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One Shot » Beijos ao anoitecer e além dele

Idolatramos nossos pais quando somos pequenos, fazemos milhões de perguntas e eles têm a resposta para cada uma delas, até as mais difíceis. É para eles que corremos quando machucamos o joelho ou acordamos depois de um pesadelo. É para eles que mostramos nossas notas da escola ou os desenhos que fazemos para expressar nosso amor por eles ao que vamos crescendo.

É comum que eles sejam a pessoa que mais devemos amar no mundo e que esse amor seja completamente retribuído, porém, o que fazemos quando não é?

Quando eles nos causam mais dor e ódio do que alegria ou segurança? Quando fazemos algo errado e sentimos um medo profundo, um medo tenebroso de que talvez possamos acordar no hospital ao invés de só levar uma bronca ou alguns tapas.

O que fazer quando descobrimos que os monstros que vemos na TV e os que estão atrás das grades podem ser aqueles com quem crescemos?

E a pergunta seguinte é: O que fazer?

Há um silêncio perturbador assim que JJ cambaleia para fora de casa, uma mão sobre sua costela que ele tem certeza que Luke quebrou e o sangue em sua boca que ele cospe assim que consegue.

Sua garganta está tão seca que parece não tomar água há semanas, a dor que deveria pará-lo se torna um incentivo para ir embora. Ele não pode ir a pé, desmaiaria antes mesmo de conseguir dar vinte passos.

Ele consegue se arrastar até a caminhonete de Luke e ligar, mesmo que haja muito esforço e gemidos de dor no caminho.

JJ não tem o costume de pensar antes de agir, por isso ele realmente só começa a analisar para onde vai quando está pisando no acelerador.

Ele descartou John B rapidamente por diversos motivos, estava cansado de recorrer a ele nessas situações e não queria vê-lo. A verdade é que se fosse sincero consigo mesmo, e talvez isso fosse uma péssima idéia, só tinha uma pessoa que queria ver, mesmo que fosse chutado logo depois.

Luke tinha chegado com garrafas de cerveja e JJ sabia que aquilo não terminaria bem, resultando em uma briga até que Luke o estivesse acertando com força ao ponto de ele ter certeza que iria morrer, conseguindo acertar o outro com uma das garrafas antes de fugir.

Ele tinha certeza que o álcool ia prolongar a inconsciência do homem, o que o dava tempo para respirar, gritar, chorar, pensar, ou seja lá o que ele queria fazer.

A insegurança o atingiu assim que estacionou perto da mansão Cameron, hesitando antes de decidir que era ridículo o quanto queria estar com Rafe quando eles nem tinham nada fixo.

A dor se transformou em um fantasma quando se arrastou para fora da caminhonete, tentando se concentrar no cheiro da colônia de Rafe. Era estranho como sabia que o Cameron já tinha tomado banho só pela cor do céu, ele não dormia tarde e JJ gostava de saber como o verdadeiro Rafe Cameron era organizado, mesmo que não combinasse muito com ele.

Ele usou a porta dos fundos da mansão, planejando ser rápido o suficiente para entrar e ir para o quarto de Rafe sem ser visto. Uma espécie de alívio e receio o dominou quando se deparou com Rafe na cozinha, esse olhando a geladeira com uma expressão de tédio.

Uma voz em seu cérebro o alertou sobre o quão patético estava sendo, porém a parte que só queria sentir os braços fortes de Rafe o envolvendo falou mais alto.

"Caralho." Rafe xingou assim que notou JJ e era evidente que não tinha nada a ver com sua aparição silenciosa.

"Hey." tentou sorrir e se arrependeu ao ser alvo do olhar fumegante do outro, não percebendo quando Rafe tinha se aproximado.

"Que merda aconteceu com você?" ele passou o braço de JJ por seu pescoço e contornou seu quadril, tentando não usar muita força e o ajudar a subir as escadas para seu quarto.

Uma vez dentro do cômodo Rafe deixou JJ na cama antes de tirar uma caixa preta dentro do armário que o Maybank descobriu ser um kit de primeiros socorros e se sentar ao seu lado.

"Vou ser sincero, vai arder." JJ teria rido em outras circunstâncias.

"Canta pra mim." falou a primeira coisa que veio em sua mente e Rafe o olhou como se tivesse dito que a porra do sol era roxo. "Por favor, não vai doer se você cantar pra mim." seus olhos não deixaram um ao outro e o silêncio se estendeu até Rafe balançar a cabeça em um gesto mínimo de confirmação.

"Pode ser qualquer uma?"

"Quais músicas você conhece?" Rafe deu de ombros.

"Você não quer que eu cante rock agora, quer?" JJ sorriu e negou.

"Wake up." Rafe franziu o cenho e parecia tentar se lembrar que música era essa.

"Acho que nunca ouvi."

"Tocou no carro daquela vez que invadimos aquele clube." Rafe assentiu, parecendo se recordar.

Ele demorou a cantar, iniciando baixinho antes de começar a limpar o corte na testa de JJ. Ele aumentou a voz quando o loiro grunhiu de dor, prestando atenção nos ferimentos ao invés do que cantava, tornando a coisa toda mais natural.

JJ sorriu ao notar que Rafe não era desafinado, ele parecia querer ser mas não conseguia, é claro que não era uma voz profissional, mas estranhamente era doce igual chocolate.

Aqui está a coisa que eu quero que você saiba
Você tem algum lugar para ir
A vida é um teste, sim, mas você vai aos poucos
Você não desiste, não, você cresce

E você usa sua dor
Porque isso te faz ser você
Embora eu gostaria de poder te segurar durante isso
Eu sei que não é a mesma coisa
Você tem que viver
E eu só quero que você faça isso

Rafe percebeu que o corte da testa não foi profundo o suficiente para precisar de pontos. Ele terminou de limpar todos os ferimentos com soro fisiológico e cobriu com curativos nos lugares que precisava. Já tinha se metido em brigas o suficiente pra saber que JJ ia precisar de muito tempo para se recuperar, o que só aumentava seu ódio por Luke.

JJ era como o sol, iluminava cada lugar que passava. Ele achava impossível que alguém não sorrisse em sua presença. Para Rafe era como um crime machucar alguém tão frágil e especial quanto JJ, e Luke pagaria por isso.

Então, levante-se, reacenda aquela faísca
Você sabe o resto de cor

Acorde, acorde, se é tudo que você faz
Olhe para fora, olhe dentro de você
Não é o que você perdeu
É o que você vai ganhar
Levantando sua voz para a chuva

Rafe passou pomada nas áreas que não foram abertas, porém estavam começando a ficar roxas e ouviu JJ grunhir de um jeito estranho.

"O que foi, eu te machuquei?" perguntou quando percebeu as lágrimas escorrendo pelas bochechas do Maybank.

"Não." fungou. "É só que... Isso é demais pra mim." Rafe entendeu.

JJ precisava chorar e Rafe percebeu que queria muito abraçá-lo, porém nunca gostou desse tipo de contato físico e poderia fazer algo errado.

"Obrigado, Rafe." foi a resposta que ele precisava para puxar JJ com cuidado contra seu peito e acariciar seus cabelos.

JJ não se importou com a dor e abraçou a cintura de Rafe o mais forte que conseguiu, sentindo o cheiro natural de sua pele através da camisa e uma quentura agradável se espalhar por seu peito.

Eles permaneceram assim por minutos ou horas, o tempo já tinha se perdido quando JJ se afastou. Ele tinha chorado em silêncio e era difícil parar com o cafuné que recebia.

Rafe não gostou de encontrar os belos olhos azuis de JJ vermelhos e por instinto quase o abraçou de novo, querendo que seus corpos permanecessem juntos.

"Eu posso resolver isso se você quiser." JJ já tinha ouvido isso antes e sabia exatamente o que significava.

Ele parecia um filhote com a pata machucada e foi como se Rafe tivesse tocado em sua ferida. Ele quase atacou, porém recuou em seguida, voltando dois dias depois e perguntando se Rafe tinha falado sério, confessando que ninguém nunca quis fazer algo assim por ele.

"Não me importo o suficiente com você pra isso, Maybank." foi a resposta de Rafe e horas depois eles estavam nus em sua cama para nunca mais parar.

"Eu sei." JJ suspirou. Ele realmente sabia que Rafe mataria Luke se ele disesse que sim. Seus amigos provavelmente gritariam com ele sobre ainda não ter fugido de Rafe, porém ele não conseguia sentir medo dele. Ele confiava em Rafe e sabia que ele nunca o machucaria.

"Vou fazer algo sobre isso." JJ se arrependeu de balançar a cabeça negativamente quando a dor o atingiu. "Não vou matá-lo, talvez quebrar um osso ou dez." deu de ombros com um sorriso esperançoso e JJ sentiu seu coração bater mais rápido enquanto milhares de borboletas pareciam estar se reproduzindo em seu estômago.

"Tudo bem." disse quando notou que Rafe queria seu consentimento.

Ele não pensou muito quando levou as mãos até seu rosto, acariciando sua bochecha porque tinha achado Rafe extremamente fofo de repente. Não que nunca tivesse achado isso antes, muito pelo contrário.

Rafe estremeceu de início e quase recuou. Não estava acostumado com esse tipo de coisa, porém se obrigou a relaxar quando encontrou os olhos cheios de ternura de JJ.

"É uma maldita injustiça com as outras pessoas o quanto você é bonito." Rafe soltou um som incrédulo e surpreso que fez os pelos do Maybank se arrepiarem. "É sério."

"Obrigado." JJ sorriu amplamente ao que parecia ser a primeira vez vendo Rafe com vergonha.

JJ não pensou muito antes de se aproximar lentamente e deixar leves selares pelo rosto de Rafe. Ele beijou suas bochechas, sua testa, a ponta de seu nariz, seu queixo, as pálpebras quando Rafe as fechou, ele beijou cada espaço que conseguiu antes de se afastar e roçar seus narizes, seus lábios muito perto um do outro antes de se inclinar e os juntar em um selar lento e suave, transformado-o em um beijo de verdade logo depois.

Rafe se sentia no alto de um penhasco, estava constantemente lá desde que descobriu que JJ era sua ruína. Os beijos em seu rosto foram como uma confirmação e ele sinceramente não sabia o que pensar ou fazer, mas por enquanto não faria nada além de aproveitar o momento.

Ele tentou se lembrar que JJ estava machucado e que deveria ser cuidadoso, porém estava começando a se esquecer disso toda vez que JJ chupava sua língua e fazia sons eróticos propositalmente.

"Você tá mal e isso só vai piorar as coisas." falou no fim do beijo ao notar as intenções de JJ.

"Então você não quer transar comigo?" fez beicinho. "Não quer me fazer esquecer tudo enquanto eu chamo pelo seu nome, Rafe?" comentou com uma mistura de provocação e ternura. Rafe tinha deixado escapar em uma de suas noites juntos que adorava quando JJ dizia seu nome.

Rafe sorriu diabolicamente e JJ sentiu seu pau endurecer quando os lábios do outro roçaram em seu pescoço.

"Adoraria mais do que tudo poder te deixar babando no meu pau e te comer até me implorar pra parar." ele choramingou quando Rafe se afastou para olhar em seus olhos. "Porém ia te machucar e eu não quero isso." disse com uma voz séria que JJ quase se perdeu nela.

"Certo." bufou igual uma criança emburrada e Rafe sorriu, beijando sua bochecha antes de se levantar.

"Mas você pode tomar banho de banheira se quiser." mesmo de costas, ele pôde ouvir a agitação do loiro.

Rafe encheu a banheira e sorriu ao perceber os olhos azuis brilhando quando viu a quantidade de espuma, dando-o privacidade porque se já não conseguia se manter na linha com JJ vestido imagina pelado.

Ele não se surpreendeu pela demora do outro, deitando em sua cama com um livro entre as mãos. JJ saiu do banheiro longos minutos depois, parecendo mais relaxado e vestindo as roupas que Rafe tinha lhe dado, estranhamente sem um fio de cabelo fora do lugar.

"O que foi?" perguntou assim que identificou o brilho de raiva nos olhos do Cameron.

"Por que penteou o cabelo?" JJ franziu o cenho e teria rido se não fosse o tom sério de Rafe.

"Você sempre tenta ajeitar meu cabelo, pensei que fosse isso que você..." JJ se interrompeu quando as mãos de Rafe começaram a bagunçar seus fios.

"Nunca mais faça isso." a tensão em seu cenho aumentou.

"Você... Não tô entendendo, só você pode arrumar meu cabelo?" perguntou em dúvida e a confirmação veio através do silêncio de Rafe. "Tudo bem." o puxou pela cintura para mais perto e identificou a pergunta silenciosa nos olhos do outro. "É claro que eu tô bem com isso, cara. Prometo só deixar você arrumar meu cabelo." JJ exclamou surpreso quando Rafe uniu suas bocas em um beijo eufórico.

O beijo foi bruto e quente, uma necessidade pulsando em suas veias para ter mais do outro, mesmo que não fosse logicamente possível, o ar deixando seus pulmões em segundos.

Eles se beijaram grande parte da noite, até mesmo no meio do filme de comédia que Rafe lutou pra deixar JJ escolher.

No dia seguinte nenhum cidadão de Outer Banks se importou ou achou estranho Luke estar em um hospital, enquanto JJ tentava se levantar da cama e era impedido pelos braços de Rafe, simplesmente voltando a dormir em seguida, feliz como há muito tempo não se sentia.

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