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46. O adeus dilacerante

- Acorda! Acorda! Dylan, acorda! - Emily sacudia o garoto, deitado sobre a cama, com aflição.

- O que ouve, Emily? - ele insistia em continuar como estava - Porque todo esse alarde?

Ela caminhava, pelo quarto de hotel, recolhendo suas roupas e as vestindo rapidamente. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo alto e parecia já ter tomado banho - Eu não sei, mas aconteceu alguma coisa com Olivia. Estou sentindo. Preciso ir até o hospital o mais rápido possível.

Dylan, sem nenhuma pressa, ergueu-se da cama e seguiu em direção ao banheiro, parando na porta antes de entrar - Será que dá pra, por favor, se acalmar? Se tivesse acontecido algo, já teriam ligado.

- Meu coração me diz pra ir o quanto antes - seu olhar era suplicante - Se quiser ficar, eu posso ir sozinha.

Ele suspirou - Tudo bem. Só me dê 5 minutos para escovar os dentes e me vestir.

Emily assentiu, sentando-se na ponta da cama para calçar seus tênis surrados.

Pegaram um táxi na portaria do hotel e seguiram até o hospital que não era tão longe dali.
Adentrarando a sala de espera, Emily teve a certeza de que seu mau pressentimento tinha mesmo um fundamento.

- Oh, Emily - Annabel abraçou a menina, assim que a avistou entrar no local. Ela chorava copiosamente e não conseguia proferir mais nenhuma palavra.

Emily olhava a sua volta, vendo todos em um total desespero. A palidez de Christian e o jeito inconsolável de Paul, fez com que ela associasse tudo aquilo a algo extremamente ruim. Só não conseguia vislumbrar em parte alguma a figura de Evan.

Dylan recostou-se sobre um balcão de vime sintético, onde haviam inúmeras revistas para os visitantes. Olhava tudo com atenção e podia sentir, em seu próprio peito, o quanto aquilo que estava prestes a ser dito faria Emily quebrar aos pedaços.

A menina afastou-se de Annabel por um instante e pode sentir toda a sua dor. Ao olhá-la nos olhos, Emily soube o que, de fato, estava acontecendo.

Não queria acreditar. Não era verdade. Aquilo só podia ser uma piada de mal gosto, um pesadelo que ela logo despertaria ofegante, mas suspiraria aliviada por não ser real.

Paul caminhou até Emily. Suas pupilas dilatadas, os olhos extremamente inchados e o semblante denotava a mais profunda tristeza de um homem.

- Não. Por favor, me diz que ela está bem, Sr. Blake! - seus olhos queimavam e Emily correu para os braços do homem que desabava em lágrimas novamente - Olivia é minha melhor amiga, eu não saberia...

- Minha princesa se foi, Emily!

As palavras saíram como balas de uma arma, acertando em cheio o coração da jovem.

- Não! Não! Não... - Emily caiu ajoelhada sobre o piso gélido da sala de espera hospitalar e repetia a negativa em meio a seu pranto descontrolado.

Dylan aproximou-se, tentando ampará-la. Com muita dificuldade, conseguiu fazer com que ela caminhasse alguns paços, até a poltrona ao lado de Christian.

Enquanto Annabel desmaiava pela segunda vez, após aquela triste notícia e era amparada pelo atual e pelo ex marido, uma enfermeira se aproximava, chamando dois colegas para dar total assistência a mulher desacordada.

Christian escorregou ao chão, apoiando as costas em uma das poltrona, abraçando seus joelhos junto ao corpo e chorando legitimamente.

Emily não conseguia pronunciar nada. Sua garganta ardia como se tivesse engolido fogo. Suas mão, assim como o resto de seu corpo, tremia sem parar. Sentiu sua visão opaca, como quando soube que Olivia havia sofrido o acidente. Ouviu Dylan chamar por seu nome, quando tudo ao seu redor escureceu.

Acordou, acompanhada de Dylan, em um quarto cercado por paredes brancas e com uma agulha espetada em sua veia. Tentou levantar-se mas sua cabeça doía intensamente.

- O que eu estou fazendo aqui? - ela examinava com curiosidade o soro que pingava em um suporte, acima de sua cabeça - Eu tive um sonho horrível.

A tristeza nublou as feições de Dylan - Não foi um sonho, Emy! Olivia infelizmente não resistiu aos ferimentos e faleceu hoje pela manhã.

O choro voltou a consumí-la. A última vez em que falara com sua melhor amiga, a discussão, os xingamentos, tudo aquilo vinha a tona como um tsunami de emoções tristes, levando embora tudo que Emily vivera de bom ao lado de Olivia e deixando apenas dor em seu lugar.

- Acalme-se, Emily!

- Dylan, ela tá morta! - a realidade finalmente despontou em seu rosto.

- Deixa eu te ajudar! - o garoto tentava fazer com que ela não se mexesse tanto, para que o soro continuasse circulando por suas veias. Ela estava fraca, não havia se alimentado antes de saírem e a preocupação dele era notória quanto a isso.

- Ajudar? Como você vai me ajudar? Ela está morta, minha melhor amiga está morta! - a dor ultrapassou seu corpo - Onde está o Evan? Eu não o vi desde que chegamos. Ele deve estar arrasado.

Dylan suspirou profundamente e meio a contragosto respondeu seu questionamento - Ninguém o vê a horas. Quando o médico deu a notícia do falecimento de Olivia, ele saiu transtornado - Dylan pigarreou - Nem a namorada sabe onde ele está!

- Namorada?

- É. Uma loira, alta e magra - as palavras saiam inocentes de sua boca, mas no fundo, pronunciá-las lhe fazia bem, mesmo sabendo que feria Emily - Ela passou aqui, pouco depois de você desmaiar. Procurava por ele, então logo saiu afim de encontrá-lo.

- Eu sei onde ele está! - Emily ergueu-se com dificuldade do leito branco, arrancou a agulha de seu braço e cambaleando tentou chegar até a porta, mas Dylan a impediu de deixar o quarto.

- Você está maluca? Precisa de repouso. Não vou deixar que saia daqui desse jeito.

- Sai da minha frente, Dylan! - ela esbravejou - Preciso encontrá-lo. Ele precisa de mim!

- Ele tem namorada pra isso. Ela pode muito bem achá-lo sozinha.

- Não. Ela não pode. Pelas coisas que Evan me disse ontem, temo que ele possa fazer alguma besteira. Não ia me perdoar se isso acontecesse - Emily conseguiu desviar-se do namorado e caminhou pelo corredor do hospital, procurando incansavelmente pela saída.

- Está bem, quer sair por aí atrás de um filho da puta que te fez sofrer por meses e que nem ao menos teve a decência de respeitar a própria irmã. Pode ir!

Emily travou ao ouvir a última parte daquilo que Dylan dizia - Do que está falando?

- Christian me contou o porquê de Evan sentir tanta culpa no que aconteceu com Olivia - Dylan disparou, tentando fazer com que ela desistisse de sair em busca do outro.

Mesmo que a curiosidade lhe fizesse querer ouvir, Emily sabia o que precisava verdadeiramente fazer, então deu de ombros e seguiu seu destino pelo longo corredor iluminado - Não me importo!

Ainda pode ouvir Dylan falar - Que se foda! Vou voltar pra casa. Você não precisa de mim. Espero que não se machuque de novo com tudo isso.

Emily pediu ao porteiro que liberasse sua entrada sem nenhum aviso, como ele já a conhecia, o fez sem maiores complicações.

Ela subiu, com o elevador, até o quinto andar do prédio, tocando a campainha assim que se deparou com o número 177 gravado em uma das portas. Tocou a sineta por três vezes, até que decidiu forçar a maçaneta e para sua surpresa, a mesma se encontrava destrancada. Ele estava mesmo alí.

Emily adentrou o local completamente desalumiado e instintivamente procurou por um interruptor. Quando o tocou com a ponta dos dedos, o lugar se iluminou e ela pode ver caixas para todos os lados. Móveis ainda em seus devidos lugares e algumas coisas pessoais de Evan, que continuavam espalhadas pela antiga moradia.

- Como sabia que eu estaria aqui? - uma voz grave fez se ouvir por entre a desordem.

Emily pode então avistar Evan, debruçado sobre a janela - Lembro-me de quando seu pai decidiu ficar com o apartamento. Disse que era um investimento. Vi a felicidade estampada em seus olhos e nos de Olivia - pronunciar o nome dela partia ainda mais seu coração.

Evan olhou para Emily. O terror tomou conta de sua face, quando ela pode ver o estado lamentável em que ele se encontrava.

A palidez, barba por fazer, cabelos desgranhados e olhos inchados eram apenas o começo. Suas roupas, estavam um pouco sujas e pareciam molhadas. Quando ele a abraçou, Emily pode sertir o cheiro forte de álcool exalando de seu corpo.

- Isso dói, Emily. Porque não fui eu no lugar dela, hem? - Evan afastou-se dela, pegando de sobre a estante, um porta retratos com uma foto sua ao lado da irmã - Ela era tão boa. Tinha uma vida inteira pela frente. Cheia de sonhos. Por que isso tinha que acontecer logo com ela?

Evan arremessou o quadro para longe, fazendo-o se partir em milhões de pequenos pedaços, espalhados pelo carpete.

- Evan, se acalme, por favor!

- Não. Não dá. Não dá... - ele continuava arremessando coisas aleatórias que encontrava a seu alcance, gerando caos e destruição por todo aquele amplo espaço semi vazio - Não posso deixar de me culpar. Não posso deixar de pensar que seria melhor se eu estivesse dentro daquele maldito carro.

- Não diga isso! - Emily chorava descontroladamente. Seu rosto contorcido numa expressão apavorante. Tentou aproximar-se novamente do rapaz que segurava em suas mãos um copo de whisky vazio.

Sem que Emily pudesse ter qualquer reação, o copo passou como um raio ao seu lado, à centímetros de sua cabeça, estourando contra a porta atrás da menina.

O espanto tomou-lhe por inteiro - Evan, para! Está me assustando.

Ele parou. Olhou ao seu redor e só então deu-se conta do estrago que havia feito - Ela não, Emily. Ela merecia viver. Eu não mereço, não tenho mais nada nessa droga de vida para me motivar.

Evan sacou do bolso de trás de sua calça de moletom surrada, um revólver calibre 22. Apontou para sua própria cabeça enquanto continuava falando coisas desconexas.

Emily deu um grito ao ver a cena diante de seus olhos - Pelo amor de Deus, Evan, não faz isso. Abaixa essa porcaria e me escuta. Olivia não ia querer isso.

- Olivia morreu, Emily - o choro ia aumentando e a raiva de si mesmo ia no mesmo ritmo - Ela não pode mais querer nada, tudo por minha culpa. Ninguém sentirá minha falta.

A mão de Emily se estendeu a frente de seu corpo e com a palma de sua mão esticada, ela tentava se aproximar do rapaz em surto.

- Claro que sentirão. Seus pais já perderam a filha, acha que querem perder você também? — ela se corroía de medo — Não causa, mais sofrimento, Evan. Abaixa essa merda.

- Eles ficarão melhor sem mim para lhes dar trabalho.

- E quanto a Caroline?

Os olhos de Evan se enrugaram - Como sabe sobre ela?

- Não sei nada. Mas ela foi te procurar no hospital, estava preocupada. Agora por favor, abaixa a arma e vá atrás dela.

- Já fiz Caroline sofrer demais por minha causa. Será melhor pra ela também se eu não estiver mais por perto pra magoá-la.

E quanto a mim? - era sua última cartada para fazê-lo desistir daquela loucura - Lembra do que me disse quando fui eu quem tentou cometer esse ato tão covarde?

Ele baixou a mão que segurava o revólver e se concentrou no que ela dizia.

- Você me disse que eu era o que te impulsionava, que era seu coração, algo com o que não podia viver sem - Emily recordava-se das palavras como se estivessem sido ditas a poucos dias - Disse que se algo acontecesse comigo, te mataria também. Então, por mim, larga essa merda e sofre como homem. Eu sei que dói, tá doendo muito em mim também e como você disse ontem, só nós dois podemos confortar um ao outro.

Por fim, após ouvir todas aquelas palavras que soavam tão sinceras aos seus ouvidos, Evan depositou a arma sobre a estante, no mesmo lugar onde se encontrava o porta retratos anteriormente e tomou Emily em um abraço inesperado e cheio de aconchego.

- Eu não posso perdê-la, Em! - sua face indicava um sofrimento tão intenso que ele mal podia suportar - Ela era minha irmãzinha e agora se foi, se foi para sempre.

Emily estava consternada. Tentava manter-se firme por ele, mas era uma missão difícil. Saber que nunca mais veria Olivia, que não mais teria seus conselhos para orientá-la e nem seu abraço para confortá-la. Nunca mais veria seu sorriso iluminado, nem ouviria sua risada alta e tão gostosa de se escutar.

- Vou ficar do seu lado pelo tempo que precisar, meu amor. Eu prometo!

- Então fique. Não me deixe mais. Eu só tenho você, Emily - Evan aproximou-se e tocou seus lábios úmidos pelas lágrimas nos dela, em um selinho longo demais para o normal.

A cor fugiu-lhe do rosto. Emily ficou completamente sem reação. Aquele beijo, mesmo que involuntário, nunca esteve em seus planos. Foi pega de surpresa e agora não sabia nem ao menos o que dizer para amenizar o clima tenso que ficara entre eles.

- Me desculpe! - Evan quebrou o silêncio - Não foi minha intenção te constranger. Sei que você tem namorado e essa nem é uma boa hora pra fazer esse tipo de coisa, não sei onde eu estava com a cabeça, não...

Evan falava sem parar, enquanto as lágrimas rolavam por sua face espontaneamente. A dor pela perda de Olivia era tão aguda que ele sentiu-se egoísta por ter deixado aquele beijo acontecer.

- Eu preciso ir - Ela deu dois passos para trás, afastando seu corpo do dele, com o seu ainda rígido e tenso pelo repentino ato - Dylan deve estar me esperando e preocupado com meu sumiço. Além disso, preciso ligar para minha mãe e dar a notícia.

- Não faça isso, Em!

- Não fazer o que? - ela pegou sua bolsa que repousava sobre uma pequena mesa de centro e fingia procurar algo.

Evan travou a mão da garota, ponto-a em contato com a sua, gélida e trêmula - Não finja que não aconteceu nada aqui. Você ama ele?

A pergunta atingiu Emily da maneira mais dolorosa possível. Não podia mentir. Era injusto com Evan, injusto com Dylan, injusto até mesmo com ela própria - Eu tenho um enorme carinho por ele. É gentil, tem me feito muito bem e meus pais gostam muito dele.

Evan avançou os passos que ela dera para se afastar, mas agora para mais perto da mesma e a segurou firmemente pelo braço, impedindo que o repelisse novamente - Não crie curvas com as palavras, Emily!

A proximidade entre eles era um tanto quanto desconfortável. Emily podia sentir o hálito quente do garoto em sua face. Era quase como uma tortura estar tão junto a ele e não tê-lo para si. Seu lado racional, o que pensava em Dylan, pensava na situação em que estavam vivendo, foi se dizimando e ela entregou-se a emoção - Eu te amo, Evan! É isso que quer ouvir? É você. Sempre foi você. Não consigo esquecê-lo nem com todas as forças do meu interior, então, ou me beije agora, ou me deixe ir!

Antes que ela pudesse pensar com clareza no que havia dito, sua boca já estava na dele. Suas línguas dançavam sem música, em um ritmo que somente eles sabiam seguir. Foi um beijo intenso, demorado, como se nada, nem ninguém, pudesse superar a doçura e a sintonia que existia entre eles. Aquilo era real. Aquilo era o mais puro e verdadeiro sentimento, transformando tudo que havia ao redor deles em apenas uma nota de rodapé.

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