Capítulo 16
Jace nunca tinha visto três dias se passarem tão rapidos. Agora chegara o dia da partida de Clary e eu continuo sem uma solução para os meus sentimentos e continuo sem saber o que ela sente por mim. Só tenho certeza de uma única coisa que nós nos damos muito bem na cama. E sei também que ela tem uma atração por mim, como tenho por ela. Mas essa atração que sentimos um pelo outro não significa que podemos ter um futuro juntos. Na realidade não sei o que Clary senti por mim e cada vez que penso em dizer o que sinto ou pedir para ela ficar, fico paralisado e as palavras não saem.
Pertubando com os seus pensamentos, olhou para o relógio e constatou que Clary iria embora em cinco minutos de Creta e não tinha data e nem dia para voltar de novo para Grécia e iria ficar longe de mim. Continuei sentado atrás da mesa do meu escritório, desejando encontrar uma solução rápida nos poucos minutos que me restavam antes da partida dela e a solidão começou a tomar conta de mim.
Eu queria ir até o aeroporto para ver Clary pelo menos uma última vez e mim despedir, abraçá-la mais uma vez. Para se lembrar da última noite que passamos juntos, explorando os corpos um do outro. Mas eu tenho consciência que seu eu for ao encontro dela acabaria pedindo para que ela ficasse comigo. Mas e se ela recusasse não saberia lidar com a rejeição dela.
Olhei o relógio mais uma vez e vi que faltavam dois minutos para ela embarcar. Não dava mais tempo para chegar no aeroporto, ela daqui a pouco embarcaria. Mas poderia ligar pra ela.
Olhei para o telefone por um minuto, mas preferiu deixar no gancho. Em vez disso, levantou-se da cadeira e saiu da sala e foi para o carro indo em direção ao New York Beach Club onde na festa da chegada dela, admitirá pela primeira vez a si mesmo que tinha um sentimento novo crescendo em seu coração. Era a maneira mais segura de se despedir dela, relembrando os momentos bons. Olhou o relógio novamente a essa hora o avião já decolou e ela se foi.
Clary mal podia acreditar, que Jace não foi vê-la para se despedir. Não acredito que ele não apareceu. Fiquei olhando a cada segundo entre as pessoas para ver se ele aparecia, mas fui uma idiota.
Ontem a noite, quando Jace mim deixou de frente a casa da minha irmã depois de termos feito um sexo maravilhoso, fiquei com a sensação de que seria a última vez que o veria. A noite inteira que ficamos juntos fiquei na expectativa de que ele me pedisse para ficar, que ele desse algum sinal qualquer de que queria que eu ficasse, mas ele não disse uma palavra.
Era um sinal de que ele queria que eu fosse embora. Já que as ações falam mais do que as palavras. E ação dele foi bem compreendida por mim, que ele não me queria em sua vida. Todo o momento que passamos juntos falamos de tos dos tipos de coisas menos de uma de que ele a queria do seu lado. Eu só queria que ele me abraçasse e fizesse algum tipo de declaração insinuando que gostava dela é que sentiria a minha falta. Mas ele não fez nada disso.
Ele não disse nada só concordou quando disse que Leandro não ligava mais com frequência e que ficaria aliviado ao me ver. Ele não aproveitou o momento e nem insinuou que ela poderia ficar mais um pouco já que ele estava conseguindo resolver tudo.
Já estava sentindo uma onda raiva tomar conta de mim só de lembrar. Como um homem podia não aproveitar o memento e ser tão insensível? Só se ele não se importasse. Quando avião começou a decolar, a tristeza me invadiu e tentei ainda ver se ele poderia está na pista de pouso, poderia ter chegado atrasado, mas nem isso. Qualquer dúvida que tinha sobre os sentimentos de Jace se transformou em certeza por ele não ter vindo ou ter aparecido na casa de Isabelle para se despedir ou pedi-la para ficar.
Ele que fosse para o inferno, pensou Clary, se arrumando na poltrona. Aliás, que todos homens na face da terra fossem para o inferno.
— Você está bem, querida? — perguntou a morena.
— Só estou pendando. — respondeu Clary a morena sentada ao seu lado.
— Os homens podem ser muito desgastantes às vezes, não é? — perguntou a morena.
— Ah, podem ser muito desgastantes e irritantes.
— Está certa. Mas também são a melhor diversão da cidade.
— Não, tenho como saber. — murmurou Clary.
— Você mora em Creta? — perguntou a morena.
— Não, são as minhas irmãs que moram.
— Quando pretende voltar? — perguntou a morena alegremente.
Queria dizer nunca mais, mas as suas moram em Creta. Era provável que voltasse algum dia.
— Não por algum tempo.
No aeroporto de New York, fui pegar as minhas bagagens, consegui um táxi e fui direto para o meu apartamento, já era uma hora da manha e estava doida para saber como as coisas andavam sem a sua presença e voltar a minha vida de sempre.
Já são sete horas da manhã e acordei um pouco animada para ir ao restaurante, tomei café da manhã e fui pegar o meu carro para começar a tarabalhar, com certeza deve está um caos sem a minha supervisão.
Caramba, já é o terceiro pedido com problemas em menos de duas horas. Quando o homem das docas dissera que iria aumentar o preco das lulas, quase gritei. Porque estava sendo tão difícil voltar a rotina? Por que aquele homem não estava deixando a sua mente funcionar direito?
Jace não ligará, não escreverá, não fez nada para entrar contato comigo. Era como se aquelas semanas que passamos juntos não tivesse acontecido nada. O que tinha acontecido na verdade foi somente sexo de excelente qualidade, não tinha sido nadaais do que isso.
Essa luta interna comigo mesma está me matando e essa dor de cabeça insuportável não quer mim deixar. Precisava de alguma coisa mais forte do que aspirina para acabar com essa dor de cabeça maldita.
— Você está tomando muita aspirina, está engolindo até a seco. — disse Leandro parado na porta.
Eu o olhei com olhos acusadores. Pelo menos essas três semanas serviram para ele ganhar autoconfiança, era uma coisa boa.
— Você ficou mais confiante na minha ausência.
— E você ficou rabugenta. Me lembre de não deixá-la mais tirar férias. — disse Leandro.
Leandro estava fazendo comentários chatos sobre o seu comportamento desde que voltei.
— Você veio na minha sala só.para me aborrecer e aumentar a minha dor se cabeça ou tem algum outro motivo?
— Tem um rapaz lá fora dizendo que quer falar com você.
— Veja o que ele quer. — disse, indicando a porta para ele sair.
— Não posso fazer nada. Já me ofereci, mas ele disse que só fala com você. E é um gato. Acho que faria bem a você, para ver se acaba com esse mal humor do cão que está desde que voltou dessa viagem.
— O que preciso é de um gerente que saiba resolver as coisas, sem precisar me chamar é muito menos dizer do que preciso. — resmungou Clary.
— Tudo bem. Mande ele vim na minha sala.
Clary respirou fundo e soltou o ar para tentar se acalmar e controlar o humor. Quando olhou para a portar o seu coração só faltou sai pela boca.
Jace!!
— É você que queria falar comigo?
— Sim, eu mesmo.
Jace manteve os olhos nela, buscando algum sinal de que não havia feito uma besteira, aparecendo ali do nada para conversar com ela. Era só o que faltava ela ter voltado com ex dela.
Uma onda de felicidade a invadiu e correu para os braços deles e o beijou, quase a fez se desmanchar pela electricidade que passava pelos corpos dos dois.
Clary apoiou as mãos no peito dele para manter uma distância e olhou nos olhos dele e disse:
— O que você veio fazer aqui?
Jace só queria ficar ali olhando para e sentindo-a em seus braços.
— Digamos que fugi de casa.
— Como assim?
Ele riu, da cara de confusa que ela fez.
— Eu também não sei explicar. Só que passei um bom tempo da minha vida sem me envolver com mulher nenhuma. Você mudou isso tudo.
— Sério? — ele achava isso bom ou ruim, pela expressão dela não dá para distinguir, pensou Clary.
— Eu não queria que tivesse acontecido. Mas aconteceu. Você me fez querer coisas que eu nem sabia que queria.
— Que coisas seriam essas? — ela disse, com a esperança surgindo em seu coração.
— Uma namorada para começar e no futuro um lar e uns quatro filhos com você.
Não acredito, que maravilha ele gosta de mim tudo parece maravilhoso, só a parte dos quatro filhos que vamos ter que rever sobre isso. Mas está maravilhoso.
— E onde entra a parte em que você fugiu?
Comas mãos nas costas dela, Jace a puxou para mais perto de si.
— Bom, achei que tínhamos um probleminha com a distância entre nós e também achei que não seria fácil você vim de Creta toda manhã para vim trabalhar, então decidi morar em New York, para ver como vão ficar as coisas entre nós.
— Coisas?
— Sim, você e eu.
— E como você acha que será?
Jace não queria falar e sim beijá-la novamente, fazer amor com Clary, ali mesmo no escritório dela em cima de sua mesa amarrando as suas mãos e a possuindo de todas as formas para dizer-lhe que ela era só sua.
— É você quem vai me dizer. E então?
— Diga primeiro você. — Clary disse, com a voz com um pouco de insegurança sobre o que ele sentia.
— Bom, já ficou evidente o que sinto, já que fui eu quem veio atrás de você.
— Diga-me mesmo assim, preciso ouvir essa palavra da sua boca.
— Eu a amo, Clary. Não quero, mas a amo.
— Não foi muito romântico.
— Irei melhorar. Agora diga a sua parte.
Jace ficou incomodado com o silêncio dela.
— Clary, estou na corda bamba, com todos os meu sentimentos expostos.
— Você está mesmo.
— E então? — Jace a apertou contra o seu corpo.
— Você venceu. Eu também te amo. — disse Clary sorrindo.
— Você me ama mesmo?
— De todo o meu coração, meu amor. Eu o amo tanto que estou disposta a tentar tocar o restaurante de Felipe que ele está para abrir.
Jace não pensou que Clary poderia surpreendê-lo, mas ela conseguirá.
— Sério, mesmo?
— Sim.
— Mas e este restaurante e os outros?
— Posso abrir mais um lá em Creta e o Leandro toma conta deste, se houver alguma problema venho para cá como faço nos outros e sempre há um telefone mostrando o seu celular na mesa.
Jace olhou-a nos olhos e soube que ela estava falando a verdade.
— Você faria isso por nós?
— Sim, faria por nós dois e mataria mais a saudades das minha irmãs.
Eles imaginaram ter ouvido um suspiro, por trás da porta,as não tinham certeza. Até porque estavam muito ocupados naquele momento, para ir investigar.
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