obrigada — respondo com um sorrisinho.
Seus olhos correm para Lucas depois, e então eu solto a mão dele bem rapidamente. O que é não tão rapidamente a ponto de dona Mariana começa a sorrir bem discretamente, como se tivesse visto algo a mais.
— Oi, senhora — cumprimenta Lucas um tom mais nervoso. — É um prazer em rever você.
— Você... ok — minha mãe sorri um pouco. — Sentem-se.
Para impressionar, Lucas vem comigo e puxa a cadeira para mim. Acabo ficando um pouco sem graça, pois sei que dona Mariana e dona Estela só estão se divertindo com tanto cavalheirismo. E ele é o último a se sentar de frente comigo, mas do outro lado da mesa.
— Sirvam-se — pede dona Mariana muito feliz em poder contribuir com esse reencontro entre mim e minha mãe. Ela não pode vir mais cedo por causa do trabalho, ou eu mesma teria ido até minha antiga casa. Joana pega o prato da minha sogra, e dona Mariana pede que ela não faça isso. Ela não está sendo funcionária, nesse instante está como amiga. Eu sei que a mulher se sente deslocada por ter a mesa cheia. Joana não é assim quando está em apenas amigos, mas quando o jantar são para muitas pessoas, ela sempre tenta dar o seu melhor.
A costela assada com batatas está me dando água na boca. E imagino que o pudim esteja causando a mesma sensação no Lucas, já que seus olhos estão nele a quase um minuto inteiro. Pego meu prato e me sirvo de arroz de forno, e salada de batata e beterraba. E então corto um pedaço generoso de costela e coloco do outro lado do arroz. Sei que dona Mariana está esperando que nos sirvamos antes que ela possa colocar o seu jantar.
— Hoje estamos em minha casa, Lucas — exclama ela, e se levanta. Pela primeira vez Lucas tem outra visão além do pudim. — Não precisa ter vergonha. — minha sogra pega um garrafa na adega atrás de sí, e com maestria tira a rolha com um estalo. — Um dos melhores vinhos que já provei na minha vida. — Mariana despeja um pouco na taça de minha mãe, e depois na de José. Então vem para mim. — Marine Della Valpolicella. Um clássico italiano. — o som do líquido é atraente e, sua cor agradável aos olhos. Ela conta enquanto dá a volta pela mesa: — Safra de dois mil e treze. Dos vinhedos perto de Verona. Comprei no início do ano e estava guardando para uma ocasião especial. — enche metade da taça do Lucas, e ele me olha com um sorriso. — E que ocasião melhor que essa? — despeja um pouco na taça de Joana, e então termina com a sua.
— Posso colocar para você se quiser — me ofereço discretamente, mas ele nega com a cabeça.
Lucas chegou essa manhã, e achei que me faria passar raiva. Mas eu gostei do almoço, gostei dos filmes e queria muito ter beijado ele a quase duas horas. Eu tô gostando muito de ele estar aqui, e sua presença está se mostrando um tanto especial.
Luke se serve de arroz e purê de batata e abóbora. E coloca uma cor natural com salada de alface no canto do prato. No momento de cortar a costela, ele se desastra e acaba derramando o caldo sobre a mesa. Dona Mariana e minha mãe cessaram a conversa, e assistimos o garoto corando levemente.
— Eu sou o desastre natural da terra — exclama ele na tentativa de quebrar o silêncio. Dona Mariana cobre a boca com as mãos rindo do comentário, e minha mãe logo a acompanha. Jô, que parece a figura mais séria no ambiente, ajuda Lucas a fatiar a carne.
— Todos somos o grande desastre natural da terra — José entra na graça e passa a mão nos cabelos grisalhos e então todos começamos a rir, incluindo a Jô. Corto um pedaço de carne e coloco na boca, tentando ser o mais possível que consigo elegante, e Lucas dispensou o garfo e a faca e está comendo com colher mesmo. Provarmos o vinho no mesmo momento, e dona Mariana alterna os olhares entre nós dois.
— Huuuumm — faço arrastando a palavra. O vinho é meio seco, mas a parte suave supera qualquer tom áspero ao paladar. — É maravilhoso.
— Eu não tenho costume de beber vinho. Sou mais chegado numa vodka — comenta Lucas, e eu o olho como pudesse voar no pescoço dele nesse momento. O garoto percebe meu olhar matador e se corrige: — Mas é muito gostoso. Tá de parabéns. — a expressão de minha sogra se suaviza, e então ela coloca uma garfada de arroz na boca. Fico feliz que ela não se importe com os jeitos e modos de Lucas a mesa. Eu sei que ele os tem já que os aprendeu com o Fabrício, mas não liga muito para isso. E meio que me atrai.
A medida que o jantar se estendia dona Mariana quis saber um pouco de nossa vida no litoral, como anda indo a escola? Se eu ainda danço. Eu disse que tinha dado um tempo na dança por motivos pessoais, e contei pouco para não ter que entrar em todo aquele drama. Minha mãe conduziu o Lucas em um interrogatório durante parte do jantar. Ela não perguntou diretamente se ele tinha intenções boas comigo, mas soltou:
— A Emily gosta da sua companhia?
Não preciso contar que o Lucas se sentiu deslocado. Mas é mentira, ele não se sentiu nenhum pouco importunado com a pergunta. Na verdade ele só sorriu e respondeu:
— Isso a senhora deveria perguntar a sua filha. — Nossos olhos se encontraram no momento, e ele piscou para mim. — Eu também gostaria muito de saber se ela gosta de estar comigo.
Minha mãe me olhou com a sobrancelha arqueada esperando pela a resposta que ele nem ao menos perguntou. Foi eu quem me senti deslocada de frente para a minha própria família. O Lucas é assim, ele sempre transforma tudo a favor dele e não precisa de muito. Um sorriso e as palavras certas sendo proferidas pela voz mais atraente do planeta e boom... estão todos com ele.
— Tem companhias muito melhores — respondi, e eles riram, mas riram de mim e não dele como eu queria.
Dona Mariana abriu outra garrafa com outro vinho diferente, apenas mais suave, e mais uma. Eu ataquei um outro prato de comida mas sem tantos modos dessa vez, e o Lucas o pudim com quem ele tanto paquerava desde o início do jantar. E enquanto estava ali degustando cada pedacinho que conquistou, ganhou minha mãe pela segunda vez quando disse:
— A Emily tentou fugir de mim, mas eu encontrei ela — contou com a boca cheia e com toda a atenção nele. — Eu vim atrás dela.
Minha mãe revirou os olhos com um sorrisinho colorindo os lábios dela. E depois que ele foi aprovado em todos os testes possíveis, foi quando o interrogatório de vida dele começou. Dona Mariana ajudou-a descobrir que Lucas sonha em ter uma carreira de jogador de futebol, e como segunda opção de vida ele gostaria de ser fotógrafo profissional. Eu acompanhava toda a cena e desejava ser aquela colher para receber seus lábios tantas vezes que eu não pude contar. Agradeci que elas não entraram no assunto de nós juntos, eu não queria acabar com o clima bom que se estendeu durante todo o tempo. E uma hora depois a minha mãe cambaleou ao se levantar do meu lado. Ajudei ela para que não caísse. Minha mãe não é acostumada a beber, e dona Mariana insistiu para que ela ficasse, mas minha mãe insistiu que precisava ir para casa.
— Então vou com você — disse eu preocupada.
— Não precisa, querida — pediu. — Fique aqui e termine sua noite, posso me cuidar.
— Mas, mãe...
— Emily, você sabe que eu sei cuidar de mim né? Não acabe com sua noite por minha causa.
— Não é por sua causa.
— Não precisa ficar preocupada, filha — disse com a voz arrastada. — Amanhã eu vou ser um nova mulher.
— Então tá bom.
Beijei o rosto dela, e minha mãe me deu um longo abraço e disse que me ama muito. Antes de sair me pediu para pegar leve com o Lucas que ele é um rapaz bom e que está se esforçando. Ela não sabe de tudo então, eu posso pegar pesado com ele sim.
Antes que o José a levasse, pedi para me ligar assim que estiver deitada, para me tranquilizar. Eu não gosto da ideia de ela estar bêbada sozinha em casa, e por isso queria ter ido com ela, mas conhecendo dona Estela, discutir com a mesma é como dar soco em ponta de faca. Disse que vamos ter tempo quando chegar o dia de eu ir pra lá ainda essa semana. Eu aceitei, mas ainda bem preocupada.
Minha mãe já me ligou e me tranquilizou faz uma hora. Dona Mariana já foi se deitar e eu estou aqui no peitoril da varanda da suite do Fabrício. Estou olhando a noite. Deve ser umas onze agora. Além do grilos, todos os sons são ecos. Às silhuetas atravessam pela entrada no portão, mas são os seguranças. Não é o Fabrício, então eu não tenho porque permitir que meu coração palpite por ele. Ainda me lembro dá vez que ele recitou um verso do Romeu para mim. Era uma noite com o céu um pouco mais estrelado que hoje, e eu estava aqui nesse mesmo lugar. O Fabrício apareceu lá na embaixo e então disse:
“Será que o meu coração realmente tinha amado até agora? Pois eu nunca vi beleza tão pura até esta noite.”
Foi quando descobri que ele tinha lido aquele livro idiota, como costumava chamar. Um tempo depois me deu como um presente especial. Naquele momento eu ri e o chamei de idiota antes de pedir para subir. Sinto falta daquela noite, sinto falta dele. De todos os momentos com ele. Eu sinto falta de tudo. Apoio as mãos no cimento e deixo o vento dançar com meus cabelos. Está chovendo, é uma chuva leve, mas fria. E então duas batidas na porta me trazem de volta.
— Entra. — vejo Lucas se esgueirando para dentro pelos vidros da porta da sacada. Sorrio para ele. — Por que isso não me impressiona?
— O quê? — finge confusão quando vem para fora. A gravata desapareceu do pescoço dele, e a camisa está levemente aberta.
— Você aqui nessa hora da noite. — volto a admirar as luzes no jardim. Lucas apoia as mãos no mesmo lugar que eu e ficamos lado a lado.
— Tá muito cedo pra dormir, não acha? Não consigo dormir essa hora.
— É, nem eu — respondo. — Mas vou tirar esse vestido e deitar.
— Ah, isso eu quero ver — brinca sem me olhar diretamente. Bato nele com o cotovelo de modo leve. — Sabe, a gente podia fazer uma coisa.
— Contanto que não seja os dois sem roupa, talvez eu pense na sua ideia. — Ele ri. — O quê?
— Eu tava pensando que podia mesmo ser sem roupa. — Olho para ele e me forço para não cair na brincadeira, e Lucas devolve o olhar, mas já contendo um sorriso. — Mas como não podemos ficar sem roupas. Podíamos, sei lá... — Mexe os ombros. — terminar o quê começamos na hora daquele filme idiota.
— Lucas...
— Diz que não quer. — seu rosto se aproxima do meu e ele fica bem próximo de mim. A cor nos seus lábios me atrai, e não apenas isso, como ele todo. Pisca para mim e faz um gesto estanho com a boca e, eu o beijo. Vôo direto nos lábios dele e me agarro em seu pescoço. Lucas se conserta e me leva consigo enquanto corresponde o beijo com carinho. Ele me segura perto dele, e eu o o puxo para mim sentindo o amor dele me invadir como fogo que me conforta do frio da noite, e de todo e qualquer fantasma que me siga. Ele acaricia meu rosto e muda a posição dos lábios, e meu coração palpita mais intensamente. O dele me acompanha com a mesma frequência, e cada momento mais, o aperto mais contra mim, como se eu precisasse disso. Eu preciso disso. Ele beija bem, seus lábios são incríveis. Ele apoia as costas na grade de cimento e me segura junto dele.
Paro quando sinto fôlego faltar, e ele pragueja algo sobre como é ruim precisar de oxigênio, e antes que ele complete a frase nos beijamos outra vez. Nesse momento a minha emoção está nas alturas. É um dos poucos momentos que reconheço a felicidade pura em seu estado de nobreza. Ele desce a mão pelas minhas curvas. Poucos segundos depois seus lábios vão parando com beijos leves, e eu me afasto um pouco dele. Nesse momento, nossos olhares se namoram, e Luke emana a mesma aura que tinha hoje mais cedo quando abraçou a mãe de Fabrício.
— Caralho, você me deixou de pau duro — murmura arfando.
— É? — pergunto sem levar para o lado pessoal. — Eu vou tirar o vestido. — Seus olhos se animam no mesmo momento. — Não é pra isso, pode parar. — E ele revira olhos. Solto Lucas e entro, e como deveria ser, ele vem atrás.
— Acho melhor você ir para o seu quarto — digo. Não estamos em nenhum colégio interno, e eu duvido muito que dona Mariana esteja se importando com que está acontecendo aqui agora, mas...
— Me deixa dormir aqui, com você — pede. Não sei, eu não me sentiria segura.
— Quer mais segurança do que ele te dá? — pergunta a emoção pulsando de alegria dentro de mim. O Lucas tem sido um porto seguro para mim desde quando mandou a Alexia pastar. Deve ser influencia do ambiente, pois quando nos vimos pela última vez na quinta eu não conseguia sentir tanta vontade de estar com alguém como estou com ele agora.
Ele me olha com meiguice, e pisca os olhos rapidamente.
— Tá, você pode dormir aqui. Mas vai...
— Vou te abraçar a noite inteira — me interrompe. Na verdade eu ia dizer que cada um ia ficar de um lado da cama, mas acho que isso é muito melhor. Me divirto com a cara de pau dele por pronunciar essas palavras com tanta naturalidade. Pego uma roupa mais leve e vou para o banheiro para colocar, e quando volto Lucas já está deitado. Ele está com uma bermuda que uma vez eu vi no Fabrício, e está sem camisa expondo seu corpo escultural. — Vem. — bate de leve no lugar para onde eu tenho que deitar. Devolvo esse gesto ainda rindo da cara de pau dele, mas consigo apagar as luzes. Com o coração palpitando me coloco ao seu lado no colchão. É muito estranho, e até chega ser irônico eu estar deitada com o homem que eu amo na cama de outro homem que eu também amo. Mas aqui estamos nós dois. Lucas me agarra e me puxa bem para próximo dele como se precisasse da minha companhia. Sinto sua respiração quente por cima da minha orelha, e então ele sussurra:
— Eu te aaaamoooo.
Não consigo conter de um sorriso se formar nos meus lábios no meio da escuridão. É um sorriso discreto, mas ele expõe o sentimento que tem em meu coração agora, que se aflora. Quero responder, mas me convenço de que esse não é o melhor momento. Eu ainda o amo muito, mas prefiro não ter que proferir isso em voz alta, não ainda, não sem segurança por nós dois. Ele adormece rápido e fico olhando as sombras que dançam pelo quarto pensando no meu sentimento por ele. Eu gostaria que tudo pudesse continuar assim, que Lucas fosse sempre esse cara que não se importa com tudo, mas que se importe muito comigo. Gostaria que ele pudesse me abraçar assim outras vezes, gostaria de confiar mais nele. E então caio na real que a única barreira que impede isso tudo de acontecer sou eu. Fecho os olhos e começo a refletir que eu deveria pensar um pouco mais antes de assumir um sentimento por ele, e muito mais como um namorado outra vez, mas eu não preciso pensar nisso tudo agora. Eu vou dar a emoção o que ela quer. Vou aproveitar o máximo da companhia dele. Entrelaço meus dedos com os seus e puxo seu corpo mais para mim. Lucas se mexe e apoia cabeça por cima do meu ombro. Ele é angelical enquanto dorme... Nem parece que já partiu meu coração várias vezes! Admiro a silhueta de seu rosto com a respiração profunda.
— Eu também te amo — me declaro em outro sussurro, mas seus olhos continuam fechados. Ele ainda dorme e não ouviu nada. Encosto minha testa com a dele, e fico assistindo seu sono até que o meu decida se manifestar.
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