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C A P I T U L O • 19 •

"Neste mundo que parece virado pelo avesso, precisamos fazer do fim um recomeço, precisamos fazer o bem brotar também do mal."

Após Caleb ser dado como desaparecido os dias tornaram-se vagos e lentos desde então. Megan às vezes aparecia no hospital, mas andava ocupada com a agência e a filha do Spencer. A minha amiga estava exausta ao mesmo tempo que desolada com o sumiço do irmão, na realidade, dos dois irmãos, já que Spencer fechou-se em uma nova bolha segundo ela. Faziam uma semana desde o acontecido e ele nunca mais apareceu no hospital para me visitar, era como se não lembrasse mais que eu existisse, embora todos os meus pensamentos estavam interligados a ele, às vezes até sonhava que ele estava aqui comigo, mas quando abria os olhos, as paredes brancas tornavam-se decepcionantes. Não o culpava. Não acredito que seja fácil lidar com a dor. Eu lidava constantemente com a dor do ser quem não sou, mas aos poucos tentava viver o que conseguia, seguindo um dia por vez, ou então surtaria.

A porta do quarto se abriu. Nate entrou segurando o meu prontuário e o olhou antes de olhar para mim, então o homem forte e algo sorriu, fez suspense antes de mostrar o papel assinado com seu nome e sua letra.

— Advinhe quem está autorizada a deixar o hospital? Se pensou em uma mulher forte nomeada como Magnólia, acertou. — Seu sorriso largo preencheu seus olhos. Ah, se ele soubesse o vazio que tornou meu coração com essa notícia. — Você está livre para ir, Lia — avisou, e eu suspirei fundo. Meu corpo todo tremeu. O nervoso em meu rosto tornou-se evidente quando senti o choque me invadir. Para onde eu iria agora mediante a tanto transtorno? — Fique calma Lia, está tudo sob controle, juro.

— Não, não está, eu não tenho para onde ir, Nate — arfei, levantando-me da poltrona que estava sentada. — Não quero dar trabalho a Megan. E o Spencer, ele... — me abandonou, quis dizer, mas me limitei a dizer: — Ele tem os seus próprios problemas, não quero ser um fardo a mais para ninguém.

— Você não é um fardo, pelo contrário, Magnólia. — Nathan deixou o prontuário de lado, e recostou-se na cama, olhando fixamente para mim. — Você trouxe paz para os Behling. Eles estavam tristes, estavam distantes uns dos outros, mas você os uniu, você e a pequena Violet foram as luzes do final do túnel.

Desviei o olhar.

Violet, então era esse o nome da filha do Spencer.

— Foi o Spen, não foi? Foi ele quem pagou todo esse tempo o meu tratamento aqui. — Ele apenas assentiu, incerto se revelava isso a mim ou não. Eu sabia, não tinha como ser outra pessoa a não ser ele ou Megan, mas duvido que deixasse que fosse a irmã — Não tinha como ser diferente, ele sempre esteve cuidando de mim desde o momento que abri os olhos.

— Antes disso, e ainda cuida... — limitou-se, deixando aquela resposta no ar. O que ele queria dizer com aquilo? — Já ficou tempo demais aqui, está na hora de ir. Megan está vindo para levá-la para morar com ela. Vida nova, querida florzinha — ele riu. — A minha noiva te ama, e como o Spencer não está em um bom momento e melhor te manter longe dele — suspirou preocupado. — Sabe, a situação com Caleb fez com que ele perdesse a suavidade e gentileza do homem que conheceu. O Spen mudou nesses últimos dias, e infelizmente, é um homem que deseja vingança e está obsecado por isso.

Arfei, derrotada, mas não o julgaria, e sabe porque? Porque ele era alguém capaz de tudo pela família. Ele amava o irmão e por isso não se perdoava em perdê-lo, se eu tivesse uma irmã também lutaria por ela. Ele era apaixonado pela família, em algumas vezes que vi Megan e Spencer juntos via como a olhava com admiração e mesmo que as vezes ambos eram teimosos e idiotas, mas se amavam... Se amavam muito. Caleb eu ainda não conhecia, mas pelo que Nathan me falava era um homem fechado desde que o pai o deixou fora de um testamento, e também desde que a namorada grávida morreu, mas que era um homem bom, de coração genioso e nobre, e não poderia ser diferente. Ele era um behling. Era o sinônimo de companheirismo e família que se amavam, todos viam isso. Sim que todos eles tinham seus demônios, sofriam e sentiam a dor dilacerante no coração, feriam-se como brasa ardente queimando-lhes a alma, era isso, pelo que soube da família eles eram ou foram quebrados, mas depois que o patriarca se foi a união entre eles ascendeu, tornaram-se unidos e um pelo outro, sempre e para sempre.

A porta branca abriu-se inesperadamente. Meg passou por ela e ao me olhar sorriu, sem mostrar os dentes.

— Preparada para deixar esse hospício? — Megan perguntou, fazendo com que seu noivo revisasse os olhos.

Ela estava linda, arrumada como sempre, usava um macacão verde longo e listrado, que modelava seu corpo esbelto. Seus cabelos loiros estavam amarrados e por trás do sorriso forçado e do quilo de maquiagem havia uma menina cansada que tentava disfarçar a tristeza, em seu amâgo, nitidamente estava infeliz.

Meia hora depois Megan assinou um sigiloso por estar retirando uma paciente que ainda tinha sequelas do acidente, que não sabia ao certo quem era, mas que não foi procurada por parentes, ou seja, deixar o hospital não interferiria no que poderia viver dali em diante já que os desmaios haviam cessado a algum tempo. Assinei um termo de acordo com as regras vigentes do instituto. Eu poderia sair, mas tinha que arcar com qualquer ato após a partida, ou seja, que eles não tinham mais obrigação nenhuma comigo.

Quando deixamos a diretória do hospital, Megan pediu que eu a seguisse, só então vi quantos seguranças a seguia, ela nunca entrava com eles em meu quarto.

— Se os meus irmãos não fossem tão descuidados isso não teria acontecido — suspirou cansada, apenas careta enquanto seguiamos para o carro.

Não me surpreendi quando vi que seu carro era rosa, uma BMW rosa e os seguranças de longe fizeram escolta como se fossemos celebridades.

— É bom já ir se acostumando com eles — disse quando assumiu o volante, olhando para os carros ligados para seguir o seu. Olhei-a sem entender muito o que gostaria de dizer, mas sabia que em breve conheceria um pouco mais do seu mundo já que ela havia permitido que eu entrasse nele.

Megan seguiu o caminho pelas ruas movimentadas. Os três carros de seguranças seguiam o seu, eram oito homens dentro deles, tentei parar de ficar encarando e olhei ao redor tentando reconhecer uma rua, um nome, qualquer coisa, mas nada me ligava a nada. Era tudo estranho, triste e desconhecido para mim e, infelizmente, teria que lidar com isso de agora em diante.

•••

Passaram-se duas horas desde que saímos do hospital e chegamos ao apartamento luxuoso de Megan, segundo ela era uma área nobre próximo a muitos pontos comerciais necessários, inclusive o de sua empresa.

A sala de estar tinha uma decoração moderna, dividida em três ambientes, com móveis em cores neutras e objetivos chiques e quadros contemporâneos completava o ambiente bem decorado e arquitetado. A sala de jantar era pequena, mas sofisticada também, embora tinha convicção que Megan não era do tipo que gostava de cozinhar.

O quarto que ela havia disponibilizado para mim era amplo, o triplo maior que o do hospital, iluminado com paredes neutras e bonitas, uma cama de casal enorme e um banheiro só para mim.

Megan deixou-me a vontade desde que chegamos, embora sempre precisava sair para resolver uns contratos na agência, ela nunca demorava, mas pedia para que eu me sentisse em casa, me sentisse como parte de sua família. A garota loira havia me acolhido de forma gentil e carinhosa e era o mínimo que eu poderia fazer por ela já que cuidou de mim quando o seu irmão me deixou sozinha. Megan dizia que Spencer se perdeu na desilusão por não achar o irmão, disse também que ele havia sido suspenso da delegacia por uma semana por estar agindo como um lunático. Ele não tinha mais vida, e sua pequena filha a dias estava sobre cuidados da babá, ele mal descansava, buscava incansavelmente por pistas e parece que havia encontrado uma e essa era o seu fio de esperança.

Sentei-me no sofá confortável da varanda, observando as luzes que aos poucos queimavam algo dentro do meu coração. As casas davam-me segurança. As luzes a sensação de pertencer a algum lugar já que no hospital apenas via as paredes brancas, e quando dava sorte, conseguia ir até o jardim que não era nada comparado a essa vista. As luzes das casas ao redor queimava os meus olhos e aqueciam meu coração como se em algum lugar ali em baixo fosse o meu lar. Eu gostaria muito que fosse.

No primeiro momento em que chegamos sentamos-nos ali e a Megan me contou que estávamos a longos metros do chão, era o décimo quinto andar.

— Imaginei que tinha gostado mais da varanda...— Não vi quando Megan entrou no apartamento, nem mesmo quando se aproximou de mim. — Esse é um dos meus lugares favoritos também, mas precisa conhecer o terraço — Sentando-se ao meu lado no sofá.

— O seu apartamento é lindo, Megan.

— Foi uma das primeiras coisas que comprei sozinha quando me tornei a CEO da Behling Model — suspirou, sorrindo em seguida. — Talvez por isso não tenho vontade de morar em mansões como os meus irmãos, sabe, acho que já me acostumei com a simplicidade desse lugar.

A fitei incrédula, isso não era simples, era uma extensão grande e luxuosa. Acho que talvez para ela parecesse pouco, mas isso era pelo muito que ela tinha conquistado na vida, mesmo sendo tão jovem.

— Tenho um presente para você! — Megan forçou um sorriso, só então reparei nas sacolas em suas mãos. — Esses são meus para você... — Entregou-me duas sacolas enormes. — E esse é diretamente do velhote... — Estalou a língua em um sorriso ao entregar a última sacola em sua mão — olhei-a surpresa, ela indicou para a sacola. — Vamos abra, Lia.

Abri o embrulho rapidamente e peguei a caixa e fiquei olhando para ela por tanto tempo que a Megan tocou minha mão, fazendo com que eu a olhasse.

— Isso é um celular ultra, mega, power tecnológico. É um lançamento chinês a qual o meu irmão comprou antes que o donzelo desaparecesse. Eu posso te ajudar a usar. 

— É lindo... Eu agradeço, mas... Mas não posso aceitar isso... — levantei-me rapidamente, passando pela porta automática e entrei na sala.

Megan me seguia com a expressão fechada.

— Eu não posso aceitar presentes de seu irmão depois de tanto tempo que não o vejo. Não me parece certo...— olhei-a nos olhos. — Os seus também não. Isso faz com eu que pareça interesseira, e não sou, Meg! Sinto muito, mas não posso aceitar, não posso, não...

Antes de continuar a jovem suavemente caminhou até mim, parou na minha frente e tocou em minha mão gélida. Meg era menor que eu.

— Nunca pensei que fosse interesseira desde o primeiro momento que a visitei naquele hospital e olha que conheci todos os tipos de pessoas, e acredite, aprendi a lê-las em olhá-las. — Ela soltou a a mão e tocou meu ombro, gentilmente. — Você veio até nós em um momento delicado que vivíamos e mesmo sem perceber está trazendo luz a vida do meu irmão, mesmo que aquele velhote não demostre vi algo em seus olhos quando ele olha para você.

— Você está vendo coisa onde não há... — desviei o assunto, ela riu gentilmente.

— O meu irmão nunca foi tão dedicado a uma mulher a não ser a Dennah, Magnólia — explicou ela. — Ele sempre foi muito centrado, sim, como homem ele teve muitas mulheres em sua cama, mas todas passageiras, e quando a Dennah chegou ele dedicou-se a ela e a filha com devoção e amor, integralmente, mas quando as perdeu ele ficou destruído, até... — Ela parou e respirou, seus olhos claros prenderam aos meus. — ... Até você e Violet surgirem em nossas vidas e o encher de esperanças novamente. Eu acredito que há chances de você fazê-lo voltar a amar...

A olhei em choque, paralisada.

Eu ouvi essas palavras antes, de Nathan, seu namorado, será que ele também pensava essas asneiras ou Megan o influênciava? A garota era persistência e gêniosa quando queria, mas pensar que Spencer Behling poderia se apaixonar por uma mulher destruída e inútil como eu era tolice. Uma maldita tolice.

— Magnólia, sei que acha estranho os presentes, mas saiba que é um jeito que encontramos quando amamos alguém. E eu amo você, minha amiga...

Seus olhos encheram-se de lágrimas e eu me senti mal por isso, ela estava dando o seu melhor por mim e eu a decepcionando, que merda de amiga eu era. Megan estava sensível, tudo que estava acontecendo não afetava apenas o seu irmão mais velho, mas também a si mesma.

Sem pensar, no meio da sua sala a puxei para os meus braços, em um abraço apertado.

— Está tudo bem... Está tudo bem, Meg... — Minha voz saiu como um sussurro baixo.

O choro insessantemente da garota aumentou.
 
Megan também estava sofrendo.

— Eu estou tentando não desabar outra vez. Estou tentando manter a cabeça no lugar, tentando seguir sendo forte, mas não está sendo suficiente Lia. Eu não sou tão forte quanto o Nate diz — suspirou ante ao choro. — Eu não estou conseguindo lidar com o desaparecimento do meu irmão, sabe, são sete dias sem notícias. Eu quero notícias, quero o Calleb, eu quero o meu irmão. Eu não aguento mais passar por essa merda.

E por longos minutos ficamos ali, acalentei Megan como ela havia feito comigo em muitos momentos no hospital, era como se fossemos uma via de mão dupla onde podíamos contar uma com a outra, sempre. Megan sem dúvidas seria a irmã que eu gostaria de ter tido.

— Não me tire a mínima felicidade que tenho ao te dar um presente, por favor — implorou, limpando o rosto, apenas balancei a cabeça voltando até a varanda para buscar as sacolas.

Megan me seguiu em silêncio

Abri uma sacola um vestido azul celeste e na outra um salto alto prateada na mesma altura do que havia sido deixado no hospital. O que eu supostamente usava no dia do acidente.

— O que é isso tudo?

— Uma recepção de boas-vindas — Uma Megan de olhos inchados e avermelhados tentou sorrir, mas mesmo o sorriso alinhado não escondia a expressão cansada em seu rosto. Ela queria parecer, mas não estava feliz.

Fiz careta.

— Só por me deixar morar aqui já são boas vindas, não precisava disso, Megan.

Os olhos que antes haviam lágrimas fitaram-me fixamente. Megan, estava aprontando e algo em seus olhos me diziam que sim.

A loira pegou o celular que Spencer havia me dado ainda na caixa e o colocou em minha mão.

— Está na hora de agradecer pelo presente.

O que? — quase engasguei com minhas próprias palavras.

— A recepção de boas vindas será na mansão do Spencer... — falou, simplesmente. — E estamos atrasadas a mais de vinte minutos.

— Megan, você é uma amiga traiçoeira. — Ela me deu as costas e entrou para o corredor dos quartos, não sem que eu visse a sombra de um sorriso travesso estampado em seu rosto.

Porque sentia ainda mais  que estava ela aprontando? E Estava fazendo aquilo propositalmente, estava tentando me jogar para cima do seu irmão descaradamente, mas, porque no fundo eu achasse que isso não fosse ruim? Era pecado desejar um homem como Spencer? Ele havia tomado meus pensamentos para si desde o primeiro momento que abri os olhos e o vi ao lado da minha cama. Como um lindo anjo.

E em suas visitas, em suas gentilezas e o único toque em minha mão fez com que algo formigasse dentro de mim. Era errado tentar conquistar quem havia ganhado sem nenhum esforço o meu coração?

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