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C A P I T U L O • 9 •

"Acredito em saudade, sei o quanto uma ausência pode doer, provocar contração muscular e até náusea."

No domingo pela manhã quando cheguei à delegacia fiquei a manhã inteira na minha sala, uma vez ou outra aparecia uma ocorrência, mas nada tão grave que merecesse totalmente minha atenção. Sentei-me na minha mesa sentindo o pequeno corte na minha boca latejando mesmo após estar fazendo tratamento com analgésico e anti-inflamatório, já havia esquecido quantas vezes havia praguejado ao lembrar o que Caleb havia feito por não aceitar minhas escolhas, essas que nem por um inferno as mudaria.

Acomodei-me na mesa avaliando alguns casos para encaminhar ao juiz. Reconheci a cabeleira loira de Caleb passando em frente a minha sala, desde então não havíamos conversado e a situação fez com que quisesse me isolar do que me restava do mundo, e como não fazia questão de conversar com os demais ficaria sozinho, em ficar na minha sala.

Passei o dia todo com o coração apertado, e uma sensação ruim fazia minha boca amargar, um incômodo, sei lá, uma ansiedade que não era minha. Desde que havia me formado, há quase dez anos nunca me senti tão imponente, pelo contrario, sempre controlei meus medos e angustias, mas desta vez me sentia estranho. Quando fiz carreira como um advogado renomado, e quando passei no concurso para o cargo que possuo hoje eu era um homem seguro, mas desde que Dennah morreu não me reconhecia mais. Sentia-me um merda fraco e bundão, sem a minha mulher e a minha filha a vida era horrível.

Pela manha, antes do almoço, recebi a ligação de Judith reafirmando nosso compromisso, buscaria Violet em duas horas. E legalmente, a responsabilidade da garota era minha, e amanhã assinaria os papéis que minha esposa havia assinado, que agora não havia serventia alguma.

Frustrado, acomodei-me na cadeira, e mais uma vez tentei me concentrar em alguns casos, mas não me sentia bem em estar ali, a sensação de desespero apertava meu peito a ponto de trancar minha respiração, até quando senti que explodiria, só peguei a garrafa de uísque e virei quase à metade. O liquido queimou a garganta, mas isso era o de menos comparado ao que estava sentindo. Levantei rápido, ajeitei a arma no coldre na cintura, passei pelo aparador peguei a chave e dei o fora dali sabendo exatamente aonde desejava estar. Entrei no carro por um caminho que conhecia bem, porém, nesses últimos meses o havia frequentado poucas vezes. Quando parei em frente ao cemitério Trinity Cemetery and Mausoleum suspirei fundo, não sabia se estava preparado para estar ali, mas Dennah e Emy eram as únicas a acalmar meu coração desgovernado, e sem elas não era ninguém. Peguei a garrafa de uísque assim que abri a porta do carro. Entrei no lugar de cabeça baixa, lendo alguns nomes nas lápides, e quando parei em frente à de Dennah, observei a foto de sorriso estonteante. Eu havia tirado aquela foto, um dia antes de morrer.

— Oi meu amor. — O sol radiante ainda reluzia sob minha cabeça, olhei ao redor e o vazio do cemitério me trouxe conforto. Coloquei a arma e a chave do carro em cima de seu túmulo, ao acariciá-lo para sentar-me no chão não me importei em deixar os pertences ali e me jogar no chão e sentir a sepulcro frio em minhas costas. Será que assim ela estava mais próxima a mim? — Sabe Dennah, nós nunca estamos preparados para viver com a dor que a de alguém chegou ao fim, e eu não estou sabendo lidar com a sua ausência aqui. Meu amor está sendo insuportável não ver seu sorriso. Não sentir os seus beijos, até mesmo de quando brigava comigo por deixar a toalha na cama após o banho. Eu estou morrendo de saudades. — Quando meus olhos nublaram por lagrimas tateei o túmulo e peguei a garrafa e a virei na boca mais uma vez, não me importando com o gosto horrível na garganta. — Eu estou morrendo aos pouquinhos desde que se foram... — Bebi outro gole de uísque. — Não sei onde está Emily, Dennah. Há longos seis meses a procuro e até hoje não faço ideia de onde está nossa menina — suspirei fundo. — Mas lembra da promessa que lhe fiz a primeira vez que vim aqui? E não irei desistir. Não irei descansar, e não irei viver enquanto não encontra-la. Devo isso a você.

Por um breve segundo batuqueis os dedos no outro, antes de pegar a arma e a colocar ao meu lado. Não poderia estar desprotegido independente do lugar. Não poderia dar bandeira a quem quer me matar, e o quem havia matado parte de mim ainda estava à solta. Recostado ao túmulo fechei os olhos sentindo a primeira lágrima solitária escorrer, e as próximas tornaram-se involuntárias. Odiava me sentir fraco, mas estava cansado de parecer forte o tempo inteiro quando estava vazio por dentro.

— Vim dizer a você que finalmente o seu sonho se realizou, e mesmo que não esteja aqui o farei tornar-se real não importa as consequências que isso me traga. Amor, conseguimos a guarda de Violet e a buscarei em poucas horas. Estou tão ansioso e com medo, já que terei você aqui, e não faço ideia em como cuidarei dessa menina que não faço ideia como é, mas seria pedir demais que ela parecesse um pouquinho com você? — Entre lagrimas virei à garrafa na boca, e desta vez minha visão embaçou. Merda! Estava na hora de parar — E mesmo que não tenha tido tempo. Eu te amo. Te amo com todas minhas forças, e gostaria que tudo tivesse terminado diferente, e de preferencia que não tivesse que viver sem você...

Fiquei alguns minutos em silêncio e quando o sol deixou-me, já havia virado quase toda a garrafa e o meu estômago rejeitou o liquido, corri para longe, e antes que chegasse ao muro branco, despejei tudo para fora. Não que fosse um alcoólatra, longe de mim, mas não estava sabendo lidar com o que a vida havia se tornado. Não conseguia mais lidar com a dor da perda, da saudade e da solidão que assombrava meu peito. Eu tinha uma família, era feliz, e agora, o que restava além de um homem ferido era o coração destruído. Minha visão embaçou, meus olhos fecharam-se de forma involuntária e um cansaço invadia meu corpo de forma impiedosa.

— Eu só queria olhar novamente para você. Olhar em seus olhos azuis e dizer o quanto fomos felizes durante os nossos seis anos juntos. Não queria chegar aos trinta e dois anos frustrado como estou. Sinto-me tão perdido... — Lentamente fechei os olhos recostando a cabeça no túmulo. — Queria um sinal Dennah...Um sinal de onde posso encontrar a nossa menina, algo que me orientasse a algum lugar. Por fav...

Nos segundos seguintes meus olhos não abriam, assim como não tinha controle. Soltei a garrafa e o meu corpo tombou com ela, não me lembro de nada depois disso.

•••

Abri os olhos assustado. Há quanto tempo estava ali? Quanto tempo havia dormido recostando ao túmulo frio? Olhei ao redor e o breu de algumas partes do cemitério fez meu corpo arrepiar. Desajeitadamente levantei-me do chão, e li a frase abaixo da foto iluminada:

"O sorriso encantador da terra, agora alegra os anjos do céu"

Dennah Emily Connor Behling 1989 - 2018

Minha cabeça girou quando toquei a foto antes de recolher meus pertences e caminhar entre os túmulos até a saída sentindo medo, mas os mortos não podiam fazer nada, a não ser ter enterrado seus sonhos consigo. Um lembrete mental fez com que meus olhos arregalarem. 

A menina.

Droga!

Como eu havia apagado e a esquecido. Maldito uísque, que por sorte o efeito havia passado, mas que para meu azar havia esquecido o celular na delegacia. 

Quando liguei a ignição do carro, meus pensamentos estavam em Violet. Como ela era? Quantos anos tinha? Qual era a cor dos seus olhos. O que Dennah havia visto nela para se apaixonar tanto assim, meu Deus, eu deveria estar lá há tantas horas. O silêncio e a falta de movimentação na avenida me fez ter certeza que passava de meia noite e a cidade de Douby parava. Acelerei o carro o mais rápido até a delegacia, precisava ligar a Judith para me justificar. Olhei para o banco de passageiro, e me assustei quando vi a boneca que não estava ali antes. Meu corpo arrepiou todo, e quando voltei minha atenção para a estrada tudo foi rápido demais, tanto que não consegui evitar a colisão... A Mulher no meio da rua voou tão alto, uns dois metros a frente, e eu com o impacto fui jogado contra o vidro do carro estraçalhando-o com meu corpo. Minha cabeça bateu o capo e os vidros jogados no meu corpo, mas por sorte estava de colete a prova de balas. Trôpego, me levantei caminhando até lá... Precisava ajuda-la ou me certificar que a havia matado.

Senti dor quando me abaixei, e olhei ao redor da rua estava deserta, e sem celular não conseguia pedir ajuda. Virei seu corpo, e o meu coração acelerou. Sua maquiagem estava escorrida e o rosto coberto de sangue. Toquei seu pescoço sentindo sua pulsação fraca, e ao encostar-me a sua cabeça sentia seu sangue escorrem por meus dedos.

Merda! Ela estava morrendo.

Não esperei por ajuda, e quando a peguei em meus braços minhas costas arderam, como se fossem rasgar com seu peso, mas me mantive firme. Reuni toda a forma que havia ganhado nos anos de treinamento pesado e a levei até o meu carro. Limpei os cacos do banco antes de coloca-la. Suspirei fundo, e dei a volta rapidamente assumindo meu posto no carro depois de tirar os cacos do banco. Com visão turva e o sangue escorrendo por minha testa dirigi até o hospital mais próximo que encontrei. Joguei o carro quase dentro da recepção, desci de qualquer forma e a peguei nos braços ignorando a minha própria dor, mas quando entrei pela recepção minhas pernas fraquejaram.

— Ajudem-nos, por... — Abracei-a firme contra mim, e girei meu corpo protegendo-a quando senti que não aguentaria mais.

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