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Capítulo Quatorze - Olhos verdes

Heloyse

— Será que você não leu a placa? Está escrito: "Não ultrapasse. Propriedade particular".
Eu continuei na água. Meu rosto queimava e eu não sabia se pedia desculpas ou se apenas saía de lá. Ou talvez, eu estivesse envergonhada por outro motivo.
Em toda minha vida, eu nunca vi alguém como ele. Tentei me recordar de alguém que se assemelhasse, mas, eu não obtive sucesso. Era alto, mesmo estando montado em um grande cavalo. Um lindo cavalo preto.
O homem estava sem camisa. A pele era bronzeada e o cabelo loiro passava da altura dos ombros e estavam cobertos por um chapéu. O jeans claro e surrado parecia abraçar os músculos das suas coxas. E voltando para seu rosto, notei os fios curtos formando os vestígios de uma barba. Novamente, passei o olhar sobre seu abdome e me demorei ali. Era tão firme. "Apetitosamente, firme", pensei. Eu não deveria pensar daquela forma.
Um arrepio tomou conta de mim novamente, me obrigando a passar a mão sobre meu braço, como se eu tentasse me aquecer.
— Você é surda?
— Eu... Eu não vi! Eu achei o lugar lindo e pensei que ninguém me veria, então...
— Então resolveu invadir?
Era constrangedor ser repreendida como uma criança.
— Me desculpa! Eu vou embora.
— Eu não a conheço. Você não é daqui.
— Não... Eu estou com os Ferrel. Eles são amigos do seu patrão.
Uma de suas sobrancelhas se arqueou.
Lembrei-me que Cielo comentou que o tal Will tinha muitos empregados na fazenda. Vestido daquele jeito, dava para notar que ele era um deles.
— O meu patrão? — senti um pouco de diversão em sua voz.
— Sim. E não se preocupe, eu já vou. Eu realmente não deveria ter entrado aqui.
Fui até a árvore, peguei minha regata e vesti. Em nenhum momento ele tirou os olhos do que eu estava fazendo. Voltei a prender meu cabelo e calcei meus chinelos. Peguei meu livro, o celular e caminhei em direção à cerca.
Meu rosto estava quente, coberto pelo calor da vergonha e se eu continuasse mais um minuto ali, eu entraria naquele rio e sumiria sem deixar rastro.
— Quando quiser nadar, entre pelo portão, senhorita.
— Você não me verá mais aqui.
Eu não conseguia olhá-lo de volta.
Andei até a cerca e me agachei para passar para o outro lado.
"Droga! Mil vezes droga!"
Novamente o arame farpado no maldito coque. O que mais poderia acontecer para me deixar constrangida?
Enquanto eu sussurrava alguns xingos e tentava me soltar, eu o ouvi descer do cavalo. Olhei pra o chão e avistei suas botas.
"Arrume uma faca e me mate", dizia minha mente.
— É isso o que acontece quando se pula uma cerca. Se tivesse pedido para entrar na propriedade, isso não teria acontecido. Agora está aí, presa, como um coelho em uma armadilha.
"E você é o predador", eu pensei.
— Vou me lembrar do seu conselho — eu disse, tentando tirar a parte enroscada no arame.
— E além de invadir propriedades, é debochada, senhorita.
Quando eu ia responder, senti seu corpo atrás de mim. Suas mãos estavam em meus cabelos, retirando os fios do arame farpado, delicadamente. Em poucos segundos, eu estava livre e meu corpo sentiu um vazio quando suas mãos se afastaram de mim. 
Já do outro lado da cerca, eu me virei para agradecê-lo e foi ai que o vi. Eu vi os olhos dele.
Se o paraíso tivesse paisagens como as pinturas pastorais europeias, certamente, seriam compostas por cores tão perfeitas como aquele verde.
"Agora está aí, presa, como um coelho em uma armadilha."
Eu o comparei a um predador e eu estava certa. Ele tinha o olhar de um felino, com olhos da cor de esmeraldas. Então me veio à cabeça uma citação escrita em muro: "Eu conheço a felicidade e ela tem olhos verdes".
Eu o observei e o mundo inteiro a minha volta parou. O mundo parou para observar seus lábios cheios, seu maxilar bem contornado e o reflexo dos seus cabelos ao sol, o faziam parecer algo fora do real.
Apesar das roupas, o homem tinha uma beleza magnifica. Se Franz Xaver Winterhalter tivesse visto-o, ele teria deixado de lado a preferência por rainhas, para apenas pintar a beleza magnífica e nada delicada que estava bem a minha frente.
Ele também poderia ser comparado a um galã libidinoso, iguais aos dos romances da época. Aquele tipo bronzeado, que exalava arrogância, de rosto rude, com traços firmes, levando as donzelas à loucura. E estas, desejavam ter ao menos um quadro dele, para poderem suspirar todas as manhãs, admirando-o.
Como seria seu retrato? Talvez ele fosse retratado com lindos olhos verdes, transparecendo uma alma vazia, porque ele tinha um olhar vazio.
Minha mãe dizia "corra dos olhos verdes, eles são perigosos". Ela sempre dizia isso quando recordava do seu primeiro amor na adolescência.
— Obrigada!
— Não tem de quê, senhorita! — disse se afastando.
Quando eu estava indo em direção à caminhonete, aquela voz me fez parar.
— Tenha um bom dia, Heloyse!
"Oh, meu Deus!"
Eu deveria perguntar como ele sabia meu nome, porém, ele já estava bem longe com o seu cavalo.

Franz Xaver Winterhalter: Retratista da realeza

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