15. Uma noite inesquecível
A lua estava maravilhosa, grande e luminosa, deixando a noite clara como o dia. Era definitivamente uma bela noite de sábado no condado de Miami-Dade, no estado americano da Flórida.
Em frente à janela, no quinto andar do edifício onde Evan Blake morava há cerca de um mês, Emily mal podia conter-se de tanta felicidade.
Estava com aquele que, com apenas um sorriso, tornava a vida dela perfeita. Era tão lindo, tão doce que mal parecia real. Mas ela sabia que era e também sabia o quanto àquela noite marcaria sua vida, mas tinha total certeza de que essa era a hora. Estava preparada e o mais importante de tudo, estava convicta de que ele era a pessoa com quem aquilo deveria acontecer.
Chegaram ao apartamento quase que ao mesmo tempo que o entregador de pizzas. Subiram e Evan mostrou a Emily todos os cômodos. Embora ainda não estivesse totalmente mobiliado, era amplo e limpo. Jantaram juntos em um balcão improvisado na cozinha, mas Evan fez questão de acender uma vela, para que o clima ficasse mais romântico e o ambiente acolhedor. Não queria que a primeira visita de Emily fosse naquele lugar tão sem vida, ela merecia algo melhor, e ele estava se esforçando para conseguir amenizar, ao menos um pouco, a aparência ruim do lugar.
- Você não me disse como foi que chegou a um acordo com seu pai - Emily questionou.
- Na verdade - Evan terminava de engolir seu último pedaço de pizza - Foi Olivia quem pediu que ele fizesse algo para evitar que eu me mudasse para Nova York.
- Mas você já havia decidido ficar! - Emily empurrou seu prato, satisfeita, em seguida bebeu um gole de seu suco - Você me disse...
Ele sacudiu a cabeça em afirmação - Eu não iria a lugar algum - sorriu para ela - Mas não poderia morar em uma casa com um cara que mal conheço - Evan recolhia a louça suja, colocando-a sobre a pia - Não perdoei Paul, se é o que você quer saber.
- Mas então...
- Vou pagar o aluguel, ele apenas financiou os móveis e tudo o mais que era necessário, nem nós vimos durante esse tempo todo - ele voltou a sentar-se de frente para a garota - Vou pagar cada centavo a ele, juro!
Por mais errado que Emily achasse tudo aquilo, percebeu que não era de sua conta, Evan podia tomar suas próprias decisões e se não sentia-se pronto para perdoar o pai, não havia nada que ela pudesse fazer para mudar isso. Não queria brigar. Não naquela noite em que tudo deveria ser perfeito.
- Entendo! - limitou-se a dizer.
- Vou tomar um banho rápido, fique a vontade, gatinha.
Evan deu-lhe um beijo na testa e conduziu Emily até a sala, em seguida foi em direção ao banheiro para que pudesse se refrescar um pouco. Tinha tido um longo dia de trabalho e precisava relaxar, já que estava dormindo no sofá desde que se mudara. Até o resto de seus móveis ficarem prontos. Iria ter que aguentar mais um pouco, para enfim ter uma cama e consequentemente uma bela noite de sono. O apartamento apesar de grande e vazio, era bem aconchegante.
Emily deparou-se com uma janela enorme e uma vista maravilhosa. Tentava acalmar seu coração que batia acelerado cada vez que passava por sua mente flashes do que estava prestes a fazer. Sentia-se nervosa, mas ao mesmo tempo eufórica e ansiosa.
Queria muito dar aquele passo, queria saber como era amar alguém por completo.
Os minutos demoravam a passar e ela ia ficando cada vez mais impaciente. Por sua cabeça passavam-se mil coisas que nem ao menos faziam algum sentido.
Perdida em seus pensamentos, parada em frente a janela, Emily foi surpreendida pela voz que tanto bem lhe fazia ouvir.
- Quer algo para beber? - Evan surgiu à sala - Acho que tenho vinho, sei que você não gosta do meu whisky.
Ela virou-se para ele com um sorriso imenso nos lábios recém retocados com seu batom cor de boca - Não gosto de whisky nenhum, essa coisa tem gosto de perfume! - ela disse torcendo o nariz e fazendo cara feia, para logo depois sorrir sem jeito.
Evan deu de ombros e foi até a cozinha, voltando com uma garrafa de vinho e duas taças - Como você sabe? - ele indagou, servindo-lhe - Já andou bebendo perfume? - fez cara de nojo e arqueou uma sobrancelhas - Espero que tenha sido francês!
O tom sarcástico dele a deixava totalmente entregue. Evan tinha o poder de fazer com que ela flutuasse sem sair do chão e apenas com palavras. Era doce sem ser meloso, irônico sem ser frio.
- Cala a boca e vem aqui me dar um beijo! - arriscou uma frase um tanto quanto ousada para ela, tirando a taça das mãos do garoto e a apoiou na mesa ao lado dos dois, enquanto tentava se recompor - Demorou tanto no banho que achei que teria que te socorrer.
- Deveria ter ido!
Evan aproximou-se, a envolvendo em seus braços. Os dela acomodaram-se em torno do pescoço do garoto e lentamente seus lábios se tocaram, fazendo o corpo de Emily estremecer. Era surreal, mas cada beijo dele tinha algo diferente, algo que sempre a deixava curiosa e alucinada pelo próximo.
- Eu teria demorado ainda mais se soubesse que isso te faria ir até lá! - Evan sorriu maliciosamente - Estava morrendo de saudade sua, minha menininha, não foge de mim de novo!
- Não fugi, apenas achei que não me quisesse por aqui! - ela não queria ter dito aquilo, as palavras soaram como uma cobrança por não ter sido convidada desde que ele se mudara.
- Estava tudo uma bagunça e bem... - ele deu uma olhada a sua volta - Ainda está - baixou o olhar - Não sou bom com decoração e queria que gostasse daqui.
- E eu gosto - ela falou tentando reanimá-lo - Se quiser posso ajudar a repaginar esse lugar um pouco!
- Olha só, além de linda, é prestativa! - Evan sorriu, pegando a mão de Emily - Você me surpreende cada dia mais! - bebericou de seu copo - Quem sabe não deixo você trazer um pouco de sua criatividade para esse lugar?
- Eu iria adorar - ela, aproximou-se, roubou o copo das mãos do garoto e bebeu um longo gole de vinho - Quem sabe esse não é mais um dos meus muitos talentos.
Evan não pode conter seu sorriso - Olha só, além de convencida, ainda rouba minha bebida - zombou - Seu copo está alí - disse-lhe, apontando para a mesinha a qual o copo de Emily repousava.
- Prefiro beber do seu, assim descubro seus segredos - ela disparou, apoiando o copo de suas mãos ao lado do outro e se aproximando ainda mais do rapaz de semblante confuso, tomando coragem para iniciar aquilo que esperara por tanto tempo.
- Não tenho segredos com você - Evan a olhava curiosamente.
- Eu tenho uma surpresa! - disse ela, ignorando a resposta do rapaz.
Emily então o empurrou, fazendo com que caísse sentado sobre o apoio lateral do sofá. Colocou-se entre as pernas dele e começou a desabotoar sua blusa. Evan apenas a olhava fixamente, sem entender o que a menina pretendia com aquilo.
Azul é sua cor favorita, não é? - os olhos dela fixos nos dele.
- Emily, o que acha que está fazendo? - ele gaguejava vendo, por entre os botões abertos da blusa, uma lingerie rendada, num tom de azul escuro, contrastando com a pele branca dela.
- Estou sendo imprevisível. Não foi o que você falou agora a pouco? Que estou sempre te surpreendendo? - ela ainda o olhava dentro dos olhos - Te fiz uma pergunta. Azul ainda é sua cor favorita?
- Sim, é - ele estava completamente atordoado com a situação - E se sua intenção é me deixar louco, está conseguindo.
Emily sorriu com a resposta do garoto e colou seu corpo no dele, já com a blusa totalmente aberta. Suas mãos estavam frias, mas suavam por conta do nervosismo que sentia naquele momento. Ela sabia que precisava fazer com que ele sentisse o quanto ela o amava e queria aquele momento com ele. Não podia perdê-lo. Já havia esperado demais, Evan era o cara com quem queria fazer aquilo e tinha que ser agora.
- Evan, eu quero você!
- Emily, eu... - o sgaroto mal conseguia se concentrar no que dizer, sabia que aquilo poderia apenas ser um impulso dela e impulsos normalmente causam arrependimentos - Essa é uma decisão difícil, não está se precipitando?
- Já esperei demais - ela tentava, sem sucesso, abrir o zíper das calças do rapaz.
Em... - ele olhava para ela meio constrangido - Não quero que se sinta pressionada. Aquela noite eu...
Ela o interrompeu com um beijo ágil.
Evan mal podia se controlar tamanho o desejo que sentia em tê-la em seus braços, mas com muito esforço conseguiu levantar-se - Não quis fazer aquilo. Me desculpe!
- Não pede desculpas, fui uma boba em sair correndo daquela maneira, você é quem eu quero pra sempre e essa é a maior prova que posso te dar - Emily finalmente conseguira abrir aquele maldito zíper e suas mãos percorriam as costas do garoto, por baixo da camisa.
Evan tentava manter o controle, precisava ser racional no momento em que Emily parecia pensar apenas com a emoção e agia de forma impulsiva.
- Não precisa me provar nada, eu sei que você me ama e eu te amo também, por isso posso esperar o tempo que for preciso. Quero que seja especial pra você, não aqui no sofá da minha quase casa - o olhar de Evan era quase um pedido de desculpas por não ter preparado nada especial e por não ter notado o que a garota pretendia com aquela visita tão inesperada, depois daquilo que havia acontecido - Droga, não tenho nem uma cama descente ainda!
- Não me importo com o lugar, vai ser especial porque vai ser com você, meu amor! - ela o beijou novamente, em mais uma tentativa de fazê-lo seder ao seu pedido.
- Emily, se está fazendo isso porque se sentiu obrigada com o que fiz, pode parar - ele a afastou um pouco, para que assim pudesse manter-se firme e deixar que ela pensasse naquilo tudo racionalmente - Quero ter você, mas não assim, como se precisasse disso pra que fiquemos juntos.
- Para com isso... - os olhos de Emily se encheram de lágrimas - Isso é algum tipo de jogo, porque se é, não estou gostando nem um pouco.
- Jogo? Do que você está falando?
- Você queria isso, agora que estou aqui, com a certeza de que quero também, você simplesmente me deixa parecendo uma vadia, tirando a roupa para um cara que não está afim.
Emily chorava e tremia, enquanto abotoava novamente sua blusa. Os olhos ardiam e ela queria sumir, mas Evan a interrompeu, pegando-a pela cintura e num giro deitou-se sobre ela no sofá de veludo preto, igual ao que havia em sua antiga casa.
- Mal consigo olhar para você sem te tocar e você acha mesmo que tem alguma condição de isso ser um jogo?
O coração de Emily batia acelerado e ela não conseguia dizer nada.
- Deixa eu ver minha surpresa? - Evan mordeu o lábio inferior, enquanto começava a desabotoar novamente a blusa da garota - Você é tão linda!
Suas mãos percorriam o corpo de Emily impacientes, tirando suas roupas com rapidez, mas ao mesmo tempo muita delicadeza. Enquanto ele beijava o pescoço da menina, seu corpo se arrepiava de uma forma que ela nunca havia sentido antes. Era como se tivesse esperado por aquele momento sua vida toda. Ela tentava meio desajeitada também tirar as roupas do garoto, enquanto ele a segurava com força pela cintura, beijando todo seu corpo com seus lábios quentes, fazendo o corpo dela amolecer por inteiro.
Emily estava em êxtase. Beijava-o com aflição, como se aquele fosse o último beijo, até que por um instante seus olhos se abriram e encontraram os de Evan e ela só conseguiu sorrir timidamente.
- Você quer mesmo isso, pequena? - aquelas palavras ditas em outros momentos de intimidade como aquele, voltaram a sair da boca de Evan, mas dessa vez a resposta seria diferente. Tudo que Emily queria naquele momento era se entregar ao dono daqueles lindos olhos verdes.
- Quero mais que tudo no mundo! - ela acariciou os cabelos do garoto - Se eu fizer algo errado...
Evan sorriu e pôs o dedo sobe os lábios da menina - Shhh! - em seguida a beijou, tomando-a em seus braços, com todo o carinho que lhe cabia - Sua doçura me encanta, só me deixe cuidar de você.
Ela ergueu-se, tirou a camisa de Evan e murmurou timidamente - Me faça sua mulher!
A noite mágica de Emily estava apenas começando e ela jamais iria esquecer aquele momento.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro