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50. Los Angeles

O universo parecia querer lhe pregar uma peça. Custava a acreditar que aquilo estivesse mesmo acontecendo. Era tudo uma piada de mau gosto. Só podia ser isso.

Evan desligou o telefone atônito com tudo que Emily lhe dissera. Os pais finalmente aceitaram a união dos dois. Deram livre arbítrio para que a filha fizesse suas próprias escolhas dali em diante mas, como se o destino estivesse lutando com unhas e dentes contra eles, uma reviravolta acontecera em poucas horas.

Levantou-se da cama quase que imediatamente. Caminhou até o banheiro e lavou o rosto, tentando se acalmar. Não iria desistir dela, não agora.

Sabia que ela era boa demais para deixar alguém que gostava e precisava de sua presença e fazer o que queria. Ela era altruísta demais para simplesmente não ficar ao lado de Dylan naquele momento.

Se pegou desejando que aquela tragédia tivesse o pior dos desfechos, mas aquele não era ele. Outra morte de alguém que Emily amava, em tão pouco tempo a destruiria por inteiro.

Talvez fosse apenas um tiro superficial. A menina não soube lhe explicar o que de fato havia acontecido. Estava muito nervosa e chorando legitimamente, o que fez com que Evan não entrasse demais nos detalhes.

Deixou o quarto, indo até a cozinha para beber um copo d'água e notou que seu pai preparava algo.

- Achei que já estivesse dormindo - disse ele ao homem mais velho e retirando da geladeira uma jarra plástica - O que está fazendo?

- Fiquei com fome e decidi fazer um lanche antes de dormir. Mas e você? Notei que deixou a sala ao telefone. Era Emily?

Evan suspirou profundamente, antes de contar tudo que a menina lhe dissera a poucos minutos atrás.

O semblante de Paul era de puro comparecimento. Lhe cortava o coração ver o filho daquele jeito, principalmente agora que estavam se dando tão bem.

- Isso é terrível, a pobrezinha deve estar arrasada. Tudo acontecendo ao mesmo tempo não é fácil pra ninguém aguentar, muito menos para uma jovem tão sensível quanto Emily.

- O pior é que ela se culpa pela briga de Dylan com o tal Joe - Evan explicava ao pai o pouco que havia entendido da história - Não compreendo bem o porquê, mas sei que ela não vai se perdoar caso algo grave aconteça com o cara.

O pai mordiscou seu sanduíche de pernil que acabara de preparar com as sobras do jantar - Acho que você deveria ir até lá e ficar ao lado dela nessa hora. Saber mais sobre o ocorrido e mostrar que se importa.

- Você tem razão, vou aproveitar as férias e ir até lá - os olhos de Evan se iluminaram apenas com o pensamento de ver e estar com Emily - Pega leve na gordura, velho. Você não tem mais 21 anos.

- Tenho saudade dos 21 - Paul riu com a preocupação, disfarçada de brincadeira do filho - O pão é integral. Não se preocupe!

- Você está muito bem pra idade - Evan deu de ombros, sorrindo - Vou deitar. Boa noite!

- Boa noite, filho!

Já em seu quarto, o sono profundo estranhamente chegou depressa. Seu sonhos, no entanto, não foram agradáveis.

Sonhou que corria entre árvores e arbustos em uma floresta. O lugar era ermo e escuro. Ele gritava o nome de Olivia desesperadamente, mas a menina parecia não lhe ouvir.

Encontrava então, um casebre que só de recordar dava calafrios. Entrou no local receoso. As tábuas do assoalho rangiam como nos filmes de terror trash* e como num passe de mágica, Olivia surgia em sua frente, vestindo as mesmas roupas do acidente e pedindo-lhe ajuda para sair daquele lugar.

Quando Evan tentava segura-la pelo braço e trazê-la para si, algo a puxava para longe dele e a imagem de Olivia sumia novamente, o deixando só, naquele lugar horrendo.

Pela manhã, Evan arrumou uma pequena mala só com o necessário para alguns dias em Los Angeles. Os dias na Califórnia eram extremamente quentes, então não precisaria de muitas coisas. Fez reserva em um hotel próximo ao bairro de Emily e comprou online sua passagem de avião.

Chegou a Los Angeles por volta das seis horas da tarde, daquele mesmo dia. Não sabia bem como encontraria Emily naquela cidade enorme. Resolveu então se instalar no hotel, carregar seu aparelho celular e ligar para a moça. Precisava também de um carro alugado. Detestava ter que depender de transporte público ou táxi.

O quarto era amplo, todo branco, bem iluminado e com uma bela vista para mar. Eram instalações simples, embora bem confortáveis. Não pretendia estender demais sua visita, então aquele hotel lhe parecia ideal.

Deixou seu telefone carregando e foi até o banheiro em busca de um bom banho revigorante. Estava tenso demais, por conta de todos os acontecimentos dos últimos dias.

Enquanto se refrescava na ducha, Evan pensava em sua irmã. O que Olivia estaria pensando de sua atitude  impulsiva? Ela sempre lhe dizia que seu mal maior era pensar demais antes de agir.

Saiu do banho e ligou para a recepção do hotel. Pediu algo para comer e repor suas energias, também pediu que lhe conseguissem um carro.

Com tudo, assim que terminou sua refeição, Evan olhou entre as cortinas fechadas do quarto e notou a penumbra que se estabelecia do lado de fora. Eram mais de nove horas da noite.

Decidiu por esperar o dia seguinte para então procurar por Emily. Não contaria a ela que estava na cidade ainda. Assim que amanhecesse, ligaria e lhe faria uma surpresa.

Ligou o televisor do quarto e aconchegou-se na cama branca e confortável. Estava passando iZombie** e fora impossível para ele, não pensar em Olivia novamente.

Quanto tempo mais levaria para a dor passar? Se é que algum dia ela passaria.

- Evan?

- Sim. Quem você esperava, o Justin Timberlake? - tentou descontrair a conversa que temia ser tensa. Mesmo que estivesse em Los Angeles para apoiá-la, sabia que poderia parecer que a estava pressionando.

- Só se fosse atuando - ela devolveu a ironia - Timberlake não faz meu tipo e como cantor, faz meus tímpanos doerem.

Evan riu, mas sabia que aquele bom humor que lhe parecia presente na voz e nas palavras da menina eram apenas fachada - Não seja tão má, Emily Marshall!

- Apenas digo o que sinto, ou ouço, nesse caso. Mas o que deu em você para me ligar assim tão cedo?

- Estou em Los Angeles - foi direto ao ponto. Sabia que os risos dela logo acabariam e precisava lhe dizer que estaria ao seu lado para tudo que precisasse. Jamais a deixaria de novo.

- O que? - o espanto tomou sem timbre - Como assim está em Los Angeles?

- Tirei uns dias de férias e precisava...
Preciso muito te ver e sei que precisa de mim também.

- Não sabe como é bom ouvir isso. Meu coração está em pedaços, Evan!

- Onde você está? Posso ir até você.

- Melhor não. Estou no hospital. Acabei de chegar. Acho que não seria prudente nos encontrarmos aqui - Emily agora parecia bem mais aflita - Me encontre em uma lanchonete que tem aqui duas quadras abaixo.

- Me envie a localização, chegarei o mais depressa que puder. Amo você!

Também amo você!

Assim, Evan deixou a cama do hotel rapidamente, tomou um banho, vestiu-se e pediu café no quarto. Não estava afim de comer no restaurante do hotel. Era mais cômodo e agradável ficar em seu quarto e pensar no que diria a Emily quando a visse. Dizer que lamentava não era uma opção, dadas as circunstâncias, soaria extremamente falso de sua parte.

Comeu o mais depressa que pôde. Confirmou com a recepção se seu carro estaria pronto e desceu. Um Mercedes Benz C300 preto o aguardava em frente ao hotel. Não era como seu Mustang, mas serviria bem enquanto estivesse na Califórnia.

Ligou o rádio do carro e pôs o cinto. Deu ré e acelerou em direção ao lugar que Emily marcara. A voz de Kurt Cobain ressoava no interior do veículo e Evan acompanhava a letra, enquanto dirigia " eu estou animado, eu não posso esperar para te encontrar lá, mas eu não me importo, estou tão excitado, mas tudo bem, minha intenção é boa..."

Quando Evan avistou Emily, sentada em uma mesa próximo ao bar da lanchonete, sentiu seu coração disparar no mesmo segundo em que seus olhos se encontraram. Ela estava linda como sempre. Usava um vestido curto e soltinho, estampado com flores em tons mais claros. Seus cabelos soltos dançavam ao vendo refrescante que soprava naquele dia.

Se aproximou dela e fora recebido com um abraço caloroso de quem precisa de ajuda. Seus braços estavam tensos e o olhar entregava o quão tudo aquilo estava sento difícil para ela.

- Como estão as coisas? - falou enquanto sentava-se a frente da menina.

- Bem, você sabe - ela fez uma breve pausa para beber seu suco - não era assim que eu planejava conhecer a família do meu futuro ex namorado, mas todos, principalmente a irmã mais velha, são incríveis, não mereciam passar por isso.

Evan tomou as mão dela entre as suas, num gesto de pura solidariedade - O estado dele é grave?

- Ainda não sabemos. Estão fazendo exames - ela suspirou - Retiraram a bala, mas acho que atingiu algum órgão, porque não querem nos deixar vê-lo.

- Emily, porque disse que a culpa disso foi sua?

Suas mãos, antes sobre as dele, soltaram-se e tornaram a repousar  sobre seu colo - Esse garoto Joe, namorava uma de minhas amigas, mas tentou me beijar em uma festa, antes de Dylan e eu virarmos namorados.

- Aposto que ele tentou te defender do cara e essa foi a retaliação - Evan sorriu sem humor - Você tem uma queda por heróis. Não é?

O sorriso de Emily se abriu e ela não pode deixar de notar o quão bonito Evan era - É tão bom ter você aqui. Tudo que eu amo parece estar se esvaindo, as tragédias parecem estar sempre girando em torno de mim. Primeiro minha tia, depois Olivia e agora o Dylan.

- Não diga isso. Nada é culpa sua, Emily. As coisas acontecem porque era pra ser dessa forma e não há nada que você faça para alterar a ordem natural da vida.

Ela enxugou uma lágrima que escorria por sua bochecha, sorriu forçadamente, enquanto se erguia da cadeira e pegava sua bolsa - Preciso voltar ao hospital, o médico ficou de nos dar um diagnóstico logo.

- Quer que eu vá com você?

- Prefiro que me espere aqui - aquele momento era apenas seu, Evan não precisava vê-la perto dos familiares de Dylan, agindo como se fosse sua namorada - Se quiser, me espere aqui e volto para te dar notícias.

Ele assentiu e ela deixou o local. Enquanto via Emily se afastando, o coração de Evan apertava ainda mais, como se algo o estivesse atormentando, mas não conseguia saber o que era.

Sentou-se novamente e pediu um suco de laranja, para beber enquanto aguardava o regresso da jovem. Alguns minutos extremamente longos e ele então pode avistar ao longe, dobrando a esquina, Emily correndo em sua direção.

Conforme a moça aproximava-se dele, Evan pode notar que ela chorava copiosamente. Foi então a seu encontro e na calçada, seus braços a envolveram em um abraço carinhoso. Suas mãos acariciavam os cabelos sedosos da menina que retribuía, se aconchegando em seu peito.

Sabia que seria difícil para ela falar  naquele momento, mas precisava tentar. A angustia também o estava consumindo - Emily, o que aconteceu?

A jovem afastou-se dele, os olhos banhados em lágrimas e seu tom de voz rouco e abafado fez Evan estremecer - Ele não vai mais andar!

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