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Mascarados

Há algumas décadas, pessoas começaram a nascer com anomalias, sendo físicas ou não. Logo, seria possível encontrar alguém com guelras ou alguém que possa congelar qualquer coisa com as mãos, mas a porcentagem da população que nasce com anomalias é muito pequena.

Não se sabe se é genético, ambiental ou simplesmente é aleatório, mas eu fui um desses sorteado. Nasci com super força e também consigo voar, o que é incrível, mas também uma enorme responsabilidade.

Desde que descobri essa minha condição fiquei me perguntando o que eu poderia fazer, ou eu poderia usar casualmente ao meu favor ou poderia ajudar quem realmente precisa, essa última opção foi a qual escolhi e hoje em dia sou Kim Taehyung e também sou o Vante. Infelizmente a opção que escolhi não é a mesma de muitas pessoas, pois por exemplo, alguém que fica invisível escolhe roubar um banco ao invés de ajudar o governo.

E por consequência de minhas escolhas, meu corpo inteiro está todo dolorido. Nunca imaginei que lutar contra um cientista louco seria tão doloroso, mas de fato todos os artifícios foram potentes contra mim e Golden, ao final da luta ficamos acabados, por um momento até pensei que ele poderia ter sofrido algo grave, não que eu tivesse me preocupado. Porém, mesmo sendo uma luta complicada, todas as artimanhas do Cientista Louco não foram o suficiente para nos derrotar.

Eu e Golden nos encontramos e até nos ajudamos de vez em quando, isso desde que me mudei e passei a atuar como Vante em Seul, mas ele não é meu parceiro, longe disso, porque ele é a pessoa mais irritante e intrometida que já tive o desprazer de conhecer.

Saio de meus pensamentos quando alguém esbarra com força contra meu ombro, penso logo em pedir desculpas, mas ao ver a pessoa só consigo pensar se foi obra do destino.

— Não sabe olhar para onde anda? — pergunto de maneira seca para Jeongguk, um colega de classe que parece viver de me atazanar.

— Me parecia mais que era você quem não estava olhando — respondeu com um sorriso ladino no rosto. Imagino que ele tenha esbarrado em mim de propósito, afinal, ele não me atormentou durante toda a semana, deve estar com abstinência de mim

Olhando melhor para seu rosto, pude perceber alguns machucados recentes. Um olho arroxeado, um corte no lábio inferior, a maçã do rosto inchada e avermelhada e um outro corte em seu supercílio esquerdo. Ontem de manhã ele estava bem, mas agora está acabado, pude perceber até a maneira em que ele manca, quem fez isso com ele pegou bem pesado.

Algumas pessoas nos observavam, provavelmente já esperando por alguma briga ou discussão, algo comum entre nós. Constantemente somos alvos de fofocas de nossos colegas, que parecem se interessar e muito na nossa inimizade.

— Quem fez isso com o seu rosto? — Ele perguntou, enquanto cerrava os olhos focando em cada machucado que o Cientista Louco fez em meu rosto na luta de ontem. O Jeon parece realmente preocupado comigo, já que até levantou sua destra e quase tocou na minha face, mas se policiou, tentando disfarçar o gesto. — Você está bem?

— Estou bem e isso foi causado por uma pequena briga, mas e você? Está todo acabado... — pergunto como se não fosse nada, olhando aos arredores e as pessoas que pareciam nos vigiar, ansiosas por uma discussão nossa.

— Ah... isso não é nada — apontou para o rosto e sorriu amarelo —, tenho que ir! Foi bom o papo, Kim.

Assisti o Jeon ir em direção ao banheiro, então fui para a nossa sala, já que faltavam poucos minutos. Querendo ou não, ainda tenho que assistir às aulas de hoje.

Ao entrar na sala algumas pessoas se viraram para me olhar, ouvi alguns cochichos e meu nome em alguns instantes. Com certeza estavam falando de mim. Até parece que sou paranoico e de certa forma até sou mesmo, mas meu melhor amigo, Min Yoongi, vermelho de raiva e discutindo com uma colega nossa confirmou a minha paranoia.

Andei em direção dos dois, pois estava com medo do Min começar a ofender a garota. E chegando perto o suficiente pude entender um pouco o contexto da discussão.

— Me escuta, Jieun! Eles não brigaram e muito mesmo se agrediram, se amam demais para isso. Esse ódio aparente entre os dois é só amor incubado — falava gesticulando agressivamente —, e quando os dois finalmente fuder-

— Pode parar, Min Yoongi! — O chamei quando seu discurso já estava indo longe demais. — Olhe para ela — apontei para a garota com quem discutia —, daqui a pouco ela irá explodir...

A pobrezinha estava toda vermelha de vergonha, afinal, quando Yoongi fica nervoso ou bravo, sua língua não tem freio. Bem, ele é assim normalmente; fala o que vem em mente. Rapidamente, aparentemente uma amiga, a puxou para se sentarem em seus lugares e para acalmar a menina.

— Poxa, não foi a intenção... — disse o meu amigo, um pouco sem jeito por ter agido de forma tão descuidada.

— Sempre é sem intenção... Sério Yoon, tente tomar mais cuidado em como fala com as pessoas ou então algum dia vai acabar levando um soco. — Iria ir até o meu lugar, mas lembrei do que ele havia dito no final da discussão. — E eu não gosto do Jeon, realmente nos odiamos, guarde as suas loucuras para você!

Finalmente fui até o meu lugar, ignorando o meu melhor amigo e o meu "inimigo" que havia acabado de entrar na sala.

Sim, fiquei um pouco chateado, pois o Min parece viver em uma outra realidade e acaba ignorando todas as minhas reclamações sobre o Jeongguk e às vezes até fica ao lado dele, ainda fica insistindo de que na verdade nos gostamos, mas não conseguimos aceitar isso. Ele pode me ajudar muito quando estou como Vante e estou pelas ruas, mas parece que é só com esse meu lado que ele se importa.

E sobre a história de nos gostarmos, essa é a maior loucura já contada. Primeiramente, Jeon Jeongguk é o maior pegador da faculdade e não há relato dele ter ficado com garotos. Segundamente, posso até ser gay, mas ele não faz nem um pouquinho o meu tipo. Somos opostos e incompatíveis.

Assim que o professor entrou na sala, me organizei para anotar tudo que fosse importante e me concentrar o máximo possível, mesmo com uma estranha sensação de que algo iria acontecer.

[...]

As aulas acabaram, finalmente. Me despedi rapidamente de Yoon e ignorei a encarada que recebi de Jeongguk quando passei por ele.

Estava louco de ir para casa, queria um banho quente para relaxar meus músculos e fazer uma bela refeição, pois meu estômago está prestes a me comer por dentro. Metade do caminho até meu apartamento foi tranquilo, o sol já estava se pondo e o ar estava levemente úmido, então a caminhada foi bem despreocupada. Mas quando passei por um beco há duas ruas do meu prédio, notei uma luz verde estranha vindo de lá.

Não hesitei ou ignorei a minha curiosidade, adentrei o espaço em passos delicados e fui até ao final, onde notei uma gosma duvidosa que brilha em verde fluorescente. Não havia mais nada suspeito, então apenas peguei uma amostra com um material que sempre carrego na mochila e a guardei em um saco estéril, arrumei minhas coisas rapidamente e antes de sair do beco dei uma última olhada no conjunto de gosmas, me questionando como que isso foi parar ali.

Não demorei para chegar em meu apartamento, queria ir direto analisar a amostra, mas preferi priorizar o meu bem-estar e o meu pobre estômago.

Tomei um banho quente rápido e em seguida fiz dois lanches bem recheados. Quando eu já estava bem, decidi ir em meu laboratório improvisado e analisar a amostra.

Olhando pelo microscópio notei algumas células orgânicas e até um pouco de DNA humano, também pude perceber que o material tem traços radioativos, pouco, semelhante a um raio-x. Essa gosma é muito estranha, como um material com traços radioativos pode ter DNA humano?

Decidi voltar para o beco, então por precaução vesti meu uniforme de Vante por baixo da roupa, peguei minha mochila e coloquei uma garrafa d'água nova dentro, assim como algumas barras de cereal e um kit de primeiros socorros, já que o anterior foi usado ontem com o Cientista Louco. Não sei quanto tempo ficarei fora, mas é sempre melhor estar pronto para tudo.

O caminho foi rápido, ainda mais porque fui voando. Parei sobre o prédio ao lado do local, de cima pude notar estranhamente a presença de Golden, então tirei a roupa que escondia meu uniforme e deixei minha mochila em um canto escondido do telhado.

Antes de descer até o local, pude notar algumas manchas escuras no chão, essas que eram analisadas por Golden. Desci silenciosamente atrás dele para tentar assustá-lo.

— Já faz um tempo, Vante — disse assim que coloquei meus pés no chão.

— Nós nos vimos ontem, Garoto de ouro — disse lhe lançando uma piscadela. — Há quanto tempo está aqui?

Me aproximei para ver o que ele estava analisando anteriormente. Todas as manchas escuras que eu tinha visto de cima do prédio eram pássaros mortos, cerca de uma dezena deles, todos mortos e sem lesões aparentes.

— Cheguei há uns 10 minutos, tinha um chamado para esse local, mas não encontrei nada além desse monte de pássaros mortos.

Golden tem um aplicativo em que as pessoas de Seul podem fazer denúncias ou pedidos de socorro, acredito que ele tenha alguém que separe por prioridade toda mensagem que chega por lá.

— Estive aqui mais cedo... — comecei de forma incerta, não sei se deveria realmente comentar sobre isso, mas se a gosma e esses pássaros têm ligação... — Tinha uma gosma verde e radioativa no final do beco, pode ter ligação com os pássaros.

— Sempre comentam onde você está, mas não disseram nada. Veio apenas como um jovem cidadão? — perguntou risonho. — Talvez eu deva procurar em câmeras próximas para ver se descubro quem é o poderoso Vante!

Apenas revirei os olhos e caminhei para o final local, onde deveria estar a tal gosma, mas não há nenhum vestígio de sua existência, em seu lugar, há uma pequena caixa e um bilhete grudado em cima. Olhei ao redor de forma afoita, procurando por qualquer coisa que indicasse quem havia deixado ali.

— Golden — chamei calmamente, me afastando da caixa que poderia explodir ou conter substâncias tóxicas.

— O que foi? — Tocou o meu ombro, me encarando com estranheza. — Por que está assim?

— Como era o chamado que recebeu para vir aqui?

Finalmente olhou para onde eu encarava fixamente, franziu o cenho e segurou o meu pulso para que eu parasse de dar passos para trás.

— Disseram que eu deveria vir aqui o mais rápido possível, que talvez você precisasse de ajuda.

Sabiam que eu iria vir, talvez até saibam quem eu sou por detrás da máscara.

Minhas mãos passaram a tremer discretamente em pura ansiedade. Não sei o que fazer, pela primeira vez em muito tempo.

Golden passou a dar passos em direção a caixa, tendo a coragem que eu não tive. Onde já se viu um herói covarde?

Segurei seu pulso, o impedindo de chegar até a caixa e o bilhete.

— O qu-

— Eu posso voar, se tiver um explosivo farei isso no céu.

Antes que ele pudesse me contestar, peguei a caixa rapidamente e voei até uma altura considerável, em que eu não conseguia enxergar mais o chão.

Peguei o bilhete com delicadeza, como se ele pudesse se desmaterializar em minhas mãos. O abri e li atentamente:

"Para Vante e Golden,

Sabe, todo mundo tem medo de alguma coisa. Queria saber quais são os medos dos heróis de Seul.

E para serem heróis é necessário vilões, não que eu me considere um, mas se as pessoas precisam de um para acreditar, estarei aqui para esse papel.

Agora me digam, o Golden sangra ouro?

Com desprazer,

Enigma"

Quem é o Enigma? E o que exatamente ele quer com a gente ou com o Golden? Golden pode ser um idiota muitas vezes, mas não faz mal a ninguém, muito pelo contrário.

Meio sem saber o que fazer com as informações que obtive com o bilhete, decidi por finalmente abrir a caixa. Abri lentamente, esperando por uma explosão ou coisa pior, mas só havia um papel, mais especificamente uma foto.

Peguei a fotografia com cuidado e, analisando-a, percebi ser uma foto discreta minha mais cedo no beco, apenas como Kim Taehyung. Fiquei nervoso de imediato, minhas mãos passaram a tremer com mais intensidade, o que fez com que a caixa caísse, o que meio que me acordou, pois passei a descer para o solo.

Parei sobre o prédio rapidamente para guardar a foto em minha mochila, para que o Golden não a veja.

Desci do telhado para voltar a falar com Golden, infelizmente.

Assim que coloquei os pés no chão ele pulou sobre mim.

— Seu inconsequente! Pensei que iria morrer — gritou em meus ouvidos.

Sem saber o que fazer, apenas o afastei de meu corpo, não entendendo a sua preocupação súbita comigo.

— Apenas leia, idiota. — Lhe estendi o bilhete.

Ele leu rapidamente e notei quando seus ombros se encolheram, provavelmente quando o Enigma o cita no final. Me olhou com os olhos arregalados e por alguns instantes ficaram dourados, o bilhete em suas mãos tornou-se apenas um pedaço de metal, semelhante ao ouro.

— Quem é esse cara?! — pergunta irritado e talvez até assustado.

— Se eu soubesse, já estaria indo atrás dele. — Suspirei quando uma leve dor de cabeça me atingiu. — Talvez só seja um lunático e não precisemos fazer nada.

Tentei fazer pouco caso, como uma forma de me acalmar, pois o Enigma sabe quem sou e pode ir atrás de mim na faculdade ou em qualquer outro momento do dia. Posso fingir que não estou me preocupando com toda essa situação, mas estou quase surtando.

— Esse cara acabou de me ameaçar e você ainda age assim, nossa Vante, você é uma pessoa maravilhosa. — Riu nervosamente, afastando-se de mim.

Eu iria o deixar ir embora, mas como o Enigma o ameaçou mais diretamente, seria melhor trabalharmos em conjunto.

— Ourinho... — O chamei em bom tom, o que o fez parar, mas não me olhar. — Vamos trabalhar juntos contra o Enigma, juntos somos mais fortes.

— Pode ser, mas saiba que eu te odeio — disse com firmeza.

— Pode me odiar, sem problemas. Mas irei garantir com que esse cara não te machuque. — Não sei de onde veio isso, mas é verdade, pois se ele for machucado me sentirei muito culpado.

— Irá garantir? Vê se me erra, é exatamente isso o que você quer.

Antes que eu pudesse retrucar, ele voltou a andar e foi embora, me deixando com um grande peso no peito.

Então, hora de ir para casa.

[...]

As luzes piscando me deixam tonto e com uma forte dor de cabeça. Meus membros estão presos em algo. Olhei para o lado e vi Golden desacordado e preso ao meu lado. Fomos presos naquela gosma verde, parece que descobri a sua função.

Estamos em meio à praça principal da cidade, em que está tudo destruído, a poeira faz meu nariz coçar. Em um dos prédios um canal de notícias é projetado em uma das paredes. Um homem vestido de roxo e mascarado está parado a nossa frente, consigo notar um enorme sorriso estampando seu rosto.

Seu sorriso me dá arrepios e quando ele dá um passo em nossa direção tentei que soltar ainda mais, ao ponto de machucar meus braços.

A voz de uma jornalista toma conta de todo o local, me fazendo prestar atenção no prédio atrás do homem.

"Finalmente nos foi revelado a identidade de nossos heróis, Vante e Golden! Nosso queridinho Vante se chama Kim Taehyung, é um simples universitário vindo de Daegu. E quanto ao Gold-"

— Então esse é o medo de um dos heróis de Seul... — Riu se aproximando ainda mais de nós. — Mas me diga, o Golden sangra ouro?

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