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Capítulo 4

- Rick?! - Indago incrédula.

Corro em direção ao homem que ainda está de costas para mim, mas quando o vejo percebo que não é ele.

Percebo que todos ficam sem reação, mas não falam nada para não me deixar ainda mais constrangida. 

O que eu estava pensando? Meu marido está morto, como ele iria aparecer na minha casa de repente?

Esse homem se parece muito com Rick de costas, mas de frente é completamente diferente dele, e por isso acabei me iludindo por alguns segundos.

Talvez uma parte de mim estivesse na torcida de que tudo isso não passasse de uma brincadeira de muito mal gosto, mas meus pais e Rick jamais seriam capazes de fazer isso.

- Querida, esse é o senhor Jason, o advogado do Rick. - Papai fala.

- Olá. - Digo apenas.

Ele me observa em silêncio por um tempo, e a forma que ele me olha com tanta pena me deixa desconfortável.

- Sente-se querida. - Mamãe aponta para o sofá.

Faço o que ela pede enquanto o homem continua me olhando, e isso está me deixando bem irritada.

- O que o senhor faz na minha casa? - Pergunto.

Ele pega uns papéis que está sobre a mesinha de centro e me entrega, e assim começo lê-los atentamente.

- O que isso significa? - Indago.

- Que todos os bens que Rick possui será seu de agora em diante. - Ele responde.

- Mas... Eu... Mas...

- Rick não tem família além da senhora. - Jason fala.

- Quando ele fez esse testamento? - Questiono.

- Há um ano. - Responde.

- Por que Rick nunca me falou sobre isso? - Pergunto.

- Acho que ele não teve tempo.

Rick teve exatos um ano para me contar sobre isso, mas ele não me falou nada. Não estou brava, apenas curiosa para saber o porque ele fez esse testamento e deixou tudo para mim.

Não sou rica, mas tenho uma vida estável graças a Deus e os meus esforços. Eu nunca pedi nada para ele, por isso não faço ideia o porque dele ter me deixado tudo o que ele possui.

Sei que Rick não tem nenhuma família, mas ele poderia ter doado seus bens para alguma instituição de caridade, e não para mim.

Se ele fez esse testamento, poderia estar pressentindo que algo ruim iria acontecer com ele? Oi foi apenas uma triste coincidência?

- Teria como doar tudo? - Pergunto.

- Tem certeza querida? - Mamãe indaga?

- Sim. - Confirmo com a cabeça.

- Irei dar um tempo para a senhora pensar direito. - Jason fala.

Eu quero conquistar minhas coisas, eu quero lutar por tudo que vou adquirir, por isso não quero usufruir da herança do meu marido.

Tenho certeza que esse dinheiro será melhor usado se for para ajudar pessoas que realmente precisam.

- Não preciso de tempo para pensar, eu já tomei a minha decisão. - Falo.

- Tem certeza senhora? - Jason pergunta. - Depois não terá volta.

- Tenho certeza. - Confirmo com a cabeça.

- Tudo bem então.

Entrego os documentos para Jason que guarda tudo em uma pasta, e logo em seguida se levanta.

- Irei marcar um dia para a senhora assinar os papéis da doação.

- Ok. - Digo apenas.

Jason se despede de nós, e então começa a caminhar em direção à porta da casa com meu pai ao seu lado.

- Você fez a escolha certa querida. - Mamãe fala.

- Eu fiz sim. - Suspiro alto.

Se eu tivesse conquistado junto com Rick tudo o que ele possuía aí sim eu poderia aceitar sua herança, mas tudo o que ele tinha foi fruto do seu esforço sem a ajuda de ninguém, então não acho que é justo que eu usufrua dos seus bens.

Esse dinheiro ajudará muitas pessoas de alguma forma, e eu fico muito feliz em saber que mudarei a vida de algumas famílias com essa doação.

- O que vai fazer agora meu bem? - Mamãe pergunta. 

- Eu não sei. - Sorrio fraco. - Eu realmente não sei.

Preciso voltar a trabalhar no meu livro o mais depressa possível, mas eu não faço ideia de como continuar a trabalhando agora.

Não estou com a cabeça muito boa para escrever no momento, mas o prazo para eu entregar o livro para a editora está se acabando, e eu estou bem ferrada.

Quando eu disse aos meus pais que queria ser escritora, eles não me apoiaram inicialmente porque é uma profissão muito desvalorizada.

Meu pai queria que eu seguisse seus passos e me tornasse advogada, mas esse nunca foi meu sonho, e apesar de saber que eu iria decepcioná-los eu disse que não iria me formar em direito.

No começo realmente foi difícil ser reconhecida pelo meu trabalho, mas eu não tinha intenção de desistir tão fácilmente do meu sonho, e continuei correndo atrás dos meus objetivos.

Depois de muito tempo de luta, muito esforço, e receber muitos nãos, eu enfim consegui que uma editora acreditasse em meu potencial, e foi então que tudo começou a melhorar na minha vida. 

Já publiquei alguns livros, e graças a Deus todos foram muito bem vendidos. Óbvio que não sou nenhuma escritora de Best Seller, mas eu chegarei lá algum dia.

Tenho fã fiéis que me acompanham há anos, e eu sou grata a todos pelo carinho que sempre recebi de todos ao longo do tempo, mas agora sinto que irei decepcioná-los, porque eu não sinto vontade alguma de escrever novamente.

Minha mente está tão conturbada, que não consigo fazer nada a não ser pensar em Eric o tempo todo, e dia após dia.

E se eu não for mais capaz de escrever? E se isso não for apenas uma fase ruim da minha vida? O que eu iria fazer com a minha vida?

- Você está bem meu amor? - Papai pergunta me tirando dos meus devaneios.

- Estou bem. - Forço um sorriso.

- Fico feliz querida.

Papai beija o topo da minha cabeça, em seguida se senta ao meu lado e segura minha mão com firmeza.

- Está com fome? - Indaga. - O almoço já está pronto.

- Sim.

Não estou com fome, mas eu não quero magoá-lo rejeitando sua comida mais uma vez. Papai é um ótimo cozinheiro, mas o problema realmente está em mim.

- Você pensou na proposta da Liz? - Mamãe pergunta.

- Que proposta? - Indago.

- Sobre você passar um tempo em sua pousada.

- Havia me esquecido disso. - Falo.

- Seria uma boa ideia querida.

Eu não concordei quando Liz disse para mim ir para a pousada para clarear a mente um pouco, mas agora começo a pensar que talvez não seja uma má ideia.

Seria bom sair da agitação da cidade grande e respirar ar fresco, e viver sossegada em um lugar calmo, e até minha inspiração para escrever poderia voltar.

- Se você quiser eu vou com você. - Mamãe fala.

- Não precisa. - Nego com a cabeça. - Eu irei sozinha.

- Mas...

- Eu irei me cuidar. - A corto. - Não precisa se preocupar.

- Como se isso fosse possível.

- Eu prometo que irei me cuidar. - Sorrio fraco.

- Terá que me ligar todos os dias. - Ela aponta o dedo para mim.

- Farei isso.

Vai ser bom pra minha saúde mental sair de casa e ir para um local calmo e aconchegante, e só de pensar nessa possibilidade já fico um pouco mais animada.

Já fui a pousada algumas vezes com a Liz, e é um lugar realmente maravilhoso pra quem ama tranquilidade e conforto.

A casa fica no meio da floresta com a vista para uma cachoeira, o que a deixa ainda mais linda e com a sensação de paz que estou precisando muito.

Tudo o que eu preciso no momento é viver em um lugar assim, e mesmo eu tenha em mente que minha vida não irá melhorar da noite para o dia, e que levará um tempo para eu me reerguer novamente, ainda assim eu farei o que Eric iria querer que eu fizesse, que é viver da melhor forma possível, e será exatamente isso que farei por ele e por mim mesma.

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