C A P I T U L O • 23 •
"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida."
França – Lyon
Cinco dias antes.
Saia da mansão quando a Megan me mandou um áudio da Magnólia onde ela indiretamente confessava que sentia algo por mim, e mesmo mediante ao caos que estava vivendo, sorri. Rapidamente meus dedos a respondeu com sorriso bobo nos lábios. Talvez, não. Tínhamos que ser transparentes a que sentimos. Ah Lia, você ainda será minha se depender de todo o sentimento que carrego no peito.
Guardei o celular no bolso e caminhei sorrindo até o carro do Hunter, mas o resto de felicidade que tinha esvaiu-se quando vi a expressão fechada do ruivo. E naquele momento pensei que o pior havia acontecido.
— Enquanto se despedia de sua filha eles torturaram o seu irmão, outra vez.
Falou sem me olhar, maneei o pescoço, perguntando:
— O que você sabe?
— Eu não consegui tirar o sofrimento da sua irmã da minha cabeça Spencer, e isso foi um motivo para eu continuar procurando mesmo seus investigadores idiotas serem tão falhos — Explicou ele, friamente. — Busquei por investigadores de outros países e também por Charlie Morrissey, felizmente o cretino quis cooperar comigo quando soube que haviam sequestrado o Caleb e então descobrimos uma quadrilha de trafico de pessoas em uma cidade francesa, aproximadamente 700 km da Paris. Eles sequestram e os torturam por anos, depois os vendem como escravos a países de primeiro mundo, e lá usam chips rastreadores e se tentarem fugir, seus "donos" os matam.
— Meu Deus, que horror!
— É muito pior que isso, Spencer... — Ele deu partida no carro e me olhou. — Espero que esteja preparado para a guerra, meu amigo.
•••
Quando desembarcamos na cidade não esperava ver o rosto do loiro já que nossa ultima visita a Paris não havia terminado de um modo amigável. Charlie me olhou debochado, quis soca-lo como não fiz da ultima vez, mas me contive por precisar dele.
— Digamos que não é bom revê-lo, Behling.
Trinquei os dentes, antes de forçar o sorriso.
— Digo o mesmo!
— Deixaremos as diferenças e desavenças para outra hora, jovens cavalheiros. — Hunter bradou, firme.
O jovem russo era um líder nato, com senso de vingança, talvez por isso amasse lutar em lutas clandestinas, gostava do caos.
— Charlie, diga a ele o que descobriu!
O loiro vestido de preto o avaliou, pensando. E então começou:
— Temos contato com a polícia local que buscam há anos por essas pessoas, mas eles não vivem aqui, então o general fiscalizou todos as pessoas que entraram em Lyon nos últimos dois anos e chegou a três nomes que voltam ao país com muita frequência, e que ainda estão sendo investigados.
— Quem são?
— Guarde a sua curiosidade para você, Spencer! — debochou Hunter e eu cerrei os punhos.
— Não é curiosidade, imbecil. — O queimei com o olhar contendo meu ódio. — Eu preciso encontrar o meu irmão, não por esse motivo que estamos aqui, porra!
— E iremos — Charlie disse de forma natural. — Em cinco dias eles vão transportar essas pessoas para a Ásia e nesse momento, atacaremos.
Charlie era um homem de contatos pelo mundo, então, Hunter e eu passaríamos todos esses dias treinando em uma área restrita liderada por um de seus contatos. E mesmo que eu lidasse com armas há muitos anos sempre buscava aprimoramento já que em anos de profissão nunca precisei atirar, apenas intimidar, mas que agora todo esse treinamento seria colocado a prova. Eu teria que lutar, daria o melhor por mim ao lado de Hunter, que no fim, havia se tornado mais que um amigo já que dizem que esses estão ao nosso lado em momentos delicados. Hunter era hábil e lidaria facilmente com a situação, que isso fosse o suficiente para que saíssemos disso vivos.
•••
Optei em treinar em silêncio para todos aqueles que ficaram nos Estados Unidos. Escolhi não sobrecarregar meus pensamentos em pensar que algo ruim pudesse acontecer com quem amo em minha ausência. Megan tinha o Nathan e os seguranças para cuidar dela, e eles também seriam pela minha filha caso acontecesse qualquer coisa. Magnólia estava protegida com os seus seguranças também mesmo que não soubesse da existência deles.
Eu estava focado ao que aconteceria quando a noite caísse, estava focado em resgatar o meu irmão, e era apenas isso.
Estava deitado olhando para a cama de cima do beliche quando Hunter entrou.
— Linda, podemos conversar depois? Estou um pouco ocupado agora! — Ele me olhou revirando os olhos, mas atento ao que a mulher do outro lado dizia. — Se ir a esse desfile te fará feliz irei com você com enorme prazer, mas agora tenho assuntos importantes a serem resolvidos. — Ele mordeu o lábio inferior e por sua expressão tornou-se pervertida, ela havia falado qualquer besteira que o safado havia gostado. — Não se preocupe, prepare as passagens, gata!
E então ele desligou.
— Se despediu? Disse a ela que vai morrer está noite?
Brinquei ainda olhando para teto de colchão a minha frente.
— Deveria trabalhar em um circo, palhaço — Hunter respondeu cético e sentou-se na beirada da cama, então o olhei. — É a mesma garota de programa que você me atrapalhou de foder no dia que o seu irmão sumiu. Ela está pensando que vou tirar ela dessa vida.
— E você quer isso?
— Eu não sei — suspirou, frustrado. — Eu sou um homem de passado mais sujo do que esses colchões que estamos dormindo, Spencer, e não sei se conseguiria viver com apenas uma mulher depois de tudo que vivi. Eu sempre fui de várias ao mesmo tempo e com ela está sendo diferente por ser uma mulher experiente, mas não acho que apenas atração sexual seja o suficiente.
— Quer um conselho de um homem de trinta e dois anos que já se apaixonou antes? — Ele apenas esperou, continuei: — Saia com essa mulher, transe o quanto puder e aproveite os momentos porque se for ela a sua garota você vai sentir e se não for vai sentir quando se apaixonar de verdade por alguém porque a sua vida vai girará em torno dela, e ai meu amigo, você vai viver apenas por esse amor e estará muito fodido.
— Antes de sair vi como olhou para a sua namorada e é lindo ter um motivo pelo qual deseja viver.
Arregalei os olhos e o encarei antes de responder:
— Magnólia não é a minha namorada... É apenas uma amiga. — completei e ele sorriu. — Eu era casado é amava loucamente a minha mulher, mas como deve saber...
— Eu acompanhei as noticias de sua perda na época assim como torço para que encontre a sua filha. — O russo suspirou. — Eu sinto muito.
— Foi uma fase complicada que agora e aos poucos a dor está amenizando. — voltei a olhar para cima.
— Ainda mais quando um novo amor está se aproximando. — O cretino riu e eu apenas suspirei, não daria nem o trabalho de negar.— Ou o caminho daquela gata está livre? Posso investir então?
O olhei rapidamente de olhos cerrados e de maxilar trincado. Provavelmente uma das muitas expressões assassinas que ele veria hoje.
— Vá se foder! — minha voz saiu rude e nada amigável. — Se se aproximar da minha mulher eu te mato.
— Agora sim as coisas ficaram cristalinas. — Ele gargalhou alto e eu me sentei ao seu lado. — Você é um velho apaixonadinho que não assume os sentimentos.
Hunter estava testando a minha paciência.
— Romanov se quiser manter os dentes, só cale essa boca, tá?
Antes que pudesse responder a porta do alojamento que estávamos abriu-se bruscamente em um som estridente. Hunter e eu olhamos ao mesmo tempo para a porta vendo Charlie entrar carregando um fuzil e na mesma mão uma mascara, mascara mesma que os homens atrás dele usavam, eles também seguravam armamentos pesados.
— A transferência vai acontecer agora, preparem-se — Charlie caminhou até mim.
O loiro trajava preto com colete a prova de balas e os seus homens o mesmo.
— O general da operação ligou e pediu para que atacássemos quando cruzassem a fronteira porque Lyon é cercada por turistas, não podemos simplesmente esquecer que é um país cheio de leis que que somos forasteiros e a não ser que queiram terminar presos é bom serem sigilosos...
Charlie fez um sinal com os dedos e um dos homens vestidos de roupa de guerra preto aproximou-se de nós, jogando as mesmas roupas que usavam.
— Vistam-se. — ele virou-se de costas, olhando para os seus homens, de costas falou: — E estejam prontos porque o circo irá pegar fogo e o céu queimará em brasa das pólvoras dos tiros e o chão engolirá o sangue daqueles malditos.
Charlie saiu seguido por seus homens.
Hunter arrancou as calças e quando retirou a blusa longa vi que seu corpo todo era marcado por tatuagens e cicatrizes em um dos seus braços que viam se a distância.
— Também tenho meus demônios, Spencer.
Não o respondi e o garoto de aproximadamente uns vinte e sete anos vestiu sua armadura com um sorriso demoníaco no rosto.
Hunter Romanov era o próprio caos.
•••
QUE CAPITULO FOI ESSE, BRASIL?
Estou em choque e apaixonada ao mesmo tempo.
Se preparem para a tempestade que está chegando.
Esqueci o nosso ruivo gato no elenco, aí está ele minhas lindas...
Não sei porque, mas sou apaixonada por esse homem e vocês?
Estão curtindo a história? Diz aí!
Beijos até a próxima da próxima sexta-feira, porque esses capítulos equivalem a desta...
Beijinhos da Liah 🥰😍
SURTEEEM COMO EU🤣😃
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