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Capítulo 1

Carlos

MAIO
Aeroporto de Lisboa, Portugal
21:30

-Alô? Cabelo de fogo? Tenho uma grande novidade para alegrar a sua vida. Estou indo para o Brasil!

-Carlos, meu melhor amigo do mundo inteiro! É você mesmo que está me ligando? Eu não acredito. Você é o anjo que vai dar cor a minha vida, a resposta para os meus problemas, além de ser o homem mais gato desse mundo (depois de Landon, é claro). Estou morrendo de saudades de você, prometo que vou lhe arranjar várias mulheres para que a sua temporada no Brasil seja inesquecível. -diz Alyssa, com a voz animada e fina que ela tinha.

Bom, para falar a verdade, é óbvio que ela não disse isso. Essa era apenas a personificação do que eu acreditava que ela diria se ela tivesse coragem, mas é claro que a cabelo de fogo não era corajosa o suficiente para tal. No lugar, ela apenas disse:

-Para o Brasil Carlos? Procurar o quê? Me perturbar? Olha seu inconsequente, eu tenho três filhos para criar e não tenho tempo para ouvir as suas farras pessoalmente. Já basta por ligação. -ela diz exasperada. Rio alto, chamando mais atenção do que eu deveria e entrando na fila de embarque.

-Quanta animação em? Só porque você disse isso, fiquei super empolgado agora para pegar este avião, apenas para te irritar. -digo sorrindo pensando no quanto eu realmente sentia falta de pirraçar a ruiva todas as manhãs.

Alyssa foi a melhor coisa que ganhei de Boston em um intercâmbio que fiz a 5 anos atrás. Ryan meu melhor amigo havia falecido, e ele era completamente apaixonado por ela.

Sintetizando a história, acabamos superando a morte dele juntos, e ela se tornou uma verdadeira irmã para mim. Hoje, ela era casada com um mauricinho arquiteto, como eu gostava de dizer, chamado Landon Harper. Confesso que ele era um cara legal, e merecia Alyssa.

-E você pretende ficar aonde? Espero que não seja aqui em casa. Meus filhos não merecem ter a visualização de mulheres seminuas andando pela casa todos os dias. Além do mais, não porei meu marido em teste para saber se ele acha a bunda de outras mulheres mais atraentes do que a minha. -ela diz em um tom irritado e ouço um som de choro de bebê no fundo da ligação.

-Nem vem com essa! Você morre de saber que o mauricinho arquiteto colocaria a sua bunda em um quadro como exposição só pra provar o quanto ele te ama, e seus filhos ainda nem sabem cagar sozinhos. Você não vai deixar o seu melhor amigo ficar em um hotel, ou vai? Eu não tenho dinheiro para isso cabelo de fogo.

-Oh seu português pão duro. Dinheiro você tem, a única coisa que lhe falta é senso de vergonha na cara!

-Senhores passageiros, o voo para a cidade de São Paulo, Brasil irá sair em 5 minutos.

-Nossa Alyssa, você virou uma mãe chata viu! O que é isso, a crise dos 30 chegando? -pergunto e entrego o passaporte para a mulher de expressão fechada e cabelo preso na minha frente.

-Carlos eu vou incinerar você. Pare de me perturbar e venha logo, antes que eu mude de ideia.

-Sabia que você ainda guardava um bom coração jovem e piedoso. -digo e pisco para a mulher, que rapidamente muda a sua expressão e cora envergonhada.

-Espero que seu avião caia.

-Você também mora no meu coração. Pela manhã eu chego, espero que tenha empregadas gostosas. -digo sorrindo e passo pela porta de embarque, vendo a mulher suspirar.

-CARLOS SEU...

E foi assim que eu desliguei a ligação na cara dela, pela milésima vez neste ano. Entro no avião e me acomodo em meu assento. Desligo o celular, sorrindo e pensando em quantas mulheres me aguardavam no Brasil.

Coloco meus óculos de grau que agora me acompanhavam constantemente devido à miopia que eu adquirira nos últimos dois anos, e apoio um livro qualquer na poltrona para fingir que eu era um homem relativamente culto. Esse tipo de coisa sempre atraía as mulheres.

Passo a mão no queixo ajeitando a barba e penso que foi bom aceitar esse emprego em São Paulo, no fim das contas. Era óbvio que eu não contaria pra Alyssa que eu estava a trabalho e que o meu contrato duraria seis meses. Ela deveria permanecer na ilusão de que eu estava de férias.

Talvez depois de algumas semanas hospedado em sua casa ela comece a descobrir e me mate, mas daqui até lá, eu já terei economizado meus suados euros que ganhei sentado quatro horas por dia no meu escritório.

A aeromoça de pele morena e belos olhos verdes interrompe meus pensamentos e sorri com malícia, me entregando um copo de champanhe. Aceito de bom grado e pisco o olho para ela, que sai orgulhosa em seu salto com uma postura perfeita.

Ela era bastante bonita, confesso, mas era fácil demais. Admito que com os anos, essa coisa de passar o tempo com várias mulheres estava se tornando demasiadamente cansativo.

Não havia mais o jogo da conquista ou a dificuldade de se encontrar um desafio. Não que eu estivesse disposto a procurar um relacionamento sério ou nada parecido, mas às vezes, o fácil se tornara maçante.

Ignoro meus pensamentos maduros demais que deviam ser consequência dos meus 30 anos já estarem chegando e fecho os olhos, me preparando para dormir em um voo cansativo que devia me custar mais cerca de 10 horas.

-Oi, com licença, esta é a poltrona 33? -ouço a voz de uma mulher, interrompendo o começo de meu sono.

Abro os olhos a contra gosto, e me surpreendo ao me deparar com uma bela mulher de olhos azuis e cabelos loiros ondulados que iam até a cintura. Ela sorri de forma gentil, e um alerta ressoa em minha cabeça me lembrando que a história do mauricinho arquiteto e da cabelo de fogo começara exatamente assim.

Será mesmo que um raio podia cair duas vezes no mesmo lugar?

-Se não for, faremos ser agora. -digo galanteador e vejo ela se sentar, retirando o sorriso e ignorando claramente a minha cantada. Difícil. Ganhou alguns pontos.

-Obrigada. -ela diz somente, começando a mexer no celular e me ignorando. Decido puxar conversa.

-Brasileira? -pergunto novamente, testando sua reação ao meu sorriso. Ela se encolhe ao banco mordendo o lábio inferior para não sorrir. Meu ego se infla ao perceber que meu charme sempre funcionava.

-Sim, me chamo Ana, vim passar apenas as férias em Portugal. Uma semana apenas, para ser mais exata. -ela diz e sorri, apoiando o celular ao colo. -E você? Português?

-O próprio e original. Prazer, me chamo Carlos. -digo estendendo a mão para cumprimenta-la e arrancando outra risada dela.

Percebo que ela ria de forma meio estranha, como grunhindo quase um ronco parecido com porco no final, mas tentei ignorar esse detalhe. Se a porcaria do clichê de Alyssa funcionara, como o meu não funcionaria?

-Você gosta de ler? -ela pergunta apontando para o livro em minha poltrona. Como eu disse, sempre funciona.

-Claro, eu sempre ando com um bom livro. -digo confiante e sorrio quase engasgando em minha própria mentira.

-Sabe, nós podíamos marcar um encontro quando sairmos do avião. Eu posso pegar seu número e...-menos dez pontos. Fácil. Não durou nem dez minutos de conquista.

Respiro fundo e penso em como eu estava começando a ficar um cara chato. A cinco anos atrás eu já teria levado essa mulher pro banheiro do avião. Eu não deveria estar agindo dessa forma. Droga, volte à tona, Carlos!

-Com certeza. -digo e pego seu celular, salvando meu número em sua agenda. Ela amarra os fios loiros em um coque a fim de deixar o pescoço a mostra me lançando um olhar sedutor, e eu sorrio, pensando que realmente aquela mulher poderia me atrair. Me inclino em direção ao seu ouvido e resolvo fazer um elogio, fixando o olho em seu braço para ver se ela iria se arrepiar como as mulheres de Portugal. -És a rapariga mais atraente que já vi.

Bom, o efeito não foi como o espaço. Os pelos do braço dela não se arrepiaram, e eu senti meu rosto queimar com o tapa que ganhei. A boca dela se abriu em um "o" perfeito e ela se levantou exasperada, pedindo para a aeromoça a trocar de lugar.

Xinguei mentalmente todos os palavrões possíveis que lembrava pela vergonha que passei, e levei minha mão ao rosto tentando me esconder do olhar de julgamento dos outros passageiros.

Porcaria, Carlos, como você esqueceu que chamar uma brasileira de rapariga é um baita insulto?

E esse foi o dia em que eu fiz uma nota mental de jamais cometer esse erro estúpido novamente. Eu aprendi da pior forma perdendo um ótimo encontro (ou o clichê do avião que a chata da Alyssa enfiou na minha cabeça), e agora, nada me restara a não ser fechar os olhos e torcer pra que essa droga de viagem não fosse pior do que havia começado.

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