Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

36. Descobertos

- Olivia, você é maluca! - Evan avaliava o tamanho da mesa e todos os salgados e doces que a irmã mandara preparar e no centro de tudo, um bolo enorme com duas velas azuis representando o número 21 sobre ele - Como fez tudo isso sozinha?

- Ah, não seja despretensioso, você merece - a menina balançou sua cintura em forma de dança - Vamos curtir!

Evan a abraçou e foi em busca de sua amada, que fora buscar duas cervejas na cozinha.

- Então, o que achou da festa? - quis saber ela, fechando a porta do refrigerador, assim que Evan adentrou o cômodo - Sei que não gosta muito de tumultos.

- Confesso! Achei um tanto exagerado - ele ergueu as sobrancelhas e chacoalhou a cabeça de um lado para o outro - Mas gosto do entusiasmo dela e com você ao meu lado, tudo fica perfeito.

Emily sorriu, envolveu seus braços ao redor do pescoço do rapaz e deu-lhe um beijo intenso - Você é incrível! O que acha de irmos lá pra fora, fugir de toda essa música e gritaria?

Evan a girou em seus braços, tirando seus pés do chão - Menina, você parece desenhada pra mim!

O casal passou pela porta da frente, em meio a pessoas que nem conheciam e não faziam idéia de como Olivia conhecia e segurando seus corpos, sentaram-se sobre o muro baixo que cercava a casa.

Evan contou a ela tudo que se passara naquele fatídico dia em que Ruby o beijara. No início Emily ficara um pouco chateada, mas aos poucos as coisas passaram a fazer sentido e a garota não mais sentia-se insegura.

A noite estava perfeita. Os dois beberam, namoraram e se divertiram enquanto riam das pessoas alcoolizadas que circulavam pela casa.

Quando o local já estava completamente vazio e Emily ajudava Olivia com a arrumação, eis que sem nem ao menos ser convidada, sem bater ou avisar, Elizabeth, mãe de Emily, invade a casa aos berros.

- Custei a acreditar que fosse tão ingênua em não ter ao menos percebido o que se passava em baixo do meu próprio nariz - disse ela, com ar severo.

- Mãe! - Emily exclamou. Seu semblante era de puro terror e espanto - Deixa eu explicar...

- Você não tem direito a defesa depois de todas as suas mentiras - a jovem senhora segurava a filha pelo braço, tentando arrasta-la para fora.

Emily, com muita dificuldade, conseguiu soltar-se das garras da mãe. Evan apenas observava a cena atônito.

- Eu não vou a lugar algum com você, chega de disso - Emily esbravejou, abraçando o garoto que era o motivo de toda aquela cena - Você não vai me separar de Evan! Não mais.

Evan retribuiu o abraço, pondo-se a frente, em defesa da menina - Ouça, Sr. Marshall - ele enfim falou - Emily e eu gostamos um do outro, sei que a idade é algo que lhe preocupa, mas eu prometo cuidar dela.

- Emily, não me faça tomar medidas drásticas quanto a isso - de repente a aparência zangada da mulher se trosforma em lágrimas e desespero.
Emily arregalou os olhos, sem entender o que se passava com a mãe. Porque chorava de forma descomunal?

Ela se desvencilhou de Evan e caminhou até sua mãe, a abraçando fortemente, mesmo sem compreender o real motivo daquilo.

Elizabeth a fitou, ainda em prantos - Emily, sua tia Natalie sofreu um acidente de carro quando voltava de uma festa com alguns amigos - agora a expressão de sua mãe lhe fazia sentido - Ela faleceu no local. Fui até a casa do pai de Olivia a sua procura, mas...

A garota abraçou a mãe ainda mais forte, tentando confortá-la e ainda na esperança de que aquilo fosse apenas um mal entendido.

Emily nunca tivera muito contato com as tias, por conta da distância e mesmo após ter ido morar em Miami, o afastamento se mantinha. Mas Natalie era a única que a visitava nas férias e sempre fora a irmã mais velha que ela gostaria de ter.

A diferença de idade entre as duas era de apenas 8 anos e ela recordava-se de sua tia lhe explicando coisas que jamais teria coragem de conversar com a mãe.

Assistiam Dirty Dancing juntas e Emily recordava-se de ficar extremamente envergonhada com as histórias de Delta de Vênus. Mas talvez tenha sido daí que nascera seu amor incondicional por livros. Claro que ela preferia romances mais lights e inocentes do que contos pra lá de sórdido, como os que sua tia amava.

Sem ao menos perceber, Emily chorava copiosamente, apoiada em Elizabeth. Evan e Olivia assistiam a cena emocionados.

- Evan, será que você poderia nos dar uma carona até em casa? - Emily se dirigiu ao rapaz - Acho que minha mãe não tem condições de dirigir. Depois mandamos alguém para pegar o carro dela.

Evan assentiu, tirando suas chaves do bolso para atender o pedido da moça.

- Não se dê ao trabalho - disse a mulher, se recompondo novamente - Seu pai está lá fora. Vamos Emily!

A garota jogou-se nos braços de Evan, ainda derramando lágrimas de sofrimento.

- Emily! - o olhar da mãe era perfurante - Vamos logo!

Ela então despediu-se de Olivia e deu as costas para Evan, lamentando não poder tê-lo ao seu lado naquele momento tão difícil.

O funeral de Natalie fora emocionante. Ela estava tão linda, parecia dormir apenas, envolta de um belo vestido branco e em sua cabeça, repousava uma coroa de flores do campo. Rosas brancas decoravam a capela e lágrimas rolavam do rosto de amigos e parentes mais próximos.

Um jovem rapaz, que aparentava ter seus vinte e poucos anos, chamou a atenção de Emily. Não tinha conhecimento de que sua tia tivesse um relacionamento estável e sério com alguém, mas aquele homem chorava sem parar, ao lado de seu caixão, enquanto sua mão repousava sobre a da garota inerte.

Seu pensamento flutuou até Evan, como se pusesse no lugar do rapaz alí. Um frio passou por sua espinha e ela respirou fundo para que a imagem desaparecesse de sua mente.
Como seriam as coisas dali para frente? Como seus pais iriam agir quanto a sua mentira e pior, sobre seu namoro com Evan?

Sentiu-se mal por pensar em si, diante da tristeza de perder sua tia, mas era inevitável temer pelo pior.
O enterro fora debaixo de chuva. Até no céu, os anjos choravam a morte de uma pessoa tão amada e querida como Natalie.

Ao voltarem para casa, seus pais, como nos dias em que preparavam o funeral e enterro de Natalie, não deram uma palavra sobre o ocorrido da noite com Evan.

Emily sabia o quão abalada sua mãe estava com aquela fatalidade, então resolveu também manter o silêncio.
Subiu até seu quarto, tomou um banho quente, pôs seus fones de ouvido e deitou-se em sua cama, tentando manter a mente ocupada. Adormeceu.

Ao acordar, Emily checou o celular. Uma mensagem a despertou rapidamente.

" Sei que está abalada, mas me dê notícias assim que puder, estou preocupado. Amo você! "

Evan era tão doce. Emily sentiu-se a pessoa mais sortuda do mundo. Disse a ele que não se preocupasse, pois logo estariam juntos, mas não tinha essa convicção verdadeiramente.

Levantou-se e foi até a cozinha preparar um sanduíche. Eram quase onze horas da noite e Emily ficara assustada por ter dormido tanto tempo.

Ao acender a luz do cômodo, a garota deparou-se com a mãe, sentada em um banco, com os olhos inchados e o semblante cansado.

- Mãe, o que faz aqui no escuro?

- Não consegui dormir, então vim para cá, pensar - disse-lhe a mulher - Seu pai tem sono pesado, mas mesmo assim fiquei com receio de acorda-lo.

- Tia Natalie era uma mulher tão jovem, tão cheia de vida e bonita, não merecia ter seus dias encerrados dessa forma tão brutal - Emily repousou sua mão sobre a de Elizabeth - Mãe, você conhecia o rapaz ao lado do caixão?

- Sua tia apesar de ser muito comunicativa e alegre, também era uma pessoa muito fechada quando o assunto eram seus relacionamentos - explicou-lhe a mulher - Mas pelo que presenciei durante o velório, e ouvi de sua tia Rose, eles se gostavam muito.

- Por falar em tia Rose - Emily caminhou até o refrigerador, pegou uma caixa de suco de laranja e os ingredientes para preparar seu sanduíche - Com quem ela irá morar à partir de agora?

- Emily, sente-se aqui!
Sua mãe tinha o olhar sério. Emily então puxou um banco e sentou-se ao lado da senhora.

- Eu conversei com seu pai - a mulher se pôr a falar novamente - Vamos nos mudar para Los Angeles. Sua avó não pode cuidar sozinha de Rose, precisamos morar mais próximos a elas, a cidade é boa para os negócios de seu pai e será melhor para você, respirar novos ares, fazer novos amigos.

- Eu não quero novos amigos! - Emily ergueu-se rapidamente, se pondo de pé, a frente de sua mãe - Porque não confessa logo que isso tudo é só pra me afastar de Evan?

Elizabeth gesticulava para que a filha falasse mais baixo - Emily, não vai adiantar nada fazer todo esse drama, amanhã mesmo seu pai pedirá transferência e iremos embora desse lugar. Isso será bom para você perceber que esse garoto é apenas uma ilusão, vocês não tem nada em comum e também, logo você irá para a faculdade e isso tudo ficará somente em sua memória.

- Acho que quem deveria decidir isso, somos ele e eu - a garota extremamente irritada, seguiu em direção as escadas, pronta para voltar ao seu refúgio no quarto - Eu odeio você!

- Querida, não diga isso! - Elizabeth seguiu a filha - Só estou fazendo isso para o bem de seu futuro. Você irá me agradecer um dia! Além disso, se o que sentem um pelo outro for verdadeiro, uma separação será saudável.

- Pare de falar! - Emily deu um grito estridente, cobrindo os ouvidos para não mais ouvir as justificativas da mãe - Você não liga para os meus sentimentos, quero que fique longe de mim.

Emily correu para seu quarto, trancando a porta atrás de si.
Elizabeth achou melhor deixá-la se acalmar.

A garota desesperada e em prantos, decidiu então ligar para Evan. Ele sempre sabia o que dizer. Ao segundo toque, o rapaz lhe atendeu.

- Em, está tudo bem? - Sua voz lhe pareceu um tanto chorosa.

- Não. Nada está bem - a garota soluçava em meio às palavras.

- Sua tia vai encontrar um caminho melhor, tenha certeza disso - Evan tentava consolar a menina, diante do triste acontecimento.

Emily media as palavras para não soar rude com Evan - Minha mãe vai separar a gente, temos que fugir, sei lá, ir para outra cidade, bem longe daqui...

- Se acalme, pequena - Evan a interrompeu - Me conte o que aconteceu, mas do início.

- Minha vó vai precisar cuidar de minha tia Rose, agora que Natalie se foi - ela respirava fundo para conseguir prosseguir - Minha mãe decidiu que vamos mudar para a Califórnia e ajudá-la com a tarefa. Mas, Evan...

- Primeiro, tire essa ideia de fugir de sua cabeça - Evan não queria deixar transparecer sua preocupação com o que ouvira, mas era difícil imaginar uma solução plausível para aquilo - Temos que nós manter calmos e conversar com seus pais.

Emily desatou a chorar agora bem mais nervosa do que antes de falar com Evan - Do que você está falando? Fugir é o único jeito de ficarmos juntos, Evan! Você não me ama?

- Nunca mais diga isso! - ele falou em tom severo - Eu amo você de um jeito inimaginável, mas temos que ser racionais nessa hora.

- O que você quer dizer com racional?

- ela o indagou - Que devemos deixar que meus pais nos separem?

- Talvez! - o garoto engoliu em seco - Você precisa provar a eles que é madura o suficiente para tomar suas próprias decisões. Fugir só acarretaria mais problemas.

Sem hesitar, Emily desligou o celular e jogou-se sobre a cama. As lágrimas rolavam por sua face e a dor fazia-se sentir ainda mais forte e esmagadora.
Evan chamava ao telefone novamente, mas ela apenas o ignorava.

Alguns minutos mais tarde, ela ergueu-se em sua cama, se dirigiu ao banheiro e encarou seu rosto no espelho. Seus olhos dilatados e semblante abatido faziam-se presente na imagem refletida alí.

Abriu a porta do armário e tirou dele um frasco com alguns comprimidos para dormir. Pensou em toma-los todos juntos e acabar com aquele tormento, mas a última vez em que agiu daquela forma, não obtivera sucesso e só conseguiu piorar tudo ainda mais.

Será que Evan tinha razão? Ela devia apenas aceitar a imposição dos pais e afastar-se dele? Mostrar que era madura o suficiente para saber que rumo tomar em sua vida?
Retornou a sua cama, pôs seus amados fones de ouvido e adormeceu lentamente.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro