Capítulo 11
Sandro Basílio ergueu os olhos quando a porta da rua se abriu, trazendo luminosidade do final da manhã para dentro do salão na penumbra. Se ficou surpreso com a cunhada chegando ali sozinha, não demonstrou.
Ele limpou uma pequena área do balcão já limpo e fez um gesto indicando a ela que era bem-vinda para se apoiar ali.
— Que surpresa agradável minha querida, é bom vê-la novamente. Se procura pelo meu sócio Felipe, ele não se encontra.
Clary usava um shortinho jeans branco que comprou numa.loja da cidade é uma blusa lilás que revelava suas curvas. Ali, em pé no limiar da porta, ela negou com a cabeça.
— Não estou procurando por Felipe.
Clary não sabia o porque de sentir vontade em ir ao clube naquela manhã, em vez de ter aceitado o convite de sua irmã Isabelle para ir a joalheria. Talvez fosse a necessidade de conversar com alguém que não fosse da família. Ou talvez estivesse a procura de um pouco de movimento para distraí-la. Mas naquela manhã o clube estava praticamente vazio, coma exceção de uma casal de jovens que conversavam em uma mesa no canto da parede e bebiam. Clary foi ao encontro de Sandro, que continuava do outro lado do balcão do bar.
— Voce deveria ter banquinhos aqui.— comentou ela.
Ele pensará nessa possibilidade quando assumirá o comando do restaurante com Felipe, mas concluiu que não seria uma boa idéia.
—Não. Se alguém cair, a queda será maior. — Sandro sorriu diante da surpresa que ela demonstrou, ao.mesmo tempo que pegava uma garrafa de licor de chocolate com framboesa atrás do bar. Então colocou o copo no balcão e serviu o licor para ela.
— Do jeito que está, quando alguém bebe além da conta, simplesmente cai de joelhos ao chão e não se machuca.— disse Sandro.
— Mas eu não....
— É por conta da casa, linda.
Clary aceitou, agradecendo com a cabeça.
— Você chama todo mundo de linda?
— Só as garotas. Porque todas são lindas. — ele disse com os olhos brilhando.
— O que a minha irmã acha disso?
— Amanda?— Ele voltou a enchugar os copos e arrumar nas prateleiras atrás de si. Clary percebeu no seu tom de voz o afeto que sentia por ela. — Eu tenho uma mulher incríveis e é a mais amada do mundo. Ela não se incomoda. Diz que sabe que eu só falo isso porque não sou bom com nomes. Eu a deixo pensar assim. Você poderia mim fazer um favor, linda?
— Os clientes tem me perguntado quando é que você vai voltar para fazer um dos seus pratos maravilhosos. — ele riu. — A verdade é que já estão me aborrecimento com essas perguntas e não tinha como dá essa resposta, por isso achei melhor perguntar a você já que o Felipe não o fez. Posso pagar, é claro.
Clary recusou o pagamento, porque não estava precisando de dinheiro e sim precisava se livrar do tédio que a estava consumindo e além dos pensamentos estranhos que estava tendo com o Jace que insistiam voltar para pertubá-la.
— Não é preciso me pagar. Adoraria poder ajudá-lo.
— Adoraria ajudá-lo em que? — perguntou uma voz atrás dela
Clary se odiara por se encontrar ali e se virou só para confirmar o que já sabia que era o Jace que tinha entrado. O seu coração acelerou ao vê-lo é isso era inaceitável. O que há de errado comigo?
Sandro fez um gesto com a cabeça para cumprimentar Jace e parou de limpar o balcão.
— Está cedo para você aparecer aqui no é Jace?
— Só estou de passagem. — A verdade é que vi Clary saindo e só vim ter certeza de que ela estaria bem.
Clary virou para o balcão, e subitamente ficou interessada no resto do seu licor.
— Isso deve ser rápido. — concluiu Jace.
O que tem de errado com ela que tem o poder de provocá-lo? Ao vê-la, Jace só conseguia pensar em virá-la e dar um beijo naquela boca malcriada. Droga, já faz muito tempo que deixei de ser um adolescente, mas estava agindo como se fosse um, pensou, com raiva. Estava precisando de um Martine ou dois para que talvez parasse de pensar na vontade de arrancar aquela blusa que estava justa ao ombro e pudesse descê-la até a cintura.
— Eu não vi você com o carro de Isabelle.— disse forçando uma conversa.
Será que ele estava ali para vê-la? Será que se encontrava ali para dizer algo sobre dia anterior? Clary deu de ombros, como se não se importasse nem um pouco com o motivo da presença dele.
— É porque Isabelle está com o carro hoje. Felipe saiu mais cedo. Ele disse algo de querer falar com uns fornecedores e passar no mercado.
Jace assentiu. Porém o que o preocupava era que mal conseguirá dormir a noite anterior. E quando conseguiu dormir tinha tido o mais louco sonho erótico com ela. Sonhara que ela me vendava e me amarrava, e eu ficava à mercê do que ela ia decidir fazer comigo. Imaginei ela lambuzando o meu pau com chocolate e ela chupando, lambendo a minha cabecinha, dando umas chicotadas em mim e me pedindo para chupá-la bem gosto a sua vagina que já se encontrava inchada de excitação. Acabei acordando desejando-a muito. Nenhum consegue dormir com um sonho desses.
— Só quis ter certeza se estava bem e longe de encrencas. — disse ele.
Sandro percebeu a batalha que estava por vim e decidiu que a melhor maneira de se preservar seria ficar longe dos dois
— Queiram me desculpar, mas preciso ir ver o estoque.
— Não precisa se retirar, Sandro. Já estou de saída.
— Não estava desaparecendo. Estou trabalhando.
— Obrigada pela bebida.
— Não há de que. E me avise quando você quiser assumir novamente a cozinha.
A chegada repentina de Jace a fez esquecer do assunto. Mas trouxe a excitação que sempre sentia quando estava perto dele e principalmente do ocorrido da noite anterior.
— Pode ser amanhã à noite?
— Amanhã à noite é perfeito, minha linda. Já vou deixar tudo arranjado para manhã. Tem algum ingrediente especial que precise?
— Pimenta da Jamaica seria ótimo.
— Irei arrumar algumas para você.
— Não é para mim e sim para o prato.
— Tá certo. — ele concordou rindo.
Clary sorriu, deu um beijo no rosto de Sandro e saiu. Jace saiu bem atrás dela, olhando para os quadris dela enquanto andava na frente.
— Você irá preparar algum outro tipo de receita?
— Sim, Sandro me pediu para vim cozinhar. Mudando um pouco a conversa você aqui para falar do que aconteceu ontem?
— Não aconteceu nada ontem.
— É assim que você encara a coisa? — perguntou ela, confusa.
— Como foi que você encarou?
— Você é meio psicologia ou o quê?
— Bom aqui eu posso ser psicólogo, padre, tudo o que você quiser.
Clary sabia que ele estava sendo sincero e que não a estava provocando.
— Hummmm... então diga-me Jace quando foi a última vez que você teve uma boa refeição? — ela sabia que ele morava sozinho. — Bom não importa irei cozinhar para você. Lhe devo isso por não ter contado nada do que aconteceu na noite em que houve festa e nem de ontem.
— Não é da conta deles. _ disse Jace.
— É o que também acho.
— Está bem. — concordou Jace, enquanto abria a porta do seu carro para ela entrar. Sabia que estava procurando problemas, mas sabia que precisava matar essa necessidade de estar perto dela. — Irei buscá-la às sete.
— Mas achei que você quisesse uma refeição caseira.
— E quero. Mas será preparado na minha casa.
— Está bem.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro