MIDAS
Midas (ou vírus da ganância)
15/03/2020
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Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
.
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
.
Midas se espalha
Construindo celeiros
Vejo vida em Marte
Mas não a vejo em terceiros
.
Meu nome é humanidade
Com vestes de rainha
Rica sou, não vejo o nu
Nem a pureza que eu tinha
.
Midas se espalha
Me deixando tão sedento
Por riquezas, mais e mais
Não sigo mais meu pensamento
.
Ó como me engano
Em pensar que ao morrer
Levarei joias e ouro
Para o Inferno encher
.
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
.
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
.
Midas se espalha
É a cegueira coletiva
Troco o bem pelo mal
A riqueza por minha vida
.
Com o vírus da ganância
A partilha é combatida
Prenderam a Esperança
Com Pandora adormecida
.
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
.
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
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