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Um paciente Inglês!

Um turista sexagenário, de nacionalidade britânica, consegue com alguma dificuldade ir passar a sua semana de férias de verão ao Algarve. Como inglês, cumpre rigorosamente a tradição, indo para o mesmo hotal, mesma praia, mesma semana, enfim tudo a preceito desde 1958 quando ainda o Algarve era terra de pescadores e o «gentlemen» vinha com os seua pais e irmãos.

Esta «covitude» não o levou a baixar os braços. Com o Brexit e uma pandemia apareceu um enfermeiro heroi que lhe dava esperança de retornar ao recanto da Europa Continental. Se um português salva o Primeiro Ministro de Sua Majestade, então não haverá algum lusitano disponível para fazer outra boa acção?

Sem grande preocupação lá foi à agência de viagens de sempre (o actual dono era trisneto do fundador) e reservou o «pacote» de sempre.

A funcionária mostrou alguma preocupação. Primeiro a companhia aérea portuguesa estava sem dono, pelo que se constava nos bastidores dos operadores turísticos, que as alternativas «low cost» estariam todas falidas. Valha-me Deus, lamentava o pobre turista, não sei o que fazer. Para onde irei? Nem imagina que até o D. Rodrigo, da D. Amélia, era algo imperdivel. 

O gerente, geneticamente um profissional comprovado, ouvindo uns decibeis mais altos do que a tradicional tranquilidade sonora da loja, resolve ir ter com o seu velho conhecido.

Telefonema para aqui, telefonema para ali e finalmente se arranja voo. A velhinha British Airways a pedido de várias familias resolve dar prioridade no verão aos voos para o Algarve, mesmo usando outros destinos como o Oriente ou Africa, fazendo escala forçada em Faro.

Enfim, terá que ser usada uma «mascarilha», parece ser o termo português para a «mask», luvas, imenso alcool e muito perfume. Obviamente que alcool não será o Wiskey ou Brandy ou até o Gin. É mesmo alcool!

Chega então o grande dia, 6 de Agosto, e a familia toda equipada vai com destino a Faro, num voo que iria depois para Singapura. Cada um leva a dita «mascarilha» usando as cores do clube de futebol, para que se garanta a higiene e segurança de um eventual erro de troca.

Tudo corre a feição, a hospitalidade portuguesa mantém-se, o D. Rodrigo da D. Amélia ainda estava melhor (com o confinamento apurou a receita da avó), e no dia seguinte a espectativa de voltar à praia era enorme.

A praia usada por esta familia era uma pequena baía banhada pelo Atlantico com pouco espaço em termos de areal.

Mas o família trazia todo o equipamento, inclusivamente uma fita para medir as distâncias recomendadas pelo Governo Português.

Mochila pronta, com alcool, protector, mascarilhas, chapéus, fita, luvas e um kit de lexívia para uma eventual emergência. 

As saudades de estender a toalha no areal, banhar naquele Atlantico da cor do céu enchia de espectativa o turista inglês. Nem queria saber o «Times».

A entrada na praia estava patrulhada pela Marinha Portuguesa, que verificavam se os banhistas traziam os kits de segurança impostos para evitar mais uma pandemia.

A família instala-se verificando com a fita a distância de segurança recomendada para com a vizinhança banhista.

De facto estavam mais perto do que os demais, levando mesmo o cabo do mar a ir ao local. Estes novos marinheiros já falam um inglês fluente contariando os seus antecessores que tinham um dialecto de Almansil, ficando conhecidos pelos «índios de Almansil».

Os  britânicos garantiram que cumpriram com as recomendações e, a existir um erro, só podia ser por parte dos vizinhos, na verdade!

O militar pede a fita e confirma: 3m. Mas a real distância efectivamente era na ordem de um metro. Mas depois repara melhor. A letra minuscula que constava junto ao número  era «ft».

Educadamente pergunta aos turistas que «ft» seria aquele.

«Pés, obviamente!»

«Pés, quais pés? Os vossos? Desculpem, mas nós cá em Portugal medimos com metro e a vossa sombrinha tem de estar a pelo menos 3 metros de distância das vizinhas. Isto de andar a medir com os pés só dá asneira!»

E remata a conversa, sob o olhar paciente dos britânicos:

«Por favor fitas métricas de lojas de turistas não aceitamos. Muito menos a medir com pés!»

Realmente ao que isto chegou!

Olhão, 16 de Maio de 2020

António José Alçada, o Pastor




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