O velho e os amigos
Todos a volta da mesa de mãos dadas, enquanto o pai fazia a oração, Gabriel sentia o quanto as mãos do pai eram grossas e pesadas mas que eram delicadas e emanavam muito amor, com um sorriso no rosto ficou atento na oração do pai, logo de seguida a mãe serviu a comida.
-Quem não terminar a comida não vai sair para brincar!
A mãe enquanto falava se dirigia ao Marcelo que comia muito pouco, pois tinha falta de apetite.
Gabriel é o campeão, ele não dispensa um bom garfo. Após a refeição, o pai pediu aos seus filhos para que o acompanhassem ao super mercado, pois a mãe tivera feito uma lista de compras que deu ao sr Joaquim.
-Rapazes vamos retirar a mesa e lavar a loiça, o pai assim pediu.
-Marcelo, vamos nos apressar o Alexandre e o resto do pessoal estão a nossa espera, de tanta pressa ao retirar duas chávenas sobre a mesa, deixou escapar duas colheres que foram parar ao chão.
-Querido, mais calma se faz favor! Pediu a mãe.
-Está bem mãe, terei mais calma e me desculpe! Respondeu o Gabriel, reconhecendo que não estava atento ao que estava a fazer.
Marcelo estava na cozinha a lavar a loiça com pai, enquanto o Gabriel retirava tudo que estava sobre a mesa com a mãe.
Passado alguns minutos, já tudo arrumado.
-Mãe já podemos sair para ir brincar com o Alexandre? Perguntou o Marcelo.
-Vá lá mãe, por favor, dizia o Gabriel com uma cara de pena para convencer a mãe de modo a deixá-los sair.
O pai fez um sinal de consentimento com a cabeça à mãe para deixá-los sair.
-Está bem meus amores, podem sair e portem-se bem mas antes de saírem venham a te aqui, dar um beijinho a vossa mãe.
Marcelo e Gabriel, aproximaram-se, cada um de lado diferente e deram um beijo bem demorado na bochecha da mãe que estava sentada na poltrona da sala.
Amo-vos imenso! Podem ir e sejam bons meninos, disse a mãe.
-Controlem a hora meninos, não cheguem muito tarde, alertou o pai.
Está bem pai, responderam.
Saíram todos alegres, não paravam de correr até o Marcelo sugeriu o seguinte:
-Gabriel, vamos ver o velho Angelino para ouvir algumas histórias sobre o natal, pois são sempre interessantes e se der tempo iremos brincar com o Alexandre assim que regressarmos das compras, que tal?
-Boa idéia, tanto é que eu estava a pensar o mesmo, afirmou o Gabriel.
O velho Angelino morava no quarteirão seguinte, morava sozinho, era muito gentil e estava sempre disposto para ajudar a todos, por isso ele era muito querido.
Os dois meninos encontraram o velho no quintal, na sombra a apreciar as pombas que estavam a comer.
-Caros amigos, entrem e não façam muito barulho para não afugentar as pombas, recomendou o velho.
Sentaram-se ao lado do velho que não parava de olhar as pombas com muita alegria, pois o velho vira o crescimento das mesmas e agora já estão crescidas, conseguem voar e o número está maior.
Após alguns minutos, o velho contou algumas histórias sobre o natal e não só aos meninos que o ouviam alegremente.
-Avô, nos desculpe mas temos de ir, prometemos de ir as compras com o pai, disse o Marcelo,
Esta bem, meus amigos, sempre que quiserem podem vier visitar-me, saudações lá em casa, disse o Velho Angelino ao se despedir dos meninos.
Depois de meia ou duas horas, a mãe que estava a tomar chá na varanda vê os seus meninos a regressarem, todos com um sorriso no rosto.
A Sra Ana Grace simplesmente exclamou:
-A brincadeira foi muito boa! Soltando um leve sorriso.
-Ola mãe! Já chegámos!
Sim, estou a ver e os dois com os dentes à mostra de tanta felicidade, reparou a mãe.
-O que andaram a fazer? Perguntou a mãe
-Nada de especial mãe, respondeu Marcelo.
Entrem logo e vão tomar banho, pois sairão com o pai para fazer as algumas compras e dentro de alguns minutos virá ter convosco.
Enquanto a mãe cuidava da casa, o Sr Joaquim na companhia dos filhos se dirigia ao mercado, era muita agitação na rua, muito trânsito, pois estavam todos na correria para obter isso e aquilo de modo que na santa ceia, o jantar com a família corra bem e nada falte, no quarteirão seguinte, Marcelo e Gabriel a partir do vidro do carro de longe Alexandre acenava alegremente, pois estava a brincar com o seu cão Laica.
Não tardou muito, eles regressaram do super mercado, deixaram as compras na cozinha, Gabriel e Marcelo ajudaram a mãe a organizar as compras. Tão logo que terminaram Gabriel foi até a oficina onde encontrou o pai a fazer manutenção da viatura do pai do Alexandre o Sr Fernando, o Sr Joaquim era um mecânico muito confiável e por isso quase todos os moradores se dirigiam a sua oficina para solicitar os seus serviços.
-Pai eu vim ajudar-lhe, poderei fazer alguma coisa? Perguntou Marcelo.
-Muito obrigado meu filho, já agora por favor passe-me aquele conjunto de chaves de fenda, pediu o pai com um sorriso amigável.
Marcelo entra na oficina e chama o Gabriel para irem brincar, isso porque o Alexandre os chamavam para irem jogar a bola.
O pai os permitiu e agradeceu ajuda do Gabriel.
Ao abrir a porta, viram ao logo o Alexandre em companhia dos seus amigos, os meninos saudaram os seus amigos e se foram a quadra desportiva, pelo caminho passaram em casa do António que era ele que guardava a bola, posto na quadra desportiva jogaram bastante, ora futebol ora basquetebol, no final foram brincar no jardim da casa do Alexandre, onde tinha dois brinquedos, o pula pula e o escorrega, António perguntou aos amigos, já pensaram o que irão pedir de presente ao pai natal?
Só quem realmente se comportou bem durante o ano é quem receberá presente e quem não se comportou não receberá nenhum presente, realçou António.
-Eu quero um piano, gosto muito de música, disse o Alexandre.
Enquanto os amigos diziam o que gostariam de receber de presente no natal, Gabriel manteve-se pensativo no seu cantinho a ouvir o que cada um falava.
-E tu Gabriel o que irás pedir? Perguntou Marcelo
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