Marcelo, vendo que Gabriel estava ainda na mesa com o presente, foi até ele e disse-lhe:

-Gabriel, eu acho que seria muito bom se todos os nossos amigos fizessem o mesmo, preparar um presente ao pai natal, o que achas?

-Que fantástico! Gostei da sugestão, Marcelo! Vamos fazer isso, vamos falar com todos os nossos amigos de modo a dar-lhes a notícia, irás ajudar-me não é?

-Claro que não! Disse Marcelo a sorrir.

-Que injustição!

-Gabriel diz-se injustiça e não injustição. Corrigiu Marcelo.

-Eu sei, acabei por me esquecer.

-Faça um esforço que já não irás esquecer.

-Está bem mas agora diz-me, irás ajudar-me ou nem por isso?

-Claro que irei ajudar-te, pois sou o teu irmão e podes sempre contar comigo.

-Muito obrigado pela ajuda e pela disponibilidade.

Observando a conversa dos filhos, a mãe primeiramente olhando ao pai que se encontrava ao seu lado, dando um sorriso, disse:

-Que bom meus filhos, gosto de ver-vos assim unidos e acima de tudo ajudando-se mutuamente.

Como ainda era cedo, fizeram os deveres de casa e logo de seguida foi a montagem da árvore de natal, em que houve a participação de cada um, a árvore ficou muito linda e super luminosa.

Depois de tomarem o pequeno almoço, Marcelo e Gabriel, foram ao encontro dos seus amigos em casa do Alexandre, já lá estavam os rapazes, estavam a falar sobre os presentes que gostariam de receber no natal.

-Gabriel tem uma novidade para contar-vos! Disse Marcelo aos amigos.

-Sério? Então, vá lá conta.

-É o seguinte, vocês não acham que seria muito bom o Papa Natal, quando entrar em nossas casas para dar-nos os presentes e ele encontrar um presente nosso para ele, com muito amor e carinho?

-Eu achei super interessante, se calhar nos natais o Papa Natal nunca recebe presente que tal retribuirmos de um jeito que o deixará super animado? 

-Eu concordo! Disse o Alexandre super animado.

A Joana Francisco, tomando a palavra disse:

-Eu nunca tinha pensado nesta perspectiva, achei muito interessante essa idéia e quando eu contar os meus pais ficaram de igual modo felizes.

Alexandre meio pensativo, fez a seguinte pergunta:

O que iremos oferecer?

Miguel tomando a palavra disse:

-Convém oferecermos algo simbólico, para tal, poderemos pedir ajuda aos nosso pais ou aos nossos irmãos de modo que nos ajudem a escolher o presente.

-Concordo plenamente! Disse a Joana.

De regresso, cada um contou a notícia em casa e tanto é que toda vizinha apercebeu-se do sucedido, da iniciativa dos rapazes e todos acabaram por se sensibilizar e era muita euforia que em cada casa da cidade ouvia-se vozes e músicas, todos super empenhados nos preparativos do natal e no presente dos filhos ao Pai Natal, todos queriam o retribuir de alguma forma pela gentilidade e alegria a eles proporcionado.

Miguel comprou o seu presente na companhia do pai, da mãe e do Gabriel, todos animados, o curioso é que posto na loja estava uma confusão porque cada um queria comprar melhor coisa para oferecer, foi a primeira vez que o Sr. Sílvio presenciou tanta euforia na sua loja, subentendidamente, o gesto dos meninos em oferecer um presente ao Pai Natal, nascia sem ninguém perceber, a união e o amor ao próximo, pois notava-se que havia mais unidade, cada família fazia os esforço de visitar a família ao lado e por sinal, algumas juntaram-se para a ceia. O amor brotava no coração de cada um que fazia parte da cidade, pois é incrível como um pequeno gesto, uma pequena iniciativa pode causar grandes mudanças.