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Capítulo Trinta e Cinco - Café e lembranças

Heloyse


Às sete horas da manhã, eu estava sendo levada por Calvin até a entrada da casa de Will.

- Fico feliz que esteja aqui.

- Você deve achar que sou louca por vir aqui, depois do que aconteceu. Eu nunca o agradeci por aquele dia.

- Não precisa. E você não é louca. Como eu disse, fico feliz que tenha vindo. Na verdade, somos todos gratos. Will estava insuportável. Mais do que o habitual.

- Mas eu não tenho nada a ver...

- Ora, pare com isso. Vocês dois enganam a quem? E se quer saber, eu e minha esposa estamos muito felizes por você ter se aproximado dele.

Ele sorriu e se foi, sem ao menos esperar minha resposta.

Will me recebeu à porta e me levou até a sala, onde o café era servido.

- Espero não terminar minha manhã com o rosto encharcado de suco - ele disse sorrindo.

- Agora parece engraçado, mas, naquele dia, não foi. Eu deixei você...

- Esqueça isso, Heloyse. Eu deveria imaginar que você ficaria desconfortável com assunto. Desculpe!

- Não precisa pedir desculpas - eu sorri.

- Vamos tomar café?

Ele ajudou Eva, trazendo uma jarra de suco e uma garrafa térmica. Trouxe com ela, uma cesta de pães, uma garrafa de leite, um bolo de chocolate, ovos com bacon, torradas e geleia, panquecas...

O cheiro daquele café da manhã entrou pelo meu nariz e não pude resistir. Parecia tudo tão delicioso.

- Espero que goste, Lisy. Eu os preparei ainda pouco. Se você não se agradar eu posso preparar outra coisa...

- Não, não precisa! Isso aqui está ótimo. Parece delicioso, obrigada! - eu disse a Eva.

- Não precisa agradecer! - Eva deu um sorriso e passou as mãos no avental, como se estivesse limpando alguma sujeira. - Eu estarei na cozinha, se precisarem de alguma coisa, é só chamar.

- Obrigada.

- E dessa vez, coma alguma coisa, William. Não vou perder meu tempo cozinhando se você não come.

- Eu vou comer - ele disse um pouco tímido.

- Espero. Você nem tocou na comida que deixei para você, ontem.

- Mas agora eu vou comer, não vou?

- Se não comer, eu nem vou cozinhar hoje. Se quiser morrer de fome, diga logo.

- Eva... Eu apenas não comi ontem. Não é como se eu estivesse dias sem comer.

- Tudo bem, então. Não vou mais me preocupar - ela disse com o tom um pouco chateado.

Ele se levantou, chegou perto dela e pegou sua mão.

- Prometo que vou comer, mãe - ele disse baixinho. - Não fica brava comigo, está bem? - ele sorriu e lhe deu um beijo no rosto.

"Mãe?"

Aquilo me pegou de surpresa.

Ela sorriu e passou a mão no topo da cabeça dele.

- Então vá comer. Vou fazer um chili para você, hoje no almoço.

Ela sorriu, iluminando o rosto e foi apara a cozinha.

Quando ele se aproximou, estava notavelmente embaraçado e eu não consegui controlar minha curiosidade.

- Mãe? - eu perguntei.

- Ela é como se fosse - e deu de ombros.

A máscara daquele homem atraente e forte caiu e surgiu em seu lugar, um Will abatido. Em questão de segundos, ele vestiu sua máscara novamente e olhou para mim.

- Experimente o bolo de chocolate que ela fez. Você vai gostar.

Eu coloquei o pedaço de bolo na boca e resolvi deixar o assunto para outra hora.

- Está bom? - perguntou.

- Uma delícia! - eu respondi ainda com a boca cheia, fazendo Will sorrir.

Will me observou comer por uns segundos e depois se serviu. Era maravilhosamente bom estar na companhia dele. Há uns dias atrás, eu jamais imaginaria que isso fosse possível. Eu me perguntei se era essa a sensação que se tem, quando você senta à mesa para tomar café da manhã com seu esposo. Se a sensação é de intimidade como a que eu estava sentindo naquele momento.

Com Michael, era diferente. Não tínhamos tempo, porque ele sempre saía cedo para trabalhar e eu já estava na cafeteria, deixando tudo pronto para poder abrir.

Eu nunca imaginei ter uma criança em minha casa, no entanto, na companhia dele, eu imaginei. Perguntei-me se seria tão maravilhoso criar uma criança em uma fazenda daquela. Eu olhei para porta da sala e na minha mente, imaginei um menininho de cabelos loiros, entrando e correndo pela sala. As mãozinhas indo de encontro às torradas, fazendo a maior bagunça na mesa.

Meus pais.

Meu Deus, como eu sentia falta. Nossas manhãs eram assim. Com a mesa cheia de coisas para comer. Minha mãe fazia os melhores doces. Meu pai tomava seu café enquanto lia o jornal e Marcus... Marcus era tudo pra mim. Eles eram tudo pra mim. Eu tive uma família... Eu já tive algo.

- Heloyse? O que você tem?

- Nada! - eu disse.

- Você vai me contar por que ficou tão distraída?

- Não foi nada.

- Tudo bem então -- e depois de uns segundos em silêncio, falou --: Termine seu café. Você não comeu nem a metade da metade.

- Will, precisamos conversar. Eu não...

- Agora não, Lisy. Depois conversamos. Eu imagino o que queira falar. Eu também pensei sobre tudo o que tem acontecido. Vamos falar sobre isso depois.

Eu estava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo.

Comi mais um pouco, até me sentir satisfeita.

- Eu nunca tinha estado em uma casa assim. Ela é tão linda.

- Também acho. Você quer ver como ela é?

- Eu adoraria.

Ele segurou em minha mão e me levou para ver o restante da casa.

A cozinha era esplendida. Além dos móveis bem decorados, havia objetos artesanais. No grande armário, lindas louças de porcelanas, jogos de xícaras, copos e taças. Uma senhora cortava legumes, enquanto Eva picava carnes. A senhora olhou para nós e sorriu.

Na outra parte, garrafas com temperos, ervas e pimentas de todo o tipo. A decoração lembrava um pouco aquelas cozinhas de fazendas mexicanas.

Will abriu uma porta e estávamos em uma área de churrasco. Uma mesa enorme e retangular ficava bem no meio. Era de madeira escura como o outro pequeno armário. Uma churrasqueira de tijolos ficava em uma parede, e a outra era elétrica. Próximo a uma enorme pia dupla, um fogão à lenha e mais adiante, uma geladeira. Um grande sofá de madeira com assentos estampados ficava do outro lado, junto com algumas cadeiras estofadas que formavam um conjunto. Entre duas colunas de madeira, uma rede se destacava ali. Havia também mais duas portas. À frente, o gramado e um campo de futebol. Olhei mais adiante e vi uma grande piscina.

- Você dá festas aqui?

- Quando eu era adolescente, meu avô costumava dar festas. Ele era solitário no dia-a-dia, mas, tinha amigos que moravam na cidade, outros em fazendas vizinhas e alguns de longe. Eles vinham visitar meu avô e ele dava um belo churrasco. Os empregados da fazenda sempre foram tratados como amigos também e participavam do churrasco como se fossem da família. Thom sempre vinha. Cielo ajudava na cozinha e Martin e eu, íamos nadar no rio. Megan era novinha e ficava nos procurando, igual a uma louca, enquanto Martin aprontava. Um amigo do meu vô tinha duas filhas da nossa idade. Martin e eu ficávamos provocando-as. Às vezes, Martin sumia com uma delas - ele sorriu um pouco pensativo.

- E quando ele sumia você ficava fazendo o que com a outra?

- Bom... Ela era apenas uma conhecida. Apenas isso. Ela, assim como a irmã, gostava do Martin também.

- As duas? Ninguém o queria? Oh, meu Deus! Você era feio, não é? Um adolescente cheio de espinhas, com roupas esquisitas e aparelho dentário.

Ele me olhou de lado e sorriu.

- Martin era muito divertido. Ele fazia amizade facilmente e sempre dava um jeito de fazer a gente rir. Eu, ao contrario dele, nunca fui de fazer amizade. Eu não sou do tipo extrovertido. Tanto que, depois que meu avô morreu, eu não fiz mais churrascos ou chamei seus amigos para fazerem uma visita. Eles eram amigos do meu avô, não os meus. Meu único amigo, era Martin. Às vezes, alguns deles ligam, perguntando por Calvin e a Eva, perguntam se estou bem, mas, eu não me interesso em vê-los. A única família que eu tenho amizade de fato, são os Ferrel. Os demais são meros conhecidos.

- Por que você se afasta?

Ele ignorou minha pergunta e saiu andando na minha frente.

- Vamos! Vou te mostrar o resto.

A casa era muito grande. O chão de madeira trabalhada brilhava tanto, que eu podia ver meu reflexo. Os quartos tinham cortinas rendadas combinando com os forros de cama. Tudo muito limpo e aconchegante. As mobílias dos quartos eram antigas e bonitas. Os objetos de decoração ostentavam beleza e luxo.

Nos quartos de cima, a decoração também era antiga e luxuosa, mas, no quarto de Will, a cama tinha dossel e grandes janelões cobertos por lindas cortinas. Uma lareira e um enorme tapete da cor vinho fazia com que o ambiente tivesse um ar sofisticado. O que quebrava o estilo antigo era a TV em um painel.

Os lustres da casa pareciam ser as peças mais caras do mundo. Aliás, tudo ali parecia ser caro. Até o escritório onde Will analisava a contabilidade da fazenda, era de certa forma, elegante. Tudo em madeira escura. Um janelão com cortinas suavizava o ambiente. Um grande sofá de couro era acompanhado por duas poltronas formando um conjunto.

Descemos as escadas e passamos pela sala. Duas empregadas passaram nos cumprimentando.

Seguimos pelo corredor e Will abriu uma porta mais a frente. Saímos e lá, havia um grande pátio com paredes revestidas de pedras. Um chafariz no centro do pátio tinha um cisne que derramava água do bico. Ao redor do pátio inteiro, lindas plantas subiam pelas paredes em grande harmonia. Logo adiante, uma cobertura, onde pedaços de madeiras formavam uma pilha e ao lado, um machado estava encostado na parede.

- Eu gosto da comida preparada no fogão de lenha. E com as tempestades que temos, eu gosto de acender a lareira nestas ocasiões. Eva disse que eu deveria colocar lareiras elétricas. Eu coloquei nos quartos de hospedes, mas, no meu e na sala, não. Eu prefiro à lenha. Gosto de preservar as coisas antigas. Dá um ar aconchegante, você não acha?

- Sim, eu acho. O seu quarto e o pátio, foram os lugares que eu mais gostei da casa. Aqui é tudo muito lindo, Will.

- É sim. A primeira vez que vim aqui, eu pensei que era o lugar mais lindo da terra. Todo esse pasto, o rio, os animais, nada disso parecia real.

- Você nem sempre morou aqui na fazenda?

- Não - ele me respondeu. - Vamos entrar?

Segurou em minha mão e me conduziu até a sala. Lá, ele indicou o sofá para que eu me sentasse também.

- Onde você morava?

Ele jogou os cabelos para trás e respirou fundo.



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