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C A P I T U L O •15•

"Quando te ví pela primeira vez , foi nesse momento que meu coração foi tomado por amor."


Abrir os olhos foi como uma borracha fria e cruel que não se importava em apagar tudo quem eu sou ou era. O vazio me trazia a sensação de pânico e angustia por não me lembrar, por não saber nem mesmo o meu nome. Perguntava-me isso desde que havia olhando para aquele homem sentado ao meu lado, inicialmente, pensei que pudesse ser alguém importante, mas mesmo assim, conforme fomos conversando ele parecia me achar importante, já que vinha aqui durante todos esses meses havia me trazido flores. Será que antes dele, alguém me dava flores também?

Lembrar-me do loiro de olhos azuis, alto e sorriso fácil fazia meu coração acelerar, na conversa dela manhã descobri que seu nome era Spencer, e durante aquela manhã me peguei inúmeras vezes olhando para seu rosto, admirando a sua beleza em segredo, mas suspirei fundo ao lembrar o real motivo de estar ali, ele estava sendo profissional, tentava solucionar o meu caso e isso me deixava extremamente frustrada. 

— Com licença — Dr. Nathan Becker, o moreno de olhos negros, e de sorriso galanteador apareceu na porta horas depois a radiografia — Como se sente?

— Seria pedir demais querer me lembrar da minha vida? — bufei derrotada e o doutor se aproximou de mim segurando o prontuário.  

— Sei que não está sendo fácil, mas temos chances de que se recupere, apegue-se nisso... — Vi que ele diria um nome, se tivesse um. 

Agradeci antes de me deixar novamente sozinha. As horas arrastaram-se em tédio. Várias e várias vezes me vi admirando o jarro que Spencer havia trago, e todas ás vezes a Magnólia ofuscava os meus olhos, ali não tinha o que fazer, nem mesmo sabia o que era boa em fazer. A porta se abriu, e me assustei quando uma mulher loira, de cabelos lisos ondulados até o meio da cintura, seu rosto oval dava aspecto mais delicado em sua pele clara, seu nariz arrebitado e seus lábios pequenos rosados. Seus olhos azuis me olharam de forma conhecida e gentil, e quando a encarei surpresa ela sorriu. 

— Pedi ao Nate que me deixasse ver você, mas se o meu irmão descobrir que estou aqui, e se o Spencer descobrir ele vai me matar. — Ela sentou na poltrona e eu não deixei de observá-la. — Eu me chamo Megan Behling. 

— Prazer — sorri, me simpatizando com a garota, por um tempo ficamos ali, em silêncio, ela observou as flores e sorriu.

— Você se tornou uma incógnita para mim quando soube que chegou com o meu irmão, e eu fiquei feliz, pensei que pudessem ser algo, sei lá, ele se fechou muito desde que a Dennah morreu e a Emy está desaparecida.

Então Spencer teve alguém, como será que era lidar com a saudade de alguém e a perder? A dor devia ser excruciante e mesmo que não me lembrasse das pessoas, me lembrava dos sentimentos, e no quanto são capazes de ferir, Spencer era um homem ferido.

O ar gélido da sala fez minhas mãos tremerem, a roupa fina passava a me incomodar, queria ir embora, queria a minha casa, mas onde ela ficava? Meus olhos encheram-se de forma automática e quando a primeira lagrima escorreu por meu rosto senti os braços da Megan passarem por mim de forma terna e amiga, um carinho genuíno, e quanto afagava meus cabelos dizia que tudo ficaria bem, nesse meio tempo acordada, era a primeira vez que alguém me abraçava e dizia que eu ficaria bem sem parecer palavras vazias. Spencer era fechado, mas agora entendia os seus motivos dele não ter falado mais do que necessário. Seus olhos azuis eram misteriosos como se por trás daquela educação e beleza como se houvesse mais que isso.

— Eu gostei muito de você, preciso ir agora, preciso voltar ao trabalho. — A menina se afastou um pouquinho para olhar meu rosto. — Você é linda, obrigada...

— Magnólia. — falei baixinho e ela me olhou surpresa.

— Esse é o seu nome? — sorrindo, neguei.

— É melhor que não ter um nome, e as pessoas não souberem se referir a você, Então Megan, pode me chamar assim ou de Lia — falei convicta, que esse era um caminho sem volta. Talvez, a partir de agora as pessoas me conheceriam assim, e sabe, eu não ligo já que esse nome de alguma forma havia entrado em meu coração assim como os olhos azuis do loiro que eu não esqueceria nunca mais.

•••

Dias haviam se passado pacatamente, exceto pelas visitas da Megan e o entra e sai de enfermeiros para trocar medicação, um dia depois de acordar foi transferida de quarto, já não apresentava mais risco de morte e pelo hospital eu era quase um milagre, já que havia chegado ali quase morta e agora conseguia andar com minhas próprias pernas era uma grande vitória, todos já me chamam pelo nome que inventei e eu até estava me acostumando com ele, às pessoas do hospital de adaptaram rapidamente, algumas enfermeiras me perguntavam de onde era o nome, disse que achava uma Magnólia especial e tentava encerrar o assunto.

Soube ali era um hospital particular, eu não tinha como pagar, nem sei até quando me deixariam ficar. Spencer não havia aparecido desde então, Megan disse que ele andava ocupado, atormentado com algo na delegacia em que trabalhava, e ainda tinha que cuidar da sua filha pequena, que por sorte, e insistência dela conseguiu fazer com que ele contratasse uma baba para a menininha, eu entendia, de verdade, ele não tinha obrigação em ir me ver, nos víamos apenas uma vez, mas meu coração batia forte todos os dias quando o imaginava entrando por aquela porta.

Nate, o namorado da Megan disse que eu havia muitos hematomas quando cheguei, mas que por sorte haviam desaparecido, mas ainda via uma pequena manchinha roxa na minha costela, mas não fazia ideia como havia chegado até ali. Eu me senti melhor quando ele disse que o Spencer viria hoje, mas não me sentia bem por não ter nenhuma roupa a não ser a de hospital, dizem que o vestido que fui encontrada ficou perdido pela quantidade de sangue. Por sorte, eu estava em um quarto separado dos demais, não sabia por que, mas estava sozinha desde que havia descido para o andar.

Ouvi um toque suave na porta, Megan entrou empanturrada de sacolas, olhei surpresa e ela sorriu colocando-as na poltrona.

— Espero que não se importe em eu ter comprado algumas coisas para você. Nate disse que não precisa usar essa roupa. — Ela me entregou uma primeira sacola. — Além do mais, é o cumulo da breguisse.

Sorri pegando a sacola. Como não havia reparado nas roupas elegantes que a jovem usava antes? Será que tinham muito dinheiro? Meg era espoleta e meninona, mas parecia saber equilibrar os seus dois lados e eu a admirava por isso. Pedi licença e fui até o banheiro, que não era muito grande, mas a água era quentinha e relaxante. Agradeci quando vi um shampoo e um condicionador, não enrolei para lavar meus cabelos, suspirei fundo, agradecida enquanto passava o sabão por meu corpo, quando terminei me vesti ali mesmo, era um ótimo vestido que ela havia trago, azul piscina de alça grossa com laço pequeno na cintura rodadinho até os joelhos. Sai do banheiro renovada, me sentindo incrível, a sensação de ter meus cabelos mais leves assim como o vestido me deixava bem mais confortável, Megan me olhou surpresa, seus olhos brilharam e pediu que desse uma girasse, e quando fiz, ela sorriu.

— Você está mais que linda, Lia. — Seus olhos não despregaram de mim, olhava-me da cabeça aos pés. — Seria uma ótima modelo.

Sorri sem dizer nada. Ela começou a falar das lojas que passou e a e mostrar as peças, pegou uma sacola com uma sandália e pediu que usasse, havia um salto alto encostado ao lado da cama do hospital, dizem que foi o que havia restado de quando sofri o acidente, mas agora o acho tão estranho que não sei se usaria e das flores não restam uma, a senhora que foi fazer limpeza no quarto jogou-as fora, infelizmente todas murcharam.

— Magnólia. — Assustada, olhei seu rosto. — Acha que vai ficar muito tempo aqui?

— Eu não sei — fiz careta. — Já não sinto mais dores, então acho que é questão de tempo para eu ir para sei lá onde.

Megan me olhou tristonha, mas logo sorriu.

— Você pode ficar comigo no meu apartamento. — convidou e eu sorri, seria ótimo ter um lugar para ficar fora daqui.

Megan enrolava os cabelos quando a porta se abriu. Spencer entrou com um enorme buque de magnólias dessa vez brancas, e quando viu a irmã olhou-a surpreso ao mesmo tempo envergonhado.

— O que faz...

— Longa historia Spen, e que não estou a fim de contar agora.

Ele olhou-a de forma de que apenas os dois entendessem, por um segundo consegui ver a cumplicidade e ao me olhar foi como se estivesse me olhando pela primeira vez, ou só então parece reparar que eu não estava mais usando as roupas do hospital. Seu olhar me queimava de forma misteriosa e por um momento me senti envergonhada por olha-lo na mesma intensidade.

— Eii, eu ainda estou aqui — Megan gritou, fazendo com que a olhasse rapidamente, mais envergonhada ainda. — Mais já estou indo embora. Lia, pensa no que eu te disse sobre morar comigo.

— Obrigada, Meg!

Agradeci vendo-a sair e quando estávamos a sós, ele saiu da porta e caminhou até a minha frente, e entregou-me as flores. Seus olhos me penetraram de forma tão intensa que senti como se ele pudesse ver a minha alma, seja que ela era tão linda e clara quanto os seus olhos? 

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